Eu entendo como uma via de duas mãos.
Por uma lado o Estado não pode dar preferência a esse ou aquele grupo ou interesse religioso. Idealmente, suas políticas deveriam se pautar por critérios científicos sem permitir que sentimentos religiosos interferissem - o que inclui decidir currículos escolares, por exemplo.
Por outro lado, o Estado também não pode
forçar ateísmo, ou mesmo o pensamento crítico, na cabeça de ninguém. Ao contrário, ele deve promover liberdade de religião, e idealmente deve celebrar a diversidade cultural.
Assim sendo, eu acho um exagero a proposta do governo Francês de proibir o uso de véus e crucifixos pelos alunos. Mas acho também fora de propósito que os muçulmanos britânicos queiram ter ingerência sobre o conteúdo ministrado a seus filhos numa escola laica.
Se eles absolutamente não querem que os filhos tenham contato com diversidade de opinião, que os matriculem em escolas particulares religiosas. Simples assim.
E você, Dantas, o que entende por Laicismo?