Ahhh Lena, para de graça, teve anestesia, não?
Olha que não sei…. Aqui em Portugal tem muito disso de parto natural nos hospitais…
Eu ainda bem
tive uma tremenda sorte de ter de ser cesariana mesmo. Se fosse ao contrário não sei se tinha sobrevivido…sério mesmo…
sou muitíssimo fraca para suportar dor, ainda mais de parto).
Sinceramente não vejo nada de bonito e romântico ter filho a sangue frio…acho uma tremenda violência com a mulher…Tô fora nessa.
Cronologia:
Rebentaram-me as águas à 1 da manhã. Fui para o hospital.
Depois de confirmarem, colocaram-me em repouso, obrigada a estar deitada sempre para o lado esquerdo.
Não dormi nada, nem sentia contracções.
Lá prás 8 veio uma equipa de médicos que constatou que eu tinha o colo do útero intacto, ou seja, o bebé estava sem águas mas o parto não avançava. Colocaram-me uns comprimidos para o colo do útero ficar pronto. Só ai doeu q nem vos conto, a porcaria dos comprimidos tendiam a sair e a médica ainda ralhava comigo.
Na mudança de turno das enfermeiras uma disse para a outra: “Esta é uma candidata a zipper” (entendi logo cesariana).
Longa espera.
Contracções … nada.
À tarde (mais de 12 horas sem águas) colocaram-me a soro para induzir o parto.
Bem finalmente elas vieram, tudo nos rins e dilatação devagar, devagarinho.
Na última verificação tinha só 2 dedos, a epidural só pode ser dada aos 3.
As dores de morrer, e eu sempre deitada para o mesmo lado, continuavam.
A certa altura o miúdo começou a entrar em sofrimento ( o ritmo cardíaco descia e não recuperava).
Aí fizeram uma cesariana de urgência. Não durou nem 10 minutos, eu estava a ver que me abriam sem eu estar ainda a dormir.
Hora de nascimento – 19 h e 10 minutos.
Resumindo: não tenho vocação para vaca parideira.