Autor Tópico: Provando uma negação  (Lida 7372 vezes)

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Offline Alegra

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Provando uma negação
« Online: 03 de Março de 2007, 15:47:59 »
PROVANDO UMA NEGAÇÃO 

[Este texto foi publicado originalmente em inglês na Infidels. O link para o artigo é
http://www.infidels.org/library/modern/richard_carrier/theory.html
A tradução  para o português é de minha* própria autoria, a pedido da STR, onde foi publicado primeiro. O link  é - http://www.str.com.br/Scientia/negacao.htm]


PROVANDO UMA NEGAÇÃO
de Richard Carrier

Eu sei que o mito "não se pode provar uma negação" circula pela comunidade não-teísta, e é bom desfazer mitos sempre que podemos. Na verdade, não existe realmente algo como uma proposição "puramente" negativa, porque toda negação está vinculada a uma afirmação, e vice-versa. Assim, "não há gralhas na caixa" resulta em "a caixa contém outra coisa (que não gralhas)" (no sentido de que até mesmo o "nada" é alguma coisa, p.ex. o vácuo). "Algo" aqui é um conjunto restrito apenas no sentido de excluir gralhas, de modo que para cada conjunto A há um conjunto Não-A, e vice versa, de modo que cada negação resulta numa afirmação e vice-versa. E para testar a proposição negativa, só precisamos olhar dentro da caixa: já que, havendo gralhas na caixa (p), resulta que veríamos gralhas quando olhamos dentro da caixa (q); se descobrirmos que q é falso, sabemos que p também é. Desta forma, provamos uma negação. É claro que podemos estar enganados sobre o que vimos, ou sobre o que é uma gralha, ou as coisas podem ter mudado depois que olhamos, mas dentro dos limites do nosso conhecimento, e dada uma total compreensão do quê uma proposição significa e no que resulta, é fácil provar uma negação neste caso. Isto não é "prova" no sentido de uma prova matemática, que estabelece que alguma coisa é inerente ao significado de outra coisa (e que por isso a conclusão é necessariamente verdadeira), mas é prova no sentido científico e no sentido usado em julgamentos e no dia a dia. Portanto, o exemplo se sustenta porque quando p resulta em q, significa que q está incluído no próprio significado de p. Sempre que se afirma p também se está afirmando q (e talvez r e s e t também). Em outras palavras, q nada mais é do que um elemento de p. Assim, se tudo o mais estiver dentro da expectativa, "há grandes Marcianos verdes na minha banheira" significa que, se você olhar dentro da sua banheira, vai ver grandes Marcianos verdes, então não vê-los significa uma negação de "há grandes Marcianos verdes na minha banheira".

Declarações negativas muitas vezes fazem alegações que são difíceis de provar porque fazem previsões sobre coisas que na prática não podemos observar num período de tempo limitado. Por exemplo, "não há grandes Marcianos verdes" significa "não existem grandes Marcianos verdes neste ou em qualquer outro universo" e, ao contrário da sua banheira, não é possível procurar em todos os cantos de todos os universos, portanto não podemos testar completamente essa proposição - só podemos procurar dentro dos limites da nossa capacidade e do nosso desejo de gastar tempo e recursos nisso, e provar que, até onde pudemos ver, e dentro dos limites do nosso conhecimento, não existem grandes Marcianos verdes. Dentro destes limites, nós de fato provamos uma negação; só não é possível provar a negação da proposição em questão por ser extremamente abrangente.

O Método da Melhor Aposta

Professores de lógica reparam que é mais fácil provar que existem tais criaturas do que provar que não existem, pelo simples fato de que só precisamos achar um para conseguir a nossa prova, e assim não precisaremos olhar em todos os lugares - a menos que estejamos tão sem sorte que o Marciano está justamente no último lugar em que procuramos. Mas no final das contas, o que torna uma proposição difícil de provar não é o fato de ser "negativa", mas a amplitude da afirmativa. Por exemplo, "existe gravidade em todos os planetas em todos os universos" pode ser refutado se acharmos apenas um planeta sem gravidade, mas se sempre encontrarmos planetas com gravidade, nunca poderíamos provar decisivamente que isso é verdade, da mesma forma que não encontrar Marcianos não prova decisivamente que "não existem Marcianos no universo". Assim, o que chamado axioma "não se pode provar uma negação" é, de fato, nada mais que o eterno problema da indução: já que não podemos testar uma proposição em todos os lugares e todo o tempo, nós nunca podemos ter absoluta certeza de que a proposição é verdadeira em todas as horas e lugares. Só podemos inferi-lo.

