Autor Tópico: Sócrates  (Lida 9520 vezes)

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Offline Messiah

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Re: Sócrates
« Resposta #50 Online: 12 de Março de 2006, 04:54:58 »
Ei, maus caros, falando quanto a um assunto que apenas tange levemente ao tópico, mas que foi citado em sua primeira página, eu já ouvi dizer de um certo evangelho escrito pelo próprio jesus, mas que foi invalidado pela igreja católica. Alguém sabe de algo quanto a isso?

Offline LIAN

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Re: Sócrates
« Resposta #51 Online: 13 de Março de 2006, 18:46:48 »
Acho que fala dos evangelhos apócrifos, não?! Não lembro de nenhum que tenha sido escrito por Jesus. Já vi algo sobre Thiago, Tomé (Thomas) e até Maria Madalena, mas nada que tenha sido escrito por Jesus!!
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Offline Hugo

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Re: Sócrates
« Resposta #52 Online: 13 de Março de 2006, 21:09:39 »
Acho que fala dos evangelhos apócrifos, não?! Não lembro de nenhum que tenha sido escrito por Jesus. Já vi algo sobre Thiago, Tomé (Thomas) e até Maria Madalena, mas nada que tenha sido escrito por Jesus!!

Eu já ouvi falar e até já li.


José Saramago/Trechos de Obras/ O Evangelho Segundo Jesus Cristo
www.facom.ufba.br/com024/saramago/evangelho.htm


 :lol: :lol: :lol:
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Offline FZapp

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Re: Sócrates
« Resposta #53 Online: 25 de Março de 2006, 08:23:08 »
Quais são as evidências da existência de Sócrates?

Além dos escritos e fatos históricos que corroboram a existência dos seus discípulos, contracenou com figuras históricas do seu tempo :

-Evidências históricas descrevem os pormenores do seu julgamento
-Participou da Guerra do Peloponeso
-Uma importante figura histórica foi seu discípulo, Alcebíades, com o qual, aliás, lutou na guerra
-Era contrário à política de Péricles. Aliás, a famosa frase traduzida ao português como 'só sei que nada sei' é a conclusão final de uma anedota de uma parte específica da historia da Grecia, quando os espartanos acampam nos muros da cidade de Atenas (antes da Grande Guerra), a paz é comprada por Péricles por 20 talentos, há uma discussão com Sócrates na praça do mercado (da qual é testemunha Alcebíades, sobrinho de Péricles) onde Péricles acabase gabando 'quem pode dizer que sabe o que Atenas precisa ?', e é quando Sócrates retruca com a sua famosa frase, para demonstrar a arrogância deste populista-ilustrado.
-O seu pai era um escultor (Sofrónisco), a sua mãe, parteira.

Agora, obviamente o que *exatamente* dizia, nós não sabemos. Podemos inferir a partir dos escritos dos seus contemporâneos, principalmente pelas diferenças entre seus discípulos (Xenofonte e Platão escreveram apologias e escritos sobre fatos do tempo em que conviveram com ele).

Comparações com JC são irrelevantes e inconsistentes. JC é um mix de mito+personagens históricos travestidos de salvadores+invenções posteriores.


--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
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tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
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Re: Sócrates
« Resposta #54 Online: 25 de Março de 2006, 23:02:09 »
Grande Catino! Seja bem-vindo ao fórum!

Offline HSette

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Re: Sócrates
« Resposta #55 Online: 25 de Março de 2006, 23:15:51 »
Citar
JC é um mix de mito+personagens históricos travestidos de salvadores+invenções posteriores.

Mistura explosiva essa, hein?  :nuke:
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Chaves

Offline LIAN

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Re: Sócrates
« Resposta #56 Online: 27 de Março de 2006, 12:26:34 »
Aparei quem faltava. O ícone de assuntos históricos: JCatino! Seja Bem-Vindo, Julian!
"Não consigo me convencer de que um Deus caridoso e onipotente teria propositalmente criado vespas parasitas com a intenção expressa de alimentá-las dentro de corpos vivos de lagartas." Charles Darwin

Offline Moro

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Re: Sócrates
« Resposta #57 Online: 28 de Março de 2008, 23:59:31 »
Citação de: bruno
apesar de muitos problemas, acredito que a humanidade vive sua melhor época.

Eu penso que a arte imita a vida.

