Autor Tópico: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea  (Lida 7467 vezes)

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Offline Donatello

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Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Online: 16 de Maio de 2008, 13:04:31 »
Carga fiscal para a baixa renda é maior do que para os mais ricos, segundo instituto, que defende elevar IR para classe alta

Pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos, segundo estudo do instituto com dados de 2002 e 2003


JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA (PARA A FOLHA DE SÃO PAULO)

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, alertou ontem de que a reforma tributária que foi enviada pelo governo ao Congresso não ajudará a reduzir as desigualdades sociais e de renda no Brasil. Em palestra no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, chamado de Conselhão, Pochmann apresentou dados mostrando que os pobres pagam 44% mais imposto, em proporção à sua renda, que os ricos.
Segundo o levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), com dados de rendimento de 2002 e 2003, os 10% mais pobres do país gastam 32,8% da renda com impostos. A renda média dessa faixa da população era de R$ 49,8 por mês.
Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Já os 10% mais ricos do país gastam 22,7% do seu rendimento com impostos. A renda mensal destes era de R$ 2.178. Pochmann justificou que a reforma tributária do governo será benéfica para os Estados, mas não para a população mais pobre.
"Não temos uma reforma tributária que fizesse com que os ricos de fato pagassem impostos de forma mais progressiva e, por conta disso, o maior ônus da tributação recai sobre os mais pobres. A proposta apresentada está dialogando com a eficiência econômica e com a repartição dos tributos do ponto de vista dos entes federativos", afirmou.
Na mesma palestra, ele criticou o fato de o Brasil ter apenas duas faixas de IR para a pessoa física, de 15% e 27,5%, embora sejam progressivas.
Ele afirmou que os países desenvolvidos (que oferecem serviços públicos de melhor qualidade que o Brasil) têm até 12 faixas diferentes de IR, com alíquotas que chegam a 60%. Citou exemplos como a Alemanha, que tem três alíquotas entre 22,9% e 53% do rendimento anual. Ou a França, com 12 alíquotas entre 5% e 57%.
Pochmann lembrou a época da ditara militar no Brasil, em que o país tinha 12 faixas de renda para o IR, com alíquotas que chegavam a 55%.
"O regime militar, por exemplo, tinha política de imposto de renda mais voltada para a redução da iniqüidade. Chegamos a ter 13 faixas de tributação, e os níveis mais baixos pagavam menos imposto que atualmente. O IR com apenas duas faixas retira o potencial redistributivo que poderia ter", afirmou.

Mansão e favela
Pochmann apresentou dados que mostram a incidência de tributos mais forte entre os pobres. Segundo ele, 1,8% da renda dos mais pobres é gasta com IPTU, enquanto 1,4% da renda dos mais ricos é gasta com o imposto. "O IPTU das mansões é proporcionalmente menor que o da favela", disse.
O efeito dos impostos indiretos, segundo ele, também é maior para as classes de baixa renda. Os 10% mais pobres do país sofrem com incidência de 29,7% de carga tributária, enquanto para os mais ricos essa carga de tributos indiretos é de 10,7%. O estudo mostra, por exemplo, que 16% da renda dos 10% mais pobres é gasta com ICMS, enquanto o gasto dos mais ricos com esse imposto é de 5,7% da renda.
Na comparação apenas da tributação direta, como o Imposto de Renda, os mais pobres não pagam nada, e os mais ricos, 3,8% de sua renda.

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi1605200807.htm

Offline FxF

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #1 Online: 16 de Maio de 2008, 18:03:54 »
Um imposto, ainda menor, entre as classes-altas, quando tirados da % é maior que o dos pobres. Na teoria, isso ainda não deveria de acabar com a desigualdade? Quer dizer, se só metade dos impostos das classes-altas forem para o público, na teoria já deveria de haver algum lucro.

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #2 Online: 17 de Maio de 2008, 13:33:29 »
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Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Cachaça, cerveja e afins? ::)
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Offline Fernando Silva

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #3 Online: 17 de Maio de 2008, 13:45:49 »
Isto vale para os impostos estaduais, mas a coisa se inverte para os federais:
o leão devora 20,5% do PIB do Sudeste e apenas 7,2% no Nordeste e 6,5% no Norte.
« Última modificação: 17 de Maio de 2008, 13:48:29 por Fernando Silva »

Offline FxF

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #4 Online: 17 de Maio de 2008, 13:53:11 »
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Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Cachaça, cerveja e afins? ::)
Aah, muuuito interessante!

