Banzai,
porque houve revolta de escravos e nunca de mulheres? Ou melhor, por que as revoltas de escravos foram/são comuns e a de mulheres raras?
Porque são condições um tanto diferentes.... ao menos no meu modo de ver as coisas, não exatamente feminista.
Não vejo as mulheres exatamente como oprimidas da mesma forma dos escravos e etc. (ainda que as mulheres tenham sido escravizadas também, e portanto façam parte das revoltas de escravos)
Ainda que as mulheres tenham tido suas proibições diversas, sempre também foram consideravelmente paparicadas, e levaram uma vida mansa em boa parte do tempo, diferentemente dos escravos, ou comparativamente.
Uma coisa é ser vendido e ficar em condições lastimáveis, forçado a trabalhar até não agüentar mais, e outra ser visto e aplaudido(a) como um tipo de bibelô, muitas vezes, sem nem ter que fazer trabalho doméstico, se este puder ser feito por servos de algum tipo, incluindo, mas não se limitando a escravos.
Na situação das mulheres eu não esperaria uma "revolta", como também não se esperaria ser o ambiente propício para a formação de mentes "geniais". Não é como se elas estivessem de saco cheio de todo esse modo de vida, sempre querendo fazer o "papel de homem", trabalhar, para ganhar dinheiro e etc. Não precisariam, ganhariam presentes só por serem bonitas e fúteis, encorajando a coisa a ser sempre assim.
E quando há a necessidade do trabalho doméstico, bem, há então a
necessidade do trabalho doméstico. A própria mulher tem que fazê-lo pois precisa dele também. E o homem em contrapartida paga as contas. Isso é inércia cultural do simples fato biológico da mulher engravidar, não precisa de muito mais que isso. É difícil imaginar as mulheres aí também querendo "mudar de papel" a ponto de fazerem algum tipo de rebelião, até porque a situação dos homens não foi em muitos casos das mais vantajosas, uns podem argumentar que foram até bem piores na maior parte do tempo. Além de simples preconceito e condenação moralista da sociedade para coisas que não seriam tão ruins de se fazer, simplesmente por serem "de homem"; e de mulher, no caso dos homens que quisessem ou aceitassem serem "donos de casa" enquanto sustentados pelas mulheres.