Autor Tópico: 20 e poucos anos  (Lida 5083 vezes)

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Danieli

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20 e poucos anos
« Online: 15 de Março de 2008, 19:35:44 »
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20 e poucos anos

Por: Fernando Bonassi

Vinte e poucos anos é uma faixa etária necessária entre os inconseqüentes anos adolescentes e a inexperiência acumulada da maturidade... É "moçada", porque apesar da idade que aparentam, os que têm mais de quarenta ficam carecas de não saber o que fazer para melhorar, apesar do dobro de idade que tiveram. Muitos desses conservadores ainda insistem que os jovens são piores do que eram, como se os últimos filhotes tivessem sempre que pagar pelos erros e pelos vícios dos mais velhos... Calma! Vinte e poucos anos são duas décadas e uns tantos lances de espanto que deixam tontos os que olham para trás, tentando entender que momento terminou de começar...

Todos querem a energia dos vinte e poucos, mas só os loucos dentro os coroas darão a força necessária para que a juventude substitua as manias vencidas dos caretas. Uma coisa precisa acabar pra que outra comece e naqueles que precisam se retirar, esse recomeço do fim é bem difícil - além do mais os vinte e poucos anos provocam muita inveja nos que passaram em branco pela loucura necessária desses tempos. Vinte e poucos anos só são saudáveis e baratos nas apólices dos planos de saúde, mas alguns danos que causamos e sofremos ais 20 e poucos anos podem ser definitivos! São membros perdidos em acidentes, amores urgentes esquecidos nas esquinas e turmas divididas por dívidas e drogas... Vinte e poucos anos pode ser um saco mas nunca é um tédio. Não há panos quentes, corações gelados ou remédio mágico aos 20 e poucos anos...

É como uma espécie de doença que se pega e que se passa feito um vírus de computador! Muitos jovens de valor poderão ser domesticados por salários de fome e famílias numerosas, mas só os 20 e poucos anos terão o vigor e a ousadia necessária para a vitória da alegria contra a burocracia da velhice ensimesmada. Não confie em ninguém com mais de trinta que não confia em ninguém com menos de vinte e poucos anos!

Eu li esse texto e lembrei do pentelho do Perdulario, zoação a parte, o Bonassi deu a entender muitas coisas que o camarada queria ter falado mas não conseguiu expressar sem causar, em mim, repulsa.
E também porque, muita gente aqui tá nos vinte e poucos, é reflexivo e tal, e achei que alguns gostariam.

Offline Fabulous

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #1 Online: 15 de Março de 2008, 20:21:42 »
Hoje eu pensei muito no meu futuro. Eu fico puto de raiva quando penso que não consegui adquirir nada de dinheiro até hoje do meu suor. Eu, com 22 anos vivendo super dependente financeiramente.
Não quero viver a vida em farras, drogas, bebedeiras e putaiada, torrando dinheiro dos meus pais! Muitos dos que conheço vivem assim... mas todos não têm um trocado na conta.
Eu sou muito ganacioso, queria ser muito rico, ter muito dinheiro meu para gastar e levar uma vida para aproveitar desde agora!
Mas não, agora que vou começar a ganhar dinheiro... isso que é foda! Agora não tenho nada, só vou ter quando eu chegar nos meus 40 anos (se eu começar a ralar muito agora a juntar grana)... mas ai já vou estar velho para frevar e gandaiar...
Estou novo com vigor e energia para aproveitar meus vinte e poucos anos, mas sem dinheiro.
Daqui a 20 anos vou estar já com uma graninha juntada, mas já velho para fazer coisas que nós jovens agora de vinte e poucos anos fazemos.
Porra, puta merda.
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Danieli

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #2 Online: 15 de Março de 2008, 20:34:38 »
Fab é sábado a noite, não fique assim, é um tanto triste.

Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #3 Online: 15 de Março de 2008, 20:40:48 »
Querendo ou não, somos consequências das nossas origens e nosso dinheiro não é nada além de uma representação conveniente do nosso poder de compra.

