Autor Tópico: Cosmologia  (Lida 4083 vezes)

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Offline Tash

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Re: Cosmologia
« Resposta #25 Online: 31 de Maio de 2007, 18:23:13 »
Dois tópicos nos quais o Adriano se acha dono-da-verdade-ateísta e afirma que o método científico é ilógico. Uau.
Ilógico é a sua afirmação. O metodo científico tem como principal princípio o da falseabilidade. Esse princípio de Popper faz parte da sua filosofia da ciência, da sua epistemologia, o racionalismo crítico, no qual as teorias devem se ater a fatos observados.

E por que você afirma, sem sequer observar o universo inteiro,
O universo é observado em larga escala pela astronomia. Ou discorda? O conhecimento científico tem boa credibilidade e confiabilidade devido a sua metodologia. E as instituições científicas de prestígio idem, apesar de na astronomia pesquisadores independentes contribuirem, mas sempre com o rigor da ciência.

que não existe algo superior ao universo,
O universo nós observamos, não foi observado nada além do universo. Há especulações cosmológicas de universos paralelos e do multiverso mas não temos certeza.

que não existe um criador do universo,
A antropologia ajuda a enterder:

Citação de: Filosofia ateísta
A diferença fundamental entre o homem e o animal consiste no fato de que o animal está regulado instintivamente, enquanto o homem tem consciência e pode assim refletir sobre si próprio. Mas a consciência ultrapassa as fronteiras do eu e tende também a compreender o mundo, dirigindo-se assim para o infinito. Aqui se funda a religião, contudo, o problema consiste no fato do homem separar o infinito de si próprio. Visto assim, a religião nasce num processo de projeção. Uma experiência humana é considerada como existindo fora do homem.

http://adrianoped.blogspot.com/2007/05/atesmo-antropolgico.html  no fim artigo tem o link para o texto completo.
que não existe inteligência não-humana?
Inteligência não humana existe, os golfinhos por exemplo são animais inteligentes.


Não vou iniciar uma discussão, ainda mais embasada em um blog que você publica.

Offline Adriano

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Re: Cosmologia
« Resposta #26 Online: 31 de Maio de 2007, 18:33:46 »
Não vou iniciar uma discussão, ainda mais embasada em um blog que você publica.

Mas não é texto meu, é que no blog está selecionada a parte que fala sobre a crítica a religião de Feuerbach. O conceúdo do meu blog é de textos selecionados sobre ateísmo. Todos com o link do texto original. Quando é um texto meu eu utilizo o marcador opinião. De 42 artigos apenas 5 são de minha autoria.
E o texto original tem a indicação bibliográfica.


O link do texto completo é http://cienciareligioes.ulusofona.pt/pdfIV/editorial.pdf

Revista Lusófona de ciência das religiões – Ano V, 2006 / n. 9/10 – 9-24

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
« Última modificação: 31 de Maio de 2007, 18:39:18 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Huxley

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Re: Cosmologia
« Resposta #27 Online: 31 de Maio de 2007, 23:29:02 »
Essa hipótese que apresentou não é válida, pois está alicerçada na teoria da relatividade que demonstra suas limitações para lidar com as questões dos universos paralelos que sugerem a teoria das cordas como um nova possibilidade.

Dizer que deus-criador é uma hipótese científica e não testada é ridículo. A hipótese é negada pela ciência, pois é invalida e baseada na religião e na sua influencia cultural. Além de ser necessárias as contumazes questões: Quem o tal deus-criador? Quais as suas caracteristicas? Qual a origem desse ser? Como se dá esse processo de criação do universo (uma experiência de uma civilização mais avançada :olheira:)? Como seria o aparelho utilizado para a criação do universo?

Perceba que a Navalha de Occam se torna necessária e adequadamente utilizada para esta hipótese de deus-criador (tema do tópico), o qual eu recosso a frase "as entidades não devem ser multiplicadas além do necessário". A navalha de Occam é um princípio lógico e que tem muito contribuido para a ciência pois considera as explicações mais simples em oposição as explicações prolíxas e fantasiosas.