Se observarmos os filmes de ontem e compararmos com os de hoje, veremos que antigamente havia muito mais respeito, muito mais valores, do que hoje.

Hoje a vida não tem mais valor algum (a menos que seja uma vida regada a muito dinheiro). Mata-se por bem pouco, rouba-se às vistas - e ninguém parece reagir com dignidade - e o pecado mora ao lado.

Acrescentei duas proximas linhas
Citar
Sem dúvida que isto sempre houve, mas hoje tudo isto está muito pior. "Antigamente" as crianças podiam brincar na rua (eu mesmo brinquei bastante!). Hoje eu não deixo minha filha dar dois passos na rua, se estiver desacompanhada...
 

Bom, antigamente quando? Para quem era mais seguro?

Se vc era um escravo há 250 anos, sua vida não valia nada, seu filho não podia andar na rua e não haviam leis nem para quem recorrer.
Há 150 anos se matavam baleias para utilizar o óleo para acender lamparinas.
As mortes em guerras cresciam praticamente exponencialmente ano a ano.
Não havia leis nas guerras. Dresden, Nanquin, Hiroshima, Stalingrado


« Última modificação: 29 de Março de 2008, 00:04:54 por Agnostico »
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Sacred cows make the best hamburgers

I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Fenrir

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Re: Sócrates
« Resposta #58 Online: 22 de Julho de 2008, 18:02:11 »
Quais são as evidências da existência de Sócrates?

E um erro pensar que apenas Platao escreveu sobre Socrates.

Xenofonte, que tambem seguiu a socrates e foi certamente personagem historico, escreveu algumas obras sobre ele.

De outros filosofos, conhecidos como Socraticos Menores (Antistenes, Aristipo, Fedon e Menedemo ) e outros discipulos ( como Æschines ) chegaram fragmentos de dialogos em que Socrates era personagem.

O comediografo Aristofanes retratou Socrates em sua Obra "As Nuvens"

Aristoteles alude a Socrates como personagem historico.

Alguns sofistas, como Gorgias e Critias, tambem o mencionam.

Possivelmente oradores como Isocrates, escritores como Aulo Gelio mencionam socrates (preciso conferir). Diogenes Laercio o retrata em suas vidas e doutrinas de filosofos ilustres.

Alguns academicos, como Xenocrates e Filipe de opunte, tambem o retratam em
em dialogos pseudo-platonicos.

Socrates participou de algumas batalhas em que os atenienses se envolveram como Delfos e Anfipolis e bem como a politica da epoca, por isto e possivel que algum historiador ou politico o mencione (preciso checar isto).

Um classicista contemporaneo, Gabriele Giannantoni reuniu todos os fragmentos deixados pelos socraticos menores e outros discipulos de Socrates em uma obra entitulada Socratis et Socraticorum Reliquiae.
As obras de Platao, pseudo-platao, Xenofonte, Aristofanes e Aristoteles sao acessiveis na web.
 
Eu diria que ha mais evidencias da existencia de Socrates que de jesus Cristo.

O problema maior com relacao a Socrates nao e saber se ele foi ou nao personagem historico, mas sim qual retrato do filosofo e o mais fiel... ha os que seguem os dialogos da primeira fase de platao, ha historiadores e classicistas que seguem xenofonte, outros aristotles e outros ainda Æschines ou aristofanes... quem conhece estes autores e suas obras sabem bem que suas visoes do ateniense questionador sao bem divergentes, quando nao sao totalmente opostas...
« Última modificação: 22 de Julho de 2008, 18:09:22 por Fenrir »
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Offline Luiz Souto

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Re: Sócrates
« Resposta #59 Online: 22 de Julho de 2008, 18:16:54 »
Em relação a Platão a grande discussão , mesmo em seus primeiros diálogos , é saber onde temos o pensamento de  Sócrates e onde começa a interpretação de Platão.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Offline Fenrir

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Re: Sócrates
« Resposta #60 Online: 29 de Julho de 2008, 20:54:02 »
Em relação a Platão a grande discussão , mesmo em seus primeiros diálogos , é saber onde temos o pensamento de  Sócrates e onde começa a interpretação de Platão.

Alguns autores consideram que os primeiros dialogos escritos por Platao, os chamados dialogos socraticos, sao mais fieis ao pensamento de Socrates.

