Autor Tópico: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?  (Lida 9259 vezes)

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Offline J Ricardo

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Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Online: 18 de Fevereiro de 2008, 13:14:45 »
Na casa do meu tio, nosso vizinho, aconteceu uma coisa intrigante.

Fui visitá-lo cedo pra pedir uma opinião sobre uma reforma que estamos fazendo na garagem, mas isso não importa, minha prima recém havia saído pra trabalhar e minutos após ela ter saído, meu tio, na nossa frente levantou e foi pra cozinha, pegou o telefone e não sabia o que fazer com ele... Na verdade ele não lembrava o número do celular da minha prima e perguntou pra minha tia. Ela perguntou 'Mas porquê?' (pois ela recém havia saído) e ele disse: 'Tenho que ligar pra ela, acho que ela corre perigo', estas foram as exatas palavras dele. Alguns segundos se passaram, pouquíssimos na verdade, pois minha tia também não lembrava e foi procurar na agenda, enquanto isso o telefone toca na mão do meu tio, era minha prima dizendo que havia sofrido um acidente e que achava que havia matado um cara.  :o

O que na verdade aconteceu, foi que ela havia batido o carro contra uma moto que vinha em alta velocidade de um cruzamento, a moto bateu na parte da frente do carro e o sujeito vôou longe, mesmo com o capacete foi inevitável o traumatismo craniano. Nós fomos lá, era apenas 2km de casa e chegamos rápido, o cara já estava coberto e ainda não havia chegado a ambulância, mas a polícia chegou quase junto e relatou à minha prima pra ela 'não esquentar a cabeça' pois a culpa não era dela e que o cara da moto estava fugindo de uma barreira policial, e estavam dando início a uma perseguição. Os policiais encontraram maconha no baú da moto e o cara foi levado pela ambulância, disseram que ele está vivo e provavelmente em coma, mas um pouco do cérebro do cara ainda tá no asfalto.  :nojo:

Minha prima ainda está meio assustada, ela ainda acha que foi a culpada... mas o importante do relato é a intrigante 'precognição' do meu tio, que é uma pessoa católica, super íntegra, honesta e racional, admiro muito ele.

Eu não vou todos os dias na casa do meu tio, mas tenho certeza que ele não diz "tem alguem em perigo" todos os dias, na verdade ele mesmo disse que nunca havia dito nada parecido antes, disse que apenas sentiu uma enorme vontade de saber como minha prima estava.  :?

Sinto como se meu ceticismo estivesse atolado na lama, eles não deram tanta atenção à 'precognição' quanto eu (talvez comentem isso daqui alguns dias), pois as coisas estão meio turbulentas por causa do acidente, por isso estou aqui relatando isso aqui e se possível gostaria de opiniões.  :wink:

Pra mim é como seu eu tivesse visto uma nave espacial (não um ovni, uma nave mesmo!), que é uma coisa que eu sou extremamente cético, embora queira muito acreditar que existam.  :lol:

Offline Dr. Manhattan

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #1 Online: 18 de Fevereiro de 2008, 13:31:25 »
Penso que existem duas possibilidades:

1) Coincidência. Como se trata de uma coincidência relevante, ela chamou atenção
suficiente para não ser esquecida, como as dezenas de coincidências que acontecem todos os dias. [1]

2) Precognição [2]. O problema com essa hipótese é que não existe um mecanismo conhecido para explicá-la, e experiências
em ambientes controlados não conseguiram detectar nenhum efeito desse tipo. O que restam são evidências anedóticas como
a sua, que não deixam de ser intrigantes.

Uma dessas hipóteses pode ser provisoriamente descartada com um simples golpe de navalha. Ênfase no provisoriamente.


[1] Minha noiva acredita em sonhos precognitivos. Ao longo do tempo tenho feito uma lista dos seus sonhos que não se
concretizaram. É longa...

[2] Sério. Ceticismo não é o mesmo que teimosia :).
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Danieli

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #2 Online: 18 de Fevereiro de 2008, 13:36:31 »
Será que não poderíamos colocar isso como algo instintivo do ser humano?

[1] Minha noiva acredita em sonhos precognitivos. Ao longo do tempo tenho feito uma lista dos seus sonhos que não se
concretizaram. É longa...

Minha mãe tem uma coisa assim em sonhar com meu pai, ela diz que sonha com ele, e ele ligará ou entrará em contato conosco. Diz que é o espírito santo avisando ela...  :|

Offline J Ricardo

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #3 Online: 18 de Fevereiro de 2008, 13:41:45 »
No caso de possível conhecidência, que por Ockham seria o mais provável, como você disse e concordo, posso acrescentar mais detalhes sobre minha prima:

- Ela tem 29 anos, não é nenhuma criança, é a mais velha dentre outras 2.
Ou seja, levando em consideração que a maioria dos pais se preocupam geralmente com os mais novos, então ela ficaria por ultimo nesse caso.

- Trabalha viajando por todo RS, há 2 anos.
Ou seja, seria mais provável um pai se preocupar durante uma viajem, do que simplismente andando de carro pela cidade indo ao trabalho (ela não ia viajar).