Offline Fernando Silva

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #5 Online: 17 de Maio de 2008, 14:05:02 »
Postado por Acauan no "Religião é Veneno":

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Antes de dar atenção a esta ou qualquer outra bobagem divulgada pelo IPEA e pelo cara de pau do Pochmann, lembrem esta reportagem:

    Revista VEJA, edição 2035, 21 de novembro de 2007

    NEM NA DITADURA FOI ASSIM

    Afastamento de técnicos instala clima de caça às bruxas no Ipea


    Ronaldo França e Ronaldo Soares

    Desde a sua fundação, em 1964, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) se notabilizou por ser um espaço de livre circulação de idéias. Criado no primeiro ano do regime militar para subsidiar a formulação de políticas de longo prazo, sempre abrigou pesquisadores das mais diversas tendências de pensamento. A única exigência era a alta capacitação intelectual. Ao longo dos últimos 43 anos, publicou trabalhos críticos à condução de programas de governo, sem que seus autores sofressem algum tipo de represália. Na semana passada, o novo presidente do Ipea, Marcio Pochmann, tomou uma atitude contra o pluralismo, marca de excelência da instituição. Foram afastados quatro pesquisadores. Em comum eles têm, além de reconhecida competência, uma visão econômica liberal não coincidente com a linha de pensamento da atual direção do Ipea. "Nem a ditadura teve coragem de fazer no instituto o que o governo Lula está fazendo agora", diz a cientista política Lucia Hippolito.

    Os afastados são os economistas Regis Bonelli, Fabio Giambiagi, Otávio Tourinho e Gervásio Rezende. Todos defendem a redução do papel do estado na economia e se manifestaram contra o excesso de gastos do governo. Giambiagi é autor de estudos que esmiúçam a crise da Previdência Social e deixam clara a necessidade da conclusão da reforma previdenciária. Trata-se de posição diametralmente oposta à defendida por Pochmann e, principalmente, pelo diretor do departamento de macroeconomia do instituto, João Sicsú. Este, por sinal, um defensor do aumento do número de funcionários públicos no Brasil – em artigos recentes, ele sustentou que o estado brasileiro é "nanico".

    Pochmann e Sicsú chegaram à cúpula do Ipea pela mão do ministro extraordinário de Ações de Longo Prazo, Mangabeira Unger. Fazia alguns meses que já se especulava sobre uma caça às bruxas no Ipea. Pochmann disse a VEJA que as dispensas não tiveram motivação ideológica: "Foram medidas meramente administrativas". O argumento é curioso. Giambiagi e Tourinho, por exemplo, estavam cedidos ao Ipea pelo BNDES, que continuava a pagar seus salários. Num país que tem carência de cérebros, não é crível a justificativa burocrática. O ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, que presidiu o Ipea desde sua criação até 1979, orgulha-se da liberdade ali exercitada. "Até aqui sempre se manteve o objetivo de preservar o Ipea de influências políticas. O instituto trabalhou com liberdade de opinião e de criação. Muitos dos principais economistas da oposição trabalhavam lá", lembra.

    A notícia do afastamento dos quatro economistas revive a inclinação autoritária do governo do PT. Durante o primeiro mandato de Lula, foi extinto de supetão o departamento econômico do BNDES, setor responsável pela elaboração de estudos que serviram de base para programas fundamentais na modernização da economia brasileira, como as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso. Tanto naquele episódio quanto agora, o que está em jogo é a oposição entre o pensamento econômico liberal e o desenvolvimentista. São visões excludentes em ações de governo, mas não em instituições que têm como função produzir análises que ajudem a compreender a realidade brasileira. Nestas, as diferenças só enriquecem o debate. No Ministério das Relações Exteriores, ocorreu algo semelhante. O embaixador brasileiro nos Estados Unidos, Roberto Abdenur, foi removido do cargo e empurrado para a aposentadoria por manifestar, durante uma palestra, opinião divergente da de Celso Amorim sobre as relações com a China. O secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães, instalou um clima de perseguição no ministério e promoveu absurdos como a doutrinação dos novos diplomatas, tornando obrigatórias leituras de viés ideológico afinado com seu pensamento.

