Acho que o argumento do Erivelton é essencialmente, "se há regras, alguém inventou; se ninguém tivesse inventado, as coisas seriam todas caóticas". Para dar um exemplo estapafúrdio, agora os planetas orbitariam o Sol, mas daqui a uns minutos orbitariam plutão, e depois se repeliriam de repentem sem mais nem menos, um indo para cada lado, porque não teria "lei".
Claro que, teria sido sempre assim, sem lei, então não existiria praticamente nada, só "bagunça pura", não haveria nem o tipo de bagunça que já é o espaço, galáxias e o sistema solar "organizados" pelas leis existentes.
É um tipo de "fundamentalismo semântico" e petição de princípio. Não é porque "leis" convencionalmente exigem legisladores que as leis do universo também exigiriam os seus; "lei" física é um tipo de metáfora. Fora isso, tem um problema análogo ao de um único deus como causa primordial, porque esse deus também não poderia existir sem que houvesse um universo com leis que permitissem que ele existisse, e esse por sua vez teria que ter sido ser criado por outro deus-legislador e assim infinitamente.
Se é assumido que as regras que permitiriam a existência de um deus podem existir sem que tivesse que haver outro deus anterior para inventar essas regras, o mesmo vale para quaisquer aparentes regras que se descubra, e não se tem a "necessidade" lógica de deuses para leis físicas.