Bem, vou colocar aqui o que entendi a respeito da pergunta do tópico: No sistema atual, o titular da chapa é eleito juntamente com o vice que a compõe, ou seja, a chapa é indivisível. No caso de o vice vir a ser o candidato que ficou em segundo lugar nas eleições, certamente os votos teriam sido dados à sua candidatura. Exemplificando:
Candidato 1: João
Candidato 2: José
Candidato 3: Antonio
João recebe 55% dos votos; José recebe 30% e Antonio recebe 10% (o restante seriam votos nulos e brancos).
Para que esse sistema funcione, os candidatos não possuiriam vices, ou seja, concorreriam sozinhos. Eleito João, assumiria o cargo. O segundo mais votado, no caso, José, assumiria o posto de vice, gozando de todas as prerrogativas inerentes ao titular do cargo.
No sistema atual, não há como saber quantos votos o vice recebeu uma vez que ele apenas compõe a chapa com o titular e não são contabilizados votos para candidatos para a sua candidatura (novamente: a chapa é indivisível - votos dados a um são os mesmos que foram dados ao outro).
Compreendi dessa forma... Alguém pode dizer se errei em minhas interpretações?
E para ratificar minhas informações, o entendimento do TSE a respeito da matéria:
"I – No sistema eleitoral brasileiro, candidato ao cargo de vice não tem votos próprios, embora inegável sua contribuição para angariá-los para o titular da chapa, que, nos termos do art. 91 do Código Eleitoral, é única e indivisível."