E se a hipótese de deus-criador é infalseável, significa que ela não tem qualquer atributo que a possa tornar empírica. O empirismo defende que o conhecimento válido é aquele que podemos perceber através dos sentidos diretamente ou através de experimentações práticas e mediadas com instrumentos como ocorre com a radiação cósmica de fundo que comprova o Big Bang (modelo cosmológico padrão). 

Assim como não há qualquer corroboração empírica para a hipótese deus, esta é infalseável. Popper acrescentou a falseabilidade a ciência como meio de separar a ciência da não ciência, que seria a pseudociência e a metafísica. Popper propõe o racionalismo crítico como sistema filosófico para a epistemologia.
Citação de: Wikipédia
Um conceito central nesta teoria é o da necessidade da falseabilidade dos sistemas teóricos. Eles devem ser averiguados pela observação. Se a observação não repudiar a teoria isso não significa no entanto que a teoria possa ser considerada como válida.
A teoria não repudiada pela observação pode ser falseada, e não temos verdades universais mas sim a credibilidade de tal método.

Vemos que a filosofia de Poppeer, o racionalismo crítico, admite apenas teorias empíricas.

Mais uma vez batendo na mesma tecla, sem entender nada o que falo.

A hipótese Deus na definição correta não pode ser falseada, mas na sua definição sim.Se um Deus é apenas aquele que cria um Universo e se um cientista faz o experimento que sugeri, para falsear essa teoria bastaria um fracasso da criação de um Universo em um novo experimento.
"A coisa mais importante da vida é saber o que é importante". Otto Milo

Meu blog: http://biologiaevolutiva.blogspot.com

Offline Adriano

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Re: Cosmologia
« Resposta #28 Online: 01 de Junho de 2007, 14:43:44 »
Mais uma vez batendo na mesma tecla, sem entender nada o que falo.
A tecla da qual está falando é a minha opinião de que deus não existe. E você continua a bater da tecla da sua opinião de que existe a possibilidade teórica da existência de deus atravéz da cosmologia, e pior ainda atravéz da teoria das cordas.  :nao:

A hipótese Deus na definição correta não pode ser falseada,

Se a sua definição que considera correta não pode ser falseada, então um conceito metafísico, e nem podemos considerar como científica nem filosíficamente válida pelo racionalismo crítico (filosofia da ciência).

mas na sua definição sim.
É a definição correta e mais usual, a única que possibilita dúvidas, pois é um simbolismo, um arquético do desconhecido, do nada. E sua utilização vem ao longo da história científica ocupando as lacunas do conhecimento. 

Em ciência não existe possibilidade de hipótese, se uma possibilidade de explicação (hipótese), pode ser falseável temos uma hipótese científica.

E se é possível uma hipótese de deus-criador e ainda mais uma hipótese falseável, estamos a um passo de comprovar a existência de deus.  :susto:

Se um Deus é apenas aquele que cria um Universo e se um cientista faz o experimento que sugeri,
Esta sua premissa não é um fato observável e sim mais uma teorização acerca de possibilidades e baseada num único autor.

Aqui eu faço uma ressalva que tal argumento seu repousa na autoridade do físico Alan Guth. E digo que tal pensamento provavelmente não faz parte do escopo geral de tal pensamento, sendo uma especulação intuitiva que o remeteu ao pensamento de criação, pois é um arquétipo do desconhecido em relação a criação do mundo.


para falsear essa teoria bastaria um fracasso da criação de um Universo em um novo experimento.
Duas falácias:

Falácia Argumentum ad ignorantiam, pois tal teorização é considerada verdadeira simplesmente porque não foi provado que é falso, o que ocorre com a premissa.

Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável.

Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

blue pill

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Re: Cosmologia
« Resposta #29 Online: 01 de Junho de 2007, 15:23:27 »
A ciência trabalha com todas as hipóteses, portanto também trabalha com a hipótese: "Deus foi o criador do universo" ou "Existe um deus criador dentro do Ser".

