Autor Tópico: Chavez manda tropas para a fronteira  (Lida 15998 vezes)

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Offline HSette

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #175 Online: 09 de Março de 2008, 17:49:08 »
Eu pensei que fosse uma coisa unanime em todas as nações a não negociação com terroristas e criminosos enquanto eles não largarem as armas.


 :?

Reli todos os posts, e não há nenhum, de nenhum forista, apesar das discordâncias em outros pontos, que defenda negociações com terroristas e criminosos.

Não entendi a colocação.  :?:
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
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Chaves

Offline Barata Tenno

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #176 Online: 09 de Março de 2008, 18:02:09 »
Eu pensei que fosse uma coisa unanime em todas as nações a não negociação com terroristas e criminosos enquanto eles não largarem as armas.


 :?

Reli todos os posts, e não há nenhum, de nenhum forista, apesar das discordâncias em outros pontos, que defenda negociações com terroristas e criminosos.

Não entendi a colocação.  :?:

Deixar de atacar as Farcs para que eles libertem mais reféns como o colega Luis Solto e os artigos colocam é a mesma coisa que deixar de prender participantes do PCC para que eles parem de atacaras bases policiais.

He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Herf

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #177 Online: 09 de Março de 2008, 18:02:49 »
Pra mim é um absurdo total colocar a soberania de um país que abriga terroristas em primeiro lugar, antes do extermínio destes sujeitos.

Não entendo o posicionamento de alguns, é simplesmente inconcebível pra mim...

Já eu concordo com o Hsette.
Quem define quem seriam os terroristas?

GWB é um terrorista? Kissinger? Gabeira? Dilma?

O que dizer dos "danos colaterais" (leia-se: civis mortos) de um ataque a um país estrangeiro?

Quis custodiet ipsos custodes?
Não estão relativizando demais o conceito de "terrorista"?

Se está evidente que o país A é complacente com um grupo terrorista que lá se refugia e que atua no país B, não é mais do que certo que a soberania nacional fique em segundo plano e o país B entre em A para capturar os terroristas?

Não poderia essa complacência ser encarada como uma violação do país A sobre o país B?
« Última modificação: 09 de Março de 2008, 18:11:37 por Herf »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #178 Online: 09 de Março de 2008, 18:04:00 »
Então é isso.

Vamos às armas.  :wink:


Chumbo é um idioma universal e é só isso que traficante respeita.

Não vejo como negociar com um pessoal  que trafica drogas e tem fuzis e granadas em um acampámento  que usam para sequestrar gente.

Soltaram dois reféns em um dia, sequestraram seis em outro.

Chumbo neles, é o que eles entendem.

Offline HSette

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #179 Online: 09 de Março de 2008, 18:09:03 »
Eu pensei que fosse uma coisa unanime em todas as nações a não negociação com terroristas e criminosos enquanto eles não largarem as armas.


 :?

Reli todos os posts, e não há nenhum, de nenhum forista, apesar das discordâncias em outros pontos, que defenda negociações com terroristas e criminosos.

Não entendi a colocação.  :?:

Deixar de atacar as Farcs para que eles libertem mais reféns como o colega Luis Solto e os artigos colocam é a mesma coisa que deixar de prender participantes do PCC para que eles parem de atacaras bases policiais.



O que está em discussão aqui é a invasão de território de Estado Nacional por outro, sem autorização, sem aviso prévio.

Se estiver se referindo aos textos que postei, como citação, foi em sequência ao post do Luiz.
Inclusive com ponto e contra-ponto.

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Chaves

Offline HSette

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #180 Online: 09 de Março de 2008, 18:12:00 »
Então é isso.

Vamos às armas.  :wink:


...

Não vejo como negociar com um pessoal  que trafica drogas e tem fuzis e granadas em um acampámento  que usam para sequestrar gente.

...

Como disse acima, não acho que o assunto aqui tenha foco em "negociações".

Em todo caso...
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Chaves

Offline Herf

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #181 Online: 09 de Março de 2008, 18:14:31 »
Soltaram dois reféns em um dia, sequestraram seis em outro.
De janeiro.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u363115.shtml

É esse o caráter do grupo.

Será que se negocia com gente assim?

Offline Dr. Manhattan

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #182 Online: 09 de Março de 2008, 18:17:04 »
Pra mim é um absurdo total colocar a soberania de um país que abriga terroristas em primeiro lugar, antes do extermínio destes sujeitos.

Não entendo o posicionamento de alguns, é simplesmente inconcebível pra mim...

Já eu concordo com o Hsette.
Quem define quem seriam os terroristas?

GWB é um terrorista? Kissinger? Gabeira? Dilma?

O que dizer dos "danos colaterais" (leia-se: civis mortos) de um ataque a um país estrangeiro?

Quis custodiet ipsos custodes?
Não estão relativizando demais o conceito de "terrorista"?

