Castidade não é isso aí não, castidade é não agir à toa.
Qualquer católico razoável entende que o "casamento" e "virgindade" são coisas que se alteram ao longo do tempo e que, conseqüentemente, o ato sexual não é uma coisa restrita à união abençoada pela instituição, mas que, como tudo na vida, deve ser praticado até o ponto que não prejudique a prática da Caridade. Não está rolando amor ao próximo, não presta.
Se o papa é um católico razoável, é outra conversa. E, se a natureza humana é assim tão importante, meu filho, voltemos a ser caçadores-coletores, hm. VOLTEMOS ÀS ÁRVORES.
O tema não trata da definição da castidade, mas sim da tentiva de imposição da mesma nas sociedades e resultantes sexismos e homófobias.
Fazer uma tatugem é uma violação da castidade por exemplo, mas não será certamente o conceito mais próprio para as elações de anti-natureza que ela tráz.
Aquilo que defines como católico razoável não é mais que alguém que nega as instruções bíblicas. Algo teológicamente incorrecto quanto a mim.
Aqui fica a minha visão sobre os pensamentos católicos acerca deste assunto:
Deuteronómio apresenta-nos uma visão sanguinária e repugnante das relações afectivas. Uma hedionda visão de apedrejamentos até à morte. Caso uma mulher case e não seja virgem terá como destino ser apedrejada por todos os habitantes da cidade. O mesmo acontecerá com qualquer mulher que não rompa o himen na sua primeira relação sexual. Completamente hediondo é também a forma como são tratadas as mulheres violadas. Se não gritarem serão também apedrejadas até à morte. Dentro destes contextos também se encontra a obrigação de vivência conjugal mesmo que exista o mais profundo ódio. É esta a visão cristã das relações afectivas. Uma mistura de obrigações, ódio, e apedrejamentos públicos até à morte.
13.Se um homem, depois de ter desposado uma mulher e a ter conhecido, vier a odiá-la,
14.e, imputando-lhe faltas desonrosas, se puser a difamá-la, dizendo: desposei esta mulher e, ao aproximar-me dela, descobri que ela não era virgem,
15.então o pai e a mãe da donzela tomarão as provas de sua virgindade e as apresentarão aos anciães da cidade, à porta.
16.O pai dirá aos anciães: dei minha filha por mulher a este homem, mas porque ele lhe tem aversão,
17.eis que agora lhe imputa faltas desonrosas, pretendendo não ter encontrado nela as marcas da virgindade. Ora, eis aqui as provas da virgindade de minha filha. E estenderão diante dos anciãos da cidade a veste de sua filha.
18.E os anciãos da cidade tomarão aquele homem e fá-lo-ão castigar,
19.impondo-lhe, além disso, uma multa, de cem siclos de prata, que eles darão ao pai da jovem em reparação da calúnia levantada contra uma virgem de Israel. E ela continuará sua mulher sem que ele jamais possa repudiá-la.
20.Se, porém, o fato for verídico e não se tiverem comprovado as marcas de virgindade da jovem,
21.esta será conduzida ao limiar da casa paterna, e os habitantes de sua cidade a apedrejarão até que morra, porque cometeu uma infâmia em Israel, prostituindo-se na casa de seu pai. Assim, tirarás o mal do meio de ti.
22.Se se encontrar um homem dormindo com uma mulher casada, todos os dois deverão morrer: o homem que dormiu com a mulher, e esta da mesma forma. Assim, tirarás o mal do meio de ti.
23.Se uma virgem se tiver casado, e um homem, encontrando-a na cidade, dormir com ela,
24.conduzireis um e outro à porta da cidade e os apedrejareis até que morram: a donzela, porque, estando na cidade, não gritou, e o homem por ter violado a mulher do seu próximo. Assim, tirarás o mal do meio de ti.
25.Mas se foi no campo que o homem encontrou a jovem e lhe fez violência para dormir com ela, nesse caso só ele deverá morrer,
26.e nada fareis à jovem, que não cometeu uma falta digna de morte, porque é um caso similar ao do homem que se atira sobre o seu próximo e o mata:
27.foi no campo que o homem a encontrou; a jovem gritou, mas não havia ninguém que a socorresse.
28.Se um homem encontrar uma jovem virgem, que não seja casada, e, tomando-a, dormir com ela, e forem apanhados,
29.esse homem dará ao pai da jovem cinqüenta siclos de prata, e ela tornar-se-á sua mulher. Como a deflorou, não poderá repudiá-la em todos os dias de sua vida.