Em computação, este tipo de prova (do tipo positivo ou negativo) resulta em um loop interminável (ou quase), e programadores inteligentes podem equipar o software com a ferramenta para reconhecer tais rotinas antes de executá-las. Então, ao invés de executá-las, eles os fazem executar uma sub-rotina mais simples, que equivale ao "melhor palpite". Na verdade, todos nós fazemos exatamente isso: já que não temos nem a a capacidade nem a vontade de dedicar muito tempo ou recursos para testar cada proposição deste tipo, nós adotamos uma regra mais simples: sem evidências suficientes, não se acredita. É a mesma coisa que "com evidências suficientes, se acredita", já que evidência insuficiente é evidência suficiente para se recusar a acreditar.

Isso nos leva à solução do tipo "melhor palpite", onde reconhecemos que uma afirmativa pode ser verdadeira, mas não temos base suficiente para acreditar nela. Ou, no caso de proposições para as quais temos provas abundantes mas incompletas, reconhecemos que podem ser falsas, mas que não temos base suficiente para não acreditar nelas. Este é o princípio básico por trás de todo pensamento hipotético, desde as teorias científicas até as do tipo "o sol vai nascer amanhã", baseadas no senso comum. Considerando o conjunto de todas as proposições do primeiro tipo (onde há falta de evidências apesar das verificações feitas), quase todas são falsas, de modo que é relativamente seguro presumir que são falsas até prova em contrário. Inversamente, considerando o conjunto de proposições do segundo tipo (onde há sucessivas evidências depois de feitas as devidas verificações), quase todas são verdadeiras, de modo é relativamente seguro presumir que são verdadeiras até prova em contrário.

Afirmativas Impossíveis de Provar

Considere o caso negativo. Quando chega a hora de decidir no que acreditar, se não presumirmos que tais afirmativas (impossíveis de provar) são falsas, teríamos que escolher em quais delas devíamos acreditar, de forma totalmente arbitrária, o que leva a um método ridículo de "crença ao acaso", ou então teríamos que presumir que todas essas afirmativas são verdadeiras. Claro, só teríamos que aceitar como verdadeiras aquelas afirmativas que não contradizem outras afirmativas provadas, ou que não entram em contradição uma com a outra; mas, mesmo no último caso, não temos base para escolher em qual das afirmativas contraditórias vamos acreditar, e aí temos novamente o dilema "crença ao acaso". Mas mesmo tomando estas providências, esta política resultaria em muitas crenças absurdas (como "existem grandes Marcianos verdes no universo"). Assim, quando finalmente decidirmos no que acreditar, fica claro que a melhor política é presumir que todas as afirmativas impossíveis de provar são falsas, até prova em contrário. Em outras palavras, é razoável não acreditar em uma proposição quando não há evidências. Mesmo que não haja tanta certeza de sua falsidade quanto as proposições que são de fato desmentidas pelas evidências (embora nem mesmo isso leve a uma total certeza), ainda é razoável considerá-las falsas se tivermos feito as devidas verificações e não ignorarmos o surgimento de novas evidências.

Uma linha similar de raciocínio estabelece o contrário em todos os casos positivos. Se não presumirmos que todas estas afirmativas (impossíveis de provar totalmente) são verdadeiras, teríamos que escolher em quais delas não acreditar de forma totalmente arbitrária, o que novamente nos leva ao método ridículo de "crença ao acaso", ou então teríamos que presumir que todas elas são falsas. É claro que seria simplesmente absurdo acreditar que todas as afirmativas para as quais temos alguma evidência são falsas. Embora "céticos absolutos" de fato alegarem que fazem isso, eles colocam no lugar da verdade um conceito de aquiescência que leva à mesma solução que eu discuti antes: apostando na veracidade de uma afirmativa na qual temos muitas razões para acreditar, mas nunca tendo total certeza. Assim, quando finalmente decidimos no quê acreditar, fica claro que a melhor política é presumir que todas as afirmativas "não-prováveis" para as quais temos boas evidências são verdadeiras, até prova em contrário. Em outras palavras, é razoável acreditar em uma proposição quando há boas evidências. Mesmo que não se possa ter tanta certeza de sua veracidade quanto aquelas que são de fato irrefutáveis como, por exemplo, uma verdade matemática, ou "Eu penso, portanto existo", ainda é razoável considerá-las verdadeiras se tivermos feito as devidas verificações e não ignoramos o surgimento de novas evidências. Em todos os casos, nós podemos talvez mover a barra para cima ou para baixo - mudando o montante de verificações que consideramos razoável e suficiente antes de nos resolvermos a acreditar - mas isso afeta todas as nossas crenças, já que a barra não pode ser posicionada de maneira diferente para coisas diferentes sem cair novamente no método "crença ao acaso", e todos nós acabaremos descobrindo que existe a possibilidade de a barra estar alta ou baixa demais, como se pode descobrir através do mesmo raciocínio que usei aqui.