Se está evidente que o país A é complacente com um grupo terrorista que lá se refugia e que atua no país B, não é mais do que certo que a soberania nacional fique em segundo plano e o país B entre en A para capturar os terroristas?

Não poderia essa complacência ser encarada como uma violação do país A sobre o país B?

A chave está no texto grifado. Em 2003 o governo dos EUA alegou que estava "evidente" que o governo do Iraque estava
acobertando a Al Qaida. Isso era uma mentira, e praticamente o mundo inteiro sabia disso. No final das contas os EUA atacaram
sem o aval da ONU, apenas porque sao a única superpotência no mundo atual.

O fato é que nao existe um governo mundial, que possa dar a palavra final sobre esse assunto. Assim, a única forma de se
estabelecer se o acobertamento é evidente ou nao é através de órgaos como a ONU e a OEA. A alternativa a isso é a barbárie.

O problema é que vocês estao tentando ver essa questao considerando um cenário ideal: onde a existência
de terroristas é óbvia, onde o grupo em questao é unanimamente reconhecido como terrorista, e quando o acobertamento é
também óbvio (um exemplo seria o Afeganistao em 2001). Na realidade, devemos sempre pensar no pior cenário, em que os
abusos de uma doutrina de ataques preventivo podem levar a enormes desastres. Milhares de americanos estao aprendendo isso
da pior forma possível.  


P.S. Também sou contra a negociaçao com as FARC, ou com qualquer outro grupo terrorista.
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Alan Watts

Offline HSette

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #183 Online: 09 de Março de 2008, 18:18:32 »
Soltaram dois reféns em um dia, sequestraram seis em outro.
De janeiro.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u363115.shtml

É esse o caráter do grupo.

Será que se negocia com gente assim?

Não estou entendendo mais nada.

Quem aqui está falando em negociação???

Tô fora...
Fui.....
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #184 Online: 09 de Março de 2008, 18:20:15 »
Então é isso.

Vamos às armas.  :wink:


...

Não vejo como negociar com um pessoal  que trafica drogas e tem fuzis e granadas em um acampámento  que usam para sequestrar gente.

...

Como disse acima, não acho que o assunto aqui tenha foco em "negociações".

Em todo caso...

Sim, só estava explicando meu ponto de vista.

Esse pessoal sempre vai ter algo a reividicar, sempre vai querer algo, sempre estarão metidos em algo ilegal simplesmente porque vivem disso e não vão largar a grana que farta que  rende.

Não consigo imaginar um Raul Reyes que depois de ter todos seus pedidos satisfeitos pelo governo largaria as armas e arrumaria um emprego de 8 horas diárias em uma fábrica...

Então negociação  com esse pessoal tem que ser feita a peso de chumbo, é o que eles entendem.

Offline Barata Tenno

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #185 Online: 09 de Março de 2008, 18:22:32 »
Eu pensei que fosse uma coisa unanime em todas as nações a não negociação com terroristas e criminosos enquanto eles não largarem as armas.


 :?

Reli todos os posts, e não há nenhum, de nenhum forista, apesar das discordâncias em outros pontos, que defenda negociações com terroristas e criminosos.

Não entendi a colocação.  :?:

Deixar de atacar as Farcs para que eles libertem mais reféns como o colega Luis Solto e os artigos colocam é a mesma coisa que deixar de prender participantes do PCC para que eles parem de atacaras bases policiais.



O que está em discussão aqui é a invasão de território de Estado Nacional por outro, sem autorização, sem aviso prévio.

Se estiver se referindo aos textos que postei, como citação, foi em sequência ao post do Luiz.
Inclusive com ponto e contra-ponto.



Não foi a nenhum dos seus posts,foi o do Luis Souto.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #186 Online: 09 de Março de 2008, 18:26:52 »
Citar
O problema é que vocês estao tentando ver essa questao considerando um cenário ideal: onde a existência
de terroristas é óbvia, onde o grupo em questao é unanimamente reconhecido como terrorista, e quando o acobertamento é
também óbvio (um exemplo seria o Afeganistao em 2001).

Nesse caso específico, existe uma entrevista com o Raul Reyes em que ele fala abertamente que compra drogas e revende e que atua na fronteira..e que tem relações com partidos politicos e  governos..


Um grupo desse que passava de um lado a outro das fronteiras constantemente deve ter  cobertura governamental ou não fariam isso com tanta facilidade..

A base era permanente e o cara tinha até uma cama com colchão armada no meio da selva.

Offline Luiz Souto

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #187 Online: 09 de Março de 2008, 20:26:03 »
Acho que as pessoas tem uma noção bastante estranha do que é soberania nacional. Se um país invade outro , ainda com pretexto de combater um grupo beligerante e não informa o outro país , isto é um crime internacional.