O que ocorre na ciência que parece negar deus é que, via de regra, ninguem ainda conseguiu uma demonstração satisfatória dessa hipótese, o que sugere no momento que ela não seje verdadeira.
Mas não nega a existência de dessa hipótese....

Faz-se muito estardalhaço a respeito dessa idéia de que DEUS NÃO EXISTE, bom, não sei quais são os motivos maiores de algumas pessoas, mas contrastando com a idéia de que o conhecimento ainda não foi alcançado em plenitude, apenas parcialmente, não tem porque fazer tais afirmações (ou negações) tão enfáticas como a negação de deus.

Um exemplo que sempre gosto de dar pra ilustrar bem a incoerência que isso traz, mesmo sem perceber, aos que se dizem "conhecedores", e saem por ai fazendo esse tipo de afirmações é o seguinte:

É bem razoavel achar que existe criatividade no ser humano não é ? Então, pra isso é necessário um deus dentro do ser.

No entanto, esses mesmos caras que afirmam a INEXISTÊNCIA de deus, fazem de forma como se ESSE conhecimento a respeito da inexistência de algo, fosse algo transcendente do cérebro humano, e como se o conhecimento fosse possível...

Essa é uma questão do conhecimento volta para a questão do cerebro humano, se dentro do ser não ha um deus, então todo o conhecimento pode ser relativizado e tratado como um "resultado de um determinante" da "matriz" cerebro.

Assim como afirmação de deus é uma erro metafísico (pois se ele existisse do além, não conseguiriamos nem ser capazes de pensar nele) Assim como essa afirmação da existência de deus, a negação de deus também é um conhecimento transcendente desse indivíduo e esse é o erro que algumas pessoas cometem.

Negam o cerebro humano e afirmam o cerebro humano...
Negam deus e afirmam deus...

Não faz muito sentido pra mim esse tipo de atitude.

Nigh†mare

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Re: Cosmologia
« Resposta #30 Online: 01 de Junho de 2007, 17:30:37 »
A ciência trabalha com todas as hipóteses, portanto também trabalha com a hipótese: "Deus foi o criador do universo" ou "Existe um deus criador dentro do Ser".
Só nos seus delírios psicodélicos!

blue pill

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Re: Cosmologia
« Resposta #31 Online: 01 de Junho de 2007, 17:50:27 »
A ciência trabalha com todas as hipóteses, portanto também trabalha com a hipótese: "Deus foi o criador do universo" ou "Existe um deus criador dentro do Ser".
Só nos seus delírios psicodélicos!

Então você deve ter a resposta de como o universo surgiu ?

blue pill

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Re: Cosmologia
« Resposta #32 Online: 01 de Junho de 2007, 17:54:00 »
Quer uma boa visão sobre a quantidade ou qualidade, como você quiser, das opiniões sobre a criação do universo por meio de um deus, leia: Uma Breve História do Tempo - Hawking

Só lembrando que estamos aqui a discutir opiniões, e não conhecimentos.

Conhecimento não se discute, se tem.

Offline Adriano

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Re: Cosmologia
« Resposta #33 Online: 01 de Junho de 2007, 19:14:48 »
A ciência trabalha com todas as hipóteses, portanto também trabalha com a hipótese: "Deus foi o criador do universo" ou "Existe um deus criador dentro do Ser".
Errado, não existe tal hipótese na ciência.

O que ocorre na ciência que parece negar deus é que, via de regra, ninguem ainda conseguiu uma demonstração satisfatória dessa hipótese, o que sugere no momento que ela não seje verdadeira.
Mas não nega a existência de dessa hipótese…
Nega tal hipótese por ser infalseável, metafísica, que segundo o racionalismo crítico não pode sequer ser levada em consideração pois não tem base na observação empírica. 

Faz-se muito estardalhaço a respeito dessa idéia de que DEUS NÃO EXISTE,
Não é uma idéia é uma fato científico. Vivemos num mundo sem deus.

bom, não sei quais são os motivos maiores de algumas pessoas, mas contrastando com a idéia de que o conhecimento ainda não foi alcançado em plenitude, apenas parcialmente, não tem porque fazer tais afirmações (ou negações) tão enfáticas como a negação de deus.
Falta de conhecimento sobre o ateísmo. Tem motivos de sobra.