Estes dialogos seriam:

Cármides, Lísis, Laques (ou Laches), Íon, Alcibíades I, Hípias Maior, Hípias Menor, Eutífron,
Críton e a Apologia

Nos demais, Platao parte de uma postura de defesa do ensino Socratico (por ex. Górgias e Eutidemo) para depois comecar lentamente a se distanciar do mestre.
Por exemplo, sabe-se por outras fontes e evidencias, que nao se pode associar a doutrina das ideias a Sócrates, portanto o Sócrates mostrado no Fédon já tem presente um tanto das idéias do próprio Platão.

O contraste é ainda maior nos diálogos do período tardio, como o Parmênides, Teeteto, Sofista e outros.
Nestes diálogos, talvez não por acaso, a figura de Sócrates perde um pouco da importância (em alguns quase não participa), bem como o estilo se torna mais direto e se perde um pouco do viço artístico dos diálogos precedentes.
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Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Sócrates
« Resposta #61 Online: 31 de Julho de 2008, 02:59:54 »
Em relação a Platão a grande discussão , mesmo em seus primeiros diálogos , é saber onde temos o pensamento de  Sócrates e onde começa a interpretação de Platão.

Alguns autores consideram que os primeiros dialogos escritos por Platao, os chamados dialogos socraticos, sao mais fieis ao pensamento de Socrates.

Estes dialogos seriam:

Cármides, Lísis, Laques (ou Laches), Íon, Alcibíades I, Hípias Maior, Hípias Menor, Eutífron,
Críton e a Apologia

Nos demais, Platao parte de uma postura de defesa do ensino Socratico (por ex. Górgias e Eutidemo) para depois comecar lentamente a se distanciar do mestre.
Por exemplo, sabe-se por outras fontes e evidencias, que nao se pode associar a doutrina das ideias a Sócrates, portanto o Sócrates mostrado no Fédon já tem presente um tanto das idéias do próprio Platão.

O contraste é ainda maior nos diálogos do período tardio, como o Parmênides, Teeteto, Sofista e outros.
Nestes diálogos, talvez não por acaso, a figura de Sócrates perde um pouco da importância (em alguns quase não participa), bem como o estilo se torna mais direto e se perde um pouco do viço artístico dos diálogos precedentes.

Vale ressaltar que nos primeiros diálogos mencionados, Sócrates faz um papel que o próprio (como consta nos escritos) julga análogo ao da parteira. Ele não defende idéia alguma, mas dialoga com os outros a fim de ajudar-lhes a dar luz a suas idéias incipientes.
Já em escritos platônicos posteriores (República, Fédon etc.) Sócrates age tentando persuadir os outros de idéias de cunho platônico.

Offline Eremita

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Re: Sócrates
« Resposta #62 Online: 31 de Julho de 2008, 10:41:16 »
Prova da existência histórica de Sócrates: a filosofia socrática é medianamente desenvolvida, talvez até um pouco menos, em relação a de seus contemporâneos. Platão não teria cérebro suficiente em pensar nisso com seu QI de ameba em coma.

Ok, não me levem a sério.
Latebra optima insania est.

Offline Q

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Re: Sócrates
« Resposta #63 Online: 03 de Setembro de 2008, 12:30:46 »
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Sim, acho.

Se tivessem combinado, não teria sido tão perfeito. Dizem - no meio religioso - que Sócrates foi precursor de Jesus, preparando a Humanidade para a vinda do mesmo.

 :)
Sim ...é verdade.
Procede.
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Não temam amigos.
O maximo que pode acontecer nesta vida é a MORTE e a Morte não existe!

Offline Fenrir

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Re: Sócrates
« Resposta #64 Online: 03 de Setembro de 2008, 14:51:56 »
Citar

Sim, acho.

Se tivessem combinado, não teria sido tão perfeito. Dizem - no meio religioso - que Sócrates foi precursor de Jesus, preparando a Humanidade para a vinda do mesmo.

 :)
Sim ...é verdade.
Procede.


Nem pensar! Embora Sócrates fosse um homem religioso e sua filosofia tivesse um componente ético muito forte, ele passa longe do cristianismo ou, de forma geral, de qualquer religião.

Por exemplo,
A ética socrática, como tendia a ética dos Gregos em geral, era uma ética eudaimonológica, ou seja fundada, na felicidade do indivíduo, portanto individualista e sem a noção do dever que permeia a ética cristã.

