Acho que é bom esclarecer uma coisa: existe pirataria e Pirataria. Ambas são crimes, mas as consequências de cada uma são
diferentes. A com "p" minúsculo é aquele que uma pessoa comete quando copia um CD pela internet, ou quando usa um programa
crackeado. Na minha humilde opinião, esse tipo de pirataria é impossível de coibir. Ela acontece em todo o mundo (não dou mais
detalhes para não incriminar ninguem no Canadá ou na Europa
). Por outro lado, existem maneiras de diminuir o
seu impacto. Coisas como o Itunes, por exemplo, ou a distribuição de sharewares gratuitos. O outro tipo, a Pirataria com "P" maiúsculo,
é aquela que é feita por quadrilhas, que produzem os CDs genéricos em escala industrial que vemos por aí. Essa pode sim ser combatida. Se vocês forem a qualquer cidade americana ou européia, vai ser muito difícil encontrar pessoas vendendo CDs piratas
escancarademente como se vê no Brasil. Acho um absurdo o que se vê no centro de São Paulo, onde camelôs ficam vendendo
centenas de DVDs piratas à vista de todos.
A livre concorrência capitalista permite que os preços caiam até valores próximos ao seu preço de custo. Mesmo que haja cartéis de certas empresas para segurar os preços lá em cima, qualquer empresa pode se sair muito beneficiada se não aderir ao cartel, vai baixar os preços e ganhar mais. As outras ficarão forçadas a baixar também, e assim o preço é controlado em um sistema de livre concorência ideal. Mas infelizmente as coisas ainda não são ideais…
A pirataria existe porque o original é caro; o original é caro principalmente porque tem muito imposto em cima; tem muito imposto em cima porque o governo é um parasita.
É impossível uma livre concorrência decente com um estado sugador de recursos como o nosso.
Na verdade, é praticamente impossível uma gravadora competir com o preço dos piratas. Isso porque ela tem que pagar direitos autorais
e também pela publicidade e distribuição.