Autor Tópico: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Científica?  (Lida 5883 vezes)

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Offline Hold the Door

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #25 Online: 20 de Julho de 2005, 22:37:57 »
Em tempo, eu procurei pelo tal "físico austríaco" Gotthard Barth no Web of Science (banco de dados de referências) e não consegui encontrá-lo, ou seja, ele não tem artigos publicados em revistas indexadas. No google também, ele aparece em apenas uns poucos sites em alemão.

Aparentemente ele não existe fora do próprio site.
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Offline Hold the Door

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #26 Online: 21 de Julho de 2005, 13:04:01 »
Citação de: Fernando
Citação de: Snake
Mas o átomo já foi visto, não?

É impossível, só conseguimos detectá-lo por indução, outra ferramenta da Ciência. Mas não posso explicar ao certo como.
Não é impossível. Não oticamente, devido à limitação imposta pelos comprimentos de ondas da luz visível, mas com microscópios eletrônicos é possível obter imagens de átomos. Quem estudou exatas e fez física básica usando o Halliday conhece essa imagem de um cristal constituído de átomos de cloro, cobre e nitrogênio, obtida por microscopia eletrônica:

Outra imagem de átomos em um cristal de silício, obtida no Oak Ridge National Laboratory:

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Offline Rodion

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #27 Online: 21 de Julho de 2005, 13:11:40 »
a respeito da primeira imagem... as bolinhas nao deveriam ser menores e mais afastadas? porque pelo que aprendi, o nucleo do átomo é muito pequeno em comparação com a eletrosfera, e a eletrosfera é quase invisível.
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Offline Hold the Door

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #28 Online: 21 de Julho de 2005, 18:49:59 »
Citação de: bruno
a respeito da primeira imagem... as bolinhas nao deveriam ser menores e mais afastadas? porque pelo que aprendi, o nucleo do átomo é muito pequeno em comparação com a eletrosfera, e a eletrosfera é quase invisível.
Ondas eletromagnéticas de baixa e média energia e os feixes de elétrons dos microscópios não têm energia suficiente para "ignorar" a eletrosfera e interagir com o núcleo, sua interação se dá com os elétrons da camada exterior. A "bolinha" é a eletrosfera mesmo, não o núcleo.
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Offline Perseus

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #29 Online: 22 de Julho de 2005, 14:29:21 »
O mais doloroso foi ter de ler o Edson dizendo por e-mail que o Janzen estava "nos dando aula".

Por analogia..
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Offline Marcelo Terra

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #30 Online: 22 de Julho de 2005, 14:32:51 »
Citação de: Perseus
O mais doloroso foi ter de ler o Edson dizendo por e-mail que o Janzen estava "nos dando aula".

Por analogia..
Nunca vi um professor ser tão surrado assim em um sala de aula...


A muitas pessoas falta senso crítico. Qualquer argumento pró-ideal é ótimo e qualquer argumentador pró-ideal é genial. Não importa quão fuleiro sejam ambos.

Offline Hold the Door

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #31 Online: 22 de Julho de 2005, 14:53:16 »
Não importa o quanto ele seja refutado e massacrado, o Edson já decidiu que o Janzen é que está com a razão e que ele venceu o "debate".
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Offline Huxley

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O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Científica?
« Resposta #32 Online: 24 de Julho de 2005, 00:03:26 »
O Édson andou fazendo gracinha com textos anti-evolucionistas lá no Religião é Veneno,e como a maioria não respondia ele ficou falando,"viu, estão fugindo do debate, e nem conseguiram refutar meus textos".Pra finalizar a ironia abriu esse tópico:

http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=15836&grupo=17762&topico=2746112&pag=1

Eu respondi dando-lhe uma resposta que ele nunca mais vai se esquecer (e nem conseguir refutar):

http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=15836&grupo=17762&topico=2746112&pag=5&v=1

E aí? Eu queria perguntar a vcs.O  texto que escrevi ficou bom? Eu inclusive falo do fato de o Waldemar não querer aparecer aqui para esclarecer umas coisas, como por exemplo afirmar que a fusão nuclear no Sol é "quase certo que não ocorre"...
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Offline Perseus

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #33 Online: 24 de Julho de 2005, 00:48:06 »
Engraçado.. Ele chegou aqui propondo um "debate" com o seu "mestre" Janzen, e saiu por ai falando que nós estavamos fugindo.