Alem disso a ética de Sócrates era tambem fortemente intelectualista pois fundava o bem e o mal no conhecimento/ignorância, como bem mostra o dialogo Hípias Menor, onde o ateniense propõe o paradoxo de que apenas o homem de bem (que conhece o bem, e como corolário, o mal) pode pecar conscientemente do ato. Pelo que outra pessoa optaria por uma má ação por ignorância e por ser incapaz de discernir entre os dois.
Este tipo de coisa é totalmente estranha e inaceitável ao cristianismo e a religião.

Mais uma diferença importante: Sócrates não conecta, não funda, não suboran e nem justifica sua ética com nenhum conjunto de dogmas, nenhuma entidade divina e nehuma realidade supraterrena.
São constantes as referencias ao daimon socrático, uma espécie de gênio bom que sempre dissuadia Sócrates de tomar certo curso de ações.

Mas Sócrates jamais, repito jamais, associou o daimon ou qualquer Deus a suas idéias. Ele tão somente confiava e seguia as ordens do daimon. E estas ordens eram sempre negativas e envolvendo situações comuns, no sentido, por exemplo, de não falar com fulano naquele momento, de mudar o trajeto em uma caminhada, de não visitar beltrano, etc. Jamais no sentido de influenciar na elaboração de suas idéias, quaisquer que sejam.

Outro fato importante: Sócrates não era monoteísta. Acreditava e adorava os deuses do estado (assim afirmou veementemente em sua apologia e em outras passagens em outros dialogos). Era devoto e correto em seus cultos mas parece que separava bem a religião de sua filosofia.

Finalmente, mais um aspecto que confunde aqueles de índole religiosa e espiritual:
Sócrates falava muito em alma. Porem o sentido e o significado do termo não era o mesmo que dava o cristianismo e as religiões abraâmicas e muito menos o Cristianismo. Eu diria que ele entendia por alma algo não tão bem definido, um conceito mais geral que englobava a racionalidade, a psicologia o caráter do indivíduo. Não no sentido de que a alma continha aquelas coisas, como poderia retrucar alguem, mas no sentido de que a alma tambem significava aquelas coisas.
Não por acaso, costumava-se chamar psicologia a ciência que dedicava a investigar a alma e misturava muitas outras coisas e conceitos estranhos ao que a religião entende por alma, como sono, sonhos e outros fenômenos mais no âmbito da psicologia do que da religião.

E sim, Sócrates acreditava na reencarnação. Mas em face a sua ética e as suas idéias filosóficas, esta crença não tinha muito peso, prova de que quase nunca é mencionada nos diálogos assim chamados Socráticos, que seriam aqueles que mais fielmente representariam o Sócrates histórico.

A razão por insistirem tanto nesta espécie de Sócrates cristão são basicamente 4:
   O caráter humano e correto do ateniense.
   
   Sua crença na reencarnação (no caso dos espíritas), porem sem uma clara noção de carma (relíquia do Orfismo e do Pitagorismo).
   
   O fato de ter sido acusado e morto injustamente pelos seus.
   
   Ser um homem religioso.

Porem o peso que estas semelhanças tem na construção do homem Sócrates (excetuando o primeiro) tem pouco peso em sua filosofia, suas idéias e seu modo de vida, haja vista as diferenças que enumerei. Quem duvidar disso que leia os diálogos e as demais obras a respeito de Sócrates.
Tais opiniões não são apenas minhas opiniões como tambem a de muitos estudiosos da filosofia socrática.

Vê-se que as diferenças são maiores que as semelhanças, portanto.
Seria estranho que, os "planos divinos" escolhessem para precursor um homem tão diferente de Cristo, do cristianismo ou (mais ainda) do espiritismo.

Se os cristãos ou espíritas quisessem buscar um precursor de Cristo na filosofia, mais adequados
seriam o neoplatônico Plotino ou o Judeu alexandrino Fílon, que tentou combinar filosofia grega com o velho testamento, e que tambem foram personagens de caráter irreparável e humano e tinham índole mais fortemente religiosa que o ateniense e idéias e filosofia impregnadas de sentido religioso e divino.

Mas Plotino nasceu uns 200 anos depois de Cristo e Fílon foi contemporâneo de
Jesus. Portanto, não há na filosofia greco-romana nenhuma figura que possa se considerar como precursor de Cristo. Isto é apenas uma tentativa de ser fazer uma espécie de sincretismo forçado
e artificial.

