Até onde eu sei a Anita está aposentada (morta tenho quase certeza que não) e é especialista mesmo mesmo na inquisição portuguesa e os judeus.
E ela tem um estudo divertido sobre os meninos que iam estudar em Coimbra e voltavam "afrancesados", os viadinhos. Se bem me recordo, aí que começou a fama dos sulistas.
Quem tem um trabalho bem legal sobre a inquisição no Brasil é a Laura de Mello e Souza. Gosto muito. Chama "o diabo e a terra de santa cruz". Recomendo toda vez, etc etc. Até cansei. Leiam.
(Leiam o episódio da espanhola que foi inquirida porque foi pega de surpresa pela chuva e disse "bendito el carajo de nuestro senor jesu cristo que ahora mija sobre nós"
)
Agora, quando se fala em "inquisição" geralmente referem-se ao Torquemada e a Isabel e Fernando, né? Se bem que dizem as más línguas que a portuguesa foi mais, hm, eficiente. Dizem também que quem fez tamanha má fama da inquisição foram os protestantes, e não sem razão.
De todo modo, não sei dar referência pra inquisição espanhola, mas esse pessoal revisionista costuma usar uma biografia do Felipe II que o Senhor me diz ser de um autor chamado Henry Kamen. Eu não sei da tendência do autor e nunca vi mais gordo, pra dizer a verdade.
E, na real. Dizem que a inquisição espanhola matou menos que em todos os outros países juntos, ou algo nessa linha. Muito desonesto. Meus caros, nos recordemos que o século XVI não acontecia nada além de guerra e perseguição religiosa. Ter menos mortos que, vejamos, a guerra dos 30 anos e a guerra de restauração portuguesa e a guerra civil inglesa e a independência da holanda e todos os índios com tifo e sífilis e...
Bom, matar menos, usando uma época de índices tão altos... GRANDE BOSTA, né?