Por fim o cara apareceu, levou uma baita sova em tudo o que tentou, e como contra argumentação deixou um bilhete de geladeira: "respondo perguntas em meu site, fui"

Agora pergunto: quem é o covarde nessa história?
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Offline OldSkull

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #34 Online: 24 de Julho de 2005, 20:42:51 »
Agora eu pergunto, o covarde adimite ser um covarde?  8-)

Ele nunca vai admitir, e nem o seu fiel escudeiro, vai ficar por isso mesmo Perseus...com certeza vai ficar por isso mesmo.. :?

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Offline Hold the Door

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O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Científica?
« Resposta #35 Online: 25 de Julho de 2005, 12:18:25 »
Citação de: Huxley
E aí? Eu queria perguntar a vcs.O  texto que escrevi ficou bom?
Ficou sim.

Mas como o Edson não tem respostas, vai ignorar completamente, deixar passar um tempo e repetir as mesmas baboseiras.

Ele já começou a chamar todo mundo de Holmes lá no RV?
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Offline Huxley

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O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Científica?
« Resposta #36 Online: 25 de Julho de 2005, 19:17:03 »
Citação de: Angelo Melo
Citação de: Huxley
E aí? Eu queria perguntar a vcs.O  texto que escrevi ficou bom?
Ficou sim.

Mas como o Edson não tem respostas, vai ignorar completamente, deixar passar um tempo e repetir as mesmas baboseiras.

Ele já começou a chamar todo mundo de Holmes lá no RV?


Não, ainda não, mas continua se sentindo um cavaleiro numa Cruzada contra Darwin e o Evolucionismo, inclusive postando um artigo relacionando Darwinismo com o Nazismo. Mas parece que ele passou a "querer menos" saber as respostas sobre as "perguntas primárias que a Evolução não responde", porque eu mostrei quais eram as verdadeiras perguntas primárias que não são respondidas por uma certa pseudociência, e que inclusive foi reconhecido pela SCB.
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Offline Cristiano

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #37 Online: 26 de Julho de 2005, 19:22:24 »
Mas, poxa, o Edson tem uma fixação insana pela 2a Lei da Termodinâmica... caramba... parece uma tábua de salvação do "Evolucionismo Ateu do Mal".
Depois ele manda para a lista um email desistindo do assunto:
"Nao vai mais precisar escrever pois jah percebi que vc nao quer entender!!
Vida ... Laprovitera...
Isamov falou TODO o universo, nao excluiu a terra!!
Desisto,entenda entropia como quiser..."

fazer o que, deixa estar...

Offline Perseus

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #38 Online: 26 de Julho de 2005, 21:53:13 »
O pior é que retardado sequer entende aquele trecho do Asimov.
Ja falamos de suor/ar atmosférico... sol/Terra e tudo que temos direito.. e o panaca simplesmente ignora e depois repete tudo novamente milhares de vezes.

A sorte dele é que o moderador permite que ele estrague todas as discuções em que se mete...
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Offline Huxley

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O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Científica?
« Resposta #39 Online: 29 de Julho de 2005, 21:03:55 »
O Édsom , finalmente tentou utilizar a citação de um livro para "tentar" para fazer uma crítica a Evolução.Porém, vejamos o que ele postou e como eu respondi.Se alguém quiser avaliar minha resposta, estou aberto a críticas.Tudo e outras discussões a mais , vocês verão em:

http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?forum=15836&grupo=17762&topico=2746112&pag=7

Aqui um trecho do texto que eu refutei:

VEJA ESTA DA BIOLOGIA:
Achei importante compartilhar com vocês o texto abaixo extraído do livro “Evolução Um livro texto crítico”

Pág. 60 e 61

A semi-população, raça ou espécie R1, que foi desmembrada, pode por sua vez, tornar a se desmembrar, transformando-se nas semi-populações R11 e R12, com os “pools” gênicos r11 e r12, etc., como no caso do primeiro desmembramento. Em relação ao “pool” gênico inicial, os “pools” gênicos das raças desmembradas vão ficando cada vez mais empobrecidos, quer dizer, passam a ter um número cada vez menor de allelos diferentes. Com isso, não é mais possível um número tão grande de combinações de alelos nas semi-populações como na população inicial: as possibilidades de recombinação ficam reduzidas. Isso significa que as raças ou espécies desmembradas possuem uma margem de variabilidade mais reduzida e que depende do número de alelos diferente e das possíveis combinações deles. Por sua vez, resulta daí que as reações às modificações das condições ambientais ocorrem cada vez com menor flexibilidade. Trata-se, neste caso, de uma capacidade de adaptação reduzida. As raças com “pools” gênicos empobrecidos estão muito menos em condições de suportar uma mudança das condições ambientais do que a espécie inicial, com um rico material genético. Por esse motivo estão mais fortemente ameaçadas de extinção.

