Pela vigésima vez, permitir que alguém venda seu sangue não implica que essa pessoa vá poder secar-se totalmente por dinheiro. Da mesma forma que são feitas, atualmente, várias requisições com relação à saúde do doador, bem como um intervalo mínimo entre uma doação e outra, o mesmo se passaria com relação à venda. A idéia é apenas permitir que se cobre por isso. Apenas.
impedindo falsificações e um comércio clandestino, não vejo maiores problemas.
Gente, na boa, vocês REALMENTE acreditam que seria possível este controle? se é assim tão fácil controlar, por que então tudo o mais tem um mercado clandestino (drogas, armas, CDs piratas e até animais) praticamente incontrolável?
Permitindo o comércio de sangue e órgãos, estamos é dando um sinal verde para que os que tem mais condições explorem ainda mais os miseráveis. Vamos literalmente sugar o sangue deles.
Como se isso fosse eticamente diferente de vender a própria força de trabalho.
Procedure, para mim é eticamente diferente sim, vender a força de trabalho é muito diferente de vender sangue ou partes do corpo.
A questão que fica é: algum de nós, da classe média (estou supondo pelo computador, acesso à internet, etc) estaria disposto a vender o próprio sangue ou órgãos? Sinceramente, eu duvido muito. Pra mim está claro que só venderia sangue ou órgãos quem estivesse em extrema penúria. Então esse papo de que "vende quem quer" é balela, na verdade venderia quem não tivesse outra opção na vida para matar a fome.
Um comércio no qual apenas os miseráveis tem interesse em vender a "mercadoria" não cheira a exploração da miséria? tudo bem, existem trabalhos degradantes, mas o correto seria acabar com eles e dar às pessoas outras opções de vida, e não inventar mais um comércio imoral e anti-ético onde quem tem dinheiro compra até o sangue de quem não tem a mínima condição de vida.
Mais racional seria melhorar o padrão de vida destas pessoas para que elas espontaneamente doassem seu sangue, e não, além de sugá-las metaforicamente, passarmos a sugá-las literalmente.