Autor Tópico: Aspectos contraditórios da Evolução Humana...  (Lida 5712 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Aspectos contraditórios da Evolução Humana...
« Resposta #50 Online: 10 de Abril de 2009, 20:09:58 »
Lá também constam os argumentos para explicar POR QUE A DATAÇÃO RADIOMÉTRICA DEVE SE ADAPTAR AO RELÓGIO MOLECULAR!? NENHUM!

Do que você está falando exatamente aqui? Datação radiométrica se faz para descobrir a idade de fóssil; o "relógio molecular" é (acho que sempre) uma medida obtida a partir de dados colhidos de seres viventes, que indica há quanto tempo suas linhagens se separaram. Coisas bastante independentes.

Nunca ouvi falar de se fazer uma "datação molecular" de um fóssil.

O único momento em que isso pode ter alguma forma de interseção é se, quando pesquisando sobre a evolução de algum grupo, pode acontecer algo como fósseis aparentemente representantes de um ancestral comum de um grupo mostrarem uma datação que não necessariamente veste como uma luva com aquilo que se observa no relógio molecular. 

Pode ser que grupos próximos, A e B, tenham no grupo C, extinto, um hipotético ancestral comum, e se calcule pelo relógio molecular que tenham se separado há um tempo consideravelmente mais recente ou anterior ao que se hipotetizava apenas pela morfologia dos fósseis, corretamente datados, e cuja datação deve, tanto quanto sei, permanecer a mesma.

Um exemplo. Anteriormente, sem os dados moleculares, se hipotetizava algo diferente sobre a divergência de humanos e os grandes macacos. Morfologicamente, alguns consideraram termos mais similariadades com os nossos parentes mais distantes desse grupo, como orangotangos e gorilas. E com base nisso, a linhagem dos humanos teria se separado bem antes do restante do grupo. Se o gorila ou orangotango mais antigo conhecido tivesse algo como 25 (orangotangos, acho) ou 10 (gorilas) milhões de anos de acordo com a datação radiométrica, a separação da linhagem humana teria ocorrido por volta dessa época.

Mas o que ocorreu em seguida foi que dados moleculares, mais confiáveis sobre o parentesco do que a morfologia  preservada em fósseis, apontaram para uma separação muito mais tardia da linhagem humana. Isso não fez com que os resultados das datações radiométricas de orangotangos e gorilas fossem reavaliados (não que eu saiba) ou re-datados arbitrariamente de acordo com os resultados do relógio molecular.

O que o relógio molecular diz não é se um fóssil é mais novo ou mais antigo, apenas quando que uma linhagem se separou de outra, o que pode ou não conflitar com algumas hipóteses sobre graus bem específicos de parentescos entre paleo-espécies.

 

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