O zoólogo holandês DUYVENE DE WIT descreveu perfeitamente esse processo, como transcrito a seguir (citado de KAHLE 1984, pág. 87; compare Fig 5.6): “ Quando uma população marginal abre caminho para um novo habitat, ela não pode levar consigo todos os genes da população materna, mas sim apenas parte deles. Cada nova raça ou espécie que se origina de uma outra, possui, por isso, um “pool” gênico mais pobre. Conseqüentemente, a perda de substância do “pool” gênico é o preço de cada raça ou espécie tem de pagar pelo privilégio de existir. Se o processo de especiação ocorrer repetidas vezes consecutivamente, surgirão por fim, espécies cujos “pools” gênicos estão tão completamente esgotados que bastam alterações insignificantes nas condições ambientais para que elas venham a se extinguir. Esforços para se adaptar a modificações ambientais de recombinação levaram, por fim, a um estado genético mínimo. Se este limite mínimo for ultrapassado, não haverá mais possibilidade de sobrevivência. Por essa razão, o destino trágico e irrevogável das espécies ou raças especializadas, extremamente adaptadas, é a morte genética.”
Mas também a maioria dos filósofos.Até o filósofo mais influente do século XX Karl Popper, que foi cético em relação ao Neodarwinismo por muito tempo, reviu sua posição em carta à revista New Scientist (1980), reconhecendo que a evolução da vida na Terra é testável e, portanto, científica.

É TESTÁVEL MAS FOI FALSEADA, COMO ACIMA CITADO. PERGUNTO, ENTÃO, PORQUE AINDA NÃO FOI ABANDONADA? AS RESPOSTAS ESTÃO FORA DO CAMPO DA CIÊNCIA.

Vejamos o quão poderosa é essa incrível refutação da Teoria da Evolução mais adiante


