No 2º dia de matrícula, calouros lamentam ter perdido trote da Poli-USP
Vários calouros da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) que fizeram matrícula nesta terça-feira (10), segundo e último dia para os aprovados em primeira chamada, lamentaram que não levaram trote dos veteranos.
"Achei que hoje também haveria alguma coisa", afirma Filippe Carvalho, 20 anos, que conseguiu uma vaga em engenharia elétrica. Ele foi acompanhado da namorada, Giulia de Paula, 20 anos, que é estudante da FEA.
"Vi fotos do trote de ontem [segunda-feira, 9] e achei muito legal. Vim hoje achando que iria ter de novo, mas não tem nada", disse em tom de desapontamento.
A recepção, promovida pelos sete centros acadêmicos da , o Grêmio e a Atlética, incluiu muita tinta e banho de lama nos calouros, animados por música.
"Sou contra o trote violento, mas acho que, se é na base da brincadeira, não vejo problema nenhum", afirma Luís Valini Neto, que viajou cerca de três hora e mais da cidade de Sertãozinho até São Paulo para trazer o filho, o calouro de engenharia Luis Arthur Bighetti Valini, 17 anos, para se matricular.
"Eu queria muito ter vindo na segunda, mas meu pai estava viajando e então não tinha como eu vir", contou Luis Arthur nesta terça. "Eu vi pela internet as fotos da festa e acho que deve ter sido muito legal."
Felipe Cassettari Prieto, 18 anos, aprovou o trote da Poli
O calouro de engenharia elétrica Felipe Cassettari Prieto, 18 anos, diz que se divertiu no primeiro dia de matrícula. "Cortaram meu cabelo e pintaram meu rosto e corpo com tinta."
Ele conta que em nenhum momento foi constrangido a fazer algo que não queria. "Tinha brincadeira de beber cerveja, mas eu disse que não bebia e ninguém insistiu."
Medo do trote
A moradora de São José dos Campos (SP) Nicole Janaína da Silva, 22 anos, achou melhor fazer a matrícula nesta terça-feira dia por causa do trânsito em São Paulo. "Em geral, na segunda-feira, há mais congestionamentos" E o trote não fez falta? "Acho que foi melhor assim, talvez eu tivesse medo das brincadeiras", disse. "Sou muito tímida. Acho que foi melhor ter vindo mesmo na terça."
O vestibulando de Londrina (PR) Felipe Cardoso Marins, 19 anos, que conheceu São Paulo pela primeira vez nesta terça, após oito horas de ônibus, afirma que não seria nenhum problema se recebesse trote. "Acabei vindo hoje porque foi quando eu pude, mas teria sido até legal", diz o calouro.
E se houvesse algum excesso? "Acho difícil, mas tem aqui no manual do candidato da Fuvest até os departamentos que o calouro deve procurar nesses casos", conta, mostrando a página do manual com a tal informação.
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E agora anti-sociais de plantão?