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É claro que isso é desolador para qualquer um de nós aqui, mas o mundo não sobrevive sem a ciência. Agradecer a providência dívina na cura de uma doença, mesmo depois de ter a vida salva pela ciência usada no tratamento médico, é comum para muitas pessoas, menos comum são pessoas abrirem mão de qualquer tratamento médico, sob a alegação de que Deus o proverá de acordo com sua fé.
Muita gente pode odiar os tempos de hoje e sua ciência materialista, mas duvido que quisessem voltar a viver no século XVII.
Fosse eu um medico sentiria insultado por qualquer paciente meu atribuir sua melhora/cura a Deus
e nao ao meu trabalho, esforco e competencia.
Deveriamos nos perguntar onde esta o problema... porque e tao mais facil seguir o caminho da ignorancia, da supersticao, do fundamentalismo.
As vezes tenho a impressao de que a maioria nao sabe de fato o que é pensar!
Nao foram ensinados a pensar! somente a fazer as coisas de forma mecanica e por imitacao e a correr de coisas tidas como de raciocinio dificil feito o diabo corre da cruz.
Talvez seja esta uma das causas do problema.
Tambem nao os ensinaram a ser fortes, a nao depender do auxilio ou de privilegios concedidos por entidades divinas, sacerdotes, misticos, amuletos e em lugar disso enfrentar a realidade de frente,
contando apenas com seu trabalho, vontade e conhecimentos para enfrentar as dificuldades da vida.
Nao os ensinaram a pensar que a vida e o universo sao indiferentes a nos, em lugar de nos tratar como tamagochis ou animaizinhos ultra-mimados e cheios de privilegios.
Boa parte da humanidade se comporta como bonecos mimados e extremamente egocentricos.
Nao os ensinaram a reconhecer, analisar e aprender com os proprios erros e em lugar disso seguem
afirmando isto e aquilo como se fossem autoridades em assuntos que desconhecem.
Muitos nao conhecem coisas que ja foram ensinadas ha mais de dois mil anos, antes mesmo de boa
parte dos livros sagrados terem sido escritos: o que é contradicao, logica, o que sao falacias (Aristoteles: Das Refutacoes sofisticas).
Parece mesmo haver varias humanidades convivendo junto: alguns ainda no segundo ou terceiro milenio A.C., alguns na idade media, bem poucos no sec XXI.