E você continua a bater da tecla da sua opinião de que existe a possibilidade teórica da existência de deus atravéz da cosmologia.
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Duas falácias:
Falácia Argumentum ad ignorantiam, pois tal teorização é considerada verdadeira simplesmente porque não foi provado que é falso, o que ocorre com a premissa.
Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável.
Estou repondendo pela última vez, já que eu não gosto de ficar debatendo com pessoas que colocam palavras na minha boca:
EU
NÃO DISSE QUE DEUS ERA UMA HIPÓTESE CIENTÍFICA VÁLIDA, PORQUE EU
NÃO ACEITO A VALIDADE QUE DEUS É DEFINIDO COMO AQUELE SER QUE É CAPAZ DE CRIAR UM UNIVERSO.AINDA ASSIM, NEM NA DEFINIÇÃO DE "DEUS" EU CONSIDERO A MESMA UMA "TEORIZAÇÃO VERDADEIRA", EU DISSE QUE A CONSIDERO UMA HIPÓTESE TESTÁVEL
NÃO-TESTADA, SE ELA É "
NÃO-TESTADA" É ÓBVIO QUE NÃO CONSIDERO NEM VERDADEIRA NEM FALSA, PELO SIMPLES FATO QUE ELA NÃO FOI SUBMETIDA A NENHUM TESTE AINDA, EMBORA NO FUTURO POSSA SER SUBMETIDA.
Agora respondendo a segunda alegação de falácia.
Se você leu e entendeu que me referi a uma "hipótese testável não-testada", então o que está escrito abaixo é uma demonstração de
ignorância sobre o básico do método científico:
"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que o universo foi criado em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."
Não existe hipótese testável não-testada baseada em "evidências empíricas", pelo simples fato que o primeiro passo do método científico é justamente criar uma hipótese testável que ainda
não foi submetida a testes.O que pode existir é hipótese testável não-testada baseada em observações preliminares e deduções.Por exemplo, a teoria do Universo com mais de 4 dimensões é um exemplo de hipótese testável não-testada, justamente porque se baseia em deduções e porque apresenta potenciais refutações (como o não-desvio da lei do quadrado do inverso em escalas ultra-microscópicas).Assim, foi criada a proposição "se essa hipótese é verdadeira, deveríamos tomar desvios nas medidas que indicam que a força é inversamente proporcional ao quadrado da distância em escalas ultra-microscópicas".Pronto, esse é um caso de hipótese testável não-testada, dado a atual incapacidade em sondar distâncias da ordem do comprimento de Planck.Se essa proposição fosse corroborada, isso não ainda encerraria a questão.Bastaria que fosse tomado medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao quadrado da distância em em escalas microscópicas em um novo experimento, já que esta seria a corroboração da hipótese falseadora.Agora, imagine isso que você dissesse isso a pessoa que formulou essa hipótese testável:
"Falácia Circulus in Demonstrando, pois a premissa de que desvios na lei do quadrado do inverso em distâncias ultra-miscroscópicas é verificada em uma experiência é tomada como conclusão, onde cita um "novo experimento", para demonstrar uma falseabilidade que não é baseada em evidências empíricas, e portanto infalseável."
Seria o mesmo erro que cometeu ao dizer que minha hipótese é baseada em argumentação circular.
E a hipótese criacionista que citei, não é "invenção de Alan Guth", ela foi criada por outros físicos e foi tema de debate entre os físicos ANTES de Guth ter tocado no assunto (é só ver o livro que citei).Se se aquecesse uma região do espaço num temperatura enorme e se a resfrisse rapidamente ou se comprimisse a matéria a um tamanho de um sub-átomo de 10 elevado a menos 80 g/centímetro cúbico de densidade, existiriam efeitos observáveis bem específicos predito pelas teorias de Grande Unificação, efeitos esses que seriam um fruto de um "novo Big Bang".