O Inacreditável Teísmo Cristão

O Teísmo Cristão no seu sentido mais básico implica em observações que necessariamente teriam que ser observadas por todos, em qualquer lugar, o tempo todo, e por isso é tão fácil de refutar quanto o alienígena na banheira. Por exemplo, Deus é teoricamente onipresente, e nos concedeu a habilidade de conhecê-lo (sentir sua amorosa presença, etc.), no entanto não tenho absolutamente nenhuma sensação de qualquer Deus ou de qualquer coisa que resultasse de um Deus, embora a teoria afirme que ele está dentro de mime por toda parte, onde quer que eu vá. Da mesma forma, Deus é teoricamente a epítome da compaixão, e também todo-sapiente e todo-poderoso, e está além de todo mal; no entanto eu sei que o que demonstra que alguém tem compaixão é o alívio de todo sofrimento de que têm conhecimento, e que esteja em seu poder aliviar. Todo o sofrimento do mundo deve ser do conhecimento e estar dentro do poder de Deus aliviar, no entanto ainda existe, e já que a teoria cristã dá um idéia contrária a isto, o cristianismo é falso. Da mesma forma, Deus teoricamente projetou o universo com um propósito moral, mas faltam características morais ao universo - os animais lutam pela sobrevivência do mais apto, e não do mais bondoso, e as leis da física não respeitam pessoas, elas tratam os bons e os maus da mesma forma. Além disso, o universo se comporta como um máquina irracional, e não dá mostras de nenhuma ação inteligente espontânea, e não há mensagens ou sinais de natureza linguística em nenhum lugar na sua composição ou comportamento não-humanos, como seria de esperar se um ser pensante o tivesse projetado, e quisesse se comunicar conosco.

Os Cristãos tentam preservar sua teoria transformando-a em um conjunto de afirmativas impossíveis de provar, e que carece de qualquer evidência. Eles fazem isso arbitrariamente, e simplesmente para salvar a teoria, criando barreiras intransponíveis à observação, da mesma forma que pedir que olhemos em todos os cantos de todos os universos cria uma barreira intransponível para alguém a quem se pede que refute a afirmativa de que "existem grandes Marcianos verdes". Por exemplo, a adiantada teoria sustenta que Deus alivia o sofrimento no céu, o que convenientemente não podemos observar, e que ele tem motivos para esperar e para permitir que o sofrimento persista na Terra, motivos também convenientemente impossíveis de ser observados por nós, porque Deus escolhe não explicá-los, assim como ele escolhe, novamente por um motivo não revelado e totalmente inescrutável, permanecer totalmente invisível a todos os meus sentidos, externos e internos, apesar de estar sempre ao redor e dentro de mim e, de outras formas, capaz de falar claramente comigo.