Pode ser muito difícil aceitar o quanto herdamos (inclusive de limitante) de nossos pais e família extendida, mas enquanto não aceitarmos não temos muita chance de resolver.
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Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #4 Online: 15 de Março de 2008, 20:41:44 »
Quanto ao Perdulario, ele simplesmente ouviu Raul Seixas demais; não sabe lidar com a perda da juventude e tenta se afirmar via agressão.  Conheço o tipo.
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Danieli

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #5 Online: 15 de Março de 2008, 20:49:32 »
Eu particularmente acho, as vezes, uma bela droga ter 20 e poucos anos. Me parece a fase mais dúbia que se pode ter (embora eu só tenha tido a infância, pré-adolescência e adolescência). Mas tem um cinismo muito grande, muitos querem acreditar numa maturidade que não vivenciaram em contrapartida não se pode ter um comportamentos meio de "moleque" de vez em quando, é bem difícil isso eu acho.

Offline Luiz Souto

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #6 Online: 15 de Março de 2008, 20:52:04 »
Cada fase da vida adulta tem sua verdade. Apesar de não terem sido ruins hoje não voltaria aos meus 20 e poucos anos , embora seja grato pelo que aprendi neles. Olhar para trás e não se sentir passado por estar com mais de 40 , mas tocar a bola pra frente que atrás vem gente.
O tempo passa pra gente mas de certa forma se repete aos nossos olhos nos que vem depois , de vez em quando me vejo nos posts de alguns do forum que são mais novos e em outros me admiro de não ter tido aquela maturidade na mesma idade.

( Interessante , por mais que refaça o texto , não consigo exprimir o que queria. Espero que entendam)


 Quanto ao Perdulário , faz parte de um grupo não tão incomum : os que sairam da juventude mas não da adolescência.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #7 Online: 15 de Março de 2008, 20:56:37 »
Eu particularmente acho, as vezes, uma bela droga ter 20 e poucos anos. Me parece a fase mais dúbia que se pode ter (embora eu só tenha tido a infância, pré-adolescência e adolescência). Mas tem um cinismo muito grande, muitos querem acreditar numa maturidade que não vivenciaram em contrapartida não se pode ter um comportamentos meio de "moleque" de vez em quando, é bem difícil isso eu acho.

Meus vinte e poucos anos foram um período tão difícil que eu nem me lembro direito dessa época - e muita gente não aguenta o tranco quando conto do que eu me lembro.

É de fato uma transição muito difícil, talvez seja o ponto em que a herança de erros das gerações anteriores pesa mais em nossos ombros; eles já não podem mais nos oferecer a proteção de que precisamos, mas nós também não entendemos o mundo para realmente saber lidar com ele.  Não temos sabedoria, mas temos de fazer escolhas e (de forma um tanto errática) aprender o quanto somos responsáveis por elas.

O grande problema é que nós vivenciamos a situação, mas basicamente não a criamos; ela é que vive e se expressa através de nós.  E ao mesmo tempo, hormônios e cultura nos dizem que nós (individualmente) é que "fazemos e acontecemos"...
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Danieli

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #8 Online: 15 de Março de 2008, 21:01:14 »
Deveríamos poder escolher o level das situações/períodos que vivemos. É muito injusto, muito mesmo.

Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #9 Online: 15 de Março de 2008, 21:02:49 »
Ou seja, deveríamos poder escolher nossas famílias e culturas de nascença?

Concordo que em um mundo justo poderíamos.  Este mundo não é justo.

Por outro lado, é exatamente por isso que o sabor de poder fazer alguma diferença construtiva é tão bom; porque não havia garantia alguma de que isso seria possível. :)
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Danieli

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #10 Online: 15 de Março de 2008, 21:07:22 »
Eu não faço diferença construtiva no território em que eu estou inserida. E até eu encontrar o meu território, talvez passe o tempo que o sabor da juventude.

Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #11 Online: 15 de Março de 2008, 21:10:31 »
Eu não faço diferença construtiva no território em que eu estou inserida.

Se isso for verdade, é muito triste.  Mas parece improvável; todos nós temos muita influência uns sobre os outros.

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E até eu encontrar o meu território, talvez passe o tempo que o sabor da juventude.

É sempre uma possibilidade.  No entanto o mérito está em aceitar esse risco, e não em passar incólume por ele.
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Offline Luiz Souto

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #12 Online: 15 de Março de 2008, 21:16:24 »
Eu não faço diferença construtiva no território em que eu estou inserida. E até eu encontrar o meu território, talvez passe o tempo que o sabor da juventude.