- As outras 2 irmãs também viajam.
Embora não seja a trabalho, moram em outras cidades do RS  e toda semana estão pra lá e pra cá, visitando os pais, ambas têm filhas de 1 e 2 anos, respectivamente. Seria outro caso que seria mais provável se preocupar com elas, do que com a prima mais velha.

Esses detalhes (espero não ter esquecido outros mais relevantes) aliado ao relato do meu tio nunca ter tido uma atitude parecida antes, me deixou com a pulga atrás da orelha sobre uma suposta 'coincidência'.

Nigh†mare

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #4 Online: 18 de Fevereiro de 2008, 18:20:45 »
Desde há muito eu tenho um pinguinho ressalva sobre precognição (ou "telecognição").

Minha avó praticamente lê minha mente. Ela com grande freqüência sabe de coisas que se passam/passaram/passarão comigo que não teria como saber se não fosse coincidência brava ou telepatia. E ela não fala dessas coisas como previsões, ou genericamente. Ela fala como se estivesse comigo quando acontecem. O maior detalhe é que ela mora a 3.000 kilômetros de mim, no Nordeste. Não tem um a vez que eu ligue para lá que não fique surpreso com as revelações dela.

A que mais me marcou foi uma vez que tive de ligar para ela para pegar o número do telefone de uma tia minha. Isso me atrasou para o estágio, o que me fez ter que chamar um táxi. Foi a única vez que chamei táxi para ir ao estágio. Antes de desligar, minha avó me perguntou - estranhamente - se eu ando no banco da frente, e insistiu para que eu fosse no banco da frente. Ela realmente estava preocupada com isso. Eu não dei muita bola porque estava atrasado, e minha avó já é "caduquinha" - tadinha :( .

Quando o táxi chegou, tentei abrir a porta de trás, mas não consegui. Então fui na frente, e lembro bem das palavras do motorista pedindo desculpas por ter baixado a trava: "Desculpa, rapaz, nunca travo a porta de trás; quem já viu?".

No meio do caminho ao estágio, numa rotatória, um maluco numa S10 bateu na lateral do carro, bem na parte de trás, bem onde eu estaria se não tivesse ido na frente. E não sobrou nada da metade trazeira do táxi.

---

Lady Starlight tem um caso bastante intrigante também.

rizk

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #5 Online: 18 de Fevereiro de 2008, 18:28:19 »
Eu já tive uma coisa parecida, passei meia hora pulando no lugar sem conseguir parar quieta e em mega agonia. Até que resolvi ir procurar o cachorro, e não achava, não achava, até vir o guarda avisar que tinha um cachorro atropelado na avenida que tinha a cara do meu Fônias.

Teve outras vezes, mas acho que essas podem ter sido coincidência. Acontecem muitas coincidências engraçadas comigo, mas essa do Fu sempre me dá uns calafrios.

Mais recentemente, fui passar o fds no sítio com uns amigos, e, no caminho, uma amiga que se mudou para a Austrália ligou no celular da minha cunhada. E elas desligaram e ficaram chateadas porque a amiga estava tão longe e iam fazer a festa sem ela e tal, e eu "mas eu achei que ela viesse"... aí na manhã seguinte me aparece C. lá no sítio e foi uma grande alegria. Mas até aí, era de se esperar que ela antecipasse a viagem e viesse fazer uma surpresa. Enfim.
« Última modificação: 18 de Fevereiro de 2008, 18:33:32 por rizk »

Offline Douglas

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #6 Online: 24 de Fevereiro de 2008, 19:16:00 »
Tem um livro interessante sobre o assunto:

Paragnose do Futuro: a Predição Parapsicológica Documentada  - A autora, doutora em psicologia e parapsicologia pelo instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, submeteu a profunda investigação a capacidade de paragnose do futuro. E, sem sacrificar a verdade científica, organizou este livro, escrito em linguagem simples, contendo mais de uma centena de casos verídicos documentados.

ADELAIDE PETTERS LESSA 

O preço é módico:

http://www.submarino.com.br/books_productdetails.asp?Query=ProductPage&ProdTypeId=1&ProdId=49266&ST=SE

Tem vários casos interessantes.

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Offline Douglas

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #7 Online: 02 de Março de 2008, 22:16:24 »
Mais um caso pessoal.

Não sei quem lembra, mas há um tempo atrás narrei aqui em algum tópico os problemas de minha família com meu avô que faleceu há uns 3 ou 4 anos atrás e de certa forma três centros o identificaram como sendo parte dos problemas que passamos um tempo atrás.

Há umas duas semanas atrás meu irmão foi até um centro de Umbanda, onde tem uma médium que atende em alguns dias da semana.

Neste dia ele foi até lá e questionou sobre um problema que estava tendo no emprego. Ela questionou porque ele não havia tomado café da manha, e que meu avô estava com o chefe de meu irmão, e que ele sofreria um acidente de carro.

Meu irmão ficou impressionado em ela saber que ele não havia tomado café da manha. Perguntei a ele se naquele dia ele não tinha realizado um exame de sangue. Ele disse que sim. Perguntei se ele estava com aqueles adesivos no braço, no lugar da picada de agulha. Ele confirmou. Falei então que explicava o porque dela ter falado do café da manhã. Daí disse que o acidente de carro era besteira, que não aconteceria nunca.