Um exemplo que sempre gosto de dar pra ilustrar bem a incoerência que isso traz, mesmo sem perceber, aos que se dizem "conhecedores", e saem por ai fazendo esse tipo de afirmações é o seguinte:

É bem razoavel achar que existe criatividade no ser humano não é ? Então, pra isso é necessário um deus dentro do ser.
Não, é necessário um cérebro.

No entanto, esses mesmos caras que afirmam a INEXISTÊNCIA de deus, fazem de forma como se ESSE conhecimento a respeito da inexistência de algo, fosse algo transcendente do cérebro humano, e como se o conhecimento fosse possível…
É um conhecimento científico, o mundo que existe é sem deus. O ateísmo é científico, pois se baseia na ciência para fazer suas afirmações.

Essa é uma questão do conhecimento volta para a questão do cerebro humano, se dentro do ser não ha um deus, então todo o conhecimento pode ser relativizado e tratado como um "resultado de um determinante" da "matriz" cerebro.
Ok.

Assim como afirmação de deus é uma erro metafísico (pois se ele existisse do além, não conseguiriamos nem ser capazes de pensar nele) Assim como essa afirmação da existência de deus, a negação de deus também é um conhecimento transcendente desse indivíduo e esse é o erro que algumas pessoas cometem.
A negação de deus é a constatação de que vivemos num mundo sem deus. O erro é acreditar em deus ou na possibilidade de deus.

Negam o cerebro humano e afirmam o cerebro humano…
Conclusão errada baseada em premissa inválida.

Negam deus e afirmam deus…
O que tem os agnósticos?  :D

Não faz muito sentido pra mim esse tipo de atitude.
E qual atitude faz sentido para você?
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Nigh†mare

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Re: Cosmologia
« Resposta #34 Online: 01 de Junho de 2007, 19:40:29 »
A ciência trabalha com todas as hipóteses, portanto também trabalha com a hipótese: "Deus foi o criador do universo" ou "Existe um deus criador dentro do Ser".
Só nos seus delírios psicodélicos!
Então você deve ter a resposta de como o universo surgiu ?
Mate-se.

Offline -Huxley-

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Re: Cosmologia
« Resposta #35 Online: 02 de Junho de 2007, 12:17:57 »

E você continua a bater da tecla da sua opinião de que existe a possibilidade teórica da existência de deus atravéz da cosmologia.

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Duas falácias:

Falácia Argumentum ad ignorantiam, pois tal teorização é considerada verdadeira simplesmente porque não foi provado que é falso, o que ocorre com a premissa.

Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável.



Estou repondendo pela última vez, já que eu não gosto de ficar debatendo com pessoas que colocam palavras na minha boca:

EU NÃO DISSE QUE DEUS ERA UMA HIPÓTESE CIENTÍFICA VÁLIDA, PORQUE EU NÃO ACEITO A VALIDADE QUE DEUS É DEFINIDO COMO AQUELE SER QUE É CAPAZ DE CRIAR UM UNIVERSO.AINDA ASSIM, NEM NA DEFINIÇÃO DE "DEUS" EU CONSIDERO A MESMA UMA "TEORIZAÇÃO VERDADEIRA", EU DISSE QUE A CONSIDERO UMA HIPÓTESE TESTÁVEL NÃO-TESTADA, SE ELA É "NÃO-TESTADA" É ÓBVIO QUE NÃO CONSIDERO NEM VERDADEIRA NEM FALSA, PELO SIMPLES FATO QUE ELA NÃO FOI SUBMETIDA A NENHUM TESTE AINDA, EMBORA NO FUTURO POSSA SER SUBMETIDA.

Agora respondendo a segunda alegação de falácia.

Se você leu e entendeu que me referi a uma "hipótese testável não-testada", então o que está escrito abaixo é uma demonstração de ignorância sobre o básico do método científico:

 
"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."

