O erro crasso é confundir capital com dinheiro. Perguntei certa vez a um conhecido (já fiz tal pergunta várias vezes a várias pessoas, de fato, e as respostas sempre foram equivalentes à essa desse) qual era, no entendimento dele, o maior patrimônio e capital da humanidade. Depois de pensar um pouco, respondeu "o petróleo"*. Algo primário e superficial, além de totalmente errado até da perspectiva que supostamente teria.
Capital nem vai além de dinheiro, que alguns (indivíduos, organizações, países...) "acumulariam" "gananciosamente", como muitos acusam. Capital é outra coisa, completamente diferente. Acumula-se nos potenciais de indivíduos e de grupos de indivíduos. E há indivíduos que já nascem mais capitalizados que outros (e não falo de herança pecuniária, claro já deve estar). Não reconhecer isso é o agente etiológico do comunismo. O capitalismo é a única realidade produtiva e de relações de produção-consumo que há. É natural. Não é invencionice humana, como o comunismo é. O comunista também é capitalista, já que, tanto quanto, reivindica uma propriedade que pertenceRIA a ele, que, entretanto, pertence de fato a outros. Dessa forma, comunismo e toda e qualquer ideia afim supostamente não idêntica não passa de ladroagem comunitária sob égide de "nobres justificativas". Todo o capital real que existe é humano e é (AAAAAAAAAmplamente) variável de pessoa para pessoa. O princípio comunista é tão estúpido que nega aos próprios otários seguidores o único benefício que podem obter da realidade capitalista -- alimentar as "galinhas dos ovos de ouro" e não matá-las para aproveitar somente os ovos que estão em geração em seus interiores.
*É claro que a resposta é o conhecimento tecnológico-científico, mais (muito mais) o tecnológico. Quando se fala de capital em termos de dinheiro sempre se está falando de algum atalho no contexto tecnológico e, por conexão, nos potenciais humanos de produção. Se alguém me pergunta de quanto investimento eu precisaria para produzir um processador digital eu teria que responder perguntando de onde eu começaria, pois tal pergunta é incompleta. Se eu tiver que começar do zero, só preciso de pessoas capitalizadas (com o capital de que falei acima, que inclui, além da competência tecnológica, a disposição para trabalhar e construir alguma coisa sob a direção de um 'capitalizado mor') e de recursos naturais(aqui podem surgir algumas complexificações por questões de propriedade territorial, o que não muda, só reforça a realidade, claro). De fato, foi assim que tudo "começou" (aspas porque é apenas parte de um processo mais amplo, sem começo pelo que se pode afirmar) e, de ponta a ponta, é assim que ocorre até hoje. O dinheiro é um ente fictício (também não é um princípio da natureza em si mesmo, tão só uma invenção fictícia humana) que só "existe" entre esses extremos.