Uma semana depois, meus pais vieram para cá. Foram embora no domingo e sofreram um acidente de carro.

Hoje, minha mãe foi se lembrar que o dia do acidente era o aniversário de meu avô falecido.
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Offline FZapp

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #8 Online: 02 de Março de 2008, 23:05:33 »
Citar
Na casa do meu tio, nosso vizinho, aconteceu uma coisa intrigante.

A minha explicação é que sem mais nem menos o seu tio ganhou na MegaSena.

--
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Offline Mauricio Rubio

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #9 Online: 03 de Março de 2008, 09:54:48 »
Já aconteceu coisa parecida comigo, eu até relatei aqui no forum.

Uma sexta feira na facul, eu e mais dois amigos estavamos trocando ideia, e um deles disse q ia sair com outro amigo dele que morava perto da minha casa ( eu sempre volto de onibus da facul ), então pedi pra ele me dar carona. Dai ele disse q ia ligar para o amigo, e que se ele estivesse em casa ainda, a gente ia lá e ele me levava de boa.

Ligou, ligou, ligou e nada do cara atender. Beleza, desencanei e fui de onibus. Quando cheguei segunda feira na facul, depois do trabalho e na hora do intervalo, fui pro bar e fiquei sabendo que naquela sexta feira meus dois amigos sairam e foram para o carro, um deles estava com 100 gramas de maconha e acabou rodando com a policia e os dois foram presos, dai eu fiquei meio assim né, porque se o maluco tivesse atendido o cel eu estaria junto. Nisso eu trocando ideia com uma mina morena que eu queria pegar lá tb.

Dai eu chego em casa, minha mãe estava pasma, branca de assustada ( como nunca tinha acontecido antes ) e ela fala que quer conversar comigo, e disse que uma mãe de aluno da escola dela que é "medium", que não sabe nada nem da minha vida dela, muito menos da minha, chegou do nada pra ela e disse que "viu" que eu iria ser preso e que era pra eu tomar cuidado com uma mulher morena também, não me lembro direito das palavras, mas foi BEM estranho.
« Última modificação: 03 de Março de 2008, 09:59:16 por Mauricio Rubio »
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
    estão superados,
ele é alguém – que está além do medo,
        feliz,
       sem angústia,
a quem os devas não podem ver"

Buda Sakyamuni

Offline Iconoclasta SP

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #10 Online: 03 de Março de 2008, 10:27:46 »
Acho que a premonição já falhou de cara, final de contas quem correu o risco não foi sua prima mas sim o motoqueiro...

Offline Dr. Manhattan

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #11 Online: 03 de Março de 2008, 10:41:31 »
Os casos do Nightmare e do Ricardo são intrigantes. Os outros, nem tanto. Têm mais cara de leitura fria ou coincidênica.
Uma coisa que chama a atenção nos casos mais interessantes é que geralmente se tratam de situações de vida ou morte.
Isso pode ser porque esses casos impressionam mais a ponto de as pessoas lembrarem, ou por outro motivo mais misterioso...
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Alan Watts

Offline J Ricardo

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #12 Online: 03 de Março de 2008, 13:34:12 »
Acho que a premonição já falhou de cara, final de contas quem correu o risco não foi sua prima mas sim o motoqueiro...
Foram os dois que correram risco. Afinal, o motoqueiro bateu a moto na parte dianteira, muito perto da porta.

Mas mesmo que não corresse um perigo real (se estivesse em um veículo blindado, por exemplo), essa suposta precognição do meu tio seria igualmente intrigante, pois se trata de algo que ele sentiu em relação a minha prima, não se trata de uma visão, bola de cristal, ou daquelas bizarrices que se vê em filmes.

Offline Laura Demarchi

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #13 Online: 04 de Março de 2008, 13:37:22 »
Eu nunca vi uma experiência de precognação mas lembro de um amigo que me contou sobre um caso onde uma pessoa lhe alertara que sua esposa estava mal e quando ele chegou em casa ela havia perdido o nenêm. Também nunca pode saber se era verdade ou não, nunca nos conhecemos pessoalmente, apenas pela net e nunca mais entramos em contato. Ele era muito cético....não que isso impeça que ele invente mentiras é claro! :P

beijos
Porque concluir é melhor que acreditar!

Suyndara

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #14 Online: 04 de Março de 2008, 14:49:40 »
Talvez telepatia exista ::)

Eu tenho dezenas de casos intrigantes (inclusive fiquei amiga do Zangari por conta disso), alguns são bem fáceis de explicar, outros ainda não sei a resposta mesmo.

Já tive muitas "premonições", geralmente desgraças, mas eu faço como o Manhattan falou: nem todos os pesadelos se concretizam, logo posso ficar em paz com meu ceticismo :P

Teve um bem interessante, pq não foi sonho, eu estava assistindo aula e vi um colega meu todo ensangüentado sobre o volante do carro (foi uma espécie de flash), eu saí da aula e liguei pra ele pedindo para dirigir com o vidro fechado, no final do dia recebi a notícia que ele estava no hospital e que tinha sofrido um assalto em um semáforo.

