Pois eu acho ser uma atitude muito mais cética e sensata admitir que não se consegue concluir bosta nenhuma frente a evento dessas proporções do que partir para um oito ou oitenta e ter de escolher ser um jihad pró-conspiracionista ou cético-maria-vai-com-as-outras. Por isso que eu não tomo partido em discussões do tipo pró-big-bang vs criacionismo, não sou cientista, não sou crente; como vou saber como aconteceu a merda toda?
Eu acho que se pode ter alguns "preconceitos" sensatos: cientistas geralmente tem a razão nos temas científicos se comparados aos religiosos, desde Giordano Bruno até os criacionistas e etc. Tem um monte de constataçõezinhas meio básicas, do tipo gente vivendo dentro de um peixe, jumentas falantes e coisas do tipo, que acredito que desqualificam com bastante segurança quem defende esse tipo de coisa. O mesmo vale para outros "alternativos" fora dos fundamentalismos religiosos.
Outro "padrão" é que geralmente você pode ir atrás um pouco das coisas e ver quem tem razão, sem precisar entender muuuuito da coisa. Por exemplo, indo no talk origins, em outros grupos de discussão, acaba-se constatando que os criacionistas simplesmente sempre repetem variações das mesmas deturpações já desmentidas, misturando verdade e mentira conforme for conveniente.
Esses links são alegados por você como 'fontes de boa qualidade' porque você viu no fórum da JREF ou porque você os leu e comprovou isso?
Na primeira vez que eu esbarrei com esses argumentos eu cheguei a dar uma lida por curiosidade, mas não li tudo. Ao mesmo tempo, também é um tanto disso de "preconceito razoável". Se por exemplo, eu quero saber qual é o caso dessas coisas todas de "energias dos cristais", se eu vou para os fóruns céticos, geralmente eu vou ter amostras significativas dos argumentos não-céticos e as refutações diversas. Se eu fosse só nos defensores eu teria as "explicações" livres de críticas ou só críticas "estratégicas", espantalhos e etc. Geralmente você pode esperar discussão bem fundamentada nesses fóruns em vez de aceitação acrítica, é um padrão geral.
Eu li alguns dos contra-argumentos do site Loose Change Guide e achei pior do que o próprio argumento conspiracionista, basta ver por exemplo o argumento contra a 'explosão controlada', o cara escreve um baita achismo.
Você acha "duvidoso" que aviões daquele porte não fariam os prédios colapsarem ou o quê? Exatamente qual parte do "achismo" é pior do que as "evidências" das explosões controladas?
E sobre o site da análise do filme de Flemming as refutações que eu esperava encontrar não achei, que eram argumentos que visariam desbancar o chamado Jesus Myth, esperava encontrar as fontes contradizendo os paralelismos a cerca de Jesus, mas encontrei apenas afirmações, se é que podem se chamar assim. Se 'fontes de qualidade' são páginas onde o autor se reserva a assinar o texto com um apelido ao invés do nome real, então poderia ter me passado um blog brasileiro à la 'desafiando a nomenklatura cientifica'.
Eu não conheço muito do assunto, mas não se resume a idéia de Jesus ser um mito ser verdadeira ou falsa; de forma similar, alguém pode falar de um livro sobre evolução, e podem haver críticas sobre detalhes menores, mas não questionar a evolução em si.
Ex.:
The lack of analysis by atheist reviewers is glaring, especially since Flemming has admitted mistakes in his movie, and Richard Carrier has provided some examples of problems (though Carrier is generally supportive of the Jesus Myth generally). As I said in Section 1, there is too much misinformation on both sides of the fence floating around the Internet. The lack of critical analysis on the subject does no-one any credit.
Eu não conheço muito do assunto, nem li todas essas páginas ainda, só acho interessante divulgar esse tipo de coisa mostrando que a questão é mais complexa do que uns podem fazer parecer.
Críticas acredito que todo documentário tenha, ainda mais um atacando o messias do cristianismo, mas críticas e ceticismo são diferentes em muitos aspectos e acredito que apliquei meu ceticismo quando assisti 'the god who wans't there' e quando assisti a parte 1 de 'zeitgeist'. Temendo meu ceticismo ser 'fraco demais' pedi para você apontar quais partes eu deveria 'não cair em tentação' mas ao invés disso você se resumiu a fazer uma grosseira generalização e dizer que juntar os dois temas afeta a credibilidade.
Resumidamente: eu não assisti o Zeitgeist, não assisti o God who wasn't there, estou só dizendo que: 1 - o Zeitgeist é uma colcha de retalhos conspiracionista e merece desconfiança na maior parte; nas partes que se salvam, é interessante ir à fonte original uma vez que os conspiracionsitas podem ter picotado as coisas conforme lhes fosse mais conveniente - como é típico.
E mesmo quanto ao GWWT original também é interessante, para quem tem interesse, claro, ver coisas como essa análise, que por sua vez pode levar a mais informações e etc. Não quis dizer que o GWWT é uma mentira tão grande quanto todas as teorias de conspiração, Jesuis morreu para nos salvar, convertam-se, amém.
Perdoe-me se pequei.