Arquimedes: a idéia da imortalidade quântica é interessante.
Antes de comentar, devo dizer que acho estranho que, em trechos como:
Gostaria apenas de compartilhar com vocês algumas conclusões que cheguei através do Estudo da Mecânica Quântica e de alguns casos classicos por ela analisados.
você parece dar a impressão de que se trata de uma idéia sua, quando você mesmo cita o
link relevante da wikipédia.
Veja também:
../forum/topic=7209.50.html#msg138811Essa idéia já foi até utilizada num conto de... (acho) Ted Chiang.
O problema com essa idéia, é que não me parece falseável. Dá um bom mote para especulação metafísica mas,
na prática, ainda estou para ver uma consequência concreta disso. De qualquer forma, se essa seria uma
forma de "imortalidade", isso vai depender do ponto de vista: suponha que hoje você vá dormir, e um alienígena
faça um
scan do seu corpo, o destrua totalmente, e horas depois o reconstrua exatamente como antes.
Nesse caso, você morreu?
Um esclarecimento: a hipótese da imortalidade quântica não se refere diretamente à natureza da
consciência. A consciência é apenas mais um aspecto do universo, como cristais de neve e grãos de areia,
que é repetido em múltiplos universos. A imortalidade seria apenas algo como um efeito colateral da experiência
subjetiva e dessa multiplicidade.
As probabilidades se encerram com o colapso da função de onda.
Esse lance do gato ter 50% de chance de estar vivo e 50% de estar morto serve apenas como experiências de pensamento.No mundo real,só uma dessas probabilidades é selecionado graças ao colapso.O gato vai sempre estar interagindo com outras coisas que irão fazer a onda colapsar.
Em relação a esse lance de consciência quântica,não simpatizo muito.Soa muito new age,como Quem Somos Nós e etc,mas o que você escreveu é interessante,apesar deu achar que contém alguns erros!
Essa resposta peca por ser um raciocínio circular: você assume o colapso da função de onda, para explicar
a ausência de superposição, a qual leva à hipótese do colapso. Implicitamente, você está partindo da
interpretação de Copenhague, a qual supõe uma distinção fundamental entre sistemas macroscópicos e
microscópicos. A interação do sistema microscópico com o macroscópico causa a decoerência.
A experiência do gato foi justamente uma forma de Schroedinger criticar essa intepretação. [1]
O aspecto mais atraente da interpretação de muitos mundos é o fato de que ela não necessita que
se adicione nada mais à teoria, enquanto que outras interpretações precisam de elementos extrâneos,
como a idéia do colapso.
[1] Uma analogia bastante grosseira para esse problema seria tratar a superposição de estados como
uma espécie de "doença contagiosa": numa interpretação, a interação com o sistema macroscópico, de
alguma forma misteriosa, "mata" o agente causador do contágio (ou seja, causa o colapso da função de onda).
Na interpretação de muitos mundos, o "agente", isto é, a superposição de estados, apenas passa do sistema
microscópico para o macroscópico, e daí para o universo como um todo.[2]
[2] Não posso deixar nenhum dos meus antigos professores de Quântica ler isso. Eles teriam um ataque

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