Quando as FARC atacaram um acampamento do Exército Brasileiro  e roubaram armas foi organizada uma ação de busca que resultou na morte de vários guerrilheiros e recuperação das armas , o governo brasileiro avisou o governo colombiano que faria a ação e que haveria a possibilidade de entrarem em território colombiano , devido a dificuldade de reconhecimento das fronteiras na floresta amazônica. Esta foi uma ação correta e garantida pelas normas do direito internacional.

O que o governo colombiano fez não o foi e a ação é no mínimo suspeita , por alguns motivos:
- segundo as fontes equatorianas ao menos vinte dos guerrilheiros mortos o foram com sinais de execução , incluindo tiros pelas costas. A comissão da OEA poderá esclarecer estas denùncias.
- em uma ação tão organizada não haver , em mais de 20 guerrilheiros , nenhuma captura é estranho , já que os prisioneiros são uma das principais fontes de informação para a inteligência militar.
- o governo equatoriano confirmou estar em negociação com as FARC para a libertação em março de reféns , incluindo Ingrid Betancourt , sendo confirmado pela França que Reyes era  contato do governo francês para a libertação.
- a acusação do governo colombiano de que o Equador apóia as FARC como força beligerante e lhes dá guarida no território equatoriano cai por terra quando Rafael Correa recorre à OEA contra a invasão e Uribe se retrata publicamente. Fosse o Equador base de apoio da guerrilha isto não teria acontecido.

Por último , até o momento tem-se tratado das negociações com as FARC para a libertação dos reféns. Uma vez que o governo colombiano claramente não deseja negociar estas libertações ( ou se juntaria à França de Sarkozy) , outros governos podem fazê-lo sem que isto seja um apoio às FARC como força beligerante.

Agora , quanto questão em geral das negociações com as FARC para o fim do conflito colombiano , alguem acha que será possível uma solução militar para um conflito que se arrasta há mais de quatro décadas?
 Assim como as guerras civis em Angola , Moçambique , El Salvador só puderam ser terminados com a negociação da paz através de mediação internacional a Colômbia não terá paz sem um acordo negociado. A questão é que NENHUM DOS BELIGERANTES , nem as FARC nem o governo Uribe têm interesse no fim do conflito pois ambos lucram com ele , mantendo suas areas de domínio e seus lucros. Para o fim do conflito serioa necessária uma pressão internacional , para a qual não vejo perspectiva já que o governo colombiano é um fiel peão dos EUA
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #188 Online: 10 de Março de 2008, 11:13:18 »
Pra mim é um absurdo total colocar a soberania de um país que abriga terroristas em primeiro lugar, antes do extermínio destes sujeitos.

Não entendo o posicionamento de alguns, é simplesmente inconcebível pra mim...

Já eu concordo com o Hsette.
Quem define quem seriam os terroristas?

GWB é um terrorista? Kissinger? Gabeira? Dilma?

O que dizer dos "danos colaterais" (leia-se: civis mortos) de um ataque a um país estrangeiro?

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Você tem alguma dúvida, mísera que seja, que as FARC são uma organização terrorista?
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #189 Online: 10 de Março de 2008, 11:16:31 »
Pra mim é um absurdo total colocar a soberania de um país que abriga terroristas em primeiro lugar, antes do extermínio destes sujeitos.

Não entendo o posicionamento de alguns, é simplesmente inconcebível pra mim...

Já eu concordo com o Hsette.
Quem define quem seriam os terroristas?

GWB é um terrorista? Kissinger? Gabeira? Dilma?

O que dizer dos "danos colaterais" (leia-se: civis mortos) de um ataque a um país estrangeiro?

Quis custodiet ipsos custodes?

Você tem alguma dúvida, mísera que seja, que as FARC são uma organização terrorista?

Não, e não estava nem me referindo às FARC. O que eu quis deixar claro (sem sucesso) é o erro perigoso que é a proposta de
se admitir ataques preventivos a paises que supostamente abrigam terroristas.
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Alan Watts

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #190 Online: 10 de Março de 2008, 11:20:36 »
Pra mim é um absurdo total colocar a soberania de um país que abriga terroristas em primeiro lugar, antes do extermínio destes sujeitos.

Não entendo o posicionamento de alguns, é simplesmente inconcebível pra mim...

Já eu concordo com o Hsette.
Quem define quem seriam os terroristas?

GWB é um terrorista? Kissinger? Gabeira? Dilma?

O que dizer dos "danos colaterais" (leia-se: civis mortos) de um ataque a um país estrangeiro?

Quis custodiet ipsos custodes?

Você tem alguma dúvida, mísera que seja, que as FARC são uma organização terrorista?

Não, e não estava nem me referindo às FARC. O que eu quis deixar claro (sem sucesso) é o erro perigoso que é a proposta de
se admitir ataques preventivos a paises que supostamente abrigam terroristas.


