É isso mesmo. As hipóteses são falseáveis, são elaboradas com bases em fenômenos humanos/sociais. A testabilidade ocorre com o decorrer do tempo, onde são monitoradas diversas variáveis e constatadas as hipóteses e teorias de acordo com as alterações verificadas. Isso é mais facilmente observável na economia.
Você não entendeu de novo. Uma hipótese não é falseável a priori e então sua testabilidade ocorre(?) com o decorrer do tempo. A falseabilidade de uma hipótese é conseqüência de ela ser testável.
Bem, é isso mesmo, não estou me expressando bem. As hipóteses das ciências humanas são passíveis de confronto com a realidade, ocorrendo a sua verificação ou refutação. São testáveis em virtude de existir um falseador em potencial. Apenas o ambiente de teste não é um local restrito, o laboratório é a própria sociedade onde ocorrem os fenômenos sociais, que são medidos e monitorados regularmente. Os instrumentos de análise são metodologias diversas, incluindo a matemática que é mais aplicada na economia.
O que demonstra ainda mais que a chamada "masturbação mental", como foi colocada em relação as ciências humanas, também faz parte das ciências naturais.
Calma lá Adriano, é certo que as "teorias" de cordas ainda não foram testadas em laboratório, mas nem em seus piores momentos elas chegam aos pés de algumas das masturbações mentais que uma parte das "ciências sociais" produz (ênfase em parte, ninguém aqui disse que as "ciências sociais" só gerem isso).
Primeiro, por quê ela é intrinsecamente testável (inclusive, vários experimentos para testar alguns de seus aspectos foram planejados e muitos já estão até agendados para relização no LHC). Se os testes não foram feitos até agora não é por quê são inconcebíveis (como se pode dizer de algumas das hipóteses das "ciências sociais"), mas por uma questão puramente técnica.
E mais, apesar de não terem sido testadas em laboratório elas já passaram por um teste importantíssimo: preenchem muitos dos requisitos matemáticos básicos que qualquer teoria de gravitação quântica razoável tem que preencher (entre eles, unificar a relatividade e a mecânica quântica). E isso é bem mais do que qualquer outra hipótese para a gravitação quântica conseguiu até hoje, o que torna as "teorias" de cordas as mais promissoras de todas até então.
Concordo que haja um hype em torno das "teorias" de cordas, e que haja críticas relevantes a elas, como o fato de não serem não-perturbativas (ainda) ou serem dependentes de fundo, mas nehuma das hipóteses alternativas sugeridas, inclusive pelos críticos das "teorias" de cordas foi tão longe matematicamente quanto elas.
Por fim, de masturbatórias elas têm muito pouco: apesar de altamente especulativas, não estão restritas aos muros de departamentos e institutos onde são discutidas apenas pelos poucos iniciados. Estão aí nas livrarias e bibliotecas em diversas obras de divulgação ao alcance dos leigos, o que é muito mais do que se pode dizer de algumas das hipóteses de parte das "ciências socias".
Essa percepção depende mais de quem está avaliando. Na minha percepção, por não acompanhar mais de perto, me parece que tem muita divulgação que foge dessa linha mais coerente da teoria. Muitos livros e muitas teorias paralelas que são descartadas. Já sobre as ciências humanas, vejo muitos avanços, me surpreendo as novas pesquisas e não vejo pesquisas infundadas. Me parecem todas coerentes com as diversas possibilidades teóricas.
P.S.: infelizmente, vou ter de abandonar a discussão por aqui pois vou ficar pelo menos uma semana sem acesso à internet. Então, abraços e boa semana, Adriano e Dr. Manhattan. 
Abraços e boa semana, até mais.