    Ao longo de sua história, o Ipea sempre exerceu o papel de consciência crítica dos governos. Aparelhá-lo é matar uma instituição respeitada internacionalmente. Um episódio protagonizado pelo próprio Regis Bonelli ilustra a saudável tradição de liberdade de expressão. Em 1974, ele e o ex-ministro Pedro Malan (então um técnico do Ipea) publicaram um artigo em que criticavam diretamente o segundo Plano Nacional de Desenvolvimento, editado pelo governo Geisel. Afirmaram que os efeitos da crise do petróleo de 1973 estavam subestimados. Nada sofreram. A história lhes deu razão.

    UM ESPAÇO PLURAL

    Fundado em 1964, o Ipea sempre se caracterizou pela independência de pensamento em relação ao governo. Ao lado, alguns exemplos

    Nos anos 70, quando o governo Médici tinha no milagre econômico sua principal peça de propaganda, o Ipea levantava a discussão sobre distribuição de renda, a partir de um artigo do economista americano Albert Fishlow, que trabalhou no instituto

    Em 1974, os economistas Pedro Malan e Regis Bonelli alertaram para uma falha fundamental no 2º Programa Nacional de Desenvolvimento (PND), grande aposta do governo Geisel: a subestimação dos efeitos da crise do petróleo de 1973

    Ana Araújo
    O Ipea coordenou os estudos que resultaram na descoberta dos cerrados como nova fronteira agrícola brasileira. Tanto o Ministério da Agricultura quanto o do Interior subestimavam esse potencial

    O Bolsa Família, principal programa do governo Lula, teve a contribuição decisiva do economista Ricardo Paes de Barros. Foi ele quem sugeriu a unificação de todos os programas sociais do governo

Offline Donatello

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #6 Online: 17 de Maio de 2008, 17:31:06 »
Citação de: Fabi
Cachaça, cerveja e afins?
@#$%&#@!!! |( Juro que esta foi a frase que mais me deu raiva nestes quatro anos de fórum (e olha que eu já ví indivíduos por aqui dizendo que a solução para a violência no Rio seria jogar uma bomba em cada bairro pobre :hmph:) .

Mas não Fabi, não é com cachaça não. Quanto aos itens não pertencestes à cesta básica; a gente fala de itens de limpeza, transporte público, tarifas de iluminação, itens alimentícios (que não da cesta básica), entre uma porrada de outros (inclusive bebidas alcólicas, que ao contrário do "pensamento" do mais latente senso-comum demonstrado em sua frase, não é maior entre os pobres. Ao contrário do que diz o anedotário, pobre não é a sinônimo de biriteiro e nem vice-versa :hein:).

Mas a questão central não é essa. A questão é que o imposto mais gordo cobrado no Brasil é o ICMS e a renda mensal dos mais pobres (isto quando têm uma, muitos têm apenas renda ocasional) é 100% gasta, quase sempre com itens ICMS-tributáveis (não adianta dizer que é culpa dos pobres não "saberem administrar" o seu dinheiro; se você ganhasse R$400 por mês para sustentar você e um filho você não "saberia" economizar também).

À medida que a renda per capita sobe os gastos proporcionais exatamente com estes itens ICMS-tributáveis descem. Passam a ser cobrados impostos que incidem percentualmete com menor violência no bolso. O engraçado é que quem chora com as altas cargas de impostos não são os pobres (que nem sabe que estão pagando impostos) mas entre os ricos, exatamente os que pagam menos, recebem mais, e ainda acham que está ruim.

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #7 Online: 17 de Maio de 2008, 18:48:20 »
Mas tributação da bebida é alta... pode ficar com raiva ... Se não existe imposto sobre pobreza.... e os tributos tiram mais dos pobres...como explicar o fenômeno? Simples, eles consomem coisas que tem tributação alta...e a da bebida..é alta...não vem com bla bla bla cesta básica... o imposto do arroz, e feijão tem tributação entre 25 e 35%... já a da marvada...