O mais próximo que posso pensar em termos de precursores de Cristo teriam sido
os essênios ou outras seitas mistico-judaícas como a dos Terapêuticos, que adotaram algumas idéias aqui e ali dos Pitagóricos e do Orfismo e as combinaram com o judaísmo.

Mas nem os essênios e nem os terapêuticos ou outros formaram qualquer grupo, escola ou agremiação filosófica.
Diz-se que Aristóbulo, que viveu no seculo II A.C. foi o primeiro a tentar conciliar a filosofia grega com a religião mosaica. Mas Aristóbulo é uma figura obscura do qual pouquíssimo se sabe e do qual restou muito pouco em que se basear (uns poucos fragmentos) e, na filosofia, sua figura não tem a importância de um Fílon, muito menos de um Sócrates.
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Offline Q

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Re: Sócrates
« Resposta #65 Online: 03 de Setembro de 2008, 23:54:42 »
RESUMO DA DOUTRINA DE SÓCRATES E PLATÃO
[/color]


I. O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.

Não se pode enunciar mais claramente a distinção e independência entre o princípio inteligente e o princípio material. E, além disso, a doutrina da preexistência da alma; da vaga intuição que ela guarda de um outro mundo, a que aspira; da sua sobrevivência ao corpo; da sua saída do mundo espiritual, para encarnar, e da sua volta a esse mesmo mundo, após a morte. É, finalmente, o gérmen da doutrina dos Anjos decaídos.

1I.A alma se transvia e perturba, quando se serve do corpo para considerar qualquer objeto; tem vertigem, como se estivesse ébria, porque se prende a coisas que estão, por sua natureza, sujeitas a mudanças; ao passo que, quando contempla a sua própria essência, dirige-se para o que é puro, eterno, imortal, e, sendo ela desta natureza, permanece aí ligada, por tanto tempo quanto passa. Cessam então os seus transviamentos, pois que está unida ao que é imutável e a esse estado da alma é que se chama sabedoria.

Assim, ilude-se a si mesmo o homem que considera as coisas de modo terra-a-terra, do ponto de vista material. Para as apreciar com justeza, tem de as ver do alto, isto é, do ponto de vista espiritual. Aquele, pois, que está de posse da verdadeira sabedoria, tem de isolar do corpo a alma, para ver com os olhos do Espírito. E o que ensina o Espiritismo. (Cap. II, nº 5.)

III. Enquanto tivermos o nosso corpo e a alma se achar mergulhado nessa corrupção, nunca possuiremos o objeto dos nossos desejos: a verdade. Com efeito, o corpo nos suscita mil obstáculos pela necessidade em que nas achamos de cuidar dele. Ao demais, ele nos enche de desejos, de apetites, de temores, de mil quimeras e de mil tolices, de maneira que, com ele, impossível se nos torna ser ajuizados, sequer por um instante. Mas, se não nos é possível conhecer puramente coisa alguma, enquanto a alma nos está ligada ao corpo, de duas uma: ou jamais conheceremos a verdade, ou só a conheceremos após a morte. Libertos da loucura do corpo, conversaremos então, lícito é esperá-lo, com homens igualmente libertos e conheceremos, por nós mesmos, a essência das coisas. Essa a razão por que os verdadeiros filósofos se exercitam em morrer e a morte não se lhes afigura, de modo nenhum, temível.

Está ai o princípio das faculdades da alma obscurecidas por motivo dos órgãos corporais e o da expansão dessas faculdades depois da morte. Mas trata-se apenas de almas já depuradas; o mesmo não se dá com as almas impuras. (O Céu e o Inferno, 1ª Parte, cap. II; 2ª Parte, cap. I.)

IV. A alma impura, nesse estado, se encontra oprimida e se vê de novo arrastado para o mundo visível, pelo horror do que é invisível e imaterial. Erra, então, diz-se, em torno dos monumentos e dos túmulos, junto aos quais já se têm visto tenebrosos fantasmas, quais devem ser as imagens das almas que deixaram o corpo sem estarem ainda inteiramente puras, que ainda conservam alguma coisa do forma material, o que faz que a vista humana possa percebê-las. Não são as almas dos bons; silo, porém, as dos maus, que se vêem forçadas a vagar por esses lugares, onde arrastam consigo a pena do primeira vida que tiveram e onde continuam a vagar até que os apetites inerentes à forma material de que se revestiram as reconduzam a um corpo. Então, sem dúvida, retomam os mesmos costumes que durante a primeira vida constituíam objeto de suas predileções.


