Uhn....eu confesso que ainda tenho alguma resistência quanto a doação de orgãos....eu sei, eu sei que é estúpido, mas e se eu não estiver realmente morta e sentir tudo e não poder gritar?? 
Já ouvi uns relatos macabros de pessoas que tem uma doença qualquer que a deixa paralizada como morta, é declarada como morta e depois acorda no necrotério no meio dos defuntos.... Imagina se tivessem tirado algum orgão dela? 
Este tipo de distúrbio chama-se catalepsia , pode ocorrer em pessoas com esquizofrenia , alguns tipos de epilepsia e há relatos de casos associados a reações histéricas em resposta a choque emocional intenso.
Para ser considerado doador de orgãos após a morte a pessoa tem que estar em
morte cerebral (morte encefálica) , que implica em cessação de toda atividade neuronal a partir do tronco cerebral. Neste caso o indivíduo não apresenta reflexos ligados ao sistema nervoso central ( nenhuma reação a dor , ausência de dilatação puliplar à luz , pupilas dilatadas e fixas , sem respiração espontânea) , a confirmação é feita por eletroencefalograma que demonstra ausência de atividade elétrica cerebral ou por arteriografia que mostra interrupção do fluxo cerebral. Casos em que houve utilização de substâncias depressoras do sistema nervoso central ( p. ex. barbitúricos ) exigem que se aguarde o tempo necessário para a eliminação da droga para confirmar o diagnóstico.
Portanto o doador em morte encefálica é um doador cadáver , já que ele está técnicamente morto , os respiradores e as medicações mantèm a ventilação e a pressão arterial mas a falência circulatória é inexorável e leva à parada cardíaca irreversível em questão de dias.
Em vida pode-se ser doador de medula óssea e rim. No caso da doação de córnea o doador não necessita necessáriamente estar em morte cerebral já que elas podem ser retiradas até 6 horas após a constatação do óbito , e a pessoa pode ser apenas doadora de córnea..
De qualquer maneira a família da pessoa que quer ser doadora de orgãos após a morte tem de ser avisada e orientada , pois mesmo que seu desejo seja manifesto e conhecido , se a família não autorizar a doação não pode ser feita.