Autor Tópico: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)  (Lida 6320 vezes)

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Offline Herf

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Dia 24 de outubro sai um filme contando a história de Sandro do Nascimento, aquela "vítima da sociedade" que, em 2000, sequestrou um ônibus da linha 174 no Rio de Janeiro.

Eis aí o trailer dessa nova pérola do "cinema nacional":

<a href="http://www.youtube.com/v/0XDoJv31nj8" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/0XDoJv31nj8</a>

Offline JUS EST ARS

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #1 Online: 22 de Setembro de 2008, 00:32:47 »


Pelo trailer, não vi qualquer defesa da atitude dele, nem alegações de que ele é uma vítima da sociedade. Mas não sei mais nada além desse trailer.

Como você sabe que esse filme vai defender o bandido?



Offline Buckaroo Banzai

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #2 Online: 22 de Setembro de 2008, 00:36:44 »

Eis aí o trailer dessa nova pérola do "cinema nacional":


Quase certamente financiado com abatimentos de impostos através da ANCINE, para depois ter uma bilheteria que não consegue cobrir nem o salário dos faxineiros que trabalharam na produção.



Offline Buckaroo Banzai

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #3 Online: 22 de Setembro de 2008, 00:40:05 »


Pelo trailer, não vi qualquer defesa da atitude dele, nem alegações de que ele é uma vítima da sociedade. Mas não sei mais nada além desse trailer.

Como você sabe que esse filme vai defender o bandido?




"quando ninguém se importa, é só uma questão de tempo"

Offline Dodo

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #4 Online: 22 de Setembro de 2008, 01:07:42 »
Não sei quanto a vocês, mas eu convivi com bandidos desde que me conheço por gente. Alguns eu pude seguir os passos desde o berço até a sepultura. A frase acima cairia muito bem a uma parcela deles, pois nem suas próprias famílias se importavam.

Não quero com isso fazer uma defesa dos marginais e ser obrigado a ler posts me rotulando como isso ou aquilo, apenas acredito que muitos pais deveriam estar cumprindo pena junto aos filhos, ao invés de rezarem, pelo menos alguns, para que ocorra um milagre e eles sejam recuperados.

Quando misturam-se pobreza, falta de estudo, falta de unidade familiar e drogas, temos uma receita muito eficaz para se criar delinquentes. A culpa TAMBÉM é do Estado, inclusive, a de permitir que esses jovens ajam impunemente, devido a sua pouca idade.

Claro que existem outros lugares no planeta onde esses ingredientes não criam uma turba de criminosos prontos a afrontar o Estado - vide o PCC - porém, como estamos falando de Brasil, os problemas com a criminalidade crescente nas capitais e nas cidades de médio porte, como a minha, são todos derivados da junção dos problemas acima, que acabam por criar seres sem nenhuma perspectiva de futuro, e pior, com a visão errônea de que não possuem a mínima parcela de culpa pelas decisões erradas que tomaram, e que acabaram por levá-los ao mundo do crime.

Eu acho muito difícil punir ou reeducar um jovem, quando ele não se sente culpado por chegar onde chegou. Pelo menos uma minoria realmente não teve culpa, por outro lado, a grande maioria tinha a escolha de ter dito NÃO ao crime.


Abaixo, uma evidência anedótica.

As desculpas que ouvi nesses anos todos, na casa das centenas, íam desde as surras dadas pelos pais até as más-companhias. Umas três dúzias somente admitiu que aderiu ao crime por ver nele um certo ar romântico, de rebeldia, e também por achar que se daria melhor na vida que os seus pais, pessoas honestas e trabalhadoras, mas sem nenhum luxo na vida, a não ser um automóvel para emergências.
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline FxF

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #5 Online: 22 de Setembro de 2008, 05:05:05 »
O crime é gerado pela falta de moral e ética (mesmo que não necessariamente um condiz com o outro). Uma questão cultural acima de tudo. Há países pobres com e sem criminosos, assim como países ricos.
Acima de tudo, os criminosos do Brasil estão muito além das camadas mais pobres.

