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COTAS NA UFRGSMês de Janeiro em Porto Alegre. Maioria das famílias gaúchas esperam ansiosamente o listão da UFRGS, pois sempre há um amigo ou família lutando por uma vaga na faculdade federal. Em um bairro de Porto Alegre, chega a notícia que Pedro havia passado em seu curso. Vizinhos de porta e concorrentes no vestibular, Paulo não tinha almejado seu objetivo. Na casa de Paulo, seu irmão mais novo indagava para o pai sobre esse estranho vestibular:- Pai, porque o mano não passou e o Pedro que tinha notas mais baixas entrou? (pergunta a criança sem entender como funcionava o concurso).- Filho, é difícil de te explicar isso. Mas é que o Pedro é um pouco diferente do seu irmão, logo ele tem privilégios. Como se tivesse uma deficiência física ou visual que tem preferência na fila do supermercado quando vou com você. Lembra? (O pai responde meio envergonhado e sem saber algo melhor a dizer).- Mas pai, o que o Pedro tem de deficiência? Eu não noto nada de diferente nele! (responde a criança, pensando sobre que doença Pedro podia ter).- Filho, eu não vejo nada de errado no Pedro, mas o Governo vê. (afirma o pai, preocupado com o futuro da conversa).- O que o governo vê nele, pai? (a criança insiste em tentar descobrir qual era o mistério).- Ele é negro, filho. (responde o velho pai que sempre havia educado os filhos com a frase “somos todos iguais”).Essa conversa ocorrerá na casa de muitas famílias a partir dos próximos vestibulares, pois o fantoche reitor da UFRGS aprovou as cotas raciais. Me preocupo, pois vejo muito estudantes universitários nem ai para o problema, pois “eu já estou aprovado”. Não podemos ter uma classe universitária apolitizada como vem ocorrendo ultimamente, pois o futuro do país depende exatamente desses futuros trabalhadores.O Governo tapa buracos com palha, e isso acarretará problemas muito maiores no futuro. Queremos universidade para todos, contudo devemos é começar as melhorias lá na creche e na escola.Fiquem de olho nos jornais e na comunidade de contra as cotas raciais.