Acontece que no caso específico da Colômbia x Equador não há este "supostamente"...
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Offline Peezah

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #191 Online: 10 de Março de 2008, 11:26:29 »
Se as FARC invadem tanto assim a Colombia pelas fronteiras do Equador, porque não esperaram eles passarem pra depois agirem?! Evitaria toda essa dor de cabeça. A menos que essa dor de cabeça seja intencional.

Offline Dr. Manhattan

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #192 Online: 10 de Março de 2008, 11:28:45 »
O "supostamente" aparece ao nos indagarmos se o governo equatoriano sabia da presença das FARC e as protegia [1].
O fato é que haviam outras maneiras de lidar com essa presença. Maneiras que não implicariam em uma crise diplomática:
pressionar o governo de Correa, ameaçar retaliações comerciais, etc. Mas o governo Uribe, por motivos ainda não muito claros,
resolveu usar da força. Aliás, nesse caso, ao que parece, a reação de Correa só foi tão indignada por causa da atitude belicista
de seu amigo Chávez.


[1] Eu sei, eu sei, a resposta é óbvia para mim e para você, mas nossa opinião não vem ao caso quando se trata de discussões
diplomáticas entre países.
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Alan Watts

Offline Luiz Souto

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #193 Online: 10 de Março de 2008, 15:58:32 »
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Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa
 
Uribe e Bush, enfim sós
10/03/2008 11:55:08

Antonio Luiz Monteiro Coelho da Costa


Na madrugada do sábado, 1º de março – à 0h25, segundo o ministro da Defesa colombiano, Juan Manoel Santos –, o comandante Raúl Reyes e uma tropa de guerrilheiros das Farc pernoitavam na província equatoriana de Sucumbíos, a 2 quilômetros da fronteira, quando o acampamento foi arrasado por bombas Cluster lançadas por aviões Super Tucano da Força Aérea Colombiana. Segundo explicaram depois os colombianos, uma ligação telefônica de Reyes, por celular, foi interceptada pela CIA dez dias antes, dando sua localização aproximada e a posição exata do acampamento foi revelada por um informante, provavelmente subornado.

Em seguida, militares colombianos entraram no Equador em dois helicópteros para se apoderar do corpo do comandante e de pelo menos mais um dirigente guerrilheiro, além de computadores e documentos. Deixaram para trás 22 cadáveres e três guerrilheiras feridas por estilhaços de bombas, entre as quais uma estudante de Filosofia mexicana, depois encontrados pelo Exército equatoriano. Entre os mortos estavam Olga Marín, esposa de Reyes, e Julián Conrado, autor de canções de protesto e negociador das Farc.

Raúl Reyes, cujo nome verdadeiro era Luis Edgar Devia Silva, foi militante de esquerda, empregado e sindicalista na Nestlé colombiana até meados dos anos 70, quando vários companheiros foram assassinados, ele mesmo foi ameaçado e passou à guerrilha e à clandestinidade. Era membro do secretariado das Farc (órgão então composto de cinco integrantes, hoje de nove) desde o início dos anos 80.

Desde 1997, como principal negociador e porta-voz da guerrilha em conversações com os EUA, Bogotá e organismos internacionais, era tido como o líder mais importante depois de Manuel Marulanda, o Tiro Fijo (“Tiro Certo”), mas sua importância era mais política do que militar. Ao morrer, foi substituído por “Joaquín Gómez” (Milton Toncel Redondo), da ala militar.

Às 8 da manhã, o presidente equatoriano Rafael Correa foi interrompido durante a gravação de um programa pela ligação do seu par colombiano Álvaro Uribe, que o informou que suas unidades de elite haviam perseguido as Farc através da fronteira e involuntariamente invadiram o território equatoriano. Segundo o governo colombiano, Correa reagiu com tranqüilidade e pediu apenas que Uribe se desculpasse. Durante a manhã e a tarde, o ministro da Defesa colombiano divulgou uma versão sustentando que suas forças haviam sido atacadas do lado equatoriano e, “sem violar o espaço aéreo equatoriano”, realizaram o bombardeio que matou Reyes.
Antes do fim do dia, o governo do Equador investigou o local e ficou claro que os guerrilheiros haviam sido massacrados do ar enquanto dormiam. Foram divulgadas as fotos do estado em que foi deixado o acampamento e as evidências de que o ataque havia sido cuidadosamente planejado. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, denunciou a violação do território do Equador e advertiu que uma ação similar em seu território levaria à guerra.

O presidente colombiano Álvaro Uribe pediu desculpas informais e seu chanceler, Fernando Araújo, anunciou indenizações aos cidadãos equatorianos que pudessem ter sido afetados. Mas, à noite, Correa convocou o embaixador na Colômbia “para consultas”, acusou o país vizinho de violar o direito internacional e seu presidente de lhe mentir abertamente sobre a operação.

