Autor Tópico: Desafio da conscienciologia  (Lida 12696 vezes)

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APODman

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #50 Online: 30 de Julho de 2007, 13:21:08 »
O problema de uma "Lei Moral" é que não existe um conceito de bem e mal absolutos. Conceitos morais variam cultural e temporalmente.

Por exemplo, certa vez foi apresentado no Discovery uma tribo na África que sacrificava os menores cujo primeiro dente de leite a nascer fosse na arcada superior. Segundo eles a criança estaria amaldiçoada pelo deus do mal desta tribo e estaria condenada a um vida de sofrimento álém de trazer o infortúnio a todos os outros da comunidade.

Para acabar com a maldição os xamãs da tribo pedem a criança a mãe ( que a entrega sem remorso ) e então a sacrificam arrmessando-a em um lago sagrado próximo.


Apliquemos a Lei Áurea neste caso:

É bom ?  - Sim, pois evita que a criança sofra durante toda sua vida bem como a tribo.
É útil ? -  Sim, pois é uma forma de manter a atuação do deus do mal coibida
É verdadeiro ?  - Sim, pois dentro do seu sistema de crença é verdadeiro.

Assim por mais brutal que seja para nós em nossa cultura, com nosso sistema de ética e moral, tal ato é plenamente justificado para eles em nome do BEM pessoal e coletivo.

Para a natureza não há um lei moral, ela não se importa com nosso juizo de valores, ela simplesmente é indiferente a nós.

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Offline Luis Dantas

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #51 Online: 31 de Julho de 2007, 01:57:31 »
Confesso que não entendi inteiramente a pergunta do Dantas.

Agradeço a sinceridade.

Vou tentar pôr em outras palavras: se é tão difícil encontrar um ensinamento válido e confiável no meio espírita - e ainda por cima sobra evidência de que o ensinamento que há é, de fato, nocivo e bastante falho - então por que sequer dar atenção à Doutrina Espírita?

Explicar por que ela tem falhas de vários tipos de fato é possível e inclusive muito fácil.

Mas isso não é tão diferente de explicar por que um pneu que levou vários tiros não deve ser submetido às mesmas expectativas de um pneu novo em folha: a explicação pode ser perfeita, completa e acurada, mas não muda o fato de que o artigo é inútil.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Douglas

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #52 Online: 31 de Julho de 2007, 14:22:54 »
Carlos,

Atualmente, temos a moral definida como atemporal e cultural. O que aprece ser certo para nós, pode não ser no Oriente Médio, por exemplo.

Porém, penso que a moral irá se igualar entre os povos com o passar do tempos. Já que, como afirmei anteriormente, tenho comigo que uma Lei Moral foi definida no Universo, assim como as Leis físicas. E conforme a humanidade como um todo for progredindo, essa Lei ficará mais evidente e as disparidades de conceitos morais ficarão menores. Justamente pela aplicação da Razão Auréa. Mesmo que ela não possa ser assimilada pela maioria de nós, ou mesmo compreendida. O que é o meu caso, por exemplo. Se eu a tivesse assimilado, teria evitado vários erros cometidos a outras pessoas, que me atormentam até hoje. Erros banais, como ofender algumas pessoas através de apelidos

No exemplo citada por você, eu posso entender que a tribo não possui consciência de como aplicá-la, já que para ela o deus do mal é algo real e inquestionável. Caso ocorra do progresso intelectual e material cheguar a esta tribo, é possível que com a aquisição de certos conceitos intelectuais a tribo passe a ver o deus do mal como um mito e passará a enxergar que o sacrificio seja imoral. Já que, os xamãs, depois de tudo que viveram poderiam vir a pensar da seguinte forma: "e se fosse eu a ter o dente-de-leite nascido na arcada superior? Como me sentiria ao ser entregue em sacrificio??".

Daí, me pergunto, orgãos como a ONU, a UNICEF, não seriam tentativas de se encontrar acordos ou pensamentos comuns entre as nações? Definições de Leis em comum, que reflitam necessidades morais coletivas?

Desculpe por estar entrando em uma questão que tenho como filosófica, mas adoro este tipo de conversa!

Abraços,

Douglas
« Última modificação: 31 de Julho de 2007, 14:24:55 por Douglas »
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Offline Douglas

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #53 Online: 31 de Julho de 2007, 14:35:10 »
Vou tentar pôr em outras palavras: se é tão difícil encontrar um ensinamento válido e confiável no meio espírita - e ainda por cima sobra evidência de que o ensinamento que há é, de fato, nocivo e bastante falho - então por que sequer dar atenção à Doutrina Espírita?

Oi, Dantas. Obrigado pela paciência!

Não considero dificil encontrar ensinos válidos na DE. Existem obras e pessoas que nos inspiram a procurarmos ser pessoas melhores. A identificar nossos erros e trabalhar para que evitemos eles no futuro. Não de uma maneira hipócrita, mas sim de modo a realmente buscarmos essa melhora e que ela se internalize em nosso ser,s e tornando uma forma automática de agir.

Concordo plenamente que existem falhas. E trabalho, dentro de minhas possibilidades, para extirpar esses erros do meio em que convivo.