Não sei se é coincidência e também não sei se o incidente teria sido fatal caso ele estivesse de vidro aberto, o fato é que na época eu era tida como uma "paranormal" :P

[]s

Offline Vitor Moura

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #15 Online: 04 de Março de 2008, 17:24:06 »
Penso que existem duas possibilidades:

1) Coincidência. Como se trata de uma coincidência relevante, ela chamou atenção
suficiente para não ser esquecida, como as dezenas de coincidências que acontecem todos os dias. [1]

2) Precognição [2]. O problema com essa hipótese é que não existe um mecanismo conhecido para explicá-la, e experiências em ambientes controlados não conseguiram detectar nenhum efeito desse tipo. O que restam são evidências anedóticas como a sua, que não deixam de ser intrigantes.

Vc está enganado quando à não detecção de efeitos  de efeitos de precognição. Há sim! O artigo com o experimento está disponível online, em http://www.scientificexploration.org/jse/articles/pdf/18.2_radin.pdf

Radin relata que, nos experimentos ele teria colocado eletrodos na ponta dos dedos dos "subjects" (as cobaias humanas): dois eletrodos medindo a condutância elétrica da pele, e um medindo o fluxo de sangue. Aí a pessoa senta diante da tela de um computador, aperta um botão quando se sentir relaxado, e após uns cinco segundos o computador efetua uma escolha aleatória (somente após cinco segundos!) de uma imagem dentre um grande grupo de imagens. Essa imagem é imediatamente mostrada à pessoa, na tela do computador, que a mantém na tela por uns três segundos. Aí, a tela fica branca (ou negra) por uns oito segundos. Nesse ponto, aparece uma mensagem dizendo para a pessoa apertar novamente o botão assim que se sentir pronta. Cada ciclo desse é um "trial". As imagens são do tipo "calmantes" (cenários tranqüilos, etc) ou "emocionais" (sexo e violência). Cada pessoa passa por uns 40 trials. E o trabalho envolveu algo em torno de 40 pessoas.

O que Radin observou? Após ver a imagem, a pessoa teve aumento na condutância elétrica da pele (e diminuição do fluxo do sangue nos dedos) quando viu imagens emocionais, mas não quando viu imagens calmas. Mas a alegação de precognição, ou de "pressentimento", vem do fato de que houve também aumento (ou, no caso do sangue, diminuição) em tais indicadores ANTES de se ver as imagens emocionais, mas não antes de se ver as imagens calmantes. O que é alegado por Radin é que antes do computador mostrar na tela a imagem, a pessoa já está reagindo emocionalmente de modo compatível com o que virá a ser mostrado. E isso mais de um segundo antes! Não há, nesse momento, ainda, nenhuma informação a ser processada pelo cérebro. Pelo menos não deveria haver. E pior, a pessoa começa a reagir ANTES do algoritmo computacional escolher a imagem que será mostrada (o processo de escolha-exibição da imagem é "simultâneo").

Quais as críticas possíveis?

Em primeiro lugar, que tipo de reação orgânica seria essa, que viria antes mesmo da imagem? Alterações fisiológicas imperceptíveis, seja alteração de ondas cerebrais, seja aceleração da freqüência cardíaca, ocorrem em virtude da ansiedade de expectativa a qualquer acontecimento. Em uma entrevista para emprego, caso se monitorar o candidato, antes de cada pergunta, apenas de sentir que a próxima pergunta está chegando, já ocorrem essas mudanças. O mesmo ocorre em um torcedor que assiste o atacante de seu time de futebol chegando próximo ao gol adversário, após uma seqüência de boas jogadas.

Antes de afirmarmos que os achados foram estatisticamente significativos ou não, temos que analisar a sensibilidade/especificidade dos parâmetros em uso (como a freqüência cardíaca), e conseqüentemente, o valor preditivo e negativo do teste, para "diagnosticar" essa ou aquela alteração emocional. Esse tipo de teste realmente demonstra, com eficácia, que o analisado esteja sentindo raiva, nojo, tesão, compaixão, relaxado ou tenso, etc? Se o ponto de partida de uma meta-análise estiver incorreto, seu resultado também o será. A estatística é um instrumento, e não a dona da verdade.

Atividade elétrica da pele é uma informação que não vale absolutamente nada, assim como alteração de volume de sangue na ponta dos dedos. São parâmetros que dependem de tantas variáveis, desde temperatura do ambiente, estado hemodinâmico basal do indivíduo, umidade relativa do ar, hidratação do indivíduo, quantidade de partículas no mesmo e tipo de tecido da vestimenta (as quais influenciam na eletricidade eletrostática), que dizer que essas alterações são específicas desse ou daquele estado emocional é impossível. Esse é o uso dos chamados "pseudo-parâmetros" científicos.

Exemplos: vamos analisar os parâmetros usados na melhora circulatória hemodinâmica de um paciente com choque, ou seja, um paciente com distúrbio circulatório grave... O choque decorre da má perfusão sanguínea dos tecidos. A pressão arterial, a velocidade de enchimento capilar, a diurese (porque os rins, quando bem perfundidos de sangue, produzem urina), o nível de consciência (porque o cérebro, se mal perfundido, diminui seu funcionamento) são parâmetros úteis para tal propósito. Eles tem boa especificidade/sensibilidade em demonstrar a qualidade da "circulação sanguínea" do indivíduo e prever sua melhora/piora.