BEM, A CITAÇÃO ACIMA EXTRAÍDA DO LIVRO, É A CONFIRMAÇÃO DE UMA PREDIÇÃO DO CRIACISMO E REFUTAÇÃO DAS PREVISÕES DO EVOLUCIONISMO:
1- O "POOL" GÊNICO INICAL ERA MAIOR DO QUE O "POOL" GÊNICO DAS ESPÉCIES ATUAIS.
2- TODAS AS ESPÉCIES TENDEM À EXTINÇÃO.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Passemos para a bizarra interpretação feita por você sobre este trecho do livro, que ao vê-la me deu vontade de perguntar:Você realmente sabe o que está falando?Comecemos pela 2, onde você fala que a tendência a extinção de uma espécie é algo que refuta as predições do Evolucionismo.De fato, os biólogos reconhecem que existem diversas razões para uma espécie se extinguir:ela pode ser excluída por uma espécie aparentada mais competitiva, o seu habitat pode desaparecer e/ ou organismos que a espécie explora pode vir com uma defesa imbatível.É muito improvável que uma espécie passe um imenso tempo sem nunca ter enfrentado algumas destas situações, de modo que os biólogos evolucionistas reconhecem que espécies estão programadas para morrer do modo similar que os organismos estão.Prova disso? Dawkins em “O Gene Egoísta” fala que por a espécie ser uma unidade biologicamente instável, é que devemos considerar que a seleção natural atua mais sobre nível genético.Gould defende que a as espécies são removidas do “pool” de espécies de modo análogo que os alelos são constantemente removidos do “pool genético”.Os que estes autores tem em comum? A idéia que a espécie não é uma unidade biologicamente estável.Agora, passemos a outra...Espécies são extintas? São, mas novas espécies surgem.Há vários períodos na História da Terra onde a diversidade aumentou, como há 500 milhões de anos, e outras vezes depois de uma extinção em massa, o nível de foi aumentado, como o exemplo o número de espécies de mamíferos aumentou depois da extinção dos dinossauros (e não só de mamíferos, mas de outros grupos).Além disso, esse nível de diversidade mais alta de todos os tempos pouco antes da aparição dos humanos.Depois que houve o aumento da população humana, a diversidade diminuiu passo a passo, e nem é preciso explicar o porquê.A relação entre ambos é causal.Será que você sabia disso,Édson?Duvido muito...Outros exemplos não faltam, répteis-aves já existiram e foram extintas, sendo substituída por espécies genuinamente aves.”Se o processo de especiação ocorrer repetidas vezes consecutivamente, surgirão por fim, espécies cujos “pools” gênicos estão tão completamente esgotados”...Falou bem aqui, SE...SE o processo de especiação ocorrer repetidas vezes consecutivamente.Não é o caso da Evolução darwiniana.De fato, sucessivas especiações rápidas de fato empobrecem o pool genético.Mas a regra na evolução é o GRADUALISMO, não havendo espaço assim, para sucessivas especiações rápidas. O que favorece uma especiação rápida? Mudanças genéticas trazidas pelo efeito fundador, que por sua vez contribuiria para produzir isolamentos reprodutivos pelas populações.Pequenas populações terão poucos alelos, mas geralmente esses irão se redistribuir rapidamente.O constante fluxo gênico impede sucessivas especiações rápidas.R.A. Fisher dizia que as populações eram suficientemente grande para que a importância da deriva fosse diminuída.Seu oponente intelectual, Sewall Wright, dizia que as populações se dividiam em subpopulações.Mas vejamos que ainda neste caso, há fluxo gênico, ainda que pequeno.Não parece um ambiente tão propício para sucessivas cladogêneses rápidas. Ainda que ocorressem mudanças rápidas, voltemos ao que R.A. Fisher dizia num exemplo: num microscópio com um foco quase perfeito, se a distância entre a lente e objeto variar infinitamente pouco, a probabilidade de melhora é cinqüenta porcento. Uma mudança grande quase certamente piorará o foco. Talvez mutantes deletérios recessivos pudessem aumentar sua presença devido a deriva, fazendo as doenças genéticas mais comuns nos animais que o normal.Por isso, Gradualismo evolutivo é fundamental para o processo evolutivo. Mais um exemplo onde não vemos um ambiente tão propício para sucessivas cladogêneses rápidas.Entre Evolução e criação, quem necessita mais de sucessivas especiações rápidas é a CRIAÇÃO, NÃO A EVOLUÇÃO.Porque obviamente não é razoável supor que Noé carregou toda a biodiversidade na Arca, então os animais salvos na enchente tiveram que se especiar para fazer coerência com a MONSTRUOSA biodiversidade existente no planeta Terra, em que muitos especialistas estimam entre 10 e 30 milhões de espécies. Mas como já disse não é tão fácil assim se diversificar em tão pouco tempo e a única salvação para o criacionismo é considerar que Deus criou os animais com um monstruoso nível de polimorfismo.Outra coisa,O que causa a diminuição na variabilidade genética de uma espécie?Seleção natural e deriva genética.O que aumenta? Mutação, Recombinação(que também possui efeitos mutagênicos) e Fluxo Genético.Quando há uma especiação,ocorre um empobrecimento do pool gênico.Porém, se as especiações não são tão rápidas ou se ocorrem especiações rápidas mas não de forma sucessiva sendo interrompidas por períodos de estase , como no modelo do Equilíbrio Pontuado , o pool das espécies são "reabastecidas" por mutação, recombinação e fluxo genético.Tal empobrecimento só ocorreria num processo de sucessivas especiações rápidas, o que já mostrei que não é viável de uma forma geral. Enfim, esses conceitos não são tão fáceis de dominar, esse seu argumento ESDRÚXULO, baseada numa interpretação ERRADA da Evolução é um exemplo disso.
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Offline Perseus

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #40 Online: 29 de Julho de 2005, 21:22:33 »
Gustaf... quem usou esta citação primeiro foi o Waldemar. Ele colocou ela na num tópico das "boas vindas" vai saber porque...

O Edson, sendo a pedra que é, apenas copiou sem sequer ler, como o de sempre.

E se leu, não entendeu.

E se tivesse entendido, eu me converteria, pois este é um milagre que não se presencia todo dia.
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« Resposta #41 Online: 29 de Julho de 2005, 23:19:06 »
O livro “Evolução Um livro texto crítico” foi traduzido e publicado pela sociedade criacionista brasileira e seus autores são criacionistas alemães.