Offline Luis Dantas

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #6 Online: 22 de Setembro de 2008, 06:56:58 »
Falando em filmes e marginalidade, recomendo "Cidade de Deus".
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Týr

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #7 Online: 22 de Setembro de 2008, 08:30:47 »
Falando em filmes e marginalidade, recomendo "Cidade de Deus".
É nacional? Não obrigado!

Offline Luis Dantas

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #8 Online: 22 de Setembro de 2008, 09:06:26 »
Uai.  Só porque é nacional?
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The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Fabrício

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #9 Online: 22 de Setembro de 2008, 11:28:15 »
"Cidade de Deus" é um ótimo filme.
"Deus prefere os ateus"

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #10 Online: 22 de Setembro de 2008, 12:03:08 »
Uai.  Só porque é nacional?

Ao mostrar a vida de bandidos, os filmes nacionais são bem tendenciosos e falo por uma coisa que vi e que depois apareceu em um filme.

Sou  de um bairro que fica próximo ao Ipiranga, em SP e lá pelos anos 70 até o começo dos anos 80 tinha uma família de bandidos aqui no bairro e é bem verdade que eles nunca mexeram com morador algum aqui da região.

Vcs talvez tenham ouvido falar do Wilsinho Galiléia ( Minha familia e meus vizinhos conheciam esse pessoal..), ele matava traficantes concorrentes,detentos que dividiram a mesma cela com ele na cadeia, policiais,
qualquer um que ele apenas desconfiasse que lhe causou problemas ou o denunciou..mas nunca mexeu com morador algum do bairro.

Bom, o caso é que era um bandido comum que matava por pouca coisa e no filme foi representado como um coitadinho que era vitima da sociedade e foi "levado " ao crime e matava só para se defender.

Podem acreditar,o filme  não tinha nada a ver com a realidade do que ele era.

Offline JUS EST ARS

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #11 Online: 22 de Setembro de 2008, 12:11:15 »


De fato, no Brasil existe um certo glamour no que é chamado de "Vida Loka".



Há quem ache que isso é um meio moralmente aceitável de se fazer a vida.



Offline Týr

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #12 Online: 22 de Setembro de 2008, 17:38:08 »
Uai.  Só porque é nacional?
Sim! E não é preconceito! É muito "pós-conceito"

Offline PauloCesar

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #13 Online: 22 de Setembro de 2008, 17:52:08 »
O crime é gerado pela falta de moral e ética (mesmo que não necessariamente um condiz com o outro). Uma questão cultural acima de tudo. Há países pobres com e sem criminosos, assim como países ricos.
Acima de tudo, os criminosos do Brasil estão muito além das camadas mais pobres.

Não sei se a coisa é tão assim preto-no-branco de o crime ser gerado por um fator x, mas é evidente que essa cultura de se obter vantagens mediante a falta de ética é, sem dúvida, um dos mecanismos do crime. E vítima da sociedade todos somos... mas acho que no fundo o cara faz uma escolha e depois disso ele tem que assumir as conseqüências... jogar a culpa na sociedade (da qual todos fazemos parte) é, no mínimo, injusto.
FREE YOUR MIND! - Morpheus

Offline JUS EST ARS

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #14 Online: 22 de Setembro de 2008, 17:56:43 »


Exatamente PauloCesar, nota dez.

Ainda espero que esse filme só queira contar a história por outro ângulo, e não seja do tipo "Ele matou! Tá vendo, a culpa é sua!"



Offline Felius

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #15 Online: 22 de Setembro de 2008, 18:09:14 »
Exatamente PauloCesar, nota dez.

Ainda espero que esse filme só queira contar a história por outro ângulo, e não seja do tipo "Ele matou! Tá vendo, a culpa é sua!"
A culpa e do Estado e da Policia que nao deram um tiro na cabeca dele quando tiveram a chance  ::)
"The patient refused an autopsy."

Offline Herf

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #16 Online: 22 de Setembro de 2008, 20:36:14 »
que nao deram um tiro na cabeca dele quando tiveram a chance ::)
Me pergunto se nenhum atirador de elite não poderia ter feito o serviço enquanto ele estava dentro do ônibus mesmo. Falta de ângulo para atirar certamente não houve.

