Sou da opinião que "fazer a coisa certa" envolve dois passos:
1º - Respeitar Valores do Estado no qual se está inserido.
Crimes são as condutas mais repudiadas por um povo. Tudo quanto é considerado crime é algo que ofende a nação como um todo. Um vez que vivo no Brasil, não realizo nenhuma conduta que é considerada crime de acordo com a lei brasileira.
2º - Respeitar a "Regra de Ouro" das religiões.
Não fazer ao próximo o que não gostaria que lhe fizessem é lei em (quase) todas as religiões, é praticamente um denominador comum religioso. Aqui o parâmetro passa ser subjetivo, mas deve ser contraposto frente ao primeiro passo.
Creio que utilizando esses parâmetros as chances de se fazer "a coisa errada" ficam bastante diminuídas.
Aqui eu discordo. Nem tudo que é considerado crime é por vontade do povo ou é uma tipificação justa. Pipocam exemplos na lei de crimes absurdos. Crimes tributários que tipificam meras obrigações tributárias, por exemplo, alguns crimes ambientais como estocar lenha sem autorização (vocês sabiam que é crime?), molestar cetáceo etc, entre inúmeros outros. Fora o fato de que sempre há a análise da culpabilidade (juízo de reprovação).
O sujeito pode praticar uma conduta típica (o crime), saber que ela é contrária ao direito, ter a vontade de praticá-la, e mesmo assim não ser culpável, uma vez que, não lhe seria exigido, no caso concreto, agir conforme o direito. São todos os casos de inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal ou legal de exculpação.
O legislador não é infalível, muito pelo contrário. Então não são raras as vezes que alguma conduta é tipificada como crime por motivos pessoais ou causuistas. A segunda regra é subjetiva, mas é um bom parâmetro (não regra).