Boa observação. Já observou que os religiosos quebram o pau com eles mesmos, mas quando a conversa é “ateísmo” eles se unem…? Uma vez vi um debate entre um católico, um evangélico e um ateu. No começo o debate estava voltado ao católico retrucando o evangélico e vice-versa, mas quando o ateu entrou nos questionamentos (Pela apresentadora) os dois se uniram (Católico e evangélico)…
Aí eu até entendo, afinal eles têm mais em comum entre si do que com o ateu. Mas olha o que aconteceu comigo, uma vez eu estava no barbeiro, e no mesmo lugar funcionava um salão, onde tinha manicure, pedicure e essas coisas. Só que enquanto eu estava cortando o cabelo, a manicure estava conversando com uma cliente que devia ser amiga dela também, e ela estava contando uma história de um conhecido dela que era "macumbeiro", aí ela começou a falar mal dele, dizendo que candomblé e umbanda são coisa de Satanás, que só Cristo salva, e etc., mas aí o meu barbeiro não se agüentou e entrou na conversa. Ele deu a maior bronca na sua colega, dizendo que ela tinha que respeitar a religião dos outros, que as religiões afro-brasileiras são religiões como outras quaisquer e que tinham que ser respeitadas, enfim, a maior lição de moral. Eu até tinha começado a pensar bem dele, achando que ele devia ser um livre-pensador, e tal, mas aí no final do sermão ele virou para mim e comentou: "O importante é não ser ateu, não é?" Como eu acho perigoso discordar de alguém que está segurando uma tesoura perto da minha cabeça eu tive que concordar "É, pois é, desde que acredite em Deus tá bom…"