Portanto, penso que vale a pena dar atenção a DE, principalmente porque Kardec, deixou claro que ela é dinâmica e não possui um estudo fácil. E no momento difícil que passa minha família, penso que estaríamos totalmente desiludidos de esperança, sem ela. Justamente, por esses ensinamentos, que não considero falhos, já que nos clamam a coragem frente as tribulações da vida.

Abraços,

Douglas
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Offline Sklogw

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #54 Online: 01 de Agosto de 2007, 22:16:09 »
Carlos,

Ora, e os homosexuais não sofrem demais devido ao preconceito da familia e da própria sociedade?

Quantos casos temos de pais que maltratam os filhos e chegam até a lhes expulsar de casa quando descobrem esta condição?

Acho que vem daí a afirmação de Emmanuel de deseperadora condição inversiva.

Agora, que realmente há homofobia em nosso meio, não tenho como negar isso. Mas sinceramente não penso que saiu de livros de Chico. Acho que seus livros nunca tacharam que o homosexualismo acontece somente por desregramento sexual em outras vidas. E sim que essa é uma de suas causas. Os livros atestam sim, das dificuldades que essas pessoas acabam passando pela vida, devido estarmos inseridos em uma sociedade intolerante e preconceituosa.

Pelo que me lembre, tanto ele como Divaldo são tachados de gays pelo meio ateu. Se garimparmos aqui neste fórum poderemos encontrar isso.

Bem como poderemos encontrar intolerantes e preconceituosos no meio espirita. Confira:
http://www.espirito.ecomercial.net/forum/viewforum.php?f=5&sid=961766a85b870d329315615d6b0cbc81

Agora a opinião do Imbassahy é terrível. Se o homosexualismo não fosse natural, não encontraríamos-o na natureza, concorda?

Ainda bem que não é um pensamento corrente no movimento. Veja:

http://www.apologiaespirita.org/artigos_estudos/homossexualismo.htm

Abraços,

Douglas

Há quem sustente (e eu concordo) que a homofobia é uma consequência direta do homosexualismo reprimido e oculto por barreiras morais e psicológicas profundas na mente humana. Será que a homofobia encontrada em muitos autores espíritas (OK, OK, não todos obviamente) não reflete esse tipo de desordem psicológica na cabeça desses mesmos autores? Por que a insistência tão grande na condenação dessa prática? O homosexualismo é um assunto absolutamente tabú na DE (bem como na maioria das outras religiões). Na DE, em particular, apresenta-se a opção "assexual" de muitos médiuns como uma alternativa de vida ("ele não escolheu casar para dedicar-se à doutrina..." é o que sempre ouvi). Sem querer citar nomes (nem precisa), que há na cabeça desses espíritas homófobos??



"The most ordinary things are to philosophy a source of insoluble puzzles." [Ludwig Boltzmann]

"I venture to think that the people who talk most about it are the people who do least about it. Scientific method is what working scientists do, not what other people or even they themselves may say about it." [Percy W. Bridgman, "Reflections of a Physicist"]

"Ich habe einen Drachen in meiner Garage" [A. Einstein, psicografado por sklogw]

Offline Douglas

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #55 Online: 03 de Agosto de 2007, 11:15:21 »
Há quem sustente (e eu concordo) que a homofobia é uma consequência direta do homosexualismo reprimido e oculto por barreiras morais e psicológicas profundas na mente humana. Será que a homofobia encontrada em muitos autores espíritas (OK, OK, não todos obviamente) não reflete esse tipo de desordem psicológica na cabeça desses mesmos autores? Por que a insistência tão grande na condenação dessa prática? O homosexualismo é um assunto absolutamente tabú na DE (bem como na maioria das outras religiões). Na DE, em particular, apresenta-se a opção "assexual" de muitos médiuns como uma alternativa de vida ("ele não escolheu casar para dedicar-se à doutrina..." é o que sempre ouvi). Sem querer citar nomes (nem precisa), que há na cabeça desses espíritas homófobos??

Oi, Sklogw!

Desculpe a demora em lhe respoder!

Sinceramente, não sei! Provavelmente a mesma coisa que se passa na cabeça de todos que acabam por discriminar a quem seja diferente. Mas com certeza são imperfeições que carregamos ainda, por não sabermos como se colocar na posição das pessoas discriminadas, para sabermos como nos sentiríamos ao sermos discriminados.

Não é verdade?

Felizmente, como abordei anteriormente, nosso meio possui pessoas que são contrárias a essa homofobia e colaboram na divulgação da idéia contrária.

Veja:

http://www.apologiaespirita.org/artigos_estudos/a_homossexualidade.htm

http://www.apologiaespirita.org/artigos_estudos/homossexualismo.htm

Abraços,

Douglas
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Offline Douglas

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Re: Desafio da conscienciologia
« Resposta #56 Online: 03 de Agosto de 2007, 18:12:19 »
Olha o pensamento desse juiz sobre o homosexualismo:

http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/0,,MUL82489-4403,00.html

"Se fosse homossexual, melhor seria admití-lo, ou omitir. Nesta hipótese, porém, seria melhor que abandonasse os gramados"
"Quem se recorda da Copa de 70? Quem viu o escrete de ouro jogando, (Pelé, Tostão...). Jamais conceberia um ídolo homossexual"
"O que não se mostra razoável é a aceitação de homossexuais no futebol brasileiro, porque prejudicaria a uniformidade de pensamento da equipe, o entrosamento, o equilíbrio, o ideal..."
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