Usar esses mesmos parâmetros para se avaliar a recuperação/melhora de uma doença psiquiátrica, como a esquizofrenia ou a depressão, por exemplo, é um erro, pois a informação fornecida não tem a menor utilidade para a situação em análise. Nesse caso, deveríamos usar o número de alucinações, a qualidade dos afazeres diários e a interação com o meio social, o rendimento no emprego e nas atividades lúdicas, etc.

Exatamente pela baixa sensibilidade/sensibilidade dos parâmetros descritos pelo estudo citado em prever aquilo que o pesquisador espera, detectores de mentira não tem validade em nenhum tribunal sério no mundo. Ele se baseia em prever que o paciente esteja mentindo em razão das alterações fisiológicas que esse ato causaria. A correlação, no entanto, é baixa. Pessoas treinadas podem ludibriar facilmente o teste, e mesmo nas não treinadas sua eficácia é insuficiente. É como o teste que se fazia na idade média pra se dizer se uma mulher era bruxa ou não: se flutuasse, era culpada; se afundasse, inocente. Qual é a qualidade, o valor real dessa informação? No entanto, um teste pode ser um "enfeite científico" muito eficaz.

Resumindo, esse teste não significou absolutamente nada até agora? Bem, o pesquisador partiu da premissa de que os parâmetros analisados por ele espelham bem o estado emocional. Isso é uma verdade?

Acontece que o detector de mentira age assim: te fazem UMA pergunta. Você responde. Aí, se houve aumento da condutância elétrica da pele, você ESTÁ mentindo. A PROVA então é obtida pergunta a pergunta. No estudo de Radin, isso é diferente em dois pontos principais: primeiro, a alegação de evidência a favor de pressentimento (e não de PROVA da existência de pressentimento!) é feita testando-se várias pessoas, e não apenas uma, e além disso cada pessoa é testada umas 40 vezes (40 trials); e segundo, pode-se comparar a reação tanto após o estímulo quanto antes. O cético Hyman fez as seguintes críticas que pareceram interessantes: 

1- é necessário que outras variáveis fisiológicas sejam testadas também; 

2- é necessário que outros pesquisadores obtenham resultados similares;

3- há um problema na maneira como Radin definiu a linha base (baseline) para determinar quando houve ou não reação, e isso poderia levar a um erro em algumas situações por levar arbitrariamente (e erradamente) a identificar a reação à imagens emocionais como maior do que à imagens calmantes em algumas situações onde isso fosse na verdade ao inverso; nas palavras de Hyman: 

"But the first samples of skin readings taken in the trial set the baseline against which the results of all future trials will be compared and computed. So if, for some reason, the first samples of the trials involving emotional targets happen to have a somewhat lower value of skin resistance than the first samples of the calm trials, this alone would yield, perhaps falsely, a bigger change score for the emotional trials. To see this problem in action, assume that the average raw score level for both calm and emotional trials is 20. If the baseline for the calm trials is 15, then the change score for the calm trials would he 20-15=5. If the baseline for the emotional trials is 10, then the change score for the emotional trials would be 20-10=10. Thus, the scoring procedure produces a bigger change in the emotional trials, all because of the differences in baselines. As you can see, the simple choice of method can greatly influence the findings. The devil, as they say, is in the details.”

Essa última crítica de Hyman é especialmente interessante. Mas ela tenderia a desaparecer diante de medições usando-se várias pessoas, e vários "trials" para cada pessoa. A crítica 1, de usar-se outras variáveis fisiológicas, em parte até foi introdutoriamente atendida (atendida introdutoriamente em parte!). Há um trabalho de Dick Bierman de 2002 que utiliza medições do fluxo sanguíneo dentro do cérebro em situações similares (ou seja, antes de se ver fotos emocionais ou calmantes), e parece corroborar os achados de Radin. A crítica 2, outros pesquisadores encontrando o mesmo resultado, está sendo atendida de modo introdutório (ou seja, outros pesquisadores encontraram o mesmo resultado; uns três outros. É pouco, mas é algo).

Esse trabalho de Bierman de 2002 é muito interessante, com várias fotos fMRI do cérebro. No link abaixo:

http://www.quantumconsciousness.org/pdfs/presentiment.pdf

ANOMALOUS ANTICIPATORY BRAIN ACTIVATION PRECEDING EXPOSURE OF EMOTIONAL AND NEUTRAL PICTURES - Dick J. Bierman and H. Steven Scholte

Há também a apresentação em power point (8 megabytes) deste mesmo trabalho acima, em:

http://www.quantumconsciousness.org/ppts/tucson-2002.ppt

Acabaram os problemas? Não. No caso do estudo usando ressonância magnética, há um gráfico com 3 linhas demonstrando o grau de alteração fisiológica em relação temporal com o estímulo, que foram de três tipos: eróticos, violentos e calmos. Bom, em todas as três, HOUVE alteração prévia, por um curto intervalo de tempo, antes do aparecimento da foto (estímulo). Isso também acontece nos estudos de Radin, com reações EDA (electrodermal activity). Eles alegam que o de fotos eróticas e violentas, além de maiores dos que as calmas, essa diferença foi estatisticamente significativa (como bem podemos ver analisando o p-valor e o intervalo de confiança das aferições).

