Eu tenho alguns problemas para controlar ansiedade e aposto que TOC é um dos meus problemas. Resolvi procurar um psicólogo e um psiquiatra pra ver se eu preciso fazer terapia. Eu esperava sentar no divá e falar sobre coisas inúteis a respeito dos meus sonhos, mas essa psicóloga segue a linha da psicologia social.
Divã e análise de sonhos são dois elementos típicos da psicanálise freudiana, que não é uma linha particularmente cética, para dizer o mínimo. Você talvez queira se informar sobre as linhas comportamental (ou behaviorista) e cognitiva.
Estou tentando deixar meus preconceitos de lado, mas ainda não entendi qual a relevância de se participar de um grupo pra tentar resolver questões pessoais.
Antes de mais nada, deve estar claro que você não tem qualquer obrigação de se ajustar a alguma linha, terapeuta ou grupo específico. Dito isto, eu pessoalmente entendo que um grupo bem escolhido pode ser a melhor (e talvez a única) maneira de aprender certas coisas sobre o diálogo com a sociedade.
Pode ser porém que você não sinta desafio significativo nesse diálogo. É temerário decidir à distância, sem te conhecer melhor.
Sei que alcóolicos anônimos funcionam assim; estou pesquisando sobre isso e sobre psiquiatria, tratamentos com medicamentos, e queria algumas opiniões céticas a esse respeito. 
Os Doze Passos (seguidos pelos AA e grupos afins) são eficazes para muita gente, mas estão muito longe de ser unanimidade (principalmente para céticos).
Eu pessoalmente tenho ainda MAIS reservas em relação à psiquiatria. Por outro lado, tenho um interesse forte pela
Terapia Comportamental Dialética e outras linhas mais recentes. Se você quiser conhecer algo mais consolidado, recomendo a
Análise Transacional de Eric Berne, que na minha opinião é bem mais pragmática e realista do que qualquer linha psicanalítica sonha ser. Outra técnica que é interessante conhecer, embora possivelmente ainda mais viajante do que a psicanálise, é
Constelação Familiar de Bert Hellinger.
Vocês já participaram de terapia em grupo ou psicoterapia mais comum? Já tomaram remédios? Conhecem alguém que melhorou sua qualidade de vida por causa da terapia?
Já tomei remédios, mas eles simplesmente não servem para nada no meu caso... aliás, eu tenho os dois pés atrás com fármacos, principalmente psiquiátricos. Não os recomendo para ninguém que não esteja de fato na iminência de pôr a si próprio ou a outros em perigo. Em muitos casos eles tem efeito, mas não posso dizer que acho isso bom.
Pessoalmente eu vejo cinco grandes grupos nas linhas psicoterápicas:
Psiquiatria - funciona, mas se fundamenta no uso de fármacos para conter comportamentos ou estados emocionais considerados indesejados. Muito popular, muito conceituada, mas na minha opinião muito perigosa e de validade ética extremamente questionável.
Mitologia clínica - psicanálise, constelação familiar e outras linhas. Servem basicamente para criar uma nova rede de significados simbólicos e mitológicos para a sustentação emocional do participante. Funcionam, e bastante, mas dependem completamente do discernimento e caráter do terapeuta orientador. Uma mente cética pode tornar os efeitos muito mais intensos ou muito mais reduzidos, dependendo da sintonia com a proposta.
Adestramento clínico - psicologia comportamental e cognitiva "clássica". Treinamento direto com um objetivo definido. É de longe a mais científica que há, possivelmente a única. No entanto, depende de que o participante saiba exatamente onde quer chegar, o que muitas vezes significa que ele não precisa de psicoterapia...
Socialização clínica - Terapia não-diretiva de Carl Rogers, Terapia Comportamental Dialética, outras técnicas mais recentes para o tratamento de distúrbio borderline. A mais trabalhosa, mas também a mais legítima. Se concentra em discutir diretamente o que as pessoas realmente esperam de si mesmas e das interações com as outras pessoas, o que na minha opinião é a origem e o verdadeiro assunto da psicologia clínica, embora a psiquiatria e a psicanálise tenham se esquecido disso.
Filosofia clínica - um ramo novo e ainda mal compreendido, mas muito promissor.