Não existe hipótese testável não-testada baseada em "evidências empíricas", pelo simples fato que o primeiro passo do método científico é justamente criar uma hipótese testável que ainda não foi submetida a testes.O que pode existir é hipótese testável não-testada baseada em observações preliminares e deduções.Por exemplo, a teoria do Universo com mais de 4 dimensões é um exemplo de hipótese testável não-testada, justamente porque se baseia em deduções e porque apresenta potenciais refutações (como o não-desvio da lei do quadrado do inverso em escalas ultra-microscópicas).Assim, foi criada a proposição "se essa hipótese é verdadeira, deveríamos tomar desvios nas medidas que indicam que a força é inversamente proporcional ao quadrado da distância em escalas ultra-microscópicas".Pronto, esse é um caso de hipótese testável não-testada, dado a atual incapacidade em sondar distâncias da ordem do comprimento de Planck.Se essa proposição fosse corroborada, isso não ainda encerraria a questão.Bastaria que fosse tomado medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao quadrado da distância em em escalas microscópicas em um novo experimento, já que esta seria a corroboração da hipótese falseadora.Agora, imagine isso que você dissesse isso a pessoa que formulou essa hipótese testável:

"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que desvios na lei do quadrado do inverso em distâncias ultra-miscroscópicas é verificada em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."

Seria o mesmo erro que cometeu ao dizer que minha hipótese é baseada em argumentação circular.

E a hipótese criacionista que citei, não é "invenção de Alan Guth", ela foi criada por outros físicos e foi tema de debate entre os físicos ANTES de Guth ter tocado no assunto (é só ver o livro que citei).Se se aquecesse uma região do espaço num temperatura enorme e se a resfrisse rapidamente ou se comprimisse a matéria a um tamanho de um sub-átomo de 10 elevado a menos 80 g/centímetro cúbico de densidade, existiriam efeitos observáveis bem específicos predito pelas teorias de Grande Unificação, efeitos esses que seriam um fruto de um "novo Big Bang".


Um texto que vai te ajudar a entender o que eu disse:

http://www.biociencia.org/option=com_content&task=view&id=97&Itemid=83

"Agora vamos responder a questão “O que é o método científico?” – muito simplificadamente (e um pouco infantil), o método científico é um programa para pesquisa que compreende quatro passos principais. Na prática estes passos seguem mais uma ordem lógica que cronológica:

1 – fazer observações;
2 – formar uma hipótese testável para explicar as observações;
3 – deduzir predições a partir das hipóteses;
4 – buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2. (NOTA MINHA:OBSERVE, A HIPÓTESE TESTÁVEL É CRIADA ANTES DA VERIFICAÇÃO EMPÍRICA).

Uma vez que os cientistas estão constantemente fazendo novas observações e testando através daquelas observações, os quatro passos são normalmente praticados ao mesmo tempo. Novas observações, embora não preditas, podem ser explicáveis retrospectivamente pela hipótese. Novas informações, especialmente detalhes de alguns processos previamente não compreendidos, podem impor novos limites à hipótese original. Então, novas informações, combinadas com uma hipótese antiga, freqüentemente leva a novas predições que podem ser testadas mais tarde.

O exame do método científico revela que a ciência envolve muito mais que empirismo crédulo. Pesquisas que envolvem somente observações, repetições e medidas não são suficientes para contar como ciência. Estas 3 técnicas são meramente parte do processo de fazer observações (passo 1, acima). Astrólogos, wiccas, alquimistas e xamãs observam, repetem e medem – mas eles não fazem ciência. O que distingue a ciência é claramente o modo como as observações são interpretadas, testadas e utilizadas.
 

A hipótese testável

A característica que define a ciência é o conceito da hipótese testável. Uma hipótese testável deve fazer predições que podem ser validadas por observadores independentes. Por “testável” queremos dizer que as predições devem incluir exemplos do que deve e o que não deve ser observado se a hipótese for verdadeira. Uma hipótese que pode explicar todas as observações possíveis e os dados não são testáveis, não é científica. Uma boa hipótese científica deve rejeitar algumas possibilidades concebíveis, pelo menos em princípio. Além disso, uma explicação científica precisa fazer predições de risco – as predições deveriam ser necessárias se a teoria estiver correta, e poucas outras teorias deveriam fazer as mesmas predições necessárias. Estes requisitos científicos são a essência da falseabilidade e corroboração de Popper.