 É engraçado mas a juventude , assim como a felicidade, é um estado imaginário.
A questão é que a construimos com os materiais que temos , sem um manual de instruções. Esse risco é que faz ser tão interessante. Mas no final , se a gente aprende a ser fiel a si mesmo ( e é um aprendizado difícil) , conseguimos chegar a um termo conosco e com nossa juventude e preservá-la.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

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Offline Fabulous

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #13 Online: 15 de Março de 2008, 21:18:00 »
Fab é sábado a noite, não fique assim, é um tanto triste.

Eu me contento com a triste realidade.

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Danieli

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #14 Online: 15 de Março de 2008, 21:23:27 »
Se isso for verdade, é muito triste.  Mas parece improvável; todos nós temos muita influência uns sobre os outros.
Minoria absoluta, inaudível e semi-visível. Mas não importa, dá-se um jeito, sempre o tem. Não é? :)

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É sempre uma possibilidade.  No entanto o mérito está em aceitar esse risco, e não em passar incólume por ele.
Não têm como apertar pause para descansar ou stop para começar de novo. O risco é tão eminente sempre que não tem como não aceitá-lo na maior parte das circunstâncias.

É engraçado mas a juventude , assim como a felicidade, é um estado imaginário.
A questão é que a construímos com os materiais que temos , sem um manual de instruções. Esse risco é que faz ser tão interessante. Mas no final , se a gente aprende a ser fiel a si mesmo ( e é um aprendizado difícil) , conseguimos chegar a um termo conosco e com nossa juventude e preservá-la.
Não tem fórmula, não tem receita, quem passou e saiu vivo deveria ser jubiloso todos os dias, e eu, que droga. Não cheguei ao nível emo day do Fab, mas que acho a vida uma coisa perigosa acho mesmo.

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #15 Online: 15 de Março de 2008, 21:43:55 »
O que me deixa triste e que ando pensando muito ultimamente, é como eu sou. Como eu reajo diante as situações e problemas. Eu sou muito fechado, muito introvertido e minha cara é séria. Eu tento sempre puxar papo com outros para não parecer o antipático. Não tenho amizades, apesar de conhecer muitas pessoas (pelo sobrenome por parte de pai que carrego). Muito diferente do meu pai que é bastante conhecido, carismático e respeitado.

Não vejo muita esperança no meu futuro profissional, infelizmente. Por ser em comércio (empresa do meu pai) que vou trabalhar e herdar (por ser filho único), vou estar em contato diariamente com a clientela, acho que vou me foder com isso. Meu pai tem o dom, eu não. Por eu ser como eu sou, um merda, meu futuro profissional não é tão animador assim. :'(
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Offline Adriano

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #16 Online: 15 de Março de 2008, 21:50:06 »
E ao mesmo tempo, hormônios e cultura nos dizem que nós (individualmente) é que "fazemos e acontecemos"...

Também sofri muito com essa crença de que basta querer e fazer acontecer. Concordo contigo, que somente depois da aceitação de nossas origens e entendendo esse processo é que podemos nos livrar desse passado e fazer a diferença.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #17 Online: 15 de Março de 2008, 21:51:48 »
O que me deixa triste e que ando pensando muito ultimamente, é como eu sou. Como eu reajo diante as situações e problemas. Eu sou muito fechado, muito introvertido e minha cara é séria. Eu tento sempre puxar papo com outros para não parecer o antipático. Não tenho amizades, apesar de conhecer muitas pessoas (pelo sobrenome por parte de pai que carrego). Muito diferente do meu pai que é bastante conhecido, carismático e respeitado.

Não vejo muita esperança no meu futuro profissional, infelizmente. Por ser em comércio (empresa do meu pai) que vou trabalhar e herdar (por ser filho único), vou estar em contato diariamente com a clientela, acho que vou me foder com isso. Meu pai tem o dom, eu não. Por eu ser como eu sou, um merda, meu futuro profissional não é tão animador assim. :'(
Isso é possível desenvolver, é a chamada inteligencia emocional, que é útil para lidar com os relacionamentos interpessoais. Use a sua intigência lógica para desenvolver esse aspecto. Tem tudo para dar certo.
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Offline Fabulous

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #18 Online: 15 de Março de 2008, 22:08:02 »
Isso é possível desenvolver, é a chamada inteligencia emocional, que é útil para lidar com os relacionamentos interpessoais. Use a sua intigência lógica para desenvolver esse aspecto. Tem tudo para dar certo.

