Essa idéia que o ateu não tem discernimento entre o certo e o errado, que é impossível ter conceitos éticos fora de uma religião é muito comum entre a população mística (religiosa), tanto porque é divulgada em todos os encontros místicos (missas, cultos, encontros, pastorais, correntes, etc. ) diariamente (exemplo: "sem deus não há salvação, só cristo salva, a verdadeira felicidade está em cristo).
É justamente o contrário: quem tem uma religião, não precisa de ética. Basta seguir sem discutir os mandamentos impostos por algum deus, quer façam sentido, quer não.
São os ateus que, por não terem esse conjunto de mandamentos, têm que criar suas próprias regras usando a lógica e a experiência. Visando a convivência pacífica com seus semelhantes e não simplesmente agradar a uma entidade mitológica que nos ameaça com castigos e nos promete recompensas.
Desculpe-me, acho que você não fui muito claro. Neste trecho citado, eu somente estava justificando, no meu ponto de vista, a principal base para o preconceito dos místicos com relação a nós ateus. Infelizmente, grande parte dos religiosos, se coloca (por conta de suas crenças cegas) numa posição de superioridade moral em relação aos ateus. Para os místicos, o pior dos crentes é melhor que qualquer ateu, daí a base do preconceito.
Sou ateu de "carteirinha", crio meus filhos dentro do ateísmo e ceticismo, portanto, claro que não concordo com o preconceito contra nós. Aliás, qualquer preconceito é mero "achismo" ignorante sobre algo ou alguém desconhecido.