Um texto que vai te ajudar a entender o que eu disse:
http://www.biociencia.org/option=com_content&task=view&id=97&Itemid=83"Agora vamos responder a questão “O que é o método científico?” – muito simplificadamente (e um pouco infantil), o método científico é um programa para pesquisa que compreende quatro passos principais. Na prática estes passos seguem mais uma ordem lógica que cronológica:
1 – fazer observações;
2 – formar uma hipótese testável para explicar as observações;3 – deduzir predições a partir das hipóteses;
4 – buscar confirmações das predições; se as predições contradizem a observação empírica, volta-se ao passo 2. (NOTA MINHA:OBSERVE, A HIPÓTESE TESTÁVEL É CRIADA
ANTES DA VERIFICAÇÃO EMPÍRICA).
Uma vez que os cientistas estão constantemente fazendo novas observações e testando através daquelas observações, os quatro passos são normalmente praticados ao mesmo tempo. Novas observações, embora não preditas, podem ser explicáveis retrospectivamente pela hipótese. Novas informações, especialmente detalhes de alguns processos previamente não compreendidos, podem impor novos limites à hipótese original. Então, novas informações, combinadas com uma hipótese antiga, freqüentemente leva a novas predições que podem ser testadas mais tarde.
O exame do método científico revela que a ciência envolve muito mais que empirismo crédulo. Pesquisas que envolvem somente observações, repetições e medidas não são suficientes para contar como ciência. Estas 3 técnicas são meramente parte do processo de fazer observações (passo 1, acima). Astrólogos, wiccas, alquimistas e xamãs observam, repetem e medem – mas eles não fazem ciência. O que distingue a ciência é claramente o modo como as observações são interpretadas, testadas e utilizadas.
A hipótese testável
A característica que define a ciência é o conceito da hipótese testável. Uma hipótese testável deve fazer predições que podem ser validadas por observadores independentes. Por “testável” queremos dizer que as predições devem incluir exemplos do que deve e o que não deve ser observado se a hipótese for verdadeira. Uma hipótese que pode explicar todas as observações possíveis e os dados não são testáveis, não é científica. Uma boa hipótese científica deve rejeitar algumas possibilidades concebíveis, pelo menos em princípio. Além disso, uma explicação científica precisa fazer predições de risco – as predições deveriam ser necessárias se a teoria estiver correta, e poucas outras teorias deveriam fazer as mesmas predições necessárias. Estes requisitos científicos são a essência da falseabilidade e corroboração de Popper.
Por exemplo, a hipótese solipsista de que o universo todo é na verdade uma invenção de sua imaginação não é uma hipótese científica. O solipsismo não faz predições específicas ou de risco, simplesmente prediz que as coisas são “como elas são”. Nenhuma observação possível poderia conflitar com o solipsismo, uma vez que todas as observações sempre podem ser explicadas como simplesmente outra criação de nossa imaginação. Muitos outros exemplos extremos podem ser pensados, como a hipótese de que o universo surgiu subitamente no todo, cinco minutos atrás, com todas as nossas memórias de eventos anteriores intactas. Em geral, criacionismo e “projeto inteligente” (ID) falham cientificamente por estas mesmas razões, uma vez que ambos podem facilmente explicar todas as observações biológicas possíveis, uma vez que não há predições arriscadas nem específicas.
Em contraste, a teoria científica da gravitação universal de Newton prediz que a força entre duas massas deve ser inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas (também conhecida como “lei do quadrado inverso”). A princípio, nós podemos tomar as medidas que indicam que a força é realmente inversamente proporcional ao cubo da distância. Tal observação seria inconsistente com a predição da teoria da gravitação universal de Newton, e desta forma, a teoria é falseável. Anti-evolucionistas, como os criacionistas “científicos”, são especialmente fãs de Karl Popper e seu critério de falseabilidade, e são bem conhecidos por afirmar que a teoria evolutiva não é científica porque não pode ser falseada. Neste artigo, estas acusações são desmascaradas. Cada uma das evidências apontadas para a origem comum contém uma seção mostrando exemplos de potenciais refutações, isto é, exemplos de observações que são previstos como não observáveis caso a teoria esteja correta."