Procurando uma psicóloga?
« Última modificação: 15 de Março de 2008, 22:10:45 por Fabulous »
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Offline Adriano

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #19 Online: 15 de Março de 2008, 22:11:32 »
O que me deixa triste e que ando pensando muito ultimamente, é como eu sou. Como eu reajo diante as situações e problemas. Eu sou muito fechado, muito introvertido e minha cara é séria. Eu tento sempre puxar papo com outros para não parecer o antipático. Não tenho amizades, apesar de conhecer muitas pessoas (pelo sobrenome por parte de pai que carrego). Muito diferente do meu pai que é bastante conhecido, carismático e respeitado.

Não vejo muita esperança no meu futuro profissional, infelizmente. Por ser em comércio (empresa do meu pai) que vou trabalhar e herdar (por ser filho único), vou estar em contato diariamente com a clientela, acho que vou me foder com isso. Meu pai tem o dom, eu não. Por eu ser como eu sou, um merda, meu futuro profissional não é tão animador assim. :'(
Isso é possível desenvolver, é a chamada inteligencia emocional, que é útil para lidar com os relacionamentos interpessoais. Use a sua intigência lógica para desenvolver esse aspecto. Tem tudo para dar certo.

Resumindo, acha que devo me tratar com uma psicóloga?
Não é nada mal, é algo que ajuda muito, já que são ótimos profissionais voltados para essa temática de problemas internos.

Mas a minha sugestão é você estudar psicologia, ler livros da área que retratam o comportamento humano. Um pouco de autoditatismo. Então o que muda de um para o outro é o seu interesse pelo assunto e a sua capacidade de compreensão quanto estuda só, a motivação.
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Offline Adriano

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #20 Online: 15 de Março de 2008, 22:13:57 »
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Conceitos

Os cientistas Peter Salovey e John D. Mayer dividiram a inteligência emocional em quatro domínios: percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos: através da voz ou expressão facial, por exemplo, a pessoa que sobressai nessa habilidade percebe a variação e mudança no estado emocional de outra; a segunda ramificação da inteligência emocional, o uso das emoções – implica a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio; a terceira, entender emoções, é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes; e, por último a habilidade de controle (e transformação) da emoção, o aspecto mais habitualmente identificado da inteligência emocional – aptidão para lidar com esse sentimento.

Dê uma lida nesse parágrafo e veja se faz sendido para você ou então estou falando besteira.
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Offline Fabulous

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #21 Online: 15 de Março de 2008, 22:28:25 »
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Conceitos

Os cientistas Peter Salovey e John D. Mayer dividiram a inteligência emocional em quatro domínios: percepção das emoções - inclui habilidades envolvidas na identificação de sentimentos por estímulos: através da voz ou expressão facial, por exemplo, a pessoa que sobressai nessa habilidade percebe a variação e mudança no estado emocional de outra; a segunda ramificação da inteligência emocional, o uso das emoções – implica a capacidade de empregar as informações emocionais para facilitar o pensamento e o raciocínio; a terceira, entender emoções, é a habilidade de captar variações emocionais nem sempre evidentes; e, por último a habilidade de controle (e transformação) da emoção, o aspecto mais habitualmente identificado da inteligência emocional – aptidão para lidar com esse sentimento.

Dê uma lida nesse parágrafo e veja se faz sendido para você ou então estou falando besteira.

Verdade, preciso trabalhar esse meu lado emotivo... Eu não possuo nenhuma dessas percepções.
Não sabia disso, apesar da minha irmã ser psicóloga.
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Offline Luis Dantas

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #22 Online: 15 de Março de 2008, 22:59:36 »
O que me deixa triste e que ando pensando muito ultimamente, é como eu sou. Como eu reajo diante as situações e problemas. Eu sou muito fechado, muito introvertido e minha cara é séria. Eu tento sempre puxar papo com outros para não parecer o antipático. Não tenho amizades, apesar de conhecer muitas pessoas (pelo sobrenome por parte de pai que carrego). Muito diferente do meu pai que é bastante conhecido, carismático e respeitado.

Não vejo muita esperança no meu futuro profissional, infelizmente. Por ser em comércio (empresa do meu pai) que vou trabalhar e herdar (por ser filho único), vou estar em contato diariamente com a clientela, acho que vou me foder com isso. Meu pai tem o dom, eu não. Por eu ser como eu sou, um merda, meu futuro profissional não é tão animador assim. :'(

O que nós "somos" é o que nós herdamos, modificado pelo que nos acontece, que por sua vez é influenciado pelas decisões que tomamos.

