Caro Eremita - Boa tarde.
Para mim, ambas são diferentes em aspecto temporal - um Universo auto-criado teria um ponto inicial, um Universo eterno não.
Hum... Excelente a sua observação. Então como é que você justifica, que a partir de um hipotético "nada" Algo se pode auto-criar, dado que "nada" é uma nulidade criativa...? Portanto há um começo, não é? Isto aconteceu no infinito, não foi? (num determinado momento do infinito, irrompeu um segmento de recta).

Todavia como é possível considerar plausível, que algo foi sempre existente... Portanto Eterno...?

Para todos os efeitos, ou sempre existiu, ou antes pelo contrário teve um começo...?
De que dados se dispõem, para decidir por uma escolha? É aqui, que começa a fronteira entre a Filosofia e a Ciência, e a "religião" é uma constante ameaça de insinuação?
Será por essa razão, que determinadas pessoas falam de coisas tais, como intuição?
Talvez para fugir do Santo Ofício, ou talvez para fugir de si mesmo. Tenho minhas críticas ao solipsismo - nenhum teste pode revelar se ele está correto ou errado.
Sim concordo, com você. Provavelmente Descartes relegou o Solipsismo, para um Ser Exterior, para não ser obrigado a admitir que era o Criador. Portanto uma forma de se auto-proteger, de uma ameaça perigosa de solidão. Porque o si próprio, inevitavelmente seria: EU sou DEUS. :'(

(tudo existe, porque eu existo; incluindo deus) Parece que realmente, fez bem em fugir dessa conclusão, não é assim?
No entanto, pelo que fui capaz de compreender - foi justamente um postulado solipsista - que estabeleceu como princípio válido de todo o pensar científico, a exigência de existir um ser auto-consciente, portanto consciente. O que parece equivaler, que só pode haver ciência, onde está presente uma ou mais consciências.

Vá-se lá saber o que é que poderia acontecer a um individuo, que admitisse isso de forma radical, ainda mais no ambiente inquisatorial religioso católico daquela época...? Ou mesmo hoje...

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especulando paralogismo comparado -artur