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Engraçado esse tipo de coisa toda ter ficado sob os holofotes tão recentemente, é tão anacrônico, que se esperaria no máximo dos anos 60, que, para quem não era completamente ignorante das coisas nos anos 90 e 2000, esperaria como já quase completamente extinto hoje em dia, especialmente nesse nível de apoio estadual tão explícito.
Você não faz ideia do quão ignorantes e idiotas são uma grande parte dos caipiras red neck que vivem no bible belt.
Apenas imaginava esse tipo de coisa ser mais comumente nas linhas de um "negacionismo sincero."
Você não terá dificuldade de encontrar "narrativas" nas linhas de que a guerra civil americana não se deu em torno de escravidão, mas por "direitos dos estados," com todo um verniz libertário, apesar do paradoxo de defendem escravidão dentre esses "direitos," estando ela explicitamente mencionada diversas vezes nos documentos dos separatistas, e inclusive "supremacia branca" -- escravidão seria apenas de negros. Mas isso é ignorado e reduzido a algo meramente econômico; o norte não lutava contra a escravidão por "nobres ideais," mas para sabotar a economia do sul, e o sul apenas protegia sua economia e liberdade numa era onde com diferentes valores morais, hoje imorais.
Algo então distinto do negacionismo do holocausto neonazista típico, que será mais nas linhas de "o holocausto judeu é uma farsa,
lamentavelmente."Acho que muita gente acredita nessa versão meio "disneyficada" dos confederados, parece surpreendenemente comum ouvir isso entre "libertários." O que surpreende então é uma popularidade relativamente grande de visões que praticamente só falta dizer, "temos que reinstituir a escravidão de negros." Achava que isso fosse ser encontrado em vilarejos de excêntricos, meio como a "vila nazista" na Alemanha, com 9 casas ou 9 moradores. Não algo em nível de suporte estadual.
https://www.npr.org/2019/07/14/741629271/tennessee-governor-faces-backlash-for-honoring-confederate-general-and-kkk-leade
Tennessee's Republican governor, Bill Lee, is facing public backlash after he declared Saturday "Nathan Bedford Forrest Day," continuing a decades-old tradition honoring the Confederate general, slave trader and onetime leader of the Ku Klux Klan.
Under state law, governors are required to recognize Forrest on July 13 as part of one of six "days of special observance" each year. The law also calls for a "Robert E. Lee Day" on January 19, and a "Memorial Day" or "Confederate Decoration Day" on June 3.
For years, opponents have been calling to change the law, citing Forrest's history of suppression and violence towards blacks. Forrest was a general for the Confederacy during the Civil War, and led Confederate forces in the Fort Pillow Massacre, where soldiers killed several hundred black troops after they surrendered, according to survivors' accounts and a federal investigation. He was also a prominent slave owner and the first Grand Wizard of the KKK.
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Em retrospecto, fica bizarro lembrar da série "dukes of Hazzard" e o carrão musculoso "general Lee," com a bandeira dos confederados pintada. É meio como se houvesse na Alemanha uma comédia onde os protagonistas tivessem um fusca ou porsche pintado com uma suástica, o carro talvez "comandante Himmler" ou algo assim.
Diga-se de passagem, a Alemanha proíbe o uso da suástica, então os neonazistas alemães adotam a bandeira dos confederados americanos.
How Southern socialites rewrote Civil War history
The United Daughters of the Confederacy was a significant leader of the “Lost Cause,” an intellectual movement that revised history to look more favorably on the South after the American Civil War. They were women from elite antebellum families that used their social and political clout to fundraise and pressure local governments to erect monuments that memorialized Confederate heroes. They also formed textbook review committees that monitored what Southern schoolchildren learned about the war. Their influential work with children created a lasting memory of the Confederate cause, and those generations grew up to be the segregationists of the Jim Crow Era in the South.