Autor Tópico: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA  (Lida 6714 vezes)

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A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Online: 01 de Abril de 2008, 12:28:09 »
Após a abertura dos cofres (onde está o dinheiro do contribuinte) para socorrer instituições financeiras em apuros, dessa vez é a Secretaria do Tesouro que prôpos ontem um Mega-Pacote de controle governamental sobre vários aspectos da vida econômica dos EUA, só comparável às reformas implementadas durante a Grande Depressão de 29.

Entre os pontos principais está o fortalecimento do papel do Fed, o banco central americano, e uma maior regulação de setores da economia do país que até então gozavam de grande liberdade. O que se propõe é uma
maior fiscalização bancária e uma espécie de "polícia financeira" para investigar instituições consideradas em risco.

Outro ponto que deve gerar polêmica, uma vez que trata de questões ligadas ao tão "sagrado" federalismo yankee, é a idéia é unificar sob uma comissão do governo federal as leis e regulamentos do setor, hoje sob jurisdição de cada um dos 50 Estados.

A matéria deve pegar fogo no Congresso, e apimentar a disputa eleitoral pela Casa Branca.

Já os "baba-ovo" dos EUA, que apregoam aos quatro ventos o liberalismo exemplar (!?!?) dos nossos "irmãos" do norte correm o sério risco de se tornarem órfãos.
Quem sabe a China não possa vir a adotá-los.  :biglol:
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #1 Online: 01 de Abril de 2008, 13:29:14 »
É, logo teremos os novos Estados Unidos Socialistas da América...
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #2 Online: 01 de Abril de 2008, 14:30:09 »
Tesouro dos EUA propõe maior poder ao Fed, mas diz que mudança não é resposta à crise

WASHINGTON - O secretário do Tesouro norte-americano, Henry Paulson, afirmou nesta segunda-feira que a proposta de uma ampla reforma da estrutura regulatória do sistema financeiro do país não foi pensada como uma resposta às recentes turbulências do mercado e não deve ser implementada até que as dificuldades sejam resolvidas. A reforma proposta por Paulson, se aprovada pelo Congresso americano, será a maior no sistema de regulamentação financeira do país desde a Grande Depressão, iniciada com a forte queda da Bolsa de Nova York em 1929.

As regras propostas colocariam muito mais poder nas mãos do Federal Reserve para supervisionar a estabilidade do mercado e os riscos sistêmicos de instituições que não recebem depósitos, como bancos de investimento, "hedge funds" (fundos de alto risco) e seguradoras.

Segundo o plano do Tesouro, o Fed "teria a responsabilidade e a autoridade de reunir informações apropriadas, quebrar sigilo de informações, colaborar com outros regulamentadores na formulação de regras e tomar ações corretivas quando necessário para garantir a estabilidade de todo o mercado financeiro".

Como reflexo dos amplos poderes que seriam conferidos ao Fed, Paulson disse que o banco central americano "terá autoridade para ir em qualquer lugar do sistema que achar necessário a fim de preservar a estabilidade".

Até agora, a autoridade supervisora do Fed abrange apenas as companhias financeiras, as companhias bancárias e os bancos estatais. O Tesouro pretende dar ao Fed "habilidade para monitorar os riscos por todo o sistema financeiro".

Paulson disse que está propondo um modelo que seja mais flexível, adaptável a mudanças e que permita às autoridades lidar com futuros problemas.

"Alguns podem ver essas recomendações como uma resposta às circunstâncias atuais, mas não é esse o objetivo", afirmou.

"Essa proposta trata de questões complexas e de longo prazo que não deveriam ser definidas no meio de situações de estresse."

Resistência

Paulson reconheceu que a maioria das propostas não seria implementada até depois do fim da atual crise e talvez bem depois de o presidente George W. Bush deixar o cargo, em janeiro de 2009.

O plano deve enfrentar resistência no Congresso norte-americano, no setor financeiro, que resiste maior regulamentação, e de dentro da própria burocracia governamental.

Por outro lado, vem aumentando o número daqueles que defendem maior supervisão pelo Fed, com iniciativas para aliviar os efeitos dos problemas no setor imobiliário e no crédito sobre os mercados financeiros e sobre a economia.

Recentemente, o Fed ampliou o uso de sua linha emergencial de financiamento, conhecida como redesconto, abrindo-a para os bancos de investimento. O Fed também interveio para resgatar e propor a aquisição do banco de investimento Bear Stearns pelo banco comercial JP Morgan ao concordar em financiar US$ 29 bilhões dos ativos do Bear Stearns.