O problema não é, como pensam alguns teístas, que não podemos encontrar explicações para "racionalizar" um deus neste mundo de dor. Eu consigo imaginar muitos deuses moralmente justificados, e até mesmo admiráveis, e outros que não seriam nem bons nem maus, e ainda outros que fossem maus, mas nenhum deles seria o deus Cristão. O fato é que o Cristianismo é a proposição de uma teoria e, como todas as teorias, ela supõe previsões - mas estas previsões não estão se realizando. Então os Cristãos inventam desculpas para salvar a teoria - desculpas que não têm absolutamente nenhuma base em qualquer evidência ou inferência, exceto o simples fato de resgatarem a teoria. Isso é a repetição dos hiperciclos de Ptolomeu: os movimentos dos planetas e do sol se recusavam a se encaixar na teoria de que todos giram ao redor da Terra, de modo que Ptolomeu inventou uma série de padrões complexos por nenhuma outra razão a não ser o fato de que eles resgatam a teoria geocêntrica. É simplesmente muito mais sábio concluir que, ao invés desta arquitetura monstruosamente complexa e bizarra de suposições salvadoras infundadas, faz muito mais sentido, e utiliza muito menos suposições, simplesmente admitir que o universo não gira ao redor da Terra afinal de contas. Quanto a todas as outras teorias - todos os outros deuses possíveis - não há mais evidências para elas do que para esta incrivelmente complexa deidade, com uma dúzia de estranhas e misteriosas razões que muito convenientemente explicam porquê nunca o observamos, ou às suas ações, de maneira clara. É claro, mesmo estas "soluções" infundadas da teoria Cristã não salvam realmente a teoria, porque, para mantê-la, em algum ponto você tem que abandonar a crença na onipotência de Deus - já que a cada passo Deus é obrigado a fazer alguma coisa (permanecer oculto e esperar antes de aliviar o sofrimento, etc.) por alguma característica desconhecida da realidade, e disso resulta que alguma característica da realidade é mais poderosa que Deus. E esta característica não pode ser apenas a natureza moral de Deus, já que, se esta fosse sua única limitação, não haveria nada que o impedisse de falar comigo ou de agir imediatamente para aliviar o sofrimento ou projetar o universo pra ter uma natureza claramente moral e linguística, já que qualquer natureza verdadeiramente moral compeliria, não impediria, tal tipo de comportamento. Assim, a teoria Cristã é ou incoerente ou impossível de provar, sendo que num caso ela é necessariamente falsa, enquanto que no outro carece de justificação, de modo que não temos nenhuma razão para acreditar nela, assim como não temos motivos para acreditar que existam grandes Marcianos verdes em algum planeta em algum canto de algum universo. É isso que significa "provar uma negação".

http://www.infidels.org/library/modern/richard_carrier/theory.html


*Jocax do ateus-br

Isso não é um "privilégio" só dos cristãos...infelizmente.
Comentem!
  :wink:
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Offline Luis Dantas

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Re: Provando uma negação
« Resposta #1 Online: 03 de Março de 2007, 18:46:48 »
Alguém devia transplantar partes desse texto para a nossa Wiki :)
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #2 Online: 06 de Março de 2007, 09:47:54 »
"Alguém"??  :lol:
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Offline Luis Dantas

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Re: Provando uma negação
« Resposta #3 Online: 06 de Março de 2007, 09:51:07 »
Alguém, ué.  Você por exemplo, Alegra.

Você SABE que pode fazê-lo, não sabe?
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #4 Online: 06 de Março de 2007, 09:53:35 »
Não... :vergonha: na verdade não sabia...
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Offline Luis Dantas

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Re: Provando uma negação
« Resposta #5 Online: 06 de Março de 2007, 10:03:13 »
Preciso falar com nosso departamento de marketing da Wiki... :)
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #6 Online: 06 de Março de 2007, 10:06:21 »
Fica a vontade.  ::)
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Offline Leafar

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Re: Provando uma negação
« Resposta #7 Online: 07 de Março de 2007, 15:24:19 »
Citação de: Alegra
Isso é a repetição dos hiperciclos de Ptolomeu: os movimentos dos planetas e do sol se recusavam a se encaixar na teoria de que todos giram ao redor da Terra, de modo que Ptolomeu inventou uma série de padrões complexos por nenhuma outra razão a não ser o fato de que eles resgatam a teoria geocêntrica. É simplesmente muito mais sábio concluir que, ao invés desta arquitetura monstruosamente complexa e bizarra de suposições salvadoras infundadas, faz muito mais sentido, e utiliza muito menos suposições, simplesmente admitir que o universo não gira ao redor da Terra afinal de contas.
Isso acontece mais do que se imagina.  Vejam abaixo:

../forum/topic=10197.0.html#msg177862

Parafraseando o texto: "É simplesmente muito mais sábio concluir que, ao invés desta arquitetura monstruosamente complexa e bizarra de suposições salvadoras infundadas, faz muito mais sentido, e utiliza muito menos suposições, simplesmente admitir que a alma sobrevive e os espíritos existem afinal de contas." :D

Um abraço.
« Última modificação: 07 de Março de 2007, 15:27:28 por Leafar »
"Ide com a onda que nos arrasta; necessitamos do movimento, que é vida, ao passo que vós nos apresentais a imobilidade, que é a morte.... Queremos lançar-nos à vida, porquanto os séculos vindouros, que divisamos, têm horror à morte." (Obras Póstumas - Allan Kardec).

