A matemática da salvação ou... da perdiçãoEspecialistas analisam a situação dos ameaçados, mas divergem em alguns pontos
GLOBOESPORTE.COM Dois dos principais matemáticos que estudam o Brasileirão concordam: 49 é o número mágico que os times devem perseguir. Com esta pontuação, segundo Tristão Garcia e Marcelo Leme de Arruda, o risco de rebaixamento é quase nulo.
Pelas contas dos dois, Corinthians, Atlético-MG e Paraná precisam de cinco vitórias nos nove jogos finais. O Inter e o Goiás têm de vencer quatro. O Náutico precisa de quatro vitórias e um empate.

O equilíbrio do campeonato fez com que o número de pontos exigidos para quem quer permanecer na elite ‘voltasse ao normal’. No ano passado, o Palmeiras se livrou da queda mesmo tendo terminado a competição com apenas 43 pontos.
- O que aconteceu no ano passado foi uma excrescência. Nas rodadas finais, é comum que os times ameaçados melhorem o aproveitamento. Em 2006, São Caetano e Ponte Preta praticamente pararam de pontuar. Com isso, os 43 pontos que o Palmeiras fez foram suficientes para livrar o time da queda. Normalmente, não seriam - explica Marcelo, do site Chance de Gol.
Nas dez rodadas finais do ano passado, a Ponte Preta fez apenas seis pontos. O São Caetano conseguiu 10. O Santa Cruz, último colocado, fez apenas quatro.
Tristão concorda. Mas diz que a exigência para evitar a queda pode ser menor.
- Pode ser que o 17º faça 47 pontos ou menos. Vai depender do rendimento das equipes nas últimas rodadas. Mas normalmente quem tem a corda no pescoço ganha muitos jogos nas rodadas finais - diz ele, que edita o site infobola.
Marcelo tem opinião semelhante e diz que o time que alcançar 47 pontos terá apenas 6,5% de chances de cair.
- Mas se eu fosse técnico de um time, não teria isso (47 pontos) como meta - diz.
Os dois matemáticos concordam em quase tudo, mas mostram números diferentes sobre a probabilidade de queda de algumas equipes para a Série B. Tristão Garcia diz que o Corinthians tem 61% de chances de ser rebaixado. Marcelo Leme de Arruda aponta 71,3%. Os números também são muito diferentes para o Atlético-MG. Enquanto Tristão fala em 40%, Marcelo crava 16,5%.
- Cada um usa uma base de cálculo. Para falar das probabilidades de vitória de um time, eu levo em conta os resultados dos últimos 12 meses. O jogo de um ano atrás tem peso 1 e o de semana passada tem peso 2. O peso dos jogos no cálculo do Tristão é diferente - explica Marcelo.
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