Mas Paulson destacou que o fato de os bancos de investimento terem tido acesso à janela de redesconto não deve ser assumido como permanente. "Apreenderemos lições da experiência desta linha temporária e tais lições irão nos informar sobre o caminho futuro", acrescentou.

http://ultimosegundo.ig.com.br/economia/2008/03/31/mudanca_regulatoria_nao_e_resposta_a_crise_diz_tesouro_do_eua_1250247.html

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #3 Online: 01 de Abril de 2008, 14:42:57 »
Segundo Rothbard a depressão de 29 foi forte por causa da intervenção estatal. Parence que estão cometendo o mesmo erro.

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #4 Online: 01 de Abril de 2008, 15:17:22 »
Segundo Rothbard a depressão de 29 foi forte por causa da intervenção estatal. Parence que estão cometendo o mesmo erro.

Tem certeza? Não é o contrário não?
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #5 Online: 01 de Abril de 2008, 16:28:59 »
Segundo Rothbard a depressão de 29 foi forte por causa da intervenção estatal. Parence que estão cometendo o mesmo erro.

Conversa liberalóide a desse Rothbard.
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #6 Online: 01 de Abril de 2008, 16:46:28 »
E com a voz, o povo:

da France Presse, em Washington

... resultado de uma sondagem da Zogby Interactive mostrou que 68% dos consultados se opõem ao resgate por parte do governo de empresas de Wall Street afetadas pela forte desvalorização de carteiras apoiadas em hipotecas.

... para a maioria dos entrevistados (54%), o governo também não deveria ajudar as dezenas de milhares de americanos que foram despejados de suas casas.
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #7 Online: 01 de Abril de 2008, 20:22:18 »
Está no livro do Rothbard "America's Great depression".

Texto do Constantino sobre o tema:
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/12/crise-de-29.html


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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #8 Online: 01 de Abril de 2008, 20:47:15 »
Está no livro do Rothbard "America's Great depression".

Texto do Constantino sobre o tema:
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2006/12/crise-de-29.html


Acho as idéias de Rothbar muito extremadas e por demais utópicas.

No caso em questão, é impensável que o governo norte-americano simplesmente deixe o barco correr. O efeito dominó seria devastador.

Agora, os resultados da Zogby, que citei no meu post anterior são significativos. Apesar da gravidade da situação, percebe-se claramente o quanto a sociedade norte-americana abomina o intervencionismo. E isso é importante, pois serve como uma barreira para que aventureiros se aproveitem  da crise para avançar com mais profundidade contra as liberdades democráticas, que abarcam além das econômicas, as políticas.

A tentação sempre existe.
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #9 Online: 01 de Abril de 2008, 21:15:58 »
Segundo Rothbard a depressão de 29 foi forte por causa da intervenção estatal. Parence que estão cometendo o mesmo erro.

 :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #10 Online: 01 de Abril de 2008, 21:51:25 »
Está no livro do Rothbard "America's Great depression".
Essa é apenas uma teoria sobre o assunto. Há muitas outras sobre o assunto, afinal esse é um dos eventos da história da economia mais estudados no mundo. E um dos que menos encontra consenso.

De qualquer maneira, creditar ao "intervencionismo estatal" é muito vago. Isso pode ser o aumento, diminuição, criação ou extinção de um imposto por exemplo. E mesmo sendo medidas diametralmente opostas, não deixam de ser atuação do Estado.

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #11 Online: 01 de Abril de 2008, 22:16:24 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #12 Online: 01 de Abril de 2008, 22:57:28 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #13 Online: 01 de Abril de 2008, 23:15:27 »
É o que podem fazer, já não podem mais ouvir a internacional e bradar gritos de ordem em defesa da finada União Soviética.
:hehe: :hehe:

Offline HSette

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #14 Online: 01 de Abril de 2008, 23:46:45 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


Acho que a culpa é dos chineses... só pode ser... alguma conspiração_ultra_comunista...

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É o que podem fazer, já não podem mais ouvir a internacional e bradar gritos de ordem em defesa da finada União Soviética.