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Você sabe quanto paga de imposto pela cachaça?
Encontrada em qualquer bar, padaria ou supermercado e 100% brasileira, a cachaça, mesmo assim, segundo o Diário do Comércio, tem alta tributação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o consumidor paga 83,07% de impostos sobre o preço final do produto.
Fonte: http://www2.uol.com.br/infopessoal/noticias/_HOME_OUTRAS_640454.shtml

Também tem o imposto da gasolina...que é alto...  :umm:
« Última modificação: 17 de Maio de 2008, 18:50:36 por Fabi »
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Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #8 Online: 17 de Maio de 2008, 18:57:07 »
E também tem isso:
Citação de: Acauan
Esta história de que os pobres pagam mais imposto é pura manipulação de dados.
Alguém que ganha pouco e transforma 100% de sua renda em consumo, absorve - teoricamente - 100% da carga de impostos sobre valor agregado embutido nos preços das mercadorias que consumiu.

Já para alguém cujo consumo represente 20% da renda e o restante se torna poupança ou investimento produtivo, os impostos sobre valor agregado recairão apenas sobre os 20% da renda transformados em consumo, o que dá a ilusão de que eles pagam menos, o que não é verdade, já que produtos de luxo são supertaxados e produtos de primeira necessidade tem alíquotas reduzidas de IVA.

Este é apenas um dos modos de se deturpar informação ou mentir dizendo a verdade, que serve apenas para um propósito - dar mais dinheiro ao Estado sob a desculpa esfarrapada de se estar distribuindo renda.
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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #9 Online: 17 de Maio de 2008, 19:05:15 »
Mas a questão central não é essa. A questão é que o imposto mais gordo cobrado no Brasil é o ICMS e a renda mensal dos mais pobres (isto quando têm uma, muitos têm apenas renda ocasional) é 100% gasta, quase sempre com itens ICMS-tributáveis (não adianta dizer que é culpa dos pobres não "saberem administrar" o seu dinheiro; se você ganhasse R$400 por mês para sustentar você e um filho você não "saberia" economizar também).
Ou seja, é como acauan disse(leia acima)...essa notícia é pura manipulação de dados...uma desculpa pra criar mais impostos no Brasil...
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Offline HSette

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #10 Online: 17 de Maio de 2008, 19:12:15 »
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Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Cachaça, cerveja e afins? ::)

Putz. Preconceito pouco é bobagem.  :o

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #11 Online: 17 de Maio de 2008, 19:13:50 »
O problema de frequentar dois fóruns parecidos é que acabo lendo, às vezes, as mesmas bobagens em ambos.

Pobres pagam mais impostos porque são mais numerosos, consomem descontroladamente e são ignorantes.

Se não fossem as criancinhas remelentas que eles colocam no mundo todo ano, se não fossem as churrascadas regadas a cerveja/cachaça e ao som de CDs piratas de pagode, se não fossem os puxadinhos construídos a todo ano em seus barracos imundos, eles não gastariam tanto com futilidades e pagariam menos impostos.

E isso porque nem entrei na questão dos gastos com futebol, com cachaça e petiscos durante a semana, com mobília que é destruída todo ano pelas chuvas (e mesmo assim eles não saem da beira dos rios), com consumo exagerado combustível de seus carros velhos...
Se você se importasse não estaria discutindo e sim agindo...

Offline FxF

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #12 Online: 17 de Maio de 2008, 19:16:13 »
Ué, não sei porque tão reclamando da Fabi. Ela fez uma piada de mau gosto, mas é algo que tem muita lógica.

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #13 Online: 17 de Maio de 2008, 19:20:13 »
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Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Cachaça, cerveja e afins? ::)

Putz. Preconceito pouco é bobagem.  :o

Podia passar sem essa. :(
Leia a resposta que eu dei ao Donatello... (não vou ficar repetindo 385 vezes a mesma coisa)....
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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #14 Online: 17 de Maio de 2008, 19:26:35 »
Ué, não sei porque tão reclamando da Fabi. Ela fez uma piada de mau gosto, mas é algo que tem muita lógica.
Essa bobagem de que consomem bens de cesta básica e por isso pagam mais impostos... conta outra...que eu não acreditei... e repetindo pela segunda vez.... o imposto da cachaça é alto... o imposto da gasolina é alto...carros velhos consomem mais gasolina....se ricos também comem, e consomem bens de luxos supertaxados, e não existe imposto sobre pobreza...então porque os tributos tiram mais dos pobres?
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Offline HSette

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #15 Online: 17 de Maio de 2008, 19:28:32 »
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Embora não paguem Imposto de Renda, são famílias que consomem bens com alta carga de impostos indiretos, como os da cesta básica.
Cachaça, cerveja e afins? ::)

Putz. Preconceito pouco é bobagem.  :o

Podia passar sem essa. :(
Leia a resposta que eu dei ao Donatello... (não vou ficar repetindo 385 vezes a mesma coisa)....

