Seria o sr. Spock um autista clássico, ou um asperger?
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Muitas vezes me identifico com ele, pois que, em minhas convicções, tendo para a lógica, para a razão. E junto a isso tendo a reprimir meus sentimetos, pois que tenho medo de por meio disso perder o controle, mais ou menos como Spock. Assim como Spock, vivenciei um grande conflito entre o meu lado sentimental, intuitivo e racional. Mas ao invés dele, eu já superei isso, pela sequência: intuição > razão > sentimento, um em função do outro, numa cascata descrescente. E graças a isso, e não à deus, passei a ter um entendimento do qual não imaginava que era capaz de ter. A sensibilidade, desconfiança e inspiração intuitiva unida ao pensamento racional e então o sentimento em função disso, como forma de contemplação.
Normalmente as pessoas quando falam em espiritualidade se focam mais no campo social e afetivo, e isso é fato no centro espírita que frequento. Está certo que temos que ter atenção a coisas como empatia e afins, mas eles falam tanto de evangelizar que às vezes cansa. Isso porque sou mais do tipo que gosta de discutir os mecanismos das coisas, e não muito o aspecto social, visto que não é o meu forte. Pois sou do tipo que pergunta o porque das coisas.
Mas lá como eles dão muito valor ao evangelho, acabam falando mais disso do que, por exemplo, sobre a mediunidade em si, e quando falam, costumam simplificar e então logo em seguida voltar ao evangelho...
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Sim, sou espírita, porém sou do tipo que gosta de dissecar as coisas, algo do qual as pessoas normalmente tem medo de fazer, pois que tem cravado na mente aquela idéia do sagrado, divino e intocável, mesmo que inconscientemente. Quer dizer, sou do tipo que gosta de testar se o que se acredita é mesmo ou não verdade, ao invés de fazer uma determinada crença como algo absoluto para manter o foco social.
Pois que a minha especialidade não é evangelizar, mas dissecar o evangelho e ver nele o que faz sentido... É assim que funciono!
Diria que os evangelistas são como cães adestrados (neurotípicos) em função do evangelho. No meu caso, a minha moral se baseia na lógica e no raciocínio, e não em função do evangelho. Com relação ao evangelho, eu uso o raciocínio para ver se realmente tem ou não nexo, ao invés de fazer disso algo absoluto e indiscutível, como fazem os neurotípicos adestrados.
Diria que o asperger ele tenderia mais a refletir em cima do evangelho, ao invés de ser como um cão adestrado. Neste caso o asperger seria mais como um gato, atento aos detalhes, não muito ao social, ou ao contexto. Não sou um verdadeiro asperger, mas tenho traços de asperger (em maior parte), e por isso estaria mais para investigador do que para adestrado. Para mim o evangelho só faz sentido quando eu mesmo raciocino sobre ele, e não quando Kardec raciocina.
O asperger talvez prefira raciocinar por conta própria do que deixar que alguém raciocine no lugar dele.
Por conta de minhas características, acabei criando um novo sistema filosófico, em função do MEU raciocínio em cima dos fatos. Talvez tenha criado um deus para os aspergers, em relação ao deus dos neurotípicos que adestra as pessoas... É provável que o deus de um asperger seja um mecanismo físico, e não uma entidade que tenha empatia com seus crentes.
Nem todo asperger é ateu ou materialista, mas penso que é mais provável que este entenda Deus, como disse, como um mecanismo, como algo da natureza, ao invés de algo divino e sociável, do mesmo molde dos neurotípicos religiosos.