Tópico: Muçulmanos britânicos querem Escola que se adapte à Moral Islâmica

[Luz]

Muçulmanos britânicos ou seja cidadãos do país em questão.
O problema das pessoas é verem os muçulmanos como "alienigenas".
Portanto, não se trata de casa alheia, mas da própria…

Quanto ao assunto da notícia não tenha nada a dizer.

Ah, é verdade Pug - muçulmanos britânicos.

Eu não vejo muçulmanos como alienígenas, mas sempre os relaciono a cultura árabe - a herança cultural árabe. E foi nesse sentido que me referi à Inglaterra, como "casa dos outros". 

[Pug2]

Luís,

Sequer concordo com a forma como os muçulmanos reagem no Reino Unido ( tendo em conta a notícia). Tentei falar de forma geral, por isso que não pretendi referir a noticia específica que originou este tópico.

[Luis Dantas]

Nesse caso, querido amigo, será que não seria bom para você tentar lidar um pouco menos com o ideal e um pouco mais com o que efetivamente existe?

Indignação tem seus momentos de validade, mas com todo o respeito acho que você está exagerando.

[Pug2]

A pergunta deveria ser: a Europa rejeita os muçulmanos, taxativa e definitivamente? Como se dá essa discriminação? Que forma assume?

Num tom mais direcionado à sua resposta: quais devem ser, em sua opinião, os mecanismos de melhor convívio? O que deveria ser feito por ambas as partes?

Discriminação dá-se no âmbito do acesso a alojamento ou emprego ( para iguais garantias e qualificações).
Basta ter o nome errado ou a cor menos "normal" na Europa.

Existe um pensador muçulmano que responde muito bem a muitas das suas dúvidas, seu nome Tariq Ramadan.
Penso que ele talvez lhe responda melhor do que eu.

http://www.tariqramadan.com/welcome.php3

[Pug2]

Muçulmanos britânicos ou seja cidadãos do país em questão.
O problema das pessoas é verem os muçulmanos como "alienigenas".
Portanto, não se trata de casa alheia, mas da própria…

Quanto ao assunto da notícia não tenha nada a dizer.

Ah, é verdade Pug - muçulmanos britânicos.

Eu não vejo muçulmanos como alienígenas, mas sempre os relaciono a cultura árabe - a herança cultural árabe. E foi nesse sentido que me referi à Inglaterra, como "casa dos outros". 

Não se preocupe, tem muçulmano que comete o mesmo erro.
Acrescento que o mundo árabe também é feito de ateus, judeus, cristãos…

[Pug2]

Nesse caso, querido amigo, será que não seria bom para você tentar lidar um pouco menos com o ideal e um pouco mais com o que efetivamente existe?

Indignação tem seus momentos de validade, mas com todo o respeito acho que você está exagerando.

Luís, nem estou indignado com nada.
Não leve tão a sério.
Realmente minha percepção estava certa, devia ter ficado calado.

[Dbohr]

Não, não devia. Não se sentiu que deveria contribuir -- e fico feliz que tenha feito. Vou ler o artigo do pensador muçulmano com cuidado.

Penso que isso é desnecessário, mas vou dizer de qualquer forma: eu teria a mesma reação se fosse qualquer outra denominação religiosa que tivesse pendindo mudanças semelhantes em escolas públicas laicas.

[Luz]

Muçulmanos britânicos ou seja cidadãos do país em questão.
O problema das pessoas é verem os muçulmanos como "alienigenas".
Portanto, não se trata de casa alheia, mas da própria…

Quanto ao assunto da notícia não tenha nada a dizer.

Ah, é verdade Pug - muçulmanos britânicos.

Eu não vejo muçulmanos como alienígenas, mas sempre os relaciono a cultura árabe - a herança cultural árabe. E foi nesse sentido que me referi à Inglaterra, como "casa dos outros". 

Não se preocupe, tem muçulmano que comete o mesmo erro.
Acrescento que o mundo árabe também é feito de ateus, judeus, cristãos…

Pug, não sei se interpretou errado, mas de qualquer maneira, deixe-me esclarecer.

Eu sei que o mundo árabe comporta mais que o islamismo. Eu não insinuei que todo muçulmano seja árabe, nem que todo árabe seja muçulmano - apenas que o islamismo provém da cultura árabe.

Eu realmente errei ao confundir "britânicos islâmicos" com "imigrantes", mas a idéia prevalesce - a Inglaterra não é uma cultura islâmica, embora a comporte - é a casa dos outros.

Não há sentido em forçar a adaptação de uma cultura não-islâmica ao islamismo para poder comportá-lo!

[Pug2]

Luz, eu entendi sua posição.
Tudo o resto é mau entendido. Minhas palavras não foram consequência da sua mensagem. 

[Alegra]

Eu realmente errei ao confundir "britânicos islâmicos" com "imigrantes", mas a idéia prevalesce - a Inglaterra não é uma cultura islâmica, embora a comporte - é a casa dos outros.

E há também os imigrantes islâmicos para além dos britânicos islâmicos.
No mais concordo com a Luz. 

[Pug2]

Eu realmente errei ao confundir "britânicos islâmicos" com "imigrantes", mas a idéia prevalesce - a Inglaterra não é uma cultura islâmica, embora a comporte - é a casa dos outros.

E há também os imigrantes islâmicos para além dos britânicos islâmicos.
No mais concordo com a Luz. 

Sua intervenção fez-me ler melhor o que tem sido escrito.

Dizer que o Reino Unido não é uma cultura islâmica, é o sinal de um ocidente monolítico em todo o seu esplendor.