Na manhã de domingo, o governo colombiano alegava ter agido em legítima defesa e expressava surpresa pelas “reações cambiantes” de Correa. Hugo Chávez chamou Uribe de “criminoso, mafioso, paramilitar e narcotraficante”, fez 1 minuto de silêncio em homenagem a Reyes, rompeu formalmente relações diplomáticas com Bogotá e enviou dez batalhões à fronteira.

Horas depois, o Equador, insatisfeito com as desculpas colombianas, também rompeu relações diplomáticas, enviou 3,6 mil soldados à província de fronteira, expulsou o embaixador colombiano e pediu reuniões de emergência da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Comunidade Andina (CAN). O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, condenou a ação colombiana e chamou de irmão e companheiro o dirigente abatido, assinalando que era o homem designado pela guerrilha para trabalhar pela paz.

Uribe passou à ofensiva. O diretor da polícia colombiana, Oscar Naranjo, divulgou e-mails e atas supostamente encontrados em notebooks de Raúl Reyes, segundo as quais o guerrilheiro teria se entrevistado com o ministro da Segurança do Equador, Gustavo Larrea, o que mostraria interesse de Correa em oficializar relações com as Farc. Ainda segundo tais notas, os “gringos” pediam a Quito que transmitisse à guerrilha o interesse de conversar, porque o novo presidente será Barack Obama e “não apoiará o Plano Colômbia e o Tratado de Livre Comércio”.

A alegada documentação incluiria mensagem do líder Manuel Marulanda, na qual as Farc diziam-se dispostas a “aportar com nossos modestos conhecimentos a defesa da revolução bolivariana na Venezuela” e menção a uma negociação do ministro venezuelano da Justiça, Ramón Rodríguez Chacín, com as Farc que mencionava algo referido como “300”, interpretado por Naranjo como financiamento de 300 milhões de dólares à guerrilha. E alusão a um agradecimento de Chávez por uma ajuda de 50 mil dólares recebida das Farc em 1992 (quando estava preso) e uma promessa de, em troca, contribuir para a guerrilha com “uns estilingues velhinhos que ele tinha guardados por aí e sabia que ainda funcionavam” – sinônimo de fuzis no jargão “delinqüencial terrorista”, segundo Naranjo.

Para arrematar e convocar às armas os neocons de Washington, o general alegou haver encontrado também informação sobre o envio de drogas ao México e a compra de 700 quilos de cocaína e 50 quilos de urânio pelas Farc, por 1,5 milhão de dólares. Passando de agressora a vítima, Bogotá denunciou uma “aliança armada” entre as Farc e a Venezuela, apresentou a Colômbia como vítima de uma confabulação terrorista das Farc com os governos vizinhos e mesmo de uma iminente agressão com “bombas radioativas”.

Que o governo do Equador conversasse com Reyes é crível. Tem muito mais razões para isso do que a França, que tem feito o mesmo. Três negociadores franceses estavam na Colômbia, a 200 quilômetros do local do ataque, à espera de falar com Reyes – que tentava obter uma audiência com o próprio Sarkozy –, quando foram advertidos pelo governo de Uribe, a par da negociação, para não se aproximarem do ponto de encontro.

Na prática, a guerrilha controla a maior parte da fronteira entre os dois países – há algum tempo, o ministro da Defesa do Equador, Miguel Carvajal, declarara que seu país não se limita ao norte com a Colômbia e sim com as Farc. Segundo a Acnur, comissão de refugiados da ONU, o êxodo de colombianos para o Equador é uma das piores tragédias humanitárias nas Américas.

Desde sua posse, Rafael Correa negou-se (como os demais governos latino-americanos) a qualificar as Farc de terroristas e apoiou a proposta de Chávez de considerá-las uma força insurgente, com direito a diplomacia. Faz sentido que, como Chávez, Correa desejasse se prestigiar como mediador na troca de reféns e outras negociações com a guerrilha. De fato, ele declarou que o ataque colombiano frustrou a libertação de Ingrid Betancourt e outros 11 reféns que ia se concretizar em março, no território equatoriano. Daí a lhe atribuir apoio ativo às Farc vai uma grande distância. No ano passado, o Equador destruiu 47 acampamentos móveis da guerrilha em seu território.

As acusações de Naranjo soam pouco convincentes, principalmente depois que a Colômbia divulgou uma versão sobre a incursão que se mostrou mentirosa. Assim como papel, um disco rígido de computador aceita tudo, principalmente das mãos de serviços de inteligência treinados pela CIA (se não da própria). Dificilmente tais provas seriam aceitáveis em um tribunal ou para uma acusação pública, quanto mais em um contexto de agressão internacional. Mesmo que os arquivos fossem autênticos, podiam indicar apenas aquilo em que Reyes e a cúpula da guerrilha gostariam que seus liderados acreditassem.

