E o Mental? Que posição irá tomar na discussão?
Neutralidade. Sou agnóstico.
(...)
Acredito que o medo pode fazer com que alguns evitem criticar Deus.
Se vocês me perguntarem se eu evito criticar Deus, a minha resposta é "SIM".
OK. Não há muito o que discutir quanto a isso...
Se me perguntarem se é por "medo" eu diria que não, pois faço no meu dia a dia muitas outras coisas que seriam consideradas "pecados de morte" dentro do ponto de vista cristão, e nem por isso tenho medo de ir para o inferno quando morrer.
Tudo bem. Mas acho que você se surpreenderia se soubesse de quantidade de cristãos que fazem o mesmo...
Evito criticar Deus apenas porque não considero essa atitude relevante, que me proporcione algum entretenimento ou venha contribuir para algo. Seria como, por exemplo, beijar a porta da minha casa todos os dias antes de sair para trabalhar.
Beijar a porta de casa antes de ir para o trabalho parece ser algo bem irrelevante mesmo...
Além do mais também não correria o risco de me deparar com um teísta e viver uma situação constrangedora caso eu faça alguma piadinha mais pesada com Deus.
Crítica é crítica. Piada é piada. Jogos de palavras não ajudam na discussão. A crítica, nesse caso, é feita no sentido de apontar uma falha num determinado raciocínio. Dizer "o time x" é um time de bundões. Não é uma crítica razoável porque não se fundamenta na razão. Agora dizer "o time X não ganhará o campeonato, pois seus jogadores são incompetentes para marcar gols" é uma crítica razoável e, supondo estar numa discussão saudável, não vejo porque deva ser omitida.
Questiono: "Por que deus não ajudou o garoto que foi arrastado até a morte? Ele, segundo o catolicismo, não é todo-bondade?"
Me diga: Onde está a piada? Onde está a irrelevância? Por quê a crítica seria inválida se é evidente que há um erro na crença e/ou raciocínio?
Esse é o meu pensamento; a minha maneira de encarar essa situação.
Novamente, não há o que discutir quanto a isso.
Sobre o medo…
Não acho que seja um motivo de vergonha (ou fraquesa) da parte de um ateu não criticar de Deus por medo, mesmo se partisse de um (principalmente) ateu passivo.
O medo é algo natural que faz parte do nosso instinto, visando sempre o nosso bem estar.
Concordo contigo. Mas ainda defendo a validade do espírito crítico. Há questões que trazem relevância suficiente para que se construa a crítica. A crítica, quando fundamentada e devidamente embasada, pode ser útil no sentido de se fazer pensar. Sob esse ponto de vista, omití-la pode causar tanto ou mais mal do que fazê-la.