visite: http://conviccao-espirita.blogspot.com/2013/08/apresentacao-deste-blog.html

Offline Alenônimo

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Re: Provando uma negação
« Resposta #8 Online: 07 de Março de 2007, 22:39:03 »
Citação de: Alegra
Isso é a repetição dos hiperciclos de Ptolomeu: os movimentos dos planetas e do sol se recusavam a se encaixar na teoria de que todos giram ao redor da Terra, de modo que Ptolomeu inventou uma série de padrões complexos por nenhuma outra razão a não ser o fato de que eles resgatam a teoria geocêntrica. É simplesmente muito mais sábio concluir que, ao invés desta arquitetura monstruosamente complexa e bizarra de suposições salvadoras infundadas, faz muito mais sentido, e utiliza muito menos suposições, simplesmente admitir que o universo não gira ao redor da Terra afinal de contas.
Isso acontece mais do que se imagina.  Vejam abaixo:

../forum/topic=10197.0.html#msg177862

Parafraseando o texto: "É simplesmente muito mais sábio concluir que, ao invés desta arquitetura monstruosamente complexa e bizarra de suposições salvadoras infundadas, faz muito mais sentido, e utiliza muito menos suposições, simplesmente admitir que a alma sobrevive e os espíritos existem afinal de contas." :D

Um abraço.

Seria válido, se não fosse pura baboseira. Um dos requisitos para se usar explicações mais fáceis na Navalha de Ockham é que elas sejam plausíveis.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Zeichner

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Re: Provando uma negação
« Resposta #9 Online: 07 de Março de 2007, 23:01:16 »
Concordo. Não adianta dar umar "científico" a um milagre, porque a explicação ficaria mais fantasiosa ainda. É mais ou menos como o Quevedo faz, ao dizer que as manifestações sobrenaturais não são produtos de fantasmas ou almas penadas, mas Manifestações do "Psicóó", como a telecinese e telepatia. É trocar uma explicação milagrosa por outra.

Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #10 Online: 08 de Março de 2007, 09:01:54 »
Concordo. Não adianta dar umar "científico" a um milagre, porque a explicação ficaria mais fantasiosa ainda. É mais ou menos como o Quevedo faz, ao dizer que as manifestações sobrenaturais não são produtos de fantasmas ou almas penadas, mas Manifestações do "Psicóó", como a telecinese e telepatia. É trocar uma explicação milagrosa por outra.

Pois é. É o mesmo que dizer "com a verdade me enganas".
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Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #11 Online: 08 de Março de 2007, 09:05:12 »
Alguém devia transplantar partes desse texto para a nossa Wiki :)

Eu colocaria o texto todo...
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Offline Luis Dantas

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Re: Provando uma negação
« Resposta #12 Online: 11 de Março de 2007, 16:40:51 »
E devia mesmo, ó forista querida :)

Seja como for, pelo menos algum registro já existe agora:

../wiki/Nega%c3%a7%c3%a3o
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #13 Online: 12 de Março de 2007, 15:11:12 »
E devia mesmo, ó forista querida :)

Seja como for, pelo menos algum registro já existe agora:

../wiki/Nega%c3%a7%c3%a3o

Uhnnnn! Gostei do querida!!!  :)
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Offline Guinevere

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Re: Provando uma negação
« Resposta #14 Online: 12 de Março de 2007, 19:59:46 »
mas e os direitos autorais?

Offline Adriano

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Re: Provando uma negação
« Resposta #15 Online: 25 de Março de 2007, 15:21:16 »
No ambito da ídeía de deus esse artigo tem muito a ver com a navalha de Occam.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Provando uma negação
« Resposta #16 Online: 05 de Abril de 2007, 13:08:40 »
Com base nesse artigo é provado uma negação, e mais detalhadamente a negação de deus.  :)
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Offline Memphis Belle