Por exemplo, a hipótese solipsista de que o universo todo é na verdade uma invenção de sua imaginação não é uma hipótese científica. O solipsismo não faz predições específicas ou de risco, simplesmente prediz que as coisas são “como elas são”. Nenhuma observação possível poderia conflitar com o solipsismo, uma vez que todas as observações sempre podem ser explicadas como simplesmente outra criação de nossa imaginação. Muitos outros exemplos extremos podem ser pensados, como a hipótese de que o universo surgiu subitamente no todo, cinco minutos atrás, com todas as nossas memórias de eventos anteriores intactas. Em geral, criacionismo e “projeto inteligente” (ID) falham cientificamente por estas mesmas razões, uma vez que ambos podem facilmente explicar todas as observações biológicas possíveis, uma vez que não há predições arriscadas nem específicas.

Em contraste, a teoria científica da gravitação universal de Newton prediz que a força entre duas massas deve ser inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas (também conhecida como “lei do quadrado inverso”). A princípio, nós podemos tomar as medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao cubo da distância. Tal observação seria inconsistente com a predição da teoria da gravitação universal de Newton, e desta forma, a teoria é falseável. Anti-evolucionistas, como os criacionistas “científicos”, são especialmente fãs de Karl Popper e seu critério de falseabilidade, e são bem conhecidos por afirmar que a teoria evolutiva não é científica porque não pode ser falseada. Neste artigo, estas acusações são desmascaradas. Cada uma das evidências apontadas para a origem comum contém uma seção mostrando exemplos de potenciais refutações, isto é, exemplos de observações que são previstos como não observáveis caso a teoria esteja correta."








 
« Última modificação: 02 de Junho de 2007, 12:30:30 por -Huxley- »

Offline Adriano

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Re: Cosmologia
« Resposta #36 Online: 02 de Junho de 2007, 14:26:06 »
Estou repondendo pela última vez, já que eu não gosto de ficar debatendo com pessoas que colocam palavras na minha boca:
E você fica dizendo que estou fazendo isso, mas é devido a incoerencia do que escreve para tentar justificar que a ciência não nega deus.

EU NÃO DISSE QUE DEUS ERA UMA HIPÓTESE CIENTÍFICA VÁLIDA, PORQUE EU NÃO ACEITO A VALIDADE QUE DEUS É DEFINIDO COMO AQUELE SER QUE É CAPAZ DE CRIAR UM UNIVERSO.AINDA ASSIM, NEM NA DEFINIÇÃO DE "DEUS" EU CONSIDERO A MESMA UMA "TEORIZAÇÃO VERDADEIRA", EU DISSE QUE A CONSIDERO UMA HIPÓTESE TESTÁVEL NÃO-TESTADA, SE ELA É "NÃO-TESTADA" É ÓBVIO QUE NÃO CONSIDERO NEM VERDADEIRA NEM FALSA, PELO SIMPLES FATO QUE ELA NÃO FOI SUBMETIDA A NENHUM TESTE AINDA, EMBORA NO FUTURO POSSA SER SUBMETIDA.
Se a hipótese é testável, independente de estar testada ou não testada, é uma hipótese científica válida. Entendo que se prende a questão da definição do conceito de deus, mas você está querendo justificar que no conceito de deus criador seria válida tal hipótese. A hipótese apresentada contém muitas falhas e contradições.

Agora respondendo a segunda alegação de falácia.

Se você leu e entendeu que me referi a uma "hipótese testável não-testada", então o que está escrito abaixo é uma demonstração de ignorância sobre o básico do método científico:
É sempre preferível ver a opinião discordante como sendo ignorancia.  :nao2:


 
"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."

