Tópico: Adoção.

[Raphael]

Bem, pra quem não sabe fica por saber agora que eu tenho uma imensa vontade de adotar uma criança, e é justamente por isso que venho a criar tal tópico.

Você adotaria uma criança?

Abraços.

[Rodion]

talvez. ao mesmo tempo, é difícil resistir ao ímpeto de passar os próprios genes pra frente.
por outro lado, ao conceber um criança, está se trazendo mais miséria ao mundo, ao adotar se está é a atenuando.

[Raphael]

talvez. ao mesmo tempo, é difícil resistir ao ímpeto de passar os próprios genes pra frente.
por outro lado, ao conceber um criança, está se trazendo mais miséria ao mundo, ao adotar se está é a atenuando.

Boa observação Bruno, acho que o altruísmo é completamente explícito quando se adota uma vida, se adota um ser, se adota uma criança. É claro que, diante de todos os percalços que o mundo nos oferece, é completamente aceitável questionar se é realmente viável trazer alguém dos mesmos genes que o seu pro mundo, mas, não acho que há uma relação de egoísmo em se ter um filho do mesmo sangue, digo isso porque quero ter um, mesmo a possuir a posição sexual que tenho.

De fato, acho que menos miséria ocorreria no mundo se a adoção fosse mais pensada e adquirida.

[Lena]

Gostaria de adoptar sim. Mas nunca um bebé.
Optaria por uma criança com uma idade  próxima da do meu filho, no máximo uns 2 anos menos.
Isto em teoria, porque adoptar não deve ser uma ida ao supermercado e escolher da prateleira o fenótipo que nos agrada. Tem de haver um click meio mágico entre nós e a criança.
O meu marido torce o nariz e reconheço que economicamente já está dificil com um... imaginar dois é complicado.

[Oceanos]

talvez. ao mesmo tempo, é difícil resistir ao ímpeto de passar os próprios genes pra frente.
por outro lado, ao conceber um criança, está se trazendo mais miséria ao mundo, ao adotar se está é a atenuando.

Penso por ai também.

Meio off, meio on, para quem não conhece: www.vhemt.org

[Luis Dantas]

Sou só eu que não sinto qualquer falta de passar genes adiante?

[Pregador]

Eu só adotaria se não houvesse possibilidade de gerar um descendente de sangue, do contrário não. Pelo menos pra mim a idéia de hereditariedade e sangue faz toda a diferença.
Claro, também não sou muito altruista, mas concordo que muitos problemas seriam evitados se menos pessoas pensassem como eu, contudo, acho que os laços de sangue sobrepõe isso.

[Luis Dantas]

Puxa, por mais que eu veja muita gente dizendo a mesma coisa, me parece uma idéia tão estranha.

[Rodion]

danta-laranja, não queria ver um dantinhas passeando por aí, com as tuas virtudes, defeitos e teus jeitos que inevitavelmente o menino teria? transcender, imortalizar-se.

[Luis Dantas]

Não, não queria. 

Para mim a genética é o aspecto mais insignificante de minha eventual herança, e de longe o mais difícil de administrar.  Por motivos da minha história pessoal eu diria mesmo que é talvez o único que não é viável.  Por mim minha linhagem genética acaba em mim mesmo.  Isso não é apenas aceitável, é o ideal diante dos fatos que não posso mudar.

Se eu fosse dar importância a isso de passar meus genes adiante ficava desesperado; mesmo que tivesse sucesso eu estava ferrado...

(Por que "danta-laranja"? )

[Rodion]

[Dr. Manhattan]

Bem, pra quem não sabe fica por saber agora que eu tenho uma imensa vontade de adotar uma criança, e é justamente por isso que venho a criar tal tópico.

Você adotaria uma criança?

Abraços.

Adotaria sim. Mas antes quero ter um ou dois filhos meus. Sei que é uma questão de egoísmo, mas tenho vontade de passar adiante minha herança genética [1]. É algo irracional mesmo. Por outro lado, se eu tiver dinheiro sobrando e disposição (e se a bem-amada concordar, claro ) eu gostaria de adotar uma criança. Nesse caso, por altruismo mesmo.

[1] E porque não? Meus genes nem são tão ruins assim. Exceto pelas alergias. E pelos dentes tortos. E pelo cabelo ruim. E pelos problemas respiratórios. E... bem, nada que a medicina do século XXI não conserte. Além disso, herdei meu temperamento Zen-Caymmi de meu pai, e a bem-amada já disse que quer um filho com o meu temperamento.

[Freddy Hazuki]

Parece que todo mundo, quando tiver um filho, quer que ele seja parecido com a própria pessoa. No meu caso o "desejo" seria de que o pentelho não jogasse lixo no chão, tivesse um gosto musical de sabbath a chico buarque, que não fosse religioso etc... todas essas características "comportamentais" eu não vejo como herança genética.. algo assim... é pura influencia, educação... Eu adotaria sim um filho, apesar de ser uma coisa extremamente burocrática (dizem, nem sei como é) e acho q não sentiria falta de as pessoas falarem "ooolha, o nariz grande é igual do pai". Adotado ou não, filho só quando estiver bemmmmm, mas beeeeem financeiramente.