Não somente o princípio da reencarnação se acha ai claramente expresso, mas também o estado das almas que se mantêm sob o jugo da matéria é descrito qual o mostra o Espiritismo nas evocações. Mais ainda: no tópico acima se diz que a reencarnação num corpo material é conseqüência da impureza da alma, enquanto as almas purificadas se encontram isentas de reencarnar. Outra coisa não diz o Espiritismo, acrescentando apenas que a alma? que boas resoluções tomou na erraticidade e que possui conhecimentos adquiridos, traz, ao renascer, menos defeitos, mais virtudes e idéias intuitivas do que tinha na sua existência precedente. Assim, cada existência lhe marca um progresso intelectual e moral. (O Céu e o Inferno, 2.ª Parte: Exemplos.)

V. Após a nossa morte, o gênio (daimon, demônio), que nos fora designado durante a vida, leva-nos a um lugar onde se reúnem todos os que têm de ser conduzidas ao Hades, para serem julgados. As almas, depois de haverem estado no Hades o tempo necessário, são reconduzidas a esta vida em múltiplos e longos períodos.

É a doutrina dos Anjos guardiães, ou Espíritos protetores, e das reencarnações sucessivas, em seguida a intervalos mais ou menos longos de erraticidade.

VI. Os demônios ocupam o espaço que separa o céu da Terra; constituem o laço que une o Grande Todo a si mesmo. Não entrando nunca a divindade em comunicação direta com o homem, é por intermédio dos demônios que os deuses entram em comércio e se entretêm com ele, quer durante a vigília, quer durante o sono.

A palavra daimon, da qual fizeram o termo demônio, não era, na antigüidade, tomada à má parte, como nos tempos modernos. Não designava exclusivamente seres malfazejos, mas todos os Espíritos, em geral, dentre os quais se destacavam os Espíritos superiores, chamados deuses, e os menos elevados, ou demônios propriamente ditos, que comunicavam diretamente com os homens. Também o Espiritismo diz que os Espíritos povoam o espaço; que Deus só se comunica com os homens por intermédio dos Espíritos puros, que são os incumbidos de lhe transmitir as vontades; que os Espíritos se comunicam com eles durante a vigília e durante o sono. Ponde, em lugar da palavra demônio, a palavra Espírito e tereis a doutrina espírita; ponde a palavra anjo e tereis a doutrina cristã.

VII. A preocupação constante do filósofo (tal como o compreendiam Sócrates e Platão) é, a de tomar o maior cuidado com a alma, menos pelo que respeita a esta vida, que não dura mais que um instante, do que tendo em vista a eternidade. Desde que a alma é, imortal, não será prudente viver visando a eternidade?

O Cristianismo e o Espiritismo ensinam a mesma coisa.

VIII. Se a alma é imaterial, tem de passar, após essa vida, a um mundo igualmente invisível e imaterial, do mesmo modo que o corpo, decompondo-se, volta à matéria, Muito importa, no entanto, distinguir bem a alma pura, verdadeiramente imaterial, que se alimente, como Deus, de ciência e pensamentos, da alma mais ou menos maculada de impurezas materiais, que a impedem de elevar-se para o divino e a retêm nos lugares da sua estada na Terra.

Sócrates e Platão, como se vê, compreendiam perfeitamente os diferentes graus de desmaterialização da alma. Insistem na diversidade de situação que resulta para elas da sua maior ou menor pureza. O que eles diziam, por intuição, o Espiritismo o prova com os inúmeros exemplos que nos põe sob as vistas. (O Céu e o Inferno, 2ª Parte.)

IX. Se a morte fosse a dissolução completa do homem, muito ganhariam com a morte os maus, pois se veriam livres, ao mesmo tempo, do corpo, da alma e dos vícios. Aquele que guarnecer a alma, não de ornatos estranhos, mas com os que lhe são próprios, só esse poderá aguardar tranqüilamente a hora da sua partida para o outro mundo.

Eqüivale isso a dizer que o materialismo, com o proclamar para depois da morte o nada, anula toda responsabilidade moral ulterior, sendo, conseguintemente, um incentivo para o mal; que o mau tem tudo a ganhar do nada. Somente o homem que se despojou dos vícios e se enriqueceu de virtudes, pode esperar com tranqúilidade o despertar na outra vida. Por meio de exemplos, que todos os dias nos apresenta, o Espiritismo mostra quão penoso é, para o mau, o passar desta à outra vida, a entrada na vida futura. (O Céu e o Inferno, 2ª Parte, cap. 1.)

