(...)Os cursos de pedagogia são extremamente fracos,(...)
O meu até que foi muito bom. Além dos 3 estágios obrigatórios do currículo do curso, fiz mais 4 em pesquisa. Apresentei trabalhos em vários congressos. Li muitos livros, inclusive os que eram criticados pelos professores. Tive contato direto com políticos do MEC (graças aos estágios), com vários teóricos de outras universidades, com vários públicos diferentes (crianças, jovens, adultos, deficientes físicos e mentais, idosos...). Não acho que meu curso tenha sido fraco não.
Agora para os alunos que perdiam tempo em chopadas durante o horário das aulas, para as alunas que passavam boa parte do tempo se oferecendo para os alunos de outros curso e para aqueles que só assistiam as aulas e nem sabiam onde ficava a biblioteca, realmente o curso deve ter sido fraco.
Não sei se você se refere exatamente o que ela quer dizer. O próprio foco do curso de Pedagogia está equivocado, se ao invés de panfletagem ideológica tivéssemos mais compromisso com o estatuto científico das hipóteses levantadas pelos pedagogos, certamente estaríamos melhores.
Não acho que estaríamos melhores sem a panfletagem ideológica no curso. Quem escolhe que bobagens seguir e quais ignorar são os alunos do curso. Aqueles que são suscetíveis a doutrinação ideológica, quando não forem doutrinados na universidade, o serão em algum outro lugar. Isso nem mesmo é problema principal.
O maior problema nos cursos de pedagogia é que tanto faz o que você diz em provas e trabalhos. Pode-se falar qualquer tolice e receber nota 10. Qualquer trabalho porco recebe nota suficiente para que seus realizadores sigam para o próximo semestre.
O curso é levado "nas coxas" tanto por alunos como por professores. Principalmente no turno da noite. Perde-se muito tempo falando da vida dos outros ("eu tive um primo que estudou na escola x e a professora fez isso e aquilo, assim e assado bláblábla...") e a teoria vai ficando de lado. Não há compromisso em seguir as ementas de cada disciplina.
Não creio que isso se deva a ideologias X ou Y. Isso é falta de interesse mesmo. Dos professores e dos alunos.
Mas uma pessoa que recebeu uma boa educação nos ensinos fundamental e médio, uma boa educação em casa e tem interesse em aprender de verdade, não sofre com esses problemas.
Sobre Paulo Freire, Rodion, ele era um cretino com aquela bobagem marxista de oprimidos e opressores, além de ser um péssimo escritor (os textos dele são repetitivos e dão sono), mas tem o que se aproveitar das teorias dele. Por exemplo, quando ele fala em trazer os conteúdos para a realidade do aluno. Isso faz o aluno se envolver intelectual e sentimentalmente com o que está sendo exposto. O aprendizado fica bem mais fácil.