Parece muito plausível que vários desses arquivos tenham sido forjados em retaliação à disposição do Equador de desmentir Uribe, bem como em resposta às ameaças venezuelanas e numa tentativa de erguer uma cortina de fumaça para disfarçar sua agressão, ante a reação negativa da maior parte do mundo. A história do urânio soa particularmente inverossímil. Um grupo guerrilheiro como as Farc não poderia se dar ao luxo de atrair uma condenação universal e arruinar sua reputação entre simpatizantes com o uso de armas radioativas.

Computador por computador, o ministro venezuelano Rodríguez alega ter registros, em máquina tomada a Wilber Varela, traficante colombiano morto em 31 de janeiro na Venezuela (e responsável por 70% da cocaína colombiana vendida nos EUA), de que o general Naranjo participa do narcotráfico e o ministro da Defesa colombiano foi subornado para nomeá-lo. Juan David Naranjo, irmão de Oscar, está preso na Alemanha desde 2006, depois de tentar vender 35 quilos de cocaína a policiais disfarçados.
Na segunda-feira 3, a presidente Michelle Bachelet, do Chile, condenou a ação colombiana em entrevista à tevê: “Não podemos estar de acordo com que não se respeitem as fronteiras e lamentamos que o Equador se tenha sentido agredido”. Advertiu sobre “a extrema delicadeza” do fato de “que se possa atravessá-las por qualquer objetivo, legítimo ou ilegítimo”. O paraguaio Nicanor Duarte e Evo Morales, da Bolívia, se manifestaram em termos semelhantes.

O Peru, apesar de condenar a intromissão de Chávez, posicionou-se ao lado da parte ofendida ao considerar que a incursão violou as normas internacionais e cobrar desculpas mais claras e enfáticas da Colômbia.

O Brasil, por meio do chanceler Celso Amorim, considerou “gravíssima” a violação territorial e cobrou da Colômbia um pedido de desculpas formal e sem condições, além de garantias de que não voltará a invadir o país vizinho. Rafael Correa inicialmente acrescentou, a essas duas condições, a exigência de que a Colômbia reconhecesse que os supostos arquivos do computador de Reyes são produto de uma montagem.

Brasília também se posicionou contra a mediação da União Européia, proposta pela Colômbia, e juntou-se ao Chile e à Argentina por uma reunião da OEA. Jorge Taiana, o chanceler argentino, rechaçou, em nome de seu governo, “qualquer forma de violação da soberania territorial, princípio inviolável do direito internacional”. Na América do Sul, a Colômbia ficou totalmente isolada, ainda que os vizinhos procurem também ignorar o belicismo de Chávez.
Não que os europeus estejam dispostos a elogiar Bogotá: o chanceler francês, Bernard Kouchner, lamentou a morte do negociador Reyes, o contato por meio do qual Paris esperava obter a libertação da franco-colombiana Ingrid Betancourt. O chanceler italiano, Massimo D’Alema, também se declarou perplexo e preocupado com a agressão colombiana.

Se a incursão “dividiu o mundo”, como disseram alguns jornais, foi em partes muito desiguais. O único governo a respaldar explicitamente a ação de Bogotá foi o de Washington – de cujos “planos genocidas”, segundo Fidel Castro, a incursão faria parte –, com apoio de Hillary Clinton, para a qual a Colômbia “tem todo o direito de se defender de organizações terroristas”. A doutrina da “guerra preventiva” de Bush júnior é compartilhada pela oposição, ainda que possam discordar nas minúcias de sua aplicação.

Na terça-feira, Uribe escalou a guerra de propaganda dizendo que denunciaria Hugo Chávez à Corte Penal Internacional para “explicar o presumido delito de financiamento de genocidas” e as Farc à Comissão de Desarmamento da ONU pela suposta intenção de adquirir urânio.

Para defender a posição equatoriana, Correa viajou ao Peru e Brasil (dia 4), Venezuela e Panamá (dias 5 e 6) e República Dominicana, onde levará a questão à cúpula presidencial do Grupo do Rio em Santo Domingo. Nessa reunião, marcada antes da crise, deveriam participar todos os chefes de Estado da América Latina, mas ficarão de fora os da Colômbia, Venezuela, Bolívia (às voltas com a disputa constitucional com a oposição) e Nicarágua.

Hugo Chávez fechou a fronteira venezuelana a caminhões colombianos, apesar de esses fornecerem grande parte dos alimentos importados por seu país. Se prosseguir o bloqueio, a Venezuela precisará de importações emergenciais, provavelmente do Brasil.