É muita cara de pau usar trechos dele para "refutar" a evolução e postar como se fosse um texto sério de biologia.
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Offline Buckaroo Banzai

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« Resposta #42 Online: 30 de Julho de 2005, 13:12:34 »
Citação de: Huxley

A semi-população, raça ou espécie R1, que foi desmembrada, pode por sua vez, tornar a se desmembrar, transformando-se nas semi-populações R11 e R12, com os “pools” gênicos r11 e r12, etc., como no caso do primeiro desmembramento. Em relação ao “pool” gênico inicial, os “pools” gênicos das raças desmembradas vão ficando cada vez mais empobrecidos, quer dizer, passam a ter um número cada vez menor de allelos diferentes. [...] Isso significa que as raças ou espécies desmembradas possuem uma margem de variabilidade mais reduzida e que depende do número de alelos diferente e das possíveis combinações deles. Por sua vez, resulta daí que as reações às modificações das condições ambientais ocorrem cada vez com menor flexibilidade. Trata-se, neste caso, de uma capacidade de adaptação reduzida.

Até que novas mutações criem novos alelos, haverá menos alelos que havia na população "mãe".

Mas se a população filha colonizou qualquer lugar com sucesso, ela levou alelos suficientes para adaptação naquele momento. Isso sem contar eventual fluxo genético.


Citar
O zoólogo holandês DUYVENE DE WIT descreveu perfeitamente esse processo, como transcrito a seguir (citado de KAHLE 1984, pág. 87; compare Fig 5.6): “ Quando uma população marginal abre caminho para um novo habitat, ela não pode levar consigo todos os genes da população materna, mas sim apenas parte deles. Cada nova raça ou espécie que se origina de uma outra, possui, por isso, um “pool” gênico mais pobre. Conseqüentemente, a perda de substância do “pool” gênico é o preço de cada raça ou espécie tem de pagar pelo privilégio de existir. Se o processo de especiação ocorrer repetidas vezes consecutivamente, surgirão por fim, espécies cujos “pools” gênicos estão tão completamente esgotados que bastam alterações insignificantes nas condições ambientais para que elas venham a se extinguir.

Exemplos?

Citar
Esforços para se adaptar a modificações ambientais de recombinação levaram, por fim, a um estado genético mínimo.

Se há mudanças drásticas demais no ambiente afetando a adaptação, haverá mesmo extinção. Com mudanças menos catastróficas novos alelos mutantes e fluxo genético aumentam a variabilidade genética das populações isoladas, a menos que as mutações conscientemente evitem de gerar novos (ou os mesmos) alelos benéficos.


Citar
Se este limite mínimo for ultrapassado, não haverá mais possibilidade de sobrevivência. Por essa razão, o destino trágico e irrevogável das espécies ou raças especializadas, extremamente adaptadas, é a morte genética.”

Não acho que necessariamente genética, aliás, não conheço casos de "extinção genética", a não ser talvez casos artificiais.
A especialização é muito mais arriscada por restringir o nicho ecológico que pelo seu efeito na variabilidade genética, que pode posteriormente ser recuperado até o limite que não prejudique a adaptação.
 

Citar

É TESTÁVEL MAS FOI FALSEADA, COMO ACIMA CITADO. PERGUNTO, ENTÃO, PORQUE AINDA NÃO FOI ABANDONADA? AS RESPOSTAS ESTÃO FORA DO CAMPO DA CIÊNCIA.

Mas que ridículo. Mesmo que não houvessem essas ressalvas, isso não refuta a ancestralidade comum universal, por que ainda existem apenas as características que permitem a organização em uma única arvore genealógica coerente de todos os seres.

Se isso tivesse que ser tomado completamente sem ressalvas, sei lá, talvez significasse que de alguma forma* as primeiras formas de vida tinham genomas enormes, que foram sendo esgotados enquanto se diversificavam ao longo das gerações. Ou, fingindo que as mutações magica e maldosamente não recuperam a variabilidade genética, que isso é um fenômeno recente, sabe-se lá por que ocorre só agora*.

* já que os criacionismos aceitam milagres como explicação, nem tenho preocupação em inventar uma possível causa hipotética. Mas principalmente porque as ressalvas feitas já tornam desnecessário considerar essas hipóteses.  


Essa visão simplista criacionista da genética obrigaria a nós termos que assumir que pestes como ratos e baratas colonizaram novos territórios com "toda" a população. Sem divisão populacional. Totalmente absurdo. De outra forma, teriam já sido extintos em seus novos territórios. A menos é claro, que o criador inteligente tenha dotado os ratos, além das características esperadas pelo parentesco com outros roedores, de um pool genético inicial grande o bastante para serem uma peste em escala mundial.