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Re: Provando uma negação
« Resposta #17 Online: 05 de Abril de 2007, 19:30:33 »
Boa noite . Me desculpem os colegas ateus, mas não vejo evidência alguma de prova  da  negação de Deus. Até pq  faço aqui um caminho  inverso...Vejam: se é provado aí neste texto que a suposta prova de negação de  Deus é pq não o sinto, não o vejo , não o ouço e o mundo está cheio de coisas ruins e   Deus não resolve o problema...é pq supostamente  quem a essa teoria de negação  credita , ou creditaria tais incubênciais a Deus,de certa forma se revolta e não aceita uma deidade  com  lógica semelhante... Mas  e se ,Ele Deus, não  se prestar a esse ‘papel ‘ simplesmente  pela lógica do livre harbítrio e desse modo   as pessoas sobre a terra  sejam capazes elas mesmas de ‘resolver ‘ os problemas nela existentes e por elas ( nós ) criados? E ainda mais, se a presença Divina em  nossa vida for fruto de uma aquiescência  livre...pois convenhamos, não dá para provar em contrario o que alguém diz sentir em seu aspecto mais emocional ou inuitivo...Quem  (  e não para desafios  supérfluos  , antes  dentro da pespectiva do texto em provar  uma negação , que aqui peço que provem o contrario de uma afirmação )  de vocês caros colegas é capaz de dizer em sã conciencia e refutando com provas ,que eu  não  não sinto a presença de Deus  em minha vida? E nesse contexto , de outra pessoa qualquer que diz acreditar em uma presença divina pq O sente ...e isso não é ‘privilegio ‘ só de cristãos, mas  de todas as pessoas  que imbuídas de  sua crença alegarem  essa identificação com seu  Deus ? Como dizer então que  tais pessoas não sentem o que arfirmam sentir...não experimentam as  reações de  paz e realização  sentimental , pessoal e espiritual, que  é a elas ( incluindo-me aqui )  única e exclusivamente possível a Deus, ou Deidade de crença realizar ?

Claro que não poderei ter essa resposta de quem escreveu  tal texto , mas peço  a todos  que  com ele concordaram,  que me provem  a negação da  afirmação de pessoas  que no mundo todo sentem seu Deus como algo muito concreto em suas vidas...

Abraços carinhosíssimos a todos  os colegas e amigos ateus  que porventura lerem e quizerem equacionar   algo a este meu comentário.

Artemis.
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender.
E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
(Nelson Mandela)

Offline Adriano

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Re: Provando uma negação
« Resposta #18 Online: 05 de Abril de 2007, 19:52:35 »
Na minha concepção cara amiga Artemis é algo muito simples, pois vejo deus como uma criação humana e um grande equívoco da humanidade. É claro que também parece muita pretensão da minha parte tal afirmação, mas é por isso que procuro um ambiente ateu para ficar entre os que pensam igual a mim. Se quer respostas para por que não se acredita em deus tem muitas no fórum todo, eu mesmo ando pesquisando muito para fortalecer meus argumentos.

Também penso em deus como um amigo imaginário. Sei que pode até parecer ofensivo para uma teísta, mas realmente é o que penso, e que vejo nesse espaço a possibilidade de manisfestar esse pensamento.

 
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Luz

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Re: Provando uma negação
« Resposta #19 Online: 05 de Abril de 2007, 19:56:36 »
Artemis,

Pois é. Sentir é um negócio interessante. Digo, eu amo e isso é tão forte, evidente, tão real que chega a ser quase algo palpável, mas o amor não existe - quero dizer, materialemente falando, mas, ele existe como resultado das reações eletroquímicas do meu cérebro. Mas também, ninguém disse que o amor era material.

Ele não pode ser verificado. Tudo que podemos é saber em que região do cérebro ele atua, mas bem, também podemos fazer isso com respeito ao êxtase religioso. Tudo que se pode observar com relação ao amor, por exemplo, mas pode ser saudade, tristeza, felicidade - pode se observar em relação a deus. Os sentimentos são uma invenção humana?

E é interessante, pois nem todo mundo consegue amar. Uns já amaram muito e sofreram, por isso, sei lá, de alguma forma inibiram a sensação. Outros acham uma perda de tempo. Enfim, existem vários motivos para evitar um sentimento, se é que isso é possível. Será que o mesmo acontece com deus?

Então: seria deus um sentimento ou o amor, saudade, tristeza, felicidade e tal algo além de sentimentos?

Offline Memphis Belle

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Re: Provando uma negação
« Resposta #20 Online: 06 de Abril de 2007, 08:59:55 »
Na minha concepção cara amiga Artemis é algo muito simples, pois vejo deus como uma criação humana e um grande equívoco da humanidade. É claro que também parece muita pretensão da minha parte tal afirmação, mas é por isso que procuro um ambiente ateu para ficar entre os que pensam igual a mim. Se quer respostas para por que não se acredita em deus tem muitas no fórum todo, eu mesmo ando pesquisando muito para fortalecer meus argumentos.

