O melhor foi a justificativa do hospital em nota: "Foi o primeiro caso em 50 anos de funcionamento do hospital." Ah bom, se é assim... 
A justificativa até procede, é um caso "atípico" pra realidade de um estabelecimento que se destina a atender pessoas em regime de urgência. O pessoal do SAMU daqui nem vai em ocorrência com baleado se a PM não estiver porque isso é de praxe. E não é como se a partir de hoje, todo mundo vai chegar e atirar em um paciente. É como aqueles casos onde um marido mata a mulher e a partir daquele dia, a PM passa a reforçar o policiamento com 3 viaturas com medo de que outros maridos façam o mesmo.
O que tem que acontecer é que o sistema de saúde vai ter que criar um sistema de socorro que não leve o cara pra qualquer PA no meio da favela. Aqui o padrão de baleados é no João XXIII e no Hospital Municipal, onde tem guarda armado e o acesso é mais restrito, além de ter Cias de polícia logo ao lado.
É triste, mas evitar levar esses casos pra qualquer hospital sem uma estrutura mínima de segurança é muito mais barato, prático e efetivo do que colocar um portão de ferro na porta de todos os hospitais e aumentar (ainda mais) a burocracia de acesso.