Olá pessoal, meu nome é Alexandre e como vocês já devem saber eu sou um neófito aqui, achei interessante o depoimento do Phillips, isto é, de como ele se tornou um ateu, assim vou tentar relatar porquê me tornei um ateu implícito também. Quem tiver paciência de ler meu depoimento, eu agradeço…
Eu nasci em lar cristão evangélico, sempre gostei de estudar acuradamente a escrituras sagradas e frequentar os cultos na minha igreja evangélica, no entanto eu nunca estive convecido se minha religião era de fato verdadeira, por conseguinte eu sempre acreditei em Deus por intuição, ademais eu nunca tive coragem de questionar a sua existência…
Quando eu formei na faculdade, me sobrou um tempo maior para estudar e eu procurei pesquisar todas as facetas da cristandade e daí cheguei a conclusão que os adventistas do sétimo dia possuíam a verdade no que respeita as escrituras sagradas, mas como aconteceu tudo isso? Depois de ler diversos estudos dos adventistas on line e of line eu descobri que o ensino deles era o mais compatível com a palavra de Deus, daí fui visitar a igreja deles convicto de que estava na religião certa, isto é, na igreja que pregava a genuína verdade endossada nas escrituras pelos profetas. Fiquei nesta igreja uns três meses e já estava próximo para iniciar o batismo na advenstista, no entanto algumas coisas começaram a dar errado, primeiramente eu começei a entrar em contenda com a familia da garota adventista que estava dando força para eu ficar na igreja, a única garota da igreja que conversava comigo começou a me tratar com displicência, posteriormente iniciou-se um complexo em minha mente e eu procurei não ir mais na igreja dela, assim esta garota foi aqui em casa conversar com os meus pais porque eu não estava indo mais na igreja dela, só que eu não quiz receber ela a priori porque ela só foi na minha casa depois de 3 semanas que eu parei de ir na igreja, meu pai como é um fofoqueiro de plantão logo neste dia contou um segredo muito forte sobre mim para esta garota que comprometeu totalmente nossa amizade, daí depois de alguns dias ela voltou a ir em minha casa para voltar a me convidar para ir na igreja dela, só que já era tarde demais, nesse lapso de tempo de 4 semanas eu já estava bastante angustiado com minha retirada da igreja e comecei a ler alguns escritos de kant, daí eu decidi me tornar um ateu analogamente a kant e assim tive que declarar isto para a minha amiga sem pestanejar…
O fato é que, eu encontrei a igreja cristã verdadeira segundo as escrituras mas o hipotético Deus dos cristãos não comungou com a minha descoberta, sei lá pessoal, acho que se Deus existisse, tudo daria certo e hoje eu seria um adventista convicto. No entanto, aconteceu o contrário, tudo deu errado. Se eu hoje voltasse a ser um cristão, eu seria um adventista porque depois de estudar a teologia deles eu só fiquei convencido com o ensino deles, mas hoje eu não quero saber mais de religião, foda-se Deus, foda-se igreja adventista do sétimo dia, foda-se Jesus, foda-se a biblia, aliás, eu esqueci de relatar, no dia em que me tornei um agnóstico eu rasguei a bilbia e o hinário adventista…
Hoje eu questiono a existência de Deus, de fato eu não posso provar que ele existe empiricamente, no entanto a recíproca também será verossímil já que não posso demonstrar empiricamente que Deus não existe, portanto eu não serei devoto de nenhuma religião cenobítica, tão pouco eu seria um ateu, na verdade eu sou um agnóstico convencido de que a metafísica especulativa é insondável. O ateísmo e o teísmo são duas concepções bem díspares, entretanto estas duas compreensões da realidade são estéreis no meu ponto de vista já estas se reduzem a um inócuo dogmatismo. Destarte, só me resta acreditar no “nada” que é o supra-sumo do bom senso niilista, segundo Artur Schopenhauer. No modo niilista de enxergar á realidade só existe uma única idéia em que o niilista realmente acredita, a saber, o fato da sua própria existência. O niilista tem absoluta certeza de que ele existe como ser pensante, está sua convicção está implícita na sua capacidade de duvidar dos axiomas atinentes á metafísica, á intuição e a fé. Em suma, o niilista não admiti a experiência sensorial e nem a intuição ascética como verdades indubitáveis.
Eu não pretendo buscar felicidade com esta filosofia, até porque todo niilista convicto deseja piamente a sua morte como estado final de bom êxito, grande parte dos niilistas se suicidam, mas eu não vou chegar á esse extremo…
É isso aí pessoal…
Muito obrigado !!!