Pra mim não precisa repetir nada.

Aliás, a emenda costuma sair pior que o soneto. :-)
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Offline Donatello

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #16 Online: 17 de Maio de 2008, 20:05:01 »
Fabi, ou não falamos a mesma língua ou algum de nós não entendeu bem alguns conceitos elementares de estatística. Como eu sempre fui muito fraco em exatas, eu vou acreditar que sou eu quem não está acompanhando o seu raciocínio.

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Ou seja, é como acauan disse(leia acima)...essa notícia é pura manipulação de dados...uma desculpa pra criar mais impostos no Brasil...
Não, é uma tentativa de analisar os dados e questionar se não seria sensato  (sob diversos aspectos, inclusive para criar uma economia mais dinâmica) reduzir impostos sobre consumo e aumentar os impostos sobre riqueza:
"Os empresários repassam para os preços tudo o que pagam em impostos e a conseqüência disso é a queda do consumo, que desestimula novos investimentos e trava a economia", observa Taiar. Na sua avaliação, o Brasil segue na contramão do que ocorre nos países desenvolvidos, pelo menos no que diz respeito à estrutura tributária.

De acordo com a pesquisa, do total da arrecadação, a tributação do consumo representa 44,8%, enquanto o Imposto de Renda Pessoa Física fica em 13,8%. Nos Estados Unidos, a situação se inverte: tributos pessoais como o Imposto de Renda respondem por 40,7% da arrecadação e os tributos sobre consumo representam 16,4% do total.

O pior, segundo Taiar, é que tributos como CPMF, PIS e Cofins são cumulativos: incidem em cascata sobre todos os elos da cadeia de comercialização. Além de drenar renda disponível para o consumo no País, esse tipo de tributo tira a competitividade do produto no exterior.


Já quanto à sua associação de senso comum, baseada no anedotário popular, sobre a relação entre pobreza e consumo de bebidas alcoólicas; eu catei dados estatísticos para não ficar parecendo que o (ops, olha o cartão amarelo) sou eu. Foi meio demorado de achar, mas não há nada que fuja à internet, os dados são da ABIPEME


Como você pode observar, Fabi, entre as duas classes econômicas mais baixas o percentual de abstinentes (pessoas que nunca bebem) tange a 60% enquanto entre as duas classes mais ricas fica próximo (abaixo, na classe B) dos 40%. Entre os mais ricos os que bebem quase todo o dia representam o dobro dos mais pobres. Ou seja, não faz nenhum sentido insinuar que os pobres pagam mais ICMS porque são um bando de cachaceiros :hmph:


Citação de: Orbe
Pobres pagam mais impostos porque são mais numerosos
Os dados são sobre pobres pagarem mais impostos proporcionalmente às suas rendas. Eu sei que eu não devia refutar qualquer coisa do que você diz (aliás, nas últimas semanas passei a reconsiderar seriamente a minha posição quanto ao botão ignorar) mas a falta de saber ler é tão gritante que eu não consigo ficar quieto. Quanto ao resto do que você escreveu, é melhor eu ficar calado mesmo.

« Última modificação: 17 de Maio de 2008, 20:12:04 por Donatello van Dijck »

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #17 Online: 17 de Maio de 2008, 21:30:31 »
Fabi, ou não falamos a mesma língua ou algum de nós não entendeu bem alguns conceitos elementares de estatística. Como eu sempre fui muito fraco em exatas, eu vou acreditar que sou eu quem não está acompanhando o seu raciocínio.
Você não está acompanhando o meu raciocínio... é que eu lí mais notícias sobre isso... e fico pensando que você também leu...e aí fica dificil... pra gente poder continuar leia a notícia nesse link: http://br.news.finance.yahoo.com/15052008/25/financas-ipea-10-dos-brasileiros-concentram-75-da-riqueza.html
Não, é uma tentativa de analisar os dados e questionar se não seria sensato  (sob diversos aspectos, inclusive para criar uma economia mais dinâmica) reduzir impostos sobre consumo e aumentar os impostos sobre riqueza:
No texto ele diz que quer aumentar o imposto sobre a renda dos que ganham mais que 2 mil reais mais ricos...criar várias alíquotas...

