Perceba uma das dificuldades aqui. O teísmo é um termo geral que inclui o deísmo e o panteísmo, ou estes dois últimos se contrapõem ao teísmo?
Inclui isso tudo.
Se acredita em Deus, é teísta.
A definição de teísmo não me agrada muito e, erra em apontar o Taoísmo como não-teísta.
Quando pensei em Teísmo, pensei no contrario do ateísmo. (acreditar em Deus /não acreditar)
Parece uma boa definição, com valor prático. Mas não é. O conceito de Deus e a crença em Deus são coisas por demais vagas e fugidias para sustentar uma distinção clara entre ateus e teístas. Aparências à parte, é mais verdadeiro dizer que os teístas criam deuses do que que acreditam neles. Afinal de contas, deus algum é sustentado por muito mais do que a crença nele…
Só que ai você está considerando que seria impossível a existência de um Deus e, por isso, impossível alguém "saber" que ele existe ao invés de ter que "acreditar" nele ou, que alguém tenha um conceito e percepção de Deus, que possa se justificar pela razão sem a simples crença.
É bom também entender, que "acreditar", nem sempre é um ato irracional, "acreditar", pode ser considerar algo mais "provável" e por isso crível.
Muitos teístas acreditam em Deus, por achar mais provavel sua existência que sua inexistência e, o fazem após analisar diversas coisas.
É como "acreditar" que em algum lugar do universo, deve existir alguma outra forma de vida, após observar o tamanho do universos e suas possibilidades.
É uma crença justificada em um questionamento racional sobre as possibilidades e suas probabilidades.
Isso, mesmo que esteja errado, é diferente de "acreditar" porque sempre ouviu falar ou porque "sente" ou "intui" que algo maior deve existir.
Justificar Deus na razão não é uma contradição por definição?
Não.
Se eu observo o conceito de Deus "uno" e transcendente, que existe em tudo e em todos, depois percebo como em toda a minha vida tenho sido "guiado" e "manipulado" tanto por dentro quanto por fora, por algo que se mostra consciente e com um objetivo, fica fácil perceber que esse "algo" é o que recebe por muitos o nome Deus.
Dai concluir que Deus existe, é perfeitamente racional.
mas não sou contrario a religiões supostamente reveladas ou sua pratica. (sou contrário apenas a igrejas e seitas).
O que diferencia uma religião que é igreja ou seita de uma que não é?
Seitas e igrejas são grupos e instituições criadas com base em uma religião, mais especificamente, com base em um conjuntos de textos, idéias e ensinamentos de religiosos.
O cristianismo os textos da bíblia judaica e os evangelhos com os ensinamentos de Cristo.
Com base nisso, criam seitas e igrejas, como a católica, protestante, evangélicas, etc...
Seitas e igrejas, normalmente tem uma interpretação especifica desses textos e se organizam em forma de uma instituição, com uma liderança e rituais específicos.
Seria como criar uma instituição, interpretando textos da filosofia ocidental e, ao interpreta-los, criar regras segundo nossa própria visão desses textos.
Isso cria uma distinção entre essa instituição especifica e, a filosofia ocidental em si.
Teísmo não EXCLUI o uso da razão, claro; mas também não tem como se SUSTENTAR (enquanto teísmo, ou seja, crença em algum Deus) pela razão. A sustentação do teísmo está na estética e nos sentimentos, não na razão.
E se Deus aparece para alguém e prova que ele existe?
A pessoa já não teria que "acreditar" nele... (provar, significa inclusive provar que não é uma ilusão)
Isso seria no mínimo, "possível".
Bem, esse não é o meu caso.
No meu caso, eu tenho o conhecimento por dezenas de motivos, que minha vida é "guiada" por algo consciente e que está além do que chamo de "eu", o meu "consciente" atual e minha personalidade.
(se estou "encoleirado", nada mais natural que perceber isso).
Esse "algo" que me guia, tem conhecimentos que eu não tenho de forma consciente e, me controla tanto pela minha própria mente, quanto pelo uso e controle das pessoas a minha volta.
Isso é algo que eu já comprovei de diversas formas e, se encaixa bem no conceito de Deus que tenho.
Nada mais racional que concluir, que esse "Deus" do qual falam, é esse "algo" consciente que guia minha vida, dai a minha justificativa racional para o teísmo.
Antes disso, foi por achar mais provável a existência dele, que a inexistência.
Fidelidade é algo difícil de definir, e com todo o respeito a definição que você apresentou não tem valor prático. Dedicar-se "exclusivamente" a outra pessoa não é algo possível nem desejável na prática, pois ter uma vida funcional EXIGE que se dê atenção de vários tipos a outras pessoas e idéias além dessa única pessoa. Senão caímos em alguma psicopatologia.
Exclusivamente, de forma amorosa/sexual.
Estou falando apenas sobre não poder beijar e transar com outras pessoas.
Se a outra pessoa se magoaria com alguma atitude minha (como por exemplo ter intimidade sexual com uma terceira pessoa) então ela precisa que eu evite essa atitude, ou no mínimo tome cuidados para que ela não se magoe apesar de uma eventual atitude desse tipo. Se você não acha que isso é fidelidade, tudo bem, cada um define os termos como quer.
Só que eu não estou falando sobre isso.
Aceitar uma relação monogamica, que não permita sexo e beijo na boca de outras pessoas, por imposição do parceiro, justifica a adesão a essa pratica, em respeito a vontade "irracional" do parceiro, mas não justifica racionalmente a pratica em si.