Na reunião da OEA, na terça-feira à tarde, Equador e Venezuela pediram a condenação da Colômbia e esta insistiu em defender a legitimidade do “ataque preventivo”, e não aceitar uma resolução que falasse em “condenação” ou “investigação” de suas ações. Depois de dois dias de discussão, chegou-se a um texto para reafirmar que não é aceitável violar fronteiras por “qualquer motivo e mesmo de maneira temporária”. Foi criada também uma comissão para examinar o local, que deverá subsidiar uma reunião de chanceleres em Washington, em 17 de março. Não se chegou a condenar explicitamente a Colômbia, mas ficou claro o seu isolamento e a rejeição da tese da legitimidade do “ataque preventivo”.

O governo colombiano quis se apoiar nas resoluções da ONU que respaldaram a ofensiva dos EUA no Afeganistão, em 2001. Um absurdo perante o Direito internacional, pois tais decisões autorizaram uma ação específica ante uma circunstância excepcional. Não liberaram governos para invadir países estrangeiros para combater o que quisessem rotular de terrorismo como e quando bem entendessem. Mas o discurso de Bogotá mostra a que ponto os precedentes abertos pelos EUA e por Israel desgastam as bases jurídicas de uma comunidade internacional organizada sobre princípios racionais.

Na Colômbia, segundo a interpretação do governo francês, diz o jornal argentino Página/12, houve um confronto entre uma linha negociadora, representada pelo Comissário para a Paz Luis Carlos Restrepo e a linha dura, constituída pelas Forças Armadas e de Segurança, que não admite solução política – muito menos mediada por Chávez e Correa – e defende a continuação da luta até a liquidação total da guerrilha. Com ajuda da CIA, sabotou a possibilidade de acordo ao matar o negociador das Farc.

Uribe, abalado por sucessivos escândalos sobre assassinatos de oposicionistas e as relações de seu governo com paramilitares e traficantes, apostou no aplauso da opinião pública colombiana, informada por jornais conservadores e ansiosa pelo fim da guerra civil, e no apoio dos EUA, que lhe permitiria ignorar os países vizinhos.

A Correa, ainda em processo de consolidar seu governo e obter da Assembléia Constituinte um resultado adequado a seus projetos, não interessava um conflito internacional, mas, ante a evidência de uma violação planejada de seu território, não pôde fechar os olhos.

A Chávez, que luta para liderar o continente e abafar suas próprias dissensões internas, convém demonstrar força e decisão e unir seu povo e aliados contra um inimigo externo, além de defender as negociações com as Farc e prevenir uma desmoralizante incursão em seu próprio território. Mas dificilmente lhe interessa chegar às vias de fato. A Venezuela possui mais armas pesadas, aviões de guerra e tanques, mas a Colômbia tem um Exército maior, afiado por décadas de guerra civil. O desfecho de um conflito aberto seria duvidoso. Tanto poderia favorecer as Farc quanto dar aos EUA o pretexto para intervir a favor de Uribe e dos interesses eleitorais republicanos.

Mas se os ataques de Hugo Chávez, enquanto se limitarem a insultos verbais, são indesejáveis e condenáveis, a ação violenta de Bogotá é ilegal e indefensável. Na ausência de guerra aberta, Uribe pode até ganhar prestígio interno a curto prazo, mas seu país perde no cenário internacional, ao passo que a guerrilha conquista simpatias e oportunidades. Todos os países sul-americanos, sem exceção, condenaram a Colômbia, bem como a maioria dos países europeus interessados nas negociações.

Mesmo a conservadora Alemanha, de Angela Merkel, e os países latino-americanos mais próximos dos EUA, México, Guatemala, Costa Rica e El Salvador, abstiveram-se de apoiar a incursão colombiana. O próprio Felipe Calderón, presidente do México, deu razão ao Equador em conversa telefônica, segundo Correa. Quanto ao apoio dos EUA, não se sabe se continuará o mesmo após as próximas eleições, como os próprios oficiais colombianos parecem recear.

Fonte Carta Capital  http://www.cartacapital.com.br/app/materia.jsp?a=2&a2=9&i=344

Os destaques sao meus , e faço alguma observaçoes:

Ate o Peru  governado por Alan Garcia e tradicional adversario do Equador , ja tendo estado em guerra em 1941, 1985 e 1995 , apoiou a atitude equatoriana.

Se a Colombia tem provas de envolvimento da Venezuela e Equador no financiamento das FARC entao que rompa relaçoes com ambos ( que dependem bastante das exportaçoes colombianas) e os denuncie ao Conselho de Segurança da ONU , solicitando embargo por apoio ao terrorismo.Com certeza tera o apoio entusiastico de Bush Jr.

Ate la ,aguardo ansiosamente a leitura das transcriçoes dos notebooks no New York Times e no Washington Post .
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

Conheça a seção em português do Marxists Internet Archive

Offline Hugo

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #194 Online: 11 de Março de 2008, 19:07:44 »

Os destaques sao meus , e faço alguma observaçoes:

Ate o Peru  governado por Alan Garcia e tradicional adversario do Equador , ja tendo estado em guerra em 1941, 1985 e 1995 , apoiou a atitude equatoriana.