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Na mesma palestra, ele criticou o fato de o Brasil ter apenas duas faixas de IR para a pessoa física, de 15% e 27,5%, embora sejam progressivas.
Ele afirmou que os países desenvolvidos (que oferecem serviços públicos de melhor qualidade que o Brasil) têm até 12 faixas diferentes de IR, com alíquotas que chegam a 60%. Citou exemplos como a Alemanha, que tem três alíquotas entre 22,9% e 53% do rendimento anual. Ou a França, com 12 alíquotas entre 5% e 57%.
Ele quer aumentar o imposto de renda... quanto maior a sua renda maior o imposto de renda... e 60% de impostos num país onde as pessoas morrem esperando atendimento em hospital público... é o cúmulo....

E lá naquela outra notícia ele disse: "é evidente que o sistema tributário que temos aprofunda a desigualdade"... ou seja, aumente os impostos dos mais ricos que a desigualdade acaba...::)
Já quanto à sua associação de senso comum, baseada no anedotário popular, sobre a relação entre pobreza e consumo de bebidas alcoólicas; eu catei dados estatísticos para não ficar parecendo que o (ops, olha o cartão amarelo) sou eu. Foi meio demorado de achar, mas não há nada que fuja à internet, os dados são da ABIPEME
Não se prenda só a questão das bebidas alcóolicas...se produtos de luxo são supertaxados, e não existe imposto sobre pobreza... porque pobres pagam mais impostos que os ricos? Das duas uma...ou é a maior mentira do mundo manipulação de dados para aumentar o imposto de renda... ou.... os pobres consomem coisas que tem carga tributária alta (Que não são os produtos de luxo, obviamente)....e gasolina, bebidas, cigarro... são produtos com carga tributária alta...

Ou seja, não faz nenhum sentido insinuar que os pobres pagam mais ICMS porque são um bando de cachaceiros :hmph:
Não to dizendo que são um bando de cachaceiros, mas basta que 10% dos pobres consumam cachaça para o percentual de impostos pagos por eles subir....e assim notícias bombásticas como essa sair na mídia causando indignação... para assim o governo ter uma desculpa pra abocanhar mais impostos....afinal eles não vão reduzir impostos pra ter mais igualdade, e sim aumentar os impostos dos "ricos"....se pobre tem 32,8% da renda destinada ao governo, e ricos tem 22,7% a solução (para o governo) é fazer com que ricos paguem 32,8% e não que pobres paguem 22,7%... entendeu?
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #18 Online: 17 de Maio de 2008, 21:40:21 »
Isso de serem mais numerosos realmente não faz sentido.

Ainda não li o post inicial, mas de qualquer forma não podemos esquecer de algo que apesar de ser de certa forma óbvio, pode eventualmente ser esquecido: os pobres perdem proporcionalmente mais através dos impostos porque são mais pobres.

Mas isso não significa necessariamente que os impostos sejam injustos, mal calculados, e é esse o meu ponto.

Digamos que o Fulano é pobre. Ele ganha X por mês, e tem que gastar basicamente Y para pagar as contas e ter como viver, e Z vão embora com os impostos no fim das contas. Mais tarde, o mesmo Fulano muda de vida, passa a ganhar 2X, mas não necessariamente vai gastar muito mais de Y para pagar as contas, e continua indo embora como imposto apenas aproximadamente Z, e X - Z é menor que 2X - Z.

Se você ganha mais, te sobra mais dinheiro, e logo o que vai embora com os impostos é proporcionalmente menor. Não quer dizer que as leis que regem os imopostos estejam roubando para os ricos ou que estejam injustamente tirando mais dos pobres.


Mas como disse, nem li ainda o primeiro post, talvez o que eu esteja dizendo seja bem dispensável, mas acho que é parte muito mais fundamental da explicação do que diferentes padrões de consumo de bebida ou essa coisa de serem mais numerosos, que não tem sentido, uma vez que o cálculo deveria ser proporcional.