Os pesquisadores embasam suas conclusões nas seguintes afirmações:

1-houve diferença estatisticamente significativa entre os três tipos de estímulos; 

2-há diferença também qualitativa, quando se interpreta quais regiões do cérebro foram ativadas para cada tipo específico de estímulo (na verdade, estímulos emocionais X calmos).

Visualizando o gráfico, não se percebe grande diferença real entre cada linha, e seus padrões foram muito semelhantes. Apenas a linha representante dos estímulos eróticos sobressaia um pouco mais. Por que essa alteração prévia ao estímulo visual não poderia ser causada pela expectativa ao estímulo?

O problema é você ter um padrão que de fato se repita entre muitas pessoas e para cada pessoa entre muitas tentativas que dê curvas com diferenças estatisticamente significativas para estímulos calmos, eróticos, e violentos. Fica parecendo que os pesquisadores de fato estabeleceram uma correlação entre as curvas prévias e o tipo de estímulo posterior que foi apresentado. Isso não era pra acontecer! O calcanhar de Aquiles continua sendo, portanto, o tamanho da amostra; mas lembremos que além da amostra "número de indivíduos testados" existe também a amostra "número total de tentativas".

No entanto, a pessoa percebe o tempo médio que cada foto leva para aparecer, mesmo que inconscientemente. Para burlar esse problema, tanto a foto quanto o tempo que leva para aparecer cada foto deveria ser randômico, para burlar o problema da expectativa.

Entretanto, o sujeito experimental não sabe o que se espera dele (nem mesmo o pesquisador sabe / duplo-cego) porque ele não sabe (conscientemente ao menos) que tipo de imagem lhe virá (estimulante ou "calma"). Ele está sentado diante do monitor, com os eletrodos ligados à sua pele. Ele sabe que poderá aparecer qualquer imagem, mas não sabe qual virá, de modo que não teria como a expectativa produzir um efeito desconhecido! Assim, não haveria correlação com o tempo de exibição porque o que se mede são as modificações fisiológicas do sujeito ANTES da imagem lhe ser exibida, durante e depois. A determinação da possível precognição se prende exclusivamente nas alterações fisiológicas ANTES do período de exibição. O que os estudos mostram é que os sujeitos começam a responder fisiologicamente na direção esperada ANTES da imagem ser apresentada. Assim, se uma imagem estimulante for ser apresentada ao sujeito, seu organismo já dará sinais correspondentes a esse tipo de imagem cerca de 5 segundos ANTES da exibição da mesma:

'In 1995, I began a series of experiments designed to investigate precognitive intuitions under double-blind conditions. (…) They found that both the heart (p < 0.001) and the brain (p < 0.05) responded about 5 seconds before the future emotional stimuli, and to their amazement, that the heart responded before the brain"

Tradução: “Em 1995, eu comecei uma série de experimentos destinados a investigar intuições precognitivas sob condições duplo-cego. (...) Eles mostraram que tanto o coração (p < 0.001) quanto o cérebro (p < 0.05) respondiam cerca de 5 segundos antes do futuro estímulo emocional, e para sua perplexidade, o coração respondeu antes do cérebro”.

http://www.clearselfcare.com/TheFutureisNow.htm

Matematicamente, a diferença entre cada estímulo foi muito pequena, espelhado pelo gráfico, apesar de estatisticamente significativa. Ou seja, caiu no problema em que um número pequeno de medições pode determinar uma diferença estatisticamente considerável, apesar de não representar a verdade. Alegações tão serias quanto a de premonição não podem ser defendidas com números tão ínfimos.

Mas seriam mesmo ínfimos, pequenos, insuficientes? Vamos quantificar isso: No experimento do Dick Bierman com fMRI, foram dez (10) pessoas. No conjunto dos estudos de Radin são já 133, com mais de 4000 "trials". A alegação de Radin em 2003 é:

"This series of four experiments, supported by successful replications conducted by other investigators, appears to demonstrate a small magnitude but statistically robust form of precognition in the human autonomic nervous system.".

Tradução:

“Esta série de quatro experimentos, suportadas por replicações bem-sucedidas por outros investigadores, parecem demonstrar uma pequena magnitude mas estatisticamente robusta forma de precognição no sistema nervoso autonômico humano.”

Ou seja, ele está alegando que "parece demonstrar"! Mas, afinal, de quantas replicações estamos falando?