Offline Felius

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #17 Online: 22 de Setembro de 2008, 21:24:45 »
que nao deram um tiro na cabeca dele quando tiveram a chance ::)
Me pergunto se nenhum atirador de elite não poderia ter feito o serviço enquanto ele estava dentro do ônibus mesmo. Falta de ângulo para atirar certamente não houve.
Falam sobre isso no documentario feito sobre o caso. Tinha um atirador de elite com equipamento, posicao e treinamento para dar um tiro tal que ele morreria instantaneamente, sem tempo nem de puxar um gatilho. Mas por ma vontade politica, alem de nao quererem meio cerebero espalhado na janela dum onibus em cadeia nacional ao vivo, nao deram o tiro.
"The patient refused an autopsy."

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #18 Online: 22 de Setembro de 2008, 22:08:37 »
que nao deram um tiro na cabeca dele quando tiveram a chance ::)
Me pergunto se nenhum atirador de elite não poderia ter feito o serviço enquanto ele estava dentro do ônibus mesmo. Falta de ângulo para atirar certamente não houve.

Possivelmente acusariam o policial de assassinato.. "O cara se entregaria se ele esperasse mais!"...."Quis bancar o herói !"...."É porque o cara era pobre, se fosse filho de rico..!"


Temma

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #19 Online: 22 de Setembro de 2008, 23:39:05 »
O esquerdista aqui não acusaria a polícia de assassinato, caso executassem o cara dentro do ônibus. Me lembro que ele estava muito alterado, e as negociações pouco avançavam.



Mas acuso sim aqueles que sufocaram ele já rendido dentro do camburão.


no mais, à polícia sempre caberão críticas, é inerente a atividade. dizer que a culpa pela incompetência dela é daqueles que a criticam, é um tipo de coitadismo digno de riso.


E quando a policia age para salvar o maior número de vidas inocentes, apesar de algumas controvérsias, ela recebe apoio sim, como naquele vídeo exibido no jornal nacional onde um policial matou dois bandidos que estavam numa moto, à luz do dia.


policia preocupada com opinião pública não esgana alguém rendido num camburão.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #20 Online: 23 de Setembro de 2008, 00:51:33 »
Não digo que a polícia deva ser isenta de críticas, nem nego que o meio cultural e sócio-econômico tenha influência, papel, na criminalidade, ainda que a responsabilidade seja individual.

De modo geral, para cada bandido desses que existiu, existem mais de 200 outros honestos que passaram por dificuldades similares ou comparáveis, e não saíram por aí cometendo crimes, matando gente. Esse movimento "coitadista" parece adorar prestar tanta atenção em quem decide entrar ou continuar com crimes, e praticamente negligencia a maioria honesta. Algumas vezes parece mesmo que querem criar uma "mensagem" para eles de que tudo bem, de que realmente é certo recorrer ao crime quando se está na pior, que não é culpa deles, é da sociedade que "não se importa".

Como se os fatos puros não fossem desagradáveis por si sós, tem sempre dessas perspectivas de vitimizar o bandido, e vilanizar as vitimas, quem não cometeu crime algum -- incluindo até os que passaram pelas mesmas situações que "produziram" o "coitado", mas que diferentemente, não viram nisso desculpa para o crime, ou para chegar até onde chegaram. Qualquer um que consiga trabalhar honestamente e sustentar a si ou a família, é o "verdadeiro" vilão da história.

Offline Dodo

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #21 Online: 23 de Setembro de 2008, 05:31:24 »
Eu não acho que seja apenas o cinema brasileiro que glamouriza o crime, muitas produções americanas que retrataram a vida de criminosos (fictícios ou não) foram bastante parciais, exemplos:
Bonnye and Clyde, Scarface, Um dia de cão, 3:10 to Yuma (tanto o original quanto a refilmagem), entre muitas outras. O personagem Scarface até foi citado por Leonardo Pareja (caso não lembre que é, vide os links no final do post) como exemplo de como um bandido pode ser cruel e humano ao mesmo tempo. Quem vir aqui uma semelhança com a frase de Che*, lembro que tudo não passa de coincidência.

* Hay que endurecer, pero sin perder la ternura jamás.