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #19 Online: 17 de Maio de 2008, 21:50:32 »
Se você ganha mais, te sobra mais dinheiro, e logo o que vai embora com os impostos é proporcionalmente menor. Não quer dizer que as leis que regem os imopostos estejam roubando para os ricos ou que estejam injustamente tirando mais dos pobres.
Mas para o presidente do Ipea é isso que acontece... e a grande solução (para ele) é aumentar o imposto de renda das pessoas...
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #20 Online: 17 de Maio de 2008, 21:54:34 »
Muito melhor seria diminuir os impostos de forma geral, sobra mais para todo mundo, para empregado e empresas/empregadores investirem, movimentarem a economia, em vez de burocracia governamental/"serviços" estatais. :|

Offline Fabi

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #21 Online: 17 de Maio de 2008, 21:58:50 »
Essa história de diminuir impostos é defendida por muitos economistas, porque segundo eles, obrigaria o estado a controlar os excessos gastos...
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Offline FxF

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #22 Online: 17 de Maio de 2008, 22:15:38 »
Citar
Na mesma palestra, ele criticou o fato de o Brasil ter apenas duas faixas de IR para a pessoa física, de 15% e 27,5%, embora sejam progressivas.
Ele afirmou que os países desenvolvidos (que oferecem serviços públicos de melhor qualidade que o Brasil) têm até 12 faixas diferentes de IR, com alíquotas que chegam a 60%. Citou exemplos como a Alemanha, que tem três alíquotas entre 22,9% e 53% do rendimento anual. Ou a França, com 12 alíquotas entre 5% e 57%.
Que beleza de estratégia. Todo bom empresário e qualquer outro talento de sucesso vai querer fugir do país.

Offline Rodion

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #23 Online: 17 de Maio de 2008, 23:01:33 »
Isso de serem mais numerosos realmente não faz sentido.

Ainda não li o post inicial, mas de qualquer forma não podemos esquecer de algo que apesar de ser de certa forma óbvio, pode eventualmente ser esquecido: os pobres perdem proporcionalmente mais através dos impostos porque são mais pobres.

Mas isso não significa necessariamente que os impostos sejam injustos, mal calculados, e é esse o meu ponto.

Digamos que o Fulano é pobre. Ele ganha X por mês, e tem que gastar basicamente Y para pagar as contas e ter como viver, e Z vão embora com os impostos no fim das contas. Mais tarde, o mesmo Fulano muda de vida, passa a ganhar 2X, mas não necessariamente vai gastar muito mais de Y para pagar as contas, e continua indo embora como imposto apenas aproximadamente Z, e X - Z é menor que 2X - Z.

Se você ganha mais, te sobra mais dinheiro, e logo o que vai embora com os impostos é proporcionalmente menor. Não quer dizer que as leis que regem os imopostos estejam roubando para os ricos ou que estejam injustamente tirando mais dos pobres.


Mas como disse, nem li ainda o primeiro post, talvez o que eu esteja dizendo seja bem dispensável, mas acho que é parte muito mais fundamental da explicação do que diferentes padrões de consumo de bebida ou essa coisa de serem mais numerosos, que não tem sentido, uma vez que o cálculo deveria ser proporcional.

mas é em torno disso mesmo que gira o princípio da proporcionalidade na tributação.
pra que o exame da justiça do princípio fique mais claro, vamos abstrair os impostos de consumo e pensar somente no imposto de renda. o justo é que quem ganhe mais pague mais em absoluto do que quem ganhe menos, que seria o cenário de uma única alíquota de imposto de renda, ou que quem ganhe mais pague proporcionalmente mais do que quem ganhe menos?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline FxF

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Re: Tributos tiram mais dos pobres, diz Ipea
« Resposta #24 Online: 17 de Maio de 2008, 23:54:50 »
Porque o comunismo não deu certo? Porque sem lucro, não havia incentivo ao trabalho.

E então, ao invés disso, aumentamos a alíquota de impostos que aumenta proporcionalmente com o crescimento da renda. Basicamente, eu diria que segue a desculpe de que não tirando todo o lucro, o incentivo ainda se mantém.

Será que Edson estaria tão entusiasmado em ser inventor em uma situação dessas?

 

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