X. O corpo conserva bem impressos os vestígios dos cuidados de que foi objeto e dos acidentes que sofreu. Dá-se o mesmo com a alma. Quando despida do corpo, ela guarda, evidentes, os traços do seu caráter, de suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os atos de sua visa. Assim, a maior desgraça que pode acontecer ao homem é ir para o outro mundo com a alma carregado de crimes. Vês, Cálicles, que nem tu, nem Pólux, nem Górgias podereis provar que devamos levar outra vida que nos seja útil quando estejamos do outro lado. De tantas opiniões diversas, a única que permanece inabalável é a de que mais vale receber do que cometer uma injustiça e que, acima de tudo, devemos cuidar, não de parecer, mas de ser homem de bem. (Colóquios de Sócrates com seus discípulos, na prisão.)

Depara-se-nos aqui outro ponto capital, confirmado hoje pela experiência: o de que a alma não depurada conserva as idéias, as tendências, o caráter e as paixões que teve na Terra. Não é inteiramente cristã esta máxima: mais vale receber do que cometer uma injustiça? O mesmo pensamento exprimiu Jesus, usando desta figura: "Se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra." (Cap. XII, nº 7 e nº 8.)

XI. De duas uma: ou a morte é uma destruição absoluta, ou é passagem da alma para outro lugar. Se tudo tem de extinguir-se, a morte será como uma dessas raras noites que passamos sem sonho e sem nenhuma consciência de nós mesmos. Todavia, se a morte é apenas uma mudança de morada, a passagem para o lugar onde os mortos se têm de reunir, que felicidade a de encontrarmos lá aqueles a quem conhecemos! O meu maior prazer seria examinar de perto os habitantes dessa outra morada e distinguir lá, como aqui, os que são dignos dos que se julgam tais e não o são. Mas, é tempo de nos separarmos, eu para morrer, vós para viverdes. (Sócrates aos seus juizes.)

Segundo Sócrates, os que viveram na Terra se encontram após a morte e se reconhecem. Mostra o Espiritismo que continuam as relações que entre eles se estabeleceram, de tal maneira que a morte não é nem uma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação, sem solução de continuidade.

 

XII. Nunca se deve retribuir com outra uma injustiça, nem fazer mal a ninguém, seja qual for o dano que nos hajam causado. Poucos, no entanto, serão os que admitam esse principio, e os que se desentenderem a tal respeito nada mais farão, sem dúvida. do que se votarem uns aos outros mútuo desprezo.

Não está aí o princípio de caridade, que prescreve não se retribua o mal com o mal e se perdoe aos inimigos?

XII. É pelos frutos que se conhece a árvore. Toda ação deve ser qualificada pelo que produz: qualificá-la de má, quando dela provenha mal; de boa, quando dê origem ao bem.

Esta máxima: "Pelos frutos é que se conhece a árvore", se encontra muitas vezes repetida textualmente no Evangelho.

XIV. A riqueza é um grande perigo. Todo homem que ama a riqueza não ama a si mesmo, nem ao que é seu; ama a uma coisa que lhe é ainda mais estranha do que o que lhe pertence. (Capítulo XVI.)

XV. As mais belas preces e os mais belos sacrifícios prazem menos à Divindade do que uma alma virtuosa que faz esforços por se lhe assemelhar. Grave coisa fora que os deuses dispensassem mais atenção às nossas oferendas, do que a nossa alma; se tal se desse, poderiam os mais culpados conseguir que eles se lhes tornassem propícios. Mas, não: verdadeiramente justos e retos só o são os que, por suas palavras e atos, cumprem seus deveres para com os deuses e para com os homens. (Cap. X, nº 7 e nº e 8.)

XVI. Chamo homem vicioso a esse amante vulgar, que mais ama o corpo do que a alma. O amor está por toda parte em a Natureza, que nos convida ao exercício da nossa inteligência; até no movimento dos astros o encontramos. É o amor que orna a Natureza de seus ricos tapetes; ele se enfeita e fixa morada onde se lhe deparem flores e perfumes. É ainda o amor que dá paz aos homens, calma ao mar, silêncio aos ventos e sono a dor.

