Igreja ataca Estado PortuguêsIgreja diz que Estado não tem competência para criar leis sobre aborto.

A Igreja Católica Portuguesa contesta a legitimidade da Assembleia da República para legislar no que respeita à liberalização ou descriminalização do aborto. Considera que a sua prática constitui sempre um crime e não reconhecem ao Estado qualquer competência para criar leis sobre a matéria.
A Igreja afirmou pela voz do arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga que não pode reconhecer ao poder constituído, na sua vertente legislativa, competência para liberalizar ou descriminalizar o que, por sua natureza, é crime. Disse também que nenhuma lei positiva pode transformar em não mau ou em bom, o que é mau em si mesmo.
Dizem também que é com palavras claras que expressam a sua posição, mesmo que os situem no espaço dos retrógrados em confronto com outros países.
Para além de invadirem a esfera política, a Igreja mantém a sua actitude sexista ao reafirmar que o aborto nãm é um direito da mulher. Disse também que não existe qualquer razão nem sentido falar do direito de abortar por parte da mulher, visto que ela pode dispor arbitrariamente do seu corpo.
Esta posição radicaliza a posição da Igreja, entrando em contradição com a sua posição inicial. D. José Policarpo tinha afirmado que a Igreja não se iria meter em questões de direito penal.
In: Ateismos.net