Aparentemente, há no momento 3 grupos de pesquisadores que conseguiram reproduzir o efeito (Radin; Bierman; e grupo de Edinburg), e um que não conseguiu (Broughton). Para acesso, ao trabalho de Broughton, que tentou reproduzir o efeito de Radin e não conseguiu, cliquem em http://www.parapsych.org/papers/02.pdf

Além desse tipo de investigação, existe o Precognitive Habituation, de Daryl Bem. Em seu estudo, Daryl Bem fez a exposição dos estímulos desagradáveis, agradáveis e neutros no futuro e verificou  quais eram as escolhas dos sujeitos... no presente. Ou seja, a pergunta foi: será que a exposição futura dos estímulos poderia afetar as escolhas presentes dos sujeitos? Ele conduziu o estudo e os efeitos foram mostrados. Enviou o mesmo programa de computador que "roda o estudo" para um cético. Este também teve resultados positivos de psi. Pesquisadores céticos independentes, tanto da Universidade de Londres quanto da Liverpool Hope University replicaram o estudo e também obtiveram resultados anômalos, não esperados pelo acaso, favoráveis, portanto, à hipótese psi.

Artigo de Daryl J. Bem:

http://dbem.ws/Precognitive%20Habituation.pdf#search='precognitive%20habituation%20bem

 Artigo dos pesquisadores de Liverpool:

http://www.parapsych.org/papers/19.pdf#search='precognitive%20habituation%20bem%20hope

Apresentação em pdf do pesquisaor da Universidade de Londres:

http://www.goldsmiths.ac.uk/apru/hitech/mem/savva/TRI-PA-2002.pdf#search='anomalistic%20psychology%20savva%20spider

Bem, o terceiro problema, como disse o autor do artigo, é a incapacidade do exame discriminar os tipos de emoção, apenas sugerir se há uma emoção ou não, em virtude da ativação da amídala. Como garantir que essa ativação é decorrente da foto, e não de um sentimento que o analisado possa ter apresentado naquele específico momento, ou associado com a expectativa da exibição? 

Nesse ponto estamos esbarrando nos limites de termos um acesso real à subjetividade alheia! Há quem alegue que esse é um ponto onde a ciência não pode chegar. O máximo que de fato podemos, é ter acesso aos padrões cerebrais. Sob essa ótica, os resultados são bem interessantes. E os períodos de tempo são exatamente os mesmos para que ninguém diga que o efeito poderia se dever à variação do tempo dos períodos! Esse é um controle importante no estudo em questão. A invariabilidade dos períodos garante que esse não é o fator determinante! O estudo não mede nem controla "emoção" ou outra variável, mas a resposta do sujeito em função de informações futuras. Só isso! Não importa se houve ativação por outra razão, mesmo porque, se há variação do esperado pelo acaso, "algo" pode estar atuando que não os parâmetros conhecidos. Um efeito momentâneo pode alterar uma escolha, mas não a maioria das escolhas em função de alvos desconhecidos pelos sujeitos na direção prevista! É por isso que o N dos estudos é grande, para diluir o efeito de variáveis como essa!

Continuando, os pesquisadores recomendaram que cada pessoa "esvaziasse a mente de sentimentos ou pensamentos" antes do teste. Qual a garantia de que isso foi eficaz? Se houvesse um método de definir que uma pessoa está sentindo raiva, compaixão, nojo, excitação sexual, isso seria muito mais útil do que a simples e pura ativação da amídala. Afinal, uma informação de que uma pessoa está sentindo excitação sexual ANTES do aparecimento da foto é muito mais sugestivo e importante do que a ativação inespecífica das partes cerebrais responsáveis pelas emoções. Quem sabe monitorar o fluxo de sangue para os órgãos genitais não seria algo mais específico de pré-excitação sexual a fotos eróticas?

O fato é que, apesar dessas alegadas críticas, há efeitos anômalos registrados com a metodologia empregada. Não se vê sentido em alegar o que o estudo deixou de fazer e não avaliar o que efetivamente ele fez, e com resultados anômalos!

Com base nisso, a única coisa que podemos concluir é que o estudo tem dados suficientes para justificar um aprofundamento nas investigações.

« Última modificação: 04 de Março de 2008, 17:28:45 por Vitor Moura »

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #16 Online: 04 de Março de 2008, 21:19:50 »
A maior parte do que se costuma tomar por paranormalidade são meros fenômenos de percepção.

A mente humana faz jogos bem interessantes com ênfase e memória.
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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #17 Online: 06 de Março de 2008, 07:59:01 »
(...)
Não sei se é coincidência e também não sei se o incidente teria sido fatal caso ele estivesse de vidro aberto, o fato é que na época eu era tida como uma "paranormal" :P

[]s

Voc acha que existe agum tipo de 'retroalimentação do sentimento de paranormalidade' onde, quanto mais as pessoas acham vc 'médium' ou 'paranormal' mais vc 'visualiza' ou tenta inconscientemente vasculhar o que outras pessoas sentem ou estão passando?
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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #18 Online: 06 de Março de 2008, 08:09:34 »
Citar
Vc está enganado quando à não detecção de efeitos  de efeitos de precognição.

Vitor, resumindo a minha postura sobre o assunto, acho que os pesquisadores já tem uma idéia preconcebida sobre os resultados (e isso para mim fica claro no sugestivo nome do site onde os documentos se encontram: http://www.quantumconsciousness.org.

Mas enfim, muitas coisas foram tentadas desde o Dr Rhine até hoje, então fica difícil entender 'comportamento prévio' visto dessa forma.
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Offline Dodo

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #19 Online: 06 de Março de 2008, 08:26:17 »
A maior parte do que se costuma tomar por paranormalidade são meros fenômenos de percepção.