Não existe hipótese testável não-testada baseada em "evidências empíricas", pelo simples fato que o primeiro passo do método científico é justamente criar uma hipótese testável que ainda não foi submetida a testes. O que pode existir é hipótese testável não-testada baseada em observações preliminares e deduções.
É o método dedutivo.

 
Por exemplo, a teoria do Universo com mais de 4 dimensões é um exemplo de hipótese testável não-testada, justamente porque se baseia em deduções e porque apresenta potenciais refutações (como o não-desvio da lei do quadrado do inverso em escalas ultra-microscópicas).Assim, foi criada a proposição "se essa hipótese é verdadeira, deveríamos tomar desvios nas medidas que indicam que a força é inversamente proporcional ao quadrado da distância em escalas ultra-microscópicas".Pronto, esse é um caso de hipótese testável não-testada, dado a atual incapacidade em sondar distâncias da ordem do comprimento de Planck.Se essa proposição fosse corroborada, isso não ainda encerraria a questão.Bastaria que fosse tomado medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao quadrado da distância em em escalas microscópicas em um novo experimento, já que esta seria a corroboração da hipótese falseadora.
Exatamente, e a teorização criacionista apontada por você tomava por base uma hipótese testável não testada, que é a possibilidade de podermos criar o Big Bang. E foi mais além com base nessa hipótese o argumento propões que uma civilização mais inteligente poderia fazer facilmente tal experimento. E que civilização? Outra teorização baseada em que? Em outras dimensões? Estas que são a hipótese testável não testada, e também o experimento da criação é a hipótese testavel não testada.

Ou seja o argumento parde de hipóteses testáveis não testadas, para fazer uma nova hipótese de que nós podemos ser origem de outra civilização. Mesmo que nós possamos fazer o experimento de criação do universo, não há nada que indique uma civilização em outras dimensões.

É semelhante a tomar o experimento laboratorial que reproduz a origem da vida na terra (aminoácidos) e concluir que devido a isso somos resultados de uma experiencia laboratorial efetuada por algum deus ou alienígena. :alien:


 
Agora, imagine isso que você dissesse isso a pessoa que formulou essa hipótese testável:

"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que desvios na lei do quadrado do inverso em distâncias ultra-miscroscópicas é verificada em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."

Seria o mesmo erro que cometeu ao dizer que minha hipótese é baseada em argumentação circular.
É bem diferente. O argumento é falacioso por justificar que nosso universo seria uma criação de outro ser devido a possibilidade de podermos criar um universo. A conclusão não tem relação com a premissa, é um non sequitor. Seriam seres de outro universo que criaram o nosso, mas quem teria criado os seres do outro universo? A outra premissa de uma outra civilização não explica nada, só complica.

 
E a hipótese criacionista que citei, não é "invenção de Alan Guth", ela foi criada por outros físicos e foi tema de debate entre os físicos ANTES de Guth ter tocado no assunto (é só ver o livro que citei).
Os físicos também tem as suas crenças e estar podem influenciar nas suas conclusões.

 
Se se aquecesse uma região do espaço num temperatura enorme e se a resfrisse rapidamente ou se comprimisse a matéria a um tamanho de um sub-átomo de 10 elevado a menos 80 g/centímetro cúbico de densidade, existiriam efeitos observáveis bem específicos predito pelas teorias de Grande Unificação, efeitos esses que seriam um fruto de um "novo Big Bang".
Essa é a hipótese testável não testada. Mas que deixa muitas indações para poder justificar o argumento criacionista. Qual seria o efeito de tal experimento neste universo? Teriamos universos infinitos podendo ser reproduzidos em laboratório? A teoria M propões um universo de 11 dimensões.