O amor, que há de unir os homens por um laço fraternal, é uma conseqüência dessa teoria de Platão sobre o amor universal, como lei da Natureza. Tendo dito Sócrates que "o amor não é nem um deus, nem um mortal, mas um grande demônio", isto é, um grande Espírito que preside ao amor universal, essa proposição lhe foi imputada como crime.

XVII. A virtude não pode ser ensinada; vem por dom de Deus aos que a possuem.

É quase a doutrina cristã sobre a graça; mas, se a virtude é um dom de Deus, é um favor e, então, pode perguntar-se por que não é concedida a todos. Por outro lado, se é um dom, carece de mérito para aquele que a possui. O Espiritismo é mais explícito, dizendo que aquele que possui a virtude a adquiriu por seus esforços, em existências sucessivas, despojando-se pouco a pouco de suas imperfeições. A graça é a força que Deus faculta ao homem de boa vontade para se expungir do mal e praticar o bem.

XVIII. É disposição natural em todos nós a de nos apercebermos muito menos dos nossos defeitos, do que dos de outrem.

Diz o Evangelho: "Vedes a palha que está no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Cap. X, nº 9 e nº 10.)

XIX. Se os médicos são malsucedidos, tratando da maior parte das moléstias, é que tratam do corpo, sem tratarem da alma. Ora, não se achando o todo em bom estado, impossível é que uma parte dele passe bem.

O Espiritismo fornece a chave das relações existentes entre a alma e o corpo e prova que um reage incessantemente sobre o outro. Abre, assim, nova senda para a Ciência. Com o lhe mostrar a verdadeira causa de certas afecções, faculta-lhe os meios de as combater. Quando a Ciência levar em conta a ação do elemento espiritual na economia, menos freqüentes serão os seus maus êxitos.

XX. Todos os homens, a partir da infância, muito mais fazem de mal, do que de bem.

Essa sentença de Sócrates fere a grave questão da predominância do mal na Terra, questão insolúvel sem o conhecimento da pluralidade dos mundos e da destinação do planeta terreno, habitado apenas por uma fração mínima da Humanidade. Somente o Espiritismo resolve essa questão, que se encontra explanada aqui adiante, nos capítulos II, III e V.

XXI. Ajuizado serás, não supondo que sabes o que ignoras.

Isso vai com vistas aos que criticam aquilo de que desconhecem até mesmo os primeiros termos. Platão completa esse pensamento de Sócrates, dizendo: "Tentemos, primeiro, torná-los, se for possível, mais honestos nas palavras; se não o forem, não nos preocupemos com eles e não procuremos senão a verdade. Cuidemos de instruir-nos, mas não nos injuriemos." E assim que devem proceder os espíritas com relação aos seus contraditores de boa ou má-fé. Revivesse hoje Platão e acharia as coisas quase como no seu tempo e poderia usar da mesma linguagem. Também Sócrates toparia criaturas que zombariam da sua crença nos Espíritos e que o qualificariam de louco, assim como ao seu discípulo Platão.

Foi por haver professado esses princípios que Sócrates se viu ridiculizado, depois acusado de impiedade e condenado a beber cicuta. Tão certo é que, levantando contra si os interesses e os preconceitos que elas ferem, as grandes verdades novas não se podem firmar sem luta e sem fazer mártires.
« Última modificação: 04 de Setembro de 2008, 10:59:26 por Q »
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Não temam amigos.
O maximo que pode acontecer nesta vida é a MORTE e a Morte não existe!

Offline lusitano

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Re: Sócrates
« Resposta #66 Online: 02 de Maio de 2009, 08:31:55 »
Rodion:

Citar
Citação de: EuzébioCitação de: TiagoPor que você acha que estamos errando atualmente? Você acha que já houve uma época em que os humanos não erravam? Quando?

Se houve uma época em que não erramos, eu realmente não sei. Só sei que hoje a coisa anda muito feia. Tanta pobreza, tanta miséria, tanta violência, algo deve estar muito errado.

apesar de muitos problemas, acredito que a humanidade vive sua melhor época.


Também eu acredito.  :ok:

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especulativamente - artur.
« Última modificação: 02 de Maio de 2009, 08:34:18 por lusitano »
Vamos a ver se é desta vez que eu acerto, na compreensão do sistema.

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Especulando realismo fantástico, em termos de
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