Também temos os cantores americanos de rap, cujas letras são, muitas vezes, um discurso engajado na luta contra o "sistema", ou seja, os "brancos". Nessa luta vale tudo, inclusive aderir ao crime. Os nossos cantores de rap, muitos oriundos das periferias brasileiras, tem nas suas letras um discurso muito parecido com as letras dos rappers Made in USA. Até onde posso ver, a maioria dos músicos e suas letras são bastante flexíveis, para dizer o mínimo, no que diz respeito aos criminosos que vieram de comunidades carentes, tratando a todos como vítimas de um crime maior, o descaso do Estado.

Se ficarmos tão somente nesses exemplos, podemos facilmente pensar que a música e o cinema americanos são apenas os porta-vozes para um bando de delinquentes ou, na melhor das hipóteses, uma justificativa para mostrar que, no fundo, eles também são vítimas. Claro que isso não é a regra, como podemos ver em outras produções, mas me parece precipitado julgar que assim ocorra no Brasil e que seja uma característica do nosso cinema.

Nem todo filme nacional é obrigatoriamente complacente com o crime, quem assistiu Tropa de Elite sabe muito bem do que estou falando, apenas faltam cineastas com coragem para, por exemplo, levar até as telas uma história que retrate os últimos momentos do menino João Hélio ou do casal Felipe Caffé e Liana Friendenbach, sem falar no calvário desta última, estuprada e seviciada por horas a fio. Se caso isso vier a acontecer, duvido muito que algum cineasta opte por ser partidário do criminoso.

Leonardo Pareja:

http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/capa_10041996.shtml

http://terra.com.br/istoe/politica/142028.htm
« Última modificação: 23 de Setembro de 2008, 05:41:12 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #22 Online: 23 de Setembro de 2008, 07:06:42 »
Citar
O esquerdista aqui não acusaria a polícia de assassinato, caso executassem o cara dentro do ônibus.

Vc não, mas não faltariam acusadores.

Citar
no mais, à polícia sempre caberão críticas, é inerente a atividade. dizer que a culpa pela incompetência dela é daqueles que a criticam, é um tipo de coitadismo digno de riso.

Talvez a incompetência da polícia seja em boa parte falta de recursos e por essa política do "coitadinho vítima da sociedade" que praticamente cria um bandido desde a infância com o ECA.

O cara é tratado como criancinha até os 21 aninhos de idade e não sabe o que faz,apesar de poder colocar alguém na presidência do país, então não pode responder por crime algum até aprontar alguma depois dos 21 quando então será réu primário e pegará uma pena leve para voltar para rua logo e desafogar o sistema carcerário.

Então depois de décadas roubando calotas de roda de carro, fazendo pequenos furtos, assaltando passageiros de ônibus, assaltando bancos, matando gente na rua impunemente ...temos um cara que completará 21 anos e será honesto e responsável porque  um idiota qualquer quer comprar voto distribuindo cesta-lanche em favela.

Política social...

Offline Fabrício

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #23 Online: 23 de Setembro de 2008, 07:10:42 »
"Cidade de Deus" também não glamouriza os criminosos, pelo contrário, mostra a enorme crueldade deles sem disfarce. O herói do filme, inclusive se dando bem no final, é o cara que se recusa a entrar no mundo do crime e por isso passa por toda sorte de dificuldades até conseguir ser fotógrafo, que era o que ele sempre quis.
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Offline PauloCesar

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Re: 174 - Última Parada (Era: Vergonha: mais um filme romantizando o bandido)
« Resposta #24 Online: 23 de Setembro de 2008, 11:40:59 »
"Cidade de Deus" também não glamouriza os criminosos, pelo contrário, mostra a enorme crueldade deles sem disfarce. O herói do filme, inclusive se dando bem no final, é o cara que se recusa a entrar no mundo do crime e por isso passa por toda sorte de dificuldades até conseguir ser fotógrafo, que era o que ele sempre quis.

Concordo. O filme mostra que, mesmo na adversidade é possível fazer uma escolha. Tem muita gente que prefere o "jeitinho mais fácil" de se conseguir algo sem ter que estudar e trabalhar para isso...

Outra: é possível dar nome aos bois? Quem insiste na visão dos bandidos-vítimas? Quais são os motivos? Má fé? Ideologia? Burrice? Oportunismo? O que ganham com isso?
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