 
Um texto que vai te ajudar a entender o que eu disse:

http://www.biociencia.org/option=com_content&task=view&id=97&Itemid=83

"Agora vamos responder a questão “O que é o método científico?” – muito simplificadamente (e um pouco infantil), o método científico é um programa para pesquisa que compreende quatro passos principais. Na prática estes passos seguem mais uma ordem lógica que cronológica:

1 – fazer observações;
2 – formar uma hipótese testável para explicar as observações;
3 – deduzir predições a partir das hipóteses;
4 – buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2. (NOTA MINHA:OBSERVE, A HIPÓTESE TESTÁVEL É CRIADA ANTES DA VERIFICAÇÃO EMPÍRICA).
Exato, mas onde está as observações que demonstram a possibilidade de uma civilização em outro universo? É uma das premissas da hipótese que conclui que tal civilização poderia ter nos criado, devido a possibilidade de nós criarmos outro universo.  :stunned:

É o velho argumento circular de deus. E quem criou tal civilização? Como a hipótese não explica e só complica não é válida. Navalha de Occam.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Mauricio Rubio

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Re: Cosmologia
« Resposta #37 Online: 02 de Junho de 2007, 15:04:06 »
Esses tópicos já estão cansando   :sleepy:

"Conhecer a sombra é uma grande armadilha. A certeza de que a sombra não é real e a constatação constrangedora de que existem pessoas que perseguem a sombra, leva à formação de conceitos definitivos e equivocadamente superiores. Posso até dizer que o ateu está um passo à frente do crente, pois já abandonou o culto à sombra. Infelizmente, a ilusão perfeita o convence de já ter encontrado a realidade, não restando mais nada a ser buscado."

Sem +
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
    estão superados,
ele é alguém – que está além do medo,
        feliz,
       sem angústia,
a quem os devas não podem ver"

Buda Sakyamuni

Offline Adriano

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Re: Cosmologia
« Resposta #38 Online: 02 de Junho de 2007, 20:14:12 »
Esses tópicos já estão cansando   :sleepy:

"Conhecer a sombra é uma grande armadilha. A certeza de que a sombra não é real e a constatação constrangedora de que existem pessoas que perseguem a sombra, leva à formação de conceitos definitivos e equivocadamente superiores. Posso até dizer que o ateu está um passo à frente do crente, pois já abandonou o culto à sombra. Infelizmente, a ilusão perfeita o convence de já ter encontrado a realidade, não restando mais nada a ser buscado."

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O ateu não cultua a sombra pois ele sabe que não existe nenhum ser que projete tal sombra. Mas esta analogia é interessante para entender o agnosticismo como o culto a sombra, e o teísmo ao ser inexistente.

E o ateísmo por ser científico dá embasamento a uma melhor compreensão da realidade e a continuidade da produção científica.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Mauricio Rubio

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Re: Cosmologia
« Resposta #39 Online: 03 de Junho de 2007, 02:36:23 »
Esses tópicos já estão cansando   :sleepy:

"Conhecer a sombra é uma grande armadilha. A certeza de que a sombra não é real e a constatação constrangedora de que existem pessoas que perseguem a sombra, leva à formação de conceitos definitivos e equivocadamente superiores. Posso até dizer que o ateu está um passo à frente do crente, pois já abandonou o culto à sombra. Infelizmente, a ilusão perfeita o convence de já ter encontrado a realidade, não restando mais nada a ser buscado."

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O ateu não cultua a sombra pois ele sabe que não existe nenhum ser que projete tal sombra. Mas esta analogia é interessante para entender o agnosticismo como o culto a sombra, e o teísmo ao ser inexistente.

E o ateísmo por ser científico dá embasamento a uma melhor compreensão da realidade e a continuidade da produção científica.

Vc continua na mesma dizendo que o ateismo é cientifico né cara? Vc não aprende?  :?
« Última modificação: 03 de Junho de 2007, 02:39:15 por Mauricio Rubio »
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
    estão superados,
ele é alguém – que está além do medo,
        feliz,
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Buda Sakyamuni

Offline O Grande Capanga

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Re: Cosmologia
« Resposta #40 Online: 06 de Junho de 2007, 10:02:26 »
O significado da palavra “Deus” não é: “Entidade suprema que só existe porque tudo tem de ter um criador”.Deus é apenas “Qualquer entidade cujos atributos estão acima das capacidades humanas”.Se o significado da palavra “Deus” fosse a primeira definição, aí poderíamos conversar.

Gostaria que o Huxley respondesse se anjos e demônios fazem parte dessa categoria e por quê.

 

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