Islão também é cultura britânica.

Viva o multi-culturalismo.
Vocês aí no Brasil são fruto da cultura africana, europeia, asiática e indígena…

Abaixo as ideias de monolitismo cultural que observei neste tópico.


Termino perguntando, o Reino Unido é:

Cristão? ou Secular? …(entre outras possibilidades)


Ou não será tudo isso junto?

De onde são a maioria dos britânicos muçulmanos senão dos territórios anteriormente governados pelos ingleses…Faz séculos que o islão, budismo, hinduísmo, etc, fazem parte do Reino Unido.
E os convertidos?
Passam a ser cidadãos de não cultura britânica?

Imensos desafios que se colocam a todos nós enquanto cidadãos...

[Pug2]

Oxalá se encontre o meio de fazer compreender tudo isto a todos os cidadãos independentemente da origem, crença ou ideologia.

[Pug2]

Citar os imigrantes é irrelevante.
Suponho que um individuo que viva no Reino Unido seja considerado um cidadão do país, independentemente da origem.
Com direitos enquanto cidadão, mesmo que limitados ( eleições)

A menos que afinal no ocidente existam cidadãos de primeira e de segunda…hehe!

…

[Dbohr]

Meu questionamento se mantém: e se fossem criacionistas querendo excluir seus filhos das aulas de Geologia ou Evolução? E se além de pedirem para tirar seus filhos, quisessem alterar o currículo de escolas laicas para esses tópicos serem alterados para respeitar as sensibilidades dos pais criacionistas?

Não vejo diferença, realmente.

[Pug2]

Citando-me:

"E os convertidos?
Passam a ser cidadãos de não cultura britânica?"

Existe maior desafio que este?

Independentemente de concordar ou não com as medidas propostas (notícia de abertura do tópico), estas são totalmente legitimas em ser colocadas.
Poderão ser aceites/recusadas, totalmente ou parcialmente pela sociedade britânica (toda a sociedade).

[Pug2]

Dbhor,

Penso que a minha mensagem anterior responde a isso.
Não se trata do que cada um acha correcto, mas do que a sociedade em geral desejará...

[Luis Dantas]

Exagero seu, Pug.  Diferenças culturais existem e não somem simplesmente por haver plena cidadania britânica.  Os imigrantes e seus descendentes tem suas próprias histórias e heranças.  Nada mais natural.

[Pug2]

Exagero seu, Pug.  Diferenças culturais existem e não somem simplesmente por haver plena cidadania britânica.  Os imigrantes e seus descendentes tem suas próprias histórias e heranças.  Nada mais natural.

Totalmente em desacordo.

O vosso problema é verem imigrantes e não plenos cidadãos britânicos a fazerem uso dos seus direitos.

[Pug2]

Somos fruto de muita coisa.

Pessoalmente, sou português, tenho França por segunda pátria ( mesmo sem ter a nacionalidade), educado na religião católica...sou agnóstico teísta com um toque de islão.

Certamente existirão muçulmanos com origem externa e daí são menos britânicos?
Terão menos direitos?

[Dbohr]

As questões são legítimas? Sem dúvida.

Elas têm cabimento numa sociedade laica, independente da ancestralidade ou origem cultural de quem as levantou? Em minha não tão humilde opinião, não.

Exagero seu, Pug.  Diferenças culturais existem e não somem simplesmente por haver plena cidadania britânica.  Os imigrantes e seus descendentes tem suas próprias histórias e heranças.  Nada mais natural.

Totalmente em desacordo.

O vosso problema é verem imigrantes e não plenos cidadãos britânicos a fazerem uso dos seus direitos.

Ao contrário! Não estou questionando em momento algum os direitos dos cidadãos muçulmanos, sejam eles britâncos, imigrantes ou o que seja. Para mim isto é uma questão pura e simples de laicismo.

[Luis Dantas]

Exagero seu, Pug.  Diferenças culturais existem e não somem simplesmente por haver plena cidadania britânica.  Os imigrantes e seus descendentes tem suas próprias histórias e heranças.  Nada mais natural.

Totalmente em desacordo.

O vosso problema é verem imigrantes e não plenos cidadãos britânicos a fazerem uso dos seus direitos.

Eu me referia à sua mensagem das 12h57:

Citar os imigrantes é irrelevante.
Suponho que um individuo que viva no Reino Unido seja considerado um cidadão do país, independentemente da origem.
Com direitos enquanto cidadão, mesmo que limitados ( eleições)

A menos que afinal no ocidente existam cidadãos de primeira e de segunda…hehe!

Sinceramente, não vejo base para uma afirmação dessas.  Não é por verem seu pedido de diminuição do laicismo do Estado britânico recusado que os cidadãos muçulmanos se tornam "de segunda".

[Pug2]

Laicidade não significa ausência de religião.

Em todo o caso, cada cidadão é livre de dar a sua opinião...

[Luis Dantas]

Laicismo, no meu entender, é exatamente a ausência de religião nas iniciativas e atos do Estado.

[Pug2]

Luís,

A recusa da pretensão não faz dos muçulmanos cidadãos de segunda, aliás certamente haverá muçulmanos entre os que recusam...

Quando falei em cidadãos de segunda, referia-me sobre a recusa a reconhecer-se muçulmanos e o islão como parte integrante da cultura britânica actual.

[Pug2]

Laicismo, no meu entender, é exatamente a ausência de religião nas iniciativas e atos do Estado.

Poderá existir religião de estado?

Em todo o caso pela sua definição o Reino Unido não é um estado laico.