Offline Buckaroo Banzai

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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #43 Online: 30 de Julho de 2005, 13:42:54 »
Algum criacionista (dos criacionismos que sustentam que algo assim ocorreu) já se propôs a explicar como os seres levados na arca possuiam todos os alelos encontrados hoje e os que ainda vamos encontrar (já que os mutantes, segundo vários deles, são todos eliminados)? Se temos apenas dois alelos de cada gene, na melhor das hipóteses (sendo heterozigotos de todos os genes)?

Os seres humanos levavam alguma vantagem, já que eram em 8, enquanto haviam só dois de cada "tipo" de outros animais, exceto parasitas, que talvez existissem mais, a menos que Noé e seus ajudantes tenham cuidadosamente vasculhado a pelagem de cada animal e se certificado de que haviam apenas duas pulgas de cada espécie, fazendo comparações cuidadosas entre as pulgas que parasitam diferentes espécies animais para verem se são as mesmas ou poderiam ir junto, por serem espécies diferentes. E o mesmo com cada parasita de cada espécie animal. Lembrando que há mais parasitas do que qualquer outro tipo de ser.




E alguém, não criacionista, mais provavelmente, já tentou listar todos os parasitas que teriam que esta parasitando todos os indivíduos da arca? Os diferentes vermes e bactérias de todos os tipos...
acho que mesmo com a super-evolução criacionista, escolhendo apenas alguns tipos básicos de vermes como matrizes para as especiações que originaram todos os existentes hoje, eles ainda estariam bem infestadinhos naquela arca.
Lombrigas, solitárias, HIV, peste negra, carrapatos, etc.... de tudo um pouco...

Offline Huxley

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #44 Online: 30 de Julho de 2005, 20:29:06 »
Olá , Daniel

Realmente, a visão criacionista considera que a deriva genética tem um caráter mais isolacionista do que se imaginava, para falar em “empobrecimento do pool gênico”.Isso contraria as teorias de grandes geneticistas de populações como R.A.Fisher e Sewall Wright.O primeiro defendia que as populações eram grandes o suficiente para que a deriva genética não fosse tão influente assim e o segundo dizia que a deriva genética ocorria porque as populações geralmente se dividiam em subpopulações, com pequeno fluxo genético entre elas ( pequeno fluxo, mas importante, inclusive com a capacidade de uma pequena população contribuir para a adaptação da população como um todo, como no caso da teoria “shifting balance”).Tanto em um como no outro modelo, o fluxo genético tem importância na hora de “reabastecer” o pool genético das populações das espécies.A verdade é que os criacionistas criticam é o fato de só se terem observados especiações , que já são difíceis de ser observadas , e não formação de gêneros, famílias,etc.O primeiro obstáculo para isso eu já dei, que é o tempo.O segundo obstáculo é que para ser OBSERVÁVEL o processo de formação de novos gêneros, famílias, etc.requer mudança genética significativa.Não vejo como uma população ancestral ser capaz de produzir outras com signficantes diferenças nas frequências alélicas( em pouco tempo) sem  especiações.Eu e os paleontólogos , estamos nesse grupo.Os geneticistas estão em outro. Vamos considerar primeiro esse caso.Depois passemos para a outra situação.Primeiro:Grandes Mudanças com especiações.

1-A redistribuição de novos alelos só será rápida se a população for pequena o suficiente, porque a população grande tem mais resistência a mudanças.E teriam que haver consecutivas especiações rápidas,porque é improbabilíssimo uma única especiação transformar uma espécie ancestral em uma de outro gênero. Consecutivas especiações rápidas podem ser boas para o Criacionismo explicar a biodiversidade, mas não para a Evolução.Ora, o que mais contribui para uma especiação rápida?Mudanças genéticas trazidas pelo efeito fundador, que por sua vez contribuiria para produzir isolamentos reprodutivos pelas populações.Mas talvez mutantes deletérios recessivos aumentassem devido a sucessivas derivas.Outra, a população perderia seu estoque de alelos benéficos em períodos de mudanças ambientais adversas, em outras palavras , o ocorreria o perigoso  “empobrecimento do pool genético”.E na evolução darwiniana, não ocorre “morte genética” porque ou as especiações não são tão rápidas, ou se existem especiações rápidas, elas são interrompidas por longos períodos de estase, como no modelo do Equilíbrio Pontuado.É nesse gradualismo que dá tempo suficiente  para as populações serem "reabastecidas" com novos alelos trazidos por mutação, recombinação e fluxo gênico. Enfim, o que eu quero dizer com isso, que existe um obstáculo para isso e que ele já estava escrito desde 1859: o Gradualismo, a necessidade de “o microscópio seja ajustada aos poucos”(analogia Fisheriana).