Se a Colombia tem provas de envolvimento da Venezuela e Equador no financiamento das FARC entao que rompa relaçoes com ambos ( que dependem bastante das exportaçoes colombianas) e os denuncie ao Conselho de Segurança da ONU , solicitando embargo por apoio ao terrorismo.Com certeza tera o apoio entusiastico de Bush Jr.

Ate la ,aguardo ansiosamente a leitura das transcriçoes dos notebooks no New York Times e no Washington Post .

Concordo!!

Um livro muito bom e é tão atual é o livro do Kant:

"À Paz Perpétua"

Leiam, se não leram ainda, e sentirão que mesmo sendo uma utopia, a Paz é possível entre os Estados.
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Tarcísio

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #195 Online: 11 de Março de 2008, 20:31:29 »
Eu acho a paz impossível, mas... cada um é cada um.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #196 Online: 12 de Março de 2008, 07:45:56 »
Segundo foi divulgado  há uns dias , a Interpol  está analisando o computador e tem mais de 15.000 pags na memória dele...muita coisa ainda vai aparecer.

Offline FZapp

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #197 Online: 12 de Março de 2008, 09:03:29 »
Lá por 2003 estive em Bogotá uns 20 dias a trabalho.
Fiquei num hotel bonitão (o "Tequendama", que hoje é uma rede importante), onde a gente tinha que abrir a pasta do notebook para soldados que protegiam a porta de entrada do hotel (que estava cheio de estrangeiros como eu).

(Na verdade o colombiano é um povo esplêndido e Bogotá um exemplo de uma cidade bem administrada, e conheci uma figura do âmbito cético em castelhano, o Jaime Rudas, e sua esposa ucraniana, mas não estou aqui para contar isso).

Lá estive com um argentino casado com colombiana, (Gustavo e Ana) conhecido fazia muito tempo; sim, ele é de esquerda, assim como Jaime, mas quanta diferença!

Até o Gustavo, anti-americano, apoiou Uribe (Uribe perdeu o pai às Farc quando ainda era moço) porque se convenceu de que as Farc (agora) é um bando de louco. Supostamente era um braço armado da reforma agrária, mas ficou mais lucrativo vender cocaína e praticar a guerrilha. Hoje defendem seu território, plantado pelos trabalhadores que são praticamente seus escravos.

Colombia teria que ter agido diferente, mas a reclamação é legítima, Equador e Venezuela fazem vista grossa porque politicamente apóiam as Farc, por achar que seriam seus aliados caso as Farc tomassem o poder. O que é absurdo, hoje as Farc querem é continuar lá, nos cafundó da selva, plantando o item #1 de vendas :)

Chávez entrou nessa porque 'está nessa' há anos, isto é, criticando Uribe e apoiando as Farc. Aliás, a historia de Colombia e Venezuela é de farpas a cada alguns anos, vivem se 'pegando', começaram a independência assim (tanto que Bolívar lutava pelo que era chamada 'Gran Colombia', que seria o que hoje é Colombia (incluindo o Panamá) e Venezuela).

Por outro lado, como todo ridículo tirano latrinoamericano, precisa de um problema exterior para 'unir seu povo'. Assim começou uma guerra que eu vivi, em 1982, mas não queria lembrar disso (daqui a pouco o Arcanjo Lúcifer, além de me convencer de que isso não era ditadura, isso não era a direita, era a esquerda!!!).
--
Si hemos de salvar o no,
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derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #198 Online: 12 de Março de 2008, 13:53:25 »
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Equador e Venezuela fazem vista grossa porque politicamente apóiam as Farc

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O que é absurdo, hoje as Farc querem é continuar lá, nos cafundó da selva, plantando o item #1 de vendas*

COCAINA*

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Chávez entrou nessa porque 'está nessa' há anos, isto é, criticando Uribe e apoiando as Farc.

Entendeu finalmente o motivo de eu não gostar desse vagabundo do Chapolim e dos amiguinhos dele que se relacionam com traficantes?


Offline Wolfischer

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Re: Chavez manda tropas para a fronteira
« Resposta #199 Online: 12 de Março de 2008, 16:28:09 »
Longe de defender qualquer coisa que as FARC façam, mas o governo colombiano tem grande parcela de culpa nessa história.
Mais de dez anos atrás o então governo colombiano propôs um termo de paz com as FARC, permitindo que eles se registrassem como partido político. O acordo foi aceito, o partido foi criado, milhares de colombianos se filiaram ao partido esquerdista. Até aí tudo bem.
Nos seis meses seguintes a polícia colombiana assassinou mais de 5000 filiados, incluindo praticamente todas as lideranças.

Alguém tem motivo para confiar em negociações com um governo?

 

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