Cuba e Lula tão em todas.  Fórmula mágica para destruir qualquer tópico. :P

Já sei. A crise norte-americana é um plano orquestrado pelo eixo Havana - Brasília - Caracas, o eixo do mal da América Latina. Infiltraram agentes na Secretaria do Tesouro dos EUA para daí assumirem o controle do sistema financeiro norte-americano. Daí pra frente, será fácil.  :histeria:
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #15 Online: 02 de Abril de 2008, 19:43:23 »
Poderia demonstrar a culpa do livre-mercado na crise atual?
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #16 Online: 02 de Abril de 2008, 19:50:29 »
As Seqüelas da Crise

"Se a incoordenação social da liberdade econômica é um defeito, maior, socialmente, é o defeito que nasce de essa liberdade se coordenar." (Fernando Pessoa)

Quando a economia americana entrou em depressão na década de 1930, uma das conseqüências mais negativas de longo prazo foi a crença amplamente disseminada de que a culpa estava no livre mercado, e não na hiperatividade do próprio governo. Tal mito foi responsável por um aumento assustador da intervenção estatal na economia, com graves resultados para o país. O New Deal foi visto por muitos como a salvação, ignorando-se os efeitos perversos dessa política ao longo do tempo. Os maiores gastos estatais foram causa da elevada inflação que assolou a nação depois, assim como o excesso de intervenção prejudicou a economia. A maioria era míope demais para enxergar esses efeitos, separados por décadas em alguns casos. Os economistas da Escola Austríaca faziam parte da minoria que era capaz de fazer a ligação causal lógica entre as medidas e os efeitos. Porém, tal como Cassandra, eram vítimas da maldição de que podiam ver melhor os perigos, mas não seriam escutados.

Na crise atual dos Estados Unidos, há o mesmo risco. A crise, por si só, já cobra um elevado preço, gerando perdas bilionárias, risco de desemprego e recessão. Tais são os efeitos nefastos no curto prazo. No entanto, existe um risco grande de mais longo prazo, que é a mentalidade mudar e demandar mais governo. Muitos correm o risco de sucumbir novamente à crença falsa de que foi o livre mercado o responsável pela crise, e que cabe ao governo "clarividente" evitar tais riscos no futuro, através de maior intervenção e regulação. Até mesmo o bom economista Martin Wolf, economista-chefe do Financial Times, aderiu a esta tese. Eis como ele começou seu artigo sobre o resgate do Bear Stearns: "Lembre a sexta-feira, 14 de março de 2008: foi o dia em que o sonho de um capitalismo de livre mercado morreu". Wolf parece ter perdido a confiança no poder de autoterapia do mercado. Para ele, os Estados Unidos "estão mostrando os limites da desregulamentação". Mas será que é isso mesmo?

Felizmente, nem todos aceitam este diagnóstico. A respeitada revista britânica The Economist fez um excelente relatório sobre a crise atual, e afirmou que a crítica de que esta crise é o produto da desregulamentação no setor financeiro ignora um ponto importante: os piores excessos na bagunça das securitizações ocorreram precisamente onde a regulamentação pretendia proteger os bancos e investidores dos perigos do crescimento de crédito descontrolado. As regulamentações oferecem não apenas proteção, mas caminhos inteligentes para se ganhar dinheiro as contornando. As regras que exigem capital adequado para ativos também criam incentivos para que os bancos criem mecanismos que livrem os ativos dessa necessidade. As centenas de bilhões de dólares nos mecanismos mais "cinzentos" como SIVs foram resultado dessa tentativa de fugir das regras. As agências de risco também sofrem a pressão de incentivos perversos. A obrigação legal de vários fundos de pensão de investir somente em títulos com rating máximo criou distorções nos preços dos bonds, que puderam ser exploradas com elevados ganhos enquanto a festa durou.

Em resumo, muitas regras criadas pelo próprio governo acabam gerando efeitos indesejáveis, pois o mercado vai se ajustando e explorando as oportunidades que surgem pela intervenção arbitrária do governo. Além disso, a política de juros baixos adotada pelo Federal Reserve no passado pode ter contribuído para lançar lenha na fogueira, estimulando uma busca mais irresponsável por maiores retornos. Alan Greenspan teria sua parcela de culpa, ainda que seja um grande defensor, na teoria, da flexibilização dos mercados e redução da intervenção estatal na economia. O Fed de Bernanke está novamente hiperativo na tentativa de evitar o pior. O dólar acusa o golpe, perdendo valor frente às demais moedas, e uma nova bolha pode ser incentivada com essas medidas. Mas um dos grandes riscos existentes hoje é o retorno da descrença em relação ao livre mercado, depositando-se uma fé tola nos agentes do governo, que são seres humanos falhos também, e sob mecanismos inadequados de incentivos. Aqueles que ingenuamente encaram o governo como uma espécie de deus, capaz de resolver todas as falhas do mercado, ignoram tanto a lógica econômica como as evidências empíricas. O excesso de intervenção estatal na economia é um grande veneno. A atração dos leigos pela cicuta pode ser uma das grandes seqüelas desta crise.