[Freddy Hazuki]

Ah, sempre falo como minha namorada de que a gente não vai ter filhos, mas sim cachorros ehhe

[Adriano]

Sou só eu que não sinto qualquer falta de passar genes adiante?

Eu também não Dantas.
Mas os memes...

[Luis Dantas]

Aí já é outra história...

[Nyx]

Sou só eu que não sinto qualquer falta de passar genes adiante?

  Eu estou no grupo.

Resumidamente o mundo está indo para o buraco e o mundo já está com gente demais, é crueldade, para não dizer irresponsabilidade colocar uma criança no mundo só para sofrer.

De mais a mais, seria uma péssima mãe, não tenho dúvidas disso.

  Quanto a adotar… Bom, primeiro teria que arranjar alguém para me aguentar, e é uma opção até viável fazer uma adoção, fazer uma boa ação na minha vida, principalmente por que a experiência já me mostrou que a maioria das crianças que estão em adoção necessitam urgentemente de carinho.

[danieli]

Gravidez deveria ser igual a adoção, todo mundo deveria ser não apto desde sempre. Se um dia, quisessem ter filhos deveria procurar os meios legais de ter um.

[Raphael]

Obrigado a todos por opinarem, vou tecer alguns comentários sobre as argumentações do foristas.

Lena, será que seu marido não quer um irmãozinho pro bebê de vocês, já perguntou isso pra ele?

Luiz, não é tão ruim assim(pelo menos pra mim)querer ter um filho, não digo que é ruim, pois não avalio o fato a partir da ótica para herança dos genes. Queria ter um filho, e não importa se é Down, ou surdo, ou cego, ou alejado. Não poso de hipócrita, é óbvio que não tenho aquele preconceito ao contrário do tipo: "óóóóó, minha mulher está grávida, tomara que seja surdo, ou tomara que seja retardado, ou pior ainda, tomara que seja gay". Ninguém quer que um filho venha a nascer com tais "condições". E isso não é tão difícil de ser entendido.

Queria que, se eu tiver um filho, que ele sim, viesse saudável, mas se eu ficar com o medo que ele vai vir com alguma doença, nunca irei tê-lo. Acho que ter um filho é tão lindo e altruísta quanto se adotar uma criança.

Amon. Apesar de não concordar com você, o entendo perfeitamente.

Bruno, não vejo pelo lado de "imortalizar-se", acho que tanto a adoção quanto se ter um bebê está bem além disso, não acha?

Manhattam e Freddy Hazuki, bons argumentos, me fizeram refletir sobre o tema.

Lela, como você sabe que você será uma péssima mãe, o fato de você pensar que não gosta de crianças, não significa totalmente que você será uma péssima mãe, as vezes penso que as mulheres que falam isso, antes de ter um bebê, são as melhores mães que as mães que realmente querem ter um filho.

Danielli. Diante de todo o aumento populacional que vemos, posso até pensar como você. Um dia desses estava por ler um livro de geografia que dizia que no ano 2000 a população mundial estaria por volta de 3 bilhões de pessoas, hehe, com certeza vemos que isso é uma inverdade.

Mas, questiono o fato de seu argumento, visto que ele infringe o direito de escolha, não?

a todos.

[Luis Dantas]

Luis, não é tão ruim assim (pelo menos pra mim) querer ter um filho, não digo que é ruim, pois não avalio o fato a partir da ótica para herança dos genes. Queria ter um filho, e não importa se é Down, ou surdo, ou cego, ou aleijado. Não poso de hipócrita, é óbvio que não tenho aquele preconceito ao contrário do tipo: "óóóóó, minha mulher está grávida, tomara que seja surdo, ou tomara que seja retardado, ou pior ainda, tomara que seja gay". Ninguém quer que um filho venha a nascer com tais "condições". E isso não é tão difícil de ser entendido.

Ok, mas não vejo relação com o que eu disse.

Queria que, se eu tiver um filho, que ele sim, viesse saudável, mas se eu ficar com o medo que ele vai vir com alguma doença, nunca irei tê-lo. Acho que ter um filho é tão lindo e altruísta quanto se adotar uma criança.

Por que?

[Luis Dantas]

Danielli. (...) Mas, questiono o fato de seu argumento, visto que ele infringe o direito de escolha, não?

Para mim pareceu mais uma declaração de ideal do que um argumento propriamente.

E de que direito de escolha você está falando exatamente?

[Raphael]

Oi de novo Luiz

Ok, mas não vejo relação com o que eu disse.

Oras homem, você não afirmou que não sentia falta de passar seus genes adiante?, argumentei sobre isso. Pra mim, pareceu que você não gosta da idéia de passar seus genes adiante, entendi errado?

Por que?