Também penso em deus como um amigo imaginário. Sei que pode até parecer ofensivo para uma teísta, mas realmente é o que penso, e que vejo nesse espaço a possibilidade de manisfestar esse pensamento.

 


Bom dia caríssimo  Adriano. De modo algum é ofensivo a mim a sua forma de  levar o ateísmo, Como  Deus fora um amigo imaginário.Você , como todos os colegas daqui , tem todo o direito de ser ateu , ou de fazer a ideia que quizerem de Deus.Manifestar nossas opiniãoes é algo inerente a todo ser humano.Nossas verdades , assim como a sua é não crer em deus e a minha é crer , são o resultado do nosso livre pensamento e entendimento.Mas  sei que ninguém é dono da verdade e por  isso mantenho meu respeiito a quisquer opiniões que aqui  venham transparecer tais conceitos e ideias contrarias a  existência de Deus.
Abraços carinhosos e fraternos,
Artemis.
Ps.: é vc mesmo nessa foto ?
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender.
E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
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Offline Memphis Belle

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Re: Provando uma negação
« Resposta #21 Online: 06 de Abril de 2007, 09:31:33 »
Artemis,

Pois é. Sentir é um negócio interessante. Digo, eu amo e isso é tão forte, evidente, tão real que chega a ser quase algo palpável, mas o amor não existe - quero dizer, materialemente falando, mas, ele existe como resultado das reações eletroquímicas do meu cérebro. Mas também, ninguém disse que o amor era material.

Ele não pode ser verificado. Tudo que podemos é saber em que região do cérebro ele atua, mas bem, também podemos fazer isso com respeito ao êxtase religioso. Tudo que se pode observar com relação ao amor, por exemplo, mas pode ser saudade, tristeza, felicidade - pode se observar em relação a deus. Os sentimentos são uma invenção humana?

E é interessante, pois nem todo mundo consegue amar. Uns já amaram muito e sofreram, por isso, sei lá, de alguma forma inibiram a sensação. Outros acham uma perda de tempo. Enfim, existem vários motivos para evitar um sentimento, se é que isso é possível. Será que o mesmo acontece com deus?

Então: seria deus um sentimento ou o amor, saudade, tristeza, felicidade e tal algo além de sentimentos?


Olá  Luz , bom dia!
Não digo invenção humana , mas  conceito humano.Você chegou a um ponto bem interessante . Essa comparação que fez entre Deus e os sentimentos , tange de forma simples e coerente a ideia do mundo teísta. Ora quem pode negar o amor afinal?

Em relação a querer inibir tal sentimento , conseguindo ou não é algo livre...depende como vc mesma falou, das situações adversas a que  a pessa vive , passa ou já tenha  experimentado...caso  seja doravante  uma opção como ser livre, tentar ou querer inibir tais  sentimentos  é algo  totalmente individual a cada ser. Porém quero aqui ressaltar que não conheço entre os meus inumeros amigos ateus , um que queira simplesmente evitar acreditar em Deus. Pois a eles é algo de muita convicção a não existencia de um ou vários deuses.

Apesar de entender o amor como conceito humano...Deus  se encaixa nele com muita propriedade.O sinto  como amor...acima de todas as coisas como amor...não creio em inferno, não creio em castigos e nem quisquer formas criadas pelo homem , de Deus  trocar a nossa fé  N'Ele por algo qualquer de material ou sentimental. Ele em minha opinião , muito livre por sinal( não sei pq ainda não fui excomungada ...rs )é um Pai que nos deixou a liberdade de torna-lo ou não  existente e presente em nossa vida .E mesmo àqueles que  optam por não  crer , ele ainda assim respeita  essa condição de liberdade . Sendo Ele Amor sobre todas as coisas  , quer a nós seus filhos , esinar  o caminho  do amor , da liberdade , do respeito e isso pouco ou nada vemos nos ensinamentos religiosos e castradores das igrejas , religiões e seitas do mundo todo.Não se pode falar em deus , sem falar de amor.E o grande paradoxo de muitos ensinamentos  sobre Deus , é justamente contrapo-lo ao infinito amor . Como pode haver castigos para nós criaturas  que  nada sabemos ? Como podem ser impostas sanções sobre algo desconhecido ...Se Ele quizesse realmente que todos acreditassem N'Ele , de certo já teria feito isso....Mas a tolerencia é algo que tem de ser aprendida por nós . E a liberdade  que nos rodeia so  acentua mais a minha convicção de que Ele quer nos fazer saber que o mais importante é conseguirmos conviver com as diferenaças.Nisso consiste o princípio do amor fraterno e Divino.