Fonte
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #17 Online: 02 de Abril de 2008, 20:05:14 »
Poderia demonstrar a culpa do livre-mercado na crise atual?

 :susto: :susto: :susto:
 :stunned: :stunned: :stunned:

Isso é comigo?  :?: :?: :?: :?:

Que me conste, jamais fiz tal afirmativa, seja nesse tópico, seja em qualquer outro.

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #18 Online: 02 de Abril de 2008, 20:06:43 »
Poderia demonstrar a culpa do livre-mercado na crise atual?

 :susto: :susto: :susto:
 :stunned: :stunned: :stunned:

Isso é comigo?  :?: :?: :?: :?:

Que me conste, jamais fiz tal afirmativa, seja nesse tópico, seja em qualquer outro.



Certo, mas acho que você deixa isso um pouco implícito em suas postagens, deve ser impressão minha.
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #19 Online: 02 de Abril de 2008, 22:17:51 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


Acho que a culpa é dos chineses... só pode ser... alguma conspiração_ultra_comunista...

Que eu poderia esperar de alguém que defende Cuba...

Mas é lógico que eu defendo CUBA!!!!!!

Um país que vivia na miséria, sendo o quintal dos EUA, com o povo morrendo de fome, sem escolas, sem saúde, sem dignidade, sem habitação, sem orgulho...

Queira voce ou não, CUBA resolveu vários problemas em 40 anos, que nós não resolvemos em 400.

E não venha me falar em liberdade, como se isso fosse o supra_sumo_da_humanidade_feliz_e_realizada.

Que liberdade nós, brasileiros, temos aqui nesse país??? temos a liberdade de ir e vir quando quiser? (então vá à Europa tomar um café parisiense) De comprar qualquer produto da estante capitalista? de poder ir fazer uma consulta com o médico do hospital de meu bairro? que médico? que hospital?

De levar meus filhos à escola? que escola? onde estão os professores?

Um país do tamanho de meu estado, a Paraíba. E como está minha Paraíba? não vou te dizer... voce não ia quer saber.

Tudo bem, minha Paraíba é uma democracia, as pessoas podem ir e vir quando quiser (depende do poder aquisitivo), podem comprar o que quiserem (depende do poder aquisitivo), podem estudar em uma escola muito boa (depende do poder aquisitivo), podem... (depende do poder aquisitivo)...

Sinceramente... gostaria que minha Paraíba fosse uma CUBA... com toda sinceridade!!!


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« Resposta #20 Online: 02 de Abril de 2008, 22:21:26 »
Poderia demonstrar a culpa do livre-mercado na crise atual?

 :susto: :susto: :susto:
 :stunned: :stunned: :stunned:

Isso é comigo?  :?: :?: :?: :?:

Que me conste, jamais fiz tal afirmativa, seja nesse tópico, seja em qualquer outro.



Certo, mas acho que você deixa isso um pouco implícito em suas postagens, deve ser impressão minha.

Com certeza é impressão, e acho eu, uma pitada de preconceito.
Isso é comum por aqui.

A onda intervencionista ora em curso é uma evidência. Constatá-la não é, nem de longe, achá-la correta.

Se ler atentamente minhas postagens precedentes verá claramente que chego a temer excessos sobre as liberdades econômicas e democráticas, que considero fundamentais para a humanidade.

E voltando à vaca fria, hoje foi a vez do presidente do FED reconhecer, pela primeira vez o status de recessão. Para manter o otimismo, ele afirma acreditar que até o fim do segundo semestre a economia norte-americana voltará a convergir para um "vôo de brigadeiro".
Duro será aguentar até lá. Acho que ficarão muitas vítimas pelo caminho, infelizmente.
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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #21 Online: 02 de Abril de 2008, 22:41:41 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


Acho que a culpa é dos chineses... só pode ser... alguma conspiração_ultra_comunista...

Que eu poderia esperar de alguém que defende Cuba...

Mas é lógico que eu defendo CUBA!!!!!!

Um país que vivia na miséria, sendo o quintal dos EUA, com o povo morrendo de fome, sem escolas, sem saúde, sem dignidade, sem habitação, sem orgulho...

Queira voce ou não, CUBA resolveu vários problemas em 40 anos, que nós não resolvemos em 400.

E não venha me falar em liberdade, como se isso fosse o supra_sumo_da_humanidade_feliz_e_realizada.

Que liberdade nós, brasileiros, temos aqui nesse país??? temos a liberdade de ir e vir quando quiser? (então vá à Europa tomar um café parisiense) De comprar qualquer produto da estante capitalista? de poder ir fazer uma consulta com o médico do hospital de meu bairro? que médico? que hospital?