Por que é mais um humano para se amar e ensinar a amar.

Para mim pareceu mais uma declaração de ideal do que um argumento propriamente.

E de que direito de escolha você está falando exatamente?

Ela cogitou a possibilidade de se as pessoas quiserem ter um filho que, as mesmas pessoas teriam que procurar meios legais de se ter um.

Estranhou-me o fato de existir leis para se poder ter filhos agora, por isso acho que as leis não devem ser criadas para se intrometerem na vida de outrem. Se quiser ter filho, que tenha.

Esta é a questão de escolha, na qual eu questionei, sacou?

[Luis Dantas]

Oras homem, você não afirmou que não sentia falta de passar seus genes adiante?, argumentei sobre isso. Pra mim, pareceu que você não gosta da idéia de passar seus genes adiante, entendi errado?

Acho que fui eu que passei a idéia errada mesmo.  Ficou parecendo que tenho aversão pelo meu conteúdo genômico em si, o que não é verdade; eu não vejo é sentido em querer deliberadamente transmiti-los quando não há nenhuma provável consequência positiva em fazê-lo e há tantos benefícios claros em não fazê-lo.

Mas isso tem muito mais a ver com minha percepção do desafio que é criar um filho e das consequências nefastas do despreparo crônico que grassa por aí do que com os meus genes ou a idéia de que possam ou não sobreviver por mais uma geração.

Por que?

Por que é mais um humano para se amar e ensinar a amar.

Ahn… e isso é um problema ou uma solução?  Não está faltando gente no mundo.

Para mim pareceu mais uma declaração de ideal do que um argumento propriamente.

E de que direito de escolha você está falando exatamente?

Ela cogitou a possibilidade de se as pessoas quiserem ter um filho que, as mesmas pessoas teriam que procurar meios legais de se ter um.

Estranhou-me o fato de existir leis para se poder ter filhos agora, por isso acho que as leis não devem ser criadas para se intrometerem na vida de outrem. Se quiser ter filho, que tenha.

Ter filhos é uma das decisões mais intrusivas sobre a vida dos outros que qualquer pessoa pode tomar, Raphael; obriga a sociedade inteira a reconhecer a existência do novo ser humano.  Por isso acho que o seu argumento na verdade dá razão à Dani e não a você.

Esta é a questão de escolha, na qual eu questionei, sacou?

A única escolha que vejo é a de ter ou não filhos.  E essa não é uma questão particular do casal, tanto que se se espera que o governo tenha escolas públicas e se necessário for obrigue o casal a deixar que seus filhos estudem (só para citar um exemplo).

Não há um Deus para garantir que as crianças que nascem terão uma chance justa de serem criadas devidamente, por isso ANTES da escolha vem a responsabilidade de MERECER esse poder de escolha.  Por isso entendo o argumento da Dani e concordo com ele.

[Raphael]

Olá.

Acho que fui eu que passei a idéia errada mesmo.  Ficou parecendo que tenho aversão pelo meu conteúdo genômico em si, o que não é verdade; eu não vejo é sentido em querer deliberadamente transmiti-los quando não há nenhuma provável consequência positiva em fazê-lo e há tantos benefícios claros em não fazê-lo.

Mas isso tem muito mais a ver com minha percepção do desafio que é criar um filho e das consequências nefastas do despreparo crônico que grassa por aí do que com os meus genes ou a idéia de que possam ou não sobreviver por mais uma geração.

Ótimo, entendi agora.

Ahn… e isso é um problema ou uma solução?  Não está faltando gente no mundo.

Não vejo como problema ou solução. Vejo com um sentimento que eu acho que vale a pena curtir. Há pessoas no mundo como você disse, por isso quero adotar. Mas, em contrapartida, acho magnífica a idéia de se ter um filho, mas, como disse, no meu caso, haveriam vários agravantes. Teria que encontrar uma lésbica ou virar hétero. A segunda opção está fora de cogitação, vou trabalhar a primeira.

Ter filhos é uma das decisões mais intrusivas sobre a vida dos outros que qualquer pessoa pode tomar, Raphael; obriga a sociedade inteira a reconhecer a existência do novo ser humano.  Por isso acho que o seu argumento na verdade dá razão à Dani e não a você.

Hunn...., muito bom mesmo, não havia pensado nisso. Vou refletir mais sobre. Mas, de imediato, não vejo como obrigação da sociedade em reconhecer o novo ser humano, pois se pensar assim, vou colocar somente os sentimentos dos outros na frente dos meus. Sou altruísta, mas do meu modo.

Por isso entendo o argumento da Dani e concordo com ele.

Tudo bem. Mas eu não.

[Lena]

Lena, será que seu marido não quer um irmãozinho pro bebê de vocês, já perguntou isso pra ele?

Claro que já se falou no caso. Acontece que a vida tá dificil mesmo, e pelo andar da carruagem (politica economica portuguesa) não estamos nada optimistas. Entretanto os anos vão passando...