Sempre é divertido relembrar a cartilha do Lula:
http://br.geocities.com/marcioalexandre/cartilhaintegral.PDF- A coisa ficou preta: forte conotação racista contra os negros, pois associa o preto a uma situação ruim.
Africano– Termo relativo à África, aos seus naturais e habitantes. Sua
utilização genérica muitas vezes serve para negar a diversidade de países e
povos daquele continente oupara discriminá-los, emgeral, inferiorizando-
os.
- Baitola: utilizada para depreciar os homossexuais, assim como bicha e boiola. Sugeridos como corretos: gay e entendido (a).
- Barbeiro: xingamento para motorista inábil. Ofensiva ao profissional especializado em cortar cabelo e aparar a barba.
- Gilete: o termo adequado é bissexual
- Mulher no volante, perigo constante: frase preconceituosa contra as mulheres, a quem se atribui menos habilidade no trânsito em comparação com os homens.
- Xiita: um dos ramos do Islamismo se tornou no Brasil termo pejorativo que caracteriza militantes políticos radicais e inflexíveis.
- Cabeça-chata: termo insultuoso e racista dirigido aos nordestinos.
Comunista – Termo utilizado até recentemente para discriminar ou
justificar perseguições a qualquer militante de esquerda oude causas
sociais. Desde as revoluções que explodiramna Europa, no finaldos anos
40 do século 19, e principalmente depois da Revolução Russa, em1917, os
adeptos do socialismo e do comunismo tornaram-se os principais alvos das
polícias dos Estados liberais e dos propagandistas do capitalismo. Contra
eles foraminventadas as piores calúnias e insultos, para justificar
campanhas de perseguição que resultaramemassassinatos emmassa, de
caráter genocida, por exemplo, durante o regime nazista na Alemanha; o
golpe de Estado de 1965, na Indonésia; e todos os golpes militares
ocorridos nos países latino-americanos, incluindo o Brasil, nas décadas de
60 e 70.
Denegrir oudenigrir – Esse verbo, como sentido de aviltar, diminuir a
pureza, conspurcar, tornou-se ofensivo aos negros e, por essa razão, dev
ser evitado.
“Está russo” – Aexpressão originalé “Está ruço”, comcê-cedilha, isto é,
de coloração pardacenta, enevoada, utilizada para descrever uma situação
difícil, apertada, não resolvida, obscura. Mais recentemente, foiassociada
aos russos, devido às sucessivas crises por eles enfrentadas e que
culminaramno fimda União Soviética, em 1991.
Funcionáriopúblico– O trabalhador do Estado, que exerce ou
desempenha alguma função pública; serventuário. Depois de sistemáticas
campanhas de desprestígio contra o serviço público, iniciadas no governo
Collor (1990-1992), para justificar as políticas do Estado Mínimo do
modelo neoliberal, os trabalhadores dos órgãos, entidades ouempresas
públicas preferemser chamados de servidores públicos. Comisso, querem
enfatizar que servemao público mais do que ao Estado.
Macumbeiro– Expressão que discrimina o praticante da macumba, culto
religioso sincrético de elementos do candomblé, de religiões indígenas e do
catolicismo. Por extensão, refere-se aos fiéis das religiões de origemafro-
brasileira, como a quimbanda e a umbanda, preconceituosamente chamados
de feiticeiros ou bruxos.
Meninode rua – O termo é inadequado para designar as crianças e
adolescentes que passamos dias nas ruas, pois as estatísticas demonstram
que a maioria deles temalguma relação comamigos ouparentes, ainda que
fora do padrão da família tradicional. Meninos emsituação de rua é a
expressão mais correta.
Pessoas especiais – Eufemismo inadequado para se referir às pessoas com
deficiência. Do ponto de vista dos direitos humanos, todas as pessoas, sem
exceção, são especiais.
Político– As frases “todo político é corrupto” e “todos os políticos são
farinha do mesmo saco” (ver) não passamde preconceitos de gente mal
informada. Por essa razão, muitos políticos demagógicos e populistas
propagandeiamque não “políticos tradicionais”, explorando a ignorância e
a ingenuidade da gente despolitizada.