A coisa mais próxima com concordar com o que ele diz seria mais ou menos nas linhas do Taner Edis, ou do que me lembro.
Diferentemente do que costumam acabar falando, o criacionismo já teve sua vez, de certa forma, já foi "ciência", mas acabou sendo descoberta uma resposta infinitamente melhor. O "Design Inteligente" no começo, com o Dembski, teve o ponto de se tentar detectar "matematicamente" o "design", o que é interessante, acho, e talvez até cientificamente válido.
O problema é que a seleção natural e o processo criativo mental (e talvez outros processos) seriam iguais nesse sentido, porque são na verdade processos bem parecidos, diferem essencialmente em um ser uma simulação mental, e o outro uma coisa real, além de outras particularidades. Enquanto que consigo vislumbrar que seja possível um tipo de "prova matemática" de design / seleção natural versus algo meramente aleatório / sem design (num sentido mais abrangente do que se faz por exemplo, em genética, que acho que é essencialmente análise de regressão parcial), acho que seria bem mais complicado pensar em algo parecido para distinguir design realmente "mental", de um inventor, daquele dos organismos vivos, ou de alguma outra coisa que possa aparentar design sem ser de fato produto ou de uma mente ou de algo muito parecido com seleção natural. Mas isso é algo que se pode fazer facilmente sem recorrer à matemática, de qualquer forma.
Então, apesar de interessante, talvez tudo isso seja meio inútil, não sei; no mínimo é muito mais fácil fazer essas distinções e detecções apenas com "ferramentas filosóficas", não precisando de uma geringonça matemática. E nesse sentido é estranho que um filósofo acabe vendo essa maior respeitabilidade na idéia, ainda mais sabendo (deveria saber, ao menos) que o que se aproveita é quase como uma agulha no palheiro. Não acho improvável que isso seja mais jogada de marketing do que qualquer outra coisa séria.