Bom dia.
Bem, meu nick não esconde nada: meu nome é Max e sou funcionário público, fiscal de obras. Estou tentando ser mais breve em meus posts, mas geralmente me excedo. Então, conheçam-me:
- Nasci ateu. Acredito que o ateísmo não é algo que se adquira por "maus hábitos", como um diabetes tipo 2. Ateu nasce ateu, nasce sem fé - coisa genética, talvez; é incapaz de abstrair pela abstração, de empilhar devaneios sobre devaneios. É uma maneira de pensar que não dá muito jogo de cintura, de modo que o ateu é em princípio um radical;
- Se minha definição de ateu estiver correta, então eu mesmo me coloco como exceção a essa regra: convivo "pacificamente" com todo tipo de gente. Até casei-me em igreja católica (sob quais - hilárias - circunstâncias eu ainda postarei, se me derem chance). Por natureza, sou muito fleumático e bonachão, o que me dá a liberdade de ouvir de tudo sem fazer aquela cara de "tadinho dele". Pra mim, "las hay, las hay" é o cacete, mas se você acredita, tô nem aí;
- Por outro lado, deem-me sempre a liberdade de falar "sou ateu, não acredito nisso que você está falando" com a mesma tranquilidade com que lhe desejo um bom dia. Às vezes isso choca, mas é bom que joguemos limpo. Os "testemunha" que passam na minha rua nas manhãs de sábado nunca mais me atrapalharam a limpeza do carro, mas nunca deixamos de nos cumprimentar com a mesma amabilidade;
- Não gosto de me limitar pela semântica ao dizer que "creio" que vai chover, que fulano tem "espírito" de porco, que minha cunhada é uma "santa". Se me "flagrarem" escrevendo algo assim, acreditem: não sou crente enrustido (não mesmo!!!) e nem cometi um "ato falho"; não procurem falha de caráter nas entrelinhas - me expresso assim e pronto;
- Creio que a "falha genética" que faz do ateu o que é não está de modo algum ligada à capacidade intelectual do infeliz. Esse papo de que todo ateu é mais inteligente, pra mim, é balela: já convivi com ateus incrivelmente idiotas (poucos, é verdade), assim como já tive o prazer de conversar com crentes deliciosamente inteligentes (poucos também). Claro, um pouco de cultura ajuda bastante, o que prejudica os teístas, que vivem pisando em dogmas;
- Gosto de debater. Gosto de ler argumentos e moldá-los aos meus, comparando, somando, extirpando, virando do avesso. O debate muda a gente, mesmo que estejamos 100% certos. Saí recentemente de um fórum em que os participantes não admitem alguém que não "reze pela cartilha" deles. Havia lá um "agnóstico" que - vá lá - acreditava em mais coisas do que poderíamos admitir. Mas daí a desancar o cara, caçando "o que ele quis dizer" a todo momento? Aí vem aqueles argumentos: "o cara é crente enrustido", "quer trollar nosso fórum". Sinceramente: quem se presta a xingar de crente por qualquer "um abraço a todos" que o cara escreva, é tão troll quanto.