De levar meus filhos à escola? que escola? onde estão os professores?

Um país do tamanho de meu estado, a Paraíba. E como está minha Paraíba? não vou te dizer... voce não ia quer saber.

Tudo bem, minha Paraíba é uma democracia, as pessoas podem ir e vir quando quiser (depende do poder aquisitivo), podem comprar o que quiserem (depende do poder aquisitivo), podem estudar em uma escola muito boa (depende do poder aquisitivo), podem... (depende do poder aquisitivo)...

Sinceramente... gostaria que minha Paraíba fosse uma CUBA... com toda sinceridade!!!




Dezenas de milhares de pessoas foram eliminadas e continuam sendo para que o regime comunista cubano fosse implantado e continue sendo soberano, você defende a morte de inocentes como um meio para atingir um suposto "bem maior" no futuro?
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Offline Adriano

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #22 Online: 02 de Abril de 2008, 22:44:01 »
:histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Eles nunca aceitam o erro...

 :histeria: :histeria: :histeria:


Acho que a culpa é dos chineses... só pode ser... alguma conspiração_ultra_comunista...

Que eu poderia esperar de alguém que defende Cuba...

Mas é lógico que eu defendo CUBA!!!!!!

Um país que vivia na miséria, sendo o quintal dos EUA, com o povo morrendo de fome, sem escolas, sem saúde, sem dignidade, sem habitação, sem orgulho...

Queira voce ou não, CUBA resolveu vários problemas em 40 anos, que nós não resolvemos em 400.

E não venha me falar em liberdade, como se isso fosse o supra_sumo_da_humanidade_feliz_e_realizada.

Que liberdade nós, brasileiros, temos aqui nesse país??? temos a liberdade de ir e vir quando quiser? (então vá à Europa tomar um café parisiense) De comprar qualquer produto da estante capitalista? de poder ir fazer uma consulta com o médico do hospital de meu bairro? que médico? que hospital?

De levar meus filhos à escola? que escola? onde estão os professores?

Um país do tamanho de meu estado, a Paraíba. E como está minha Paraíba? não vou te dizer... voce não ia quer saber.

Tudo bem, minha Paraíba é uma democracia, as pessoas podem ir e vir quando quiser (depende do poder aquisitivo), podem comprar o que quiserem (depende do poder aquisitivo), podem estudar em uma escola muito boa (depende do poder aquisitivo), podem... (depende do poder aquisitivo)...

Sinceramente... gostaria que minha Paraíba fosse uma CUBA... com toda sinceridade!!!




Dezenas de milhares de pessoas foram eliminadas e continuam sendo para que o regime comunista cubano fosse implantado e continue sendo soberano, você defende a morte de inocentes como um meio para atingir um suposto "bem maior" no futuro?
Isso não tem nada a ver com o regime comunista e sim com arbitrariedades do poder, excessos. Erros tão perniciosos quantos os que a superpotência econômica faz com suas atuais guerras injustificáveis.

E esse negócio de ficar comparando quem matou mais é também secundário. O importante é ver as idéias principais, as propostas.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Nightstalker

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #23 Online: 02 de Abril de 2008, 22:48:12 »
Citação de: Adriano
Isso não tem nada a ver com o regime comunista e sim com arbitrariedades do poder, excessos.

Cite um único exemplo de país socialista que visava o comunismo que não fez uso de ditaduras para manter o regime no poder.

Citação de: Adriano
Erros tão perniciosos quantos os que a superpotência econômica faz com suas atuais guerras injustificáveis.

Comparação desproporcional. Os Estados Unidos nunca institucionalizaram o genocídio contra civis.

Citação de: Adriano
E esse negócio de ficar comparando quem matou mais é também secundário. O importante é ver as idéias principais, as propostas.

Totalmente falso, essa sua colocação é alarmante. As idéias principais tendem sempre a serem bonitas, pois são o que agregam as massas aos movimentos políticos, até no nazismo pode se encontrar idéias bonitas. Não podemos nos basear nas ideologias ao analisarmos determinado sistema, mas sim aos fatos.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline HSette

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Re: A "4a. Onda": o Intervencionismo avança nos EUA
« Resposta #24 Online: 02 de Abril de 2008, 22:53:06 »
Bem, os EUA institucionalizaram a beligerância como modus vivendis, o que ao fim e ao cabo resulta num constante genocídio.

Desde que existe enquanto nação, o estado de guerra é literalmente uma constante na história desse país.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

 

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