A mente humana faz jogos bem interessantes com ênfase e memória.

Eu não achei interessante quase ir parar num hospício por causa desse jogos da minha mente. :?
Consegui me curar a tempo.  :)

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #20 Online: 06 de Março de 2008, 08:32:06 »
Você já falou sobre isso aqui no fórum ou deseja confessar aqui mesmo ?

Sou todo ouvidos, quer dizer, olhos :)
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Offline Dodo

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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #21 Online: 06 de Março de 2008, 09:02:35 »
Você já falou sobre isso aqui no fórum ou deseja confessar aqui mesmo ?

Sou todo ouvidos, quer dizer, olhos :)

Não falei nada sobre isso aqui,  e sim, to louco pra confessar... só que pretendo cobrar por isso.!!  :ok: :ok:

Não é nada demais, eu vivia tendo "premonições" (visões), sonhos estranhos e que, às vezes, davam certo.
Isso me deixou preocupado, ao ponto de eu só falar bobagens (adolescente já fala merda, maluco então,,,  :?).
Fiz a besteira de conversar sobre isso com minha família e começou o meu calvário por médicos, hospitais, exames.
Depois, já que a medicina não encontrou nada, começou a peregrinação por médiuns, padres, benzedeiras, etc..
Bom, como eu questionava muitas coisas, era comum ouvir conselhos do tipo:
Abra seu coração.
Desenvolva sua mediunidade.
Isso é um dom de Deus.
A ciência da parapsicologia explcia isso.

Enfim, depois de muito perambular e não obter respostas, comecei a analisar o que eu lia, assistia, e toda a informação que, de alguma maneira, eu assimilava.
Daí bastaram alguns meses e descobri o problema. Dependendo da intensidade emocional com que eu "me envolvia" com algo, mais forte era a lembrança que eu tinha desse caso (ou sseja, descobri a roda  :) ).
Descobrindo isso, eu vi que era apenas um passo para que minha mente (essa sem-vergonha) descobrisse similaridades entre o que eu tinha guardado na memória e, a partir disso, desenvolvesse uma falsa lembrança.
Ou seja, eu não estava prevendo nada, apenas criando associaçõesentre lembranças existentes.
Exemplo prático, aconteceu e lembro muito bem dele ainda:

Lembrança 1 : reportagens sobre atropelamentos e acidentes de carro
Lembrança 2 : o ex- marido de minha tia tinha comprando uma moto
Somadas as duas lembranças: pesadelo com o infeliz se acidentando, como ele era um cara legal, acordei desesperado e meio dormindo perguntei se ele estava muito machucado. Ninguém entendeu nada e eu fiquei com cara de tacho.

Duas horas depois, veio a notícia de que ele tinha sido atropelado, não foi nada grave, mas daí em diante todo mundo me olhava de maneira estranha.

Tem outros exemplos, mas esse aí acho que explica bem o caso.

« Última modificação: 06 de Março de 2008, 09:05:06 por Dodo »
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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #22 Online: 06 de Março de 2008, 09:07:17 »
É mesmo um bom exemplo dos fenômenos de percepção de que eu falava. 

Um mais singelo que aconteceu comigo: um casal de conhecidos recomendou que eu considerasse comprar uma certa marca de carro.  Depois disso, eu que nem havia me dado conta da existência do mesmo antes (literalmente) passei a vê-lo por todo canto e até percebi que era o modelo que um desafeto meu usava já há um certo tempo.

Alguém mais impressionável poderia jurar que "a clara visualização de uma meta alterou o meu caminho entre as várias realidades possíveis, tornando-a mais próxima" ou algo similar; para rotular alguém de "médium em potencial" não é preciso nem metade disso, infelizmente...
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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #23 Online: 06 de Março de 2008, 09:13:53 »
Alguém mais impressionável poderia jurar que "a clara visualização de uma meta alterou o meu caminho entre as várias realidades possíveis, tornando-a mais próxima" ou algo similar; para rotular alguém de "médium em potencial" não é preciso nem metade disso, infelizmente...

É a "Lei da Atração" agindo.  :histeria: :histeria:

Mas, falando sério agora, eu imagino o que teria acontecido comigo, caso enveredasse pelos caminhos do misticismo e das crenças pueris, tão comuns hoje em dia.
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Re: Precognição - Como se explica as experiências pessoais?
« Resposta #24 Online: 06 de Março de 2008, 13:16:06 »
Alguém mais impressionável poderia jurar que "a clara visualização de uma meta alterou o meu caminho entre as várias realidades possíveis, tornando-a mais próxima" ou algo similar; para rotular alguém de "médium em potencial" não é preciso nem metade disso, infelizmente...

É a "Lei da Atração" agindo.  :histeria: :histeria:

Mas, falando sério agora, eu imagino o que teria acontecido comigo, caso enveredasse pelos caminhos do misticismo e das crenças pueris, tão comuns hoje em dia.

Seria mais um seguidor do sétimo raio, quarto cosmo. Que estaria em uma missão de iluminar e ajudar na grande evolução da humanidade para o próximo salto quântico.

 

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