Jus, Luis
Não acho que estamos discutindo o ponto. Não é questão do contexto apenas.
Gabeira dos anos 60 não é o gabeira de hoje. (OK, tem aquele texto do Giga, eles têm a mesma identidade numérica)
Mas até quando eu tenho que cobrar alguém pelo seu passado?
Quando se trata de alguém que concorre a um cargo eletivo de influência? Imagino que até o ponto em que essa pessoa me convença de que amadureceu, ou de que não merece meu voto, ou pelo menos que não merece que eu faça campanha contra ela.
Me parece o mais natural. Concorda?
Eu considero um erro como passado, quando a pessoa que o cometeu não é mais capaz de repetí-lo.
E é esse o caso? Você esqueceria o passado, digamos, do General Newton Cruz ou de Ernesto Geisel (se estivessem vivos e se candidatando) com a mesma facilidade?
Eu nem tenho acompanhado o Gabeira. Não faço idéia de como tem sido o discurso dele quanto ao passado. E me incomoda que os eleitores do Rio aparentemente também não sabem ou não querem saber. Pelo menos não vi ninguém comentar a participação dele na guerrilha antes de eu mencionar o assunto.
E me desculpe, mas para mim isso não é assunto para ser esquecido. Se eu não voto em alguém que ache capaz de desviar fundos públicos ou de escolher irresponsavelmente pessoas para ocupar cargos, também não vejo motivo para votar em quem ache capaz de sacar uma arma para ameaçar um embaixador.
Passou, acabou, mudamos. Tem que pagar sua dívida com a justiça, mas para meu julgamento pessoal, acabou.
Qual o político que você pode equiparar ao Gabeira HOJE?
Ando tão desligado da política que nem sei se o acho melhor ou pior do que algum outro. Os políticos que tem chances de se eleger tendem a ser os que eu não quero ver pela frente.