Grande beijo em seu coração Luz.
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Offline Alegra

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Re: Provando uma negação
« Resposta #22 Online: 06 de Abril de 2007, 09:55:43 »
Bem, minha intenção quando colocaquei este texto foi mesmo de picar e aguçar, porque foi o que eu senti quando o li. Fiquei incomodada.
Eu como agnóstica estou sempre procurando respostas para isso e aquilo, e questionando.
Sinceramente não tenho algumas respostas ainda e as vezes fico bem triste em pensar que talvez nunca as terei.

Boa noite . Me desculpem os colegas ateus, mas não vejo evidência alguma de prova  da  negação de Deus.
Claro que não poderei ter essa resposta de quem escreveu  tal texto , mas peço  a todos  que  com ele concordaram,  que me provem  a negação da  afirmação de pessoas  que no mundo todo sentem seu Deus como algo muito concreto em suas vidas…

Abraços carinhosíssimos a todos  os colegas e amigos ateus  que porventura lerem e quizerem equacionar   algo a este meu comentário.

Artemis.

E isso de sentimento neste caso, não serve de base para mim para acreditar ou não em Deus. Quem nos garante que não criamos esse sentimento dentro da gente só para nos fazer sentir mais confortados e protegidos? afinal temos tanta necessidade disso não é verdade?

Mas como diz a assinatura da Luz que eu adoro: "mas é claro que posso estar enganada!".

Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Adriano

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Re: Provando uma negação
« Resposta #23 Online: 06 de Abril de 2007, 10:16:48 »
Mas é nesse ponto que o texto se posiciona para provar uma negação, embora negue especificamente o deus cristão, podemos estender esse arguento a sua referência de deus.
Porque relacionar deus a amor? Porque não simplesmente amor? Não se nega o amor e sim a idéia de deus.

Quando fala de deus como Pai faço a associação a criador. E quanto diz que ele quer nos ensinar o caminho do amor, da liberdade e do respeito entra na questão epistemológica e ilustra bem o por que da ciência ficar em lado oposto a religião.

A psicologia estuda o indivíduo, suas emoções, seus relacionamentos afetivos, enfim o amor também, e não há a  necessidade de correlacionar amor a divindade, embora muitos psicologos façam por serem teístas. Mas essa relação só é feita pela crença que tem.

E os ateus estão aí para demonstrar que o amor existe independente de tal crença e ainda mostram muitos  dos erros, maldades e crueldades das pessoas que a tem, principalmente no preconceito.

 


Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Memphis Belle

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Re: Provando uma negação
« Resposta #24 Online: 06 de Abril de 2007, 11:25:58 »

E isso de sentimento neste caso, não serve de base para mim para acreditar ou não em Deus. Quem nos garante que não criamos esse sentimento dentro da gente só para nos fazer sentir mais confortados e protegidos? afinal temos tanta necessidade disso não é verdade?

Mas como diz a assinatura da Luz que eu adoro: "mas é claro que posso estar enganada!".

Oi Alegra ! Gostei mesmo que  vc tenha colocado esse texto. Assim nos da base  para uma discussão  racional e saudável sobre algo tão importante  .
A sua pergunta  de o que nos garante de que não criarmos este sentimento ( a crença em Deus ) para nos protergermos e nos sentirmos  confortáveis, so pode ser respondida  por aqueles  que sentem isso e de maneira individual.Pois ambas sabemos que materialmente não se prova a existencia de  Deus ( claro  que eu aqui poderia evocar a  realidde dos chamados milagres - fatos de curas inexplicáveis pela propria ciência _Mas não farei , pelos  questionamentos relativos a psicologia e força mental.) Então assim como é impossivel a nós teístas provarmos a Sua  existência no mundo , é tão impossivel aos ateus provarem  que de fato Ele não existe...Por isso, cabe  muito bem o beneficio da duvida  que segue aos agnósticos.

Beijos carinhosos  Alegra. 

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