É muito comum pais terem planos detalhados para os filhos e não se conformarem de não vê-los concretizados, mas é tolice se deixar levar por essas expectativas; mesmos os mais sábios e bem intencionados pais não tem nem a competência nem o direito de tomar esse tipo de decisão no lugar da própria pessoa.

Conheço um rapaz cujos pais estão preocupados porque ele "não pára em lugar nenhum" no seu trabalho atual.  Só que ele é funcionário do Banco do Brasil - e para quem não sabe, ninguém cresce profissionalmente no Banco do Brasil sem mudar várias vezes de lotação.

O que quero dizer, Fabulous, é que se você acredita mesmo que não é por aí, que não te convém insistir (ou deixar que insistam por você) na vida de comerciante, então não se lamente, porque lamentar não resolve nada: REAJA; assuma a responsabilidade pela sua própria vida que você inevitavelmente vai sofrer as consequências tanto das decisões que tomou quanto das que não teve coragem de tomar.
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Offline gogorongon

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #23 Online: 15 de Março de 2008, 23:20:05 »
Ter 15, 20, 30, 40 anos ou mais não importa. O número de anos vividos não tem relação nenhuma com as experiências passadas durante eles, e mesmo assim a maioria das experiências de vida não exerce influência sobre todos os aspectos da nossa personalidade. Tá cheio de gente com mais de 40 anos que possuem opiniões infantis sobre muita coisa, e gente muito experiente que não faz a mínima idéia de como lidar com algumas coisas banais.

A gente ouve durante a infância e a adolescência inteiras que "quando você for adulto o suficiente...", e com isso podemos acabar esperando pelo dia em que seremos definitivamente adultos. Isso é um engano que faz a gente ficar parado enquanto a vida passa. Não importa se nossa família ou amigos ainda nos consideram infantis, não importa nem se nós mesmos ainda nos consideramos infantis, nós temos que fazer o que achamos necessário e refletir sobre os resultados. Erros serão cometidos a vida toda, o jeito é se arriscar a cometer erros novos invés de insistir nos antigos.

Offline Fabulous

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Re: 20 e poucos anos
« Resposta #24 Online: 15 de Março de 2008, 23:44:35 »
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O que nós "somos" é o que nós herdamos, modificado pelo que nos acontece, que por sua vez é influenciado pelas decisões que tomamos.

Isso mesmo. Meu jeito de parecer metido, antipático e sem sal, pelo ponto de vista dos outros; talvez seja pelas decisões que tomei...
Mas eu estou lascado em duas situações:

1) Eu não sou da "turminha" de playboyzinhos, filhinho-de-papai e riquinhos aqui da minha cidade, por que não curto o que eles fazem, as conversas (só de carro, roupa, boi, bota...), então nisso acabo sendo afastado desse povo (apesar de ter condições de fazer parte da turma) mas não gosto deles, acho todos falsos e metidos; Para eles sou visto diferente.

2) Para os outros, eu faço parte dessa turminha de filhinho-de-papai, riquinhos e playboyzinhos, mesmo não andando com eles; só simplesmente pelo meu sobrenome, condição financeira da familia, o carro e as roupas.

Ou seja, eu não estou lá e nem cá...

Somos avaliados pela quantidade que temos e não pela qualidade que somos... :(

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É muito comum pais terem planos detalhados para os filhos e não se conformarem de não vê-los concretizados, mas é tolice se deixar levar por essas expectativas; mesmos os mais sábios e bem intencionados pais não tem nem a competência nem o direito de tomar esse tipo de decisão no lugar da própria pessoa.

Sim, meu pai já traçou meu plano por eu ser filho único; continuar o serviço dele que rende dinheiro. Minhas irmãs seguiram outro caminho diferente não foram trabalhar na empresa, eu as invejo por isso. Gostaria de ter feito faculdade de medicina e estou formando em outra que meu pai quer.

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O que quero dizer, Fabulous, é que se você acredita mesmo que não é por aí, que não te convém insistir (ou deixar que insistam por você) na vida de comerciante, então não se lamente, porque lamentar não resolve nada: REAJA; assuma a responsabilidade pela sua própria vida que você inevitavelmente vai sofrer as consequências tanto das decisões que tomou quanto das que não teve coragem de tomar.

Ou seja, vou me foder de qualquer jeito, não é? Se eu traçar o meu próprio caminho, que vou apanhar na vida... ou por seguir esse, por não ser uma coisa que não curto...
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