Bem,os geneticistas concordam que maiores mudanças evolutivas podem ocorrer sem especiação, vamos considerar este caso.Grandes mudanças sem especiações.Ou melhor grandes mudanças com UMA especiação.

2-
Uma espécie com população grande cruza uma cordilheira, se divide em duas populações que mantém constante fluxo genético, e vamos "pedir" para que elas se transformem em espécies de gênero distintos em poucas décadas.A seleção e a deriva é que são as resposáveis pela mudança na frequência alélica.Afinal, a presença de um alelo surgido por mutação não irá se redistribuir como em uma população pequena. É desprezível o fator "mutação" nesse caso.A única coisa que retirar o equilíbrio de Hardy-Weinberg é o casamento "seleção + deriva".Que por sua vez levará um empobrecimento do pool genético.Mas como esses dois  estão trabalhando apenas com os genes disponíveis , como eles irão levar a mudança acima do nível de espécie, em pouco tempo o suficiente para o processo ser observável diretamente?Se pelo menos desse tempo o suficiente para haver renovação gênica..aí sim...o potencial para mudanças evolutivas será maior quanto mais tivermos "fonte de variação" e será menor se ele atuar se ele atuar apenas sobre a "variação pré-existente", porque seleção diminui a variabilidade.


Conclusão:Não há “limitação da introdução de novo material genético”.Há limitação de introdução de novo material genético em pouco tempo.No livro que o Édson citou, “Evolução:Um Livro Texto Crítico” diz que mutações induzidas em bactérias bactérias se tornarem outros procariotos como arqueobactérias, micobactérias ou mesmo bactérias de outro gênero.Nesse livro que o Édson citou, o “Evolução:Um Livro Texto Crítico”, eles falam que o fato de mutações induzidas nunca transformaram bactérias em outros procariotos como arqueobactérias, micobactérias ou mesmo bactérias de outro gênero, isso seria uma evidência contra a a continuação da macroevolução.O que eles não sabem é que os procariotos , geralmente não tem íntrons para fazer com que a maioria das mutações sejam neutras, assim como acontece nos eucariotos.E que experiências de meses não irão transformar procariotos em arquebactérias, pelo simples fato que o processo natural demorou vários milhões de anos, não seria razoável  conseguir no laboratório uma simulação de algo que levou milhões de anos para acontecer.

Daniel, eu sei que você deve entender mais de genética de populações  do que eu, mas acredito que estes são os motivos para não vermos formação de gêneros ou formação de famílias num tempo razoalvelmente curto.Se eu cometi algum erro , me corrija, por favor.


Citação de: Danniel
Algum criacionista (dos criacionismos que sustentam que algo assim ocorreu) já se propôs a explicar como os seres levados na arca possuiam todos os alelos encontrados hoje e os que ainda vamos encontrar (já que os mutantes, segundo vários deles, são todos eliminados)? Se temos apenas dois alelos de cada gene, na melhor das hipóteses (sendo heterozigotos de todos os genes)?

Os seres humanos levavam alguma vantagem, já que eram em 8, enquanto haviam só dois de cada "tipo" de outros animais, exceto parasitas, que talvez existissem mais, a menos que Noé e seus ajudantes tenham cuidadosamente vasculhado a pelagem de cada animal e se certificado de que haviam apenas duas pulgas de cada espécie, fazendo comparações cuidadosas entre as pulgas que parasitam diferentes espécies animais para verem se são as mesmas ou poderiam ir junto, por serem espécies diferentes. E o mesmo com cada parasita de cada espécie animal. Lembrando que há mais parasitas do que qualquer outro tipo de ser.




E alguém, não criacionista, mais provavelmente, já tentou listar todos os parasitas que teriam que esta parasitando todos os indivíduos da arca? Os diferentes vermes e bactérias de todos os tipos...
acho que mesmo com a super-evolução criacionista, escolhendo apenas alguns tipos básicos de vermes como matrizes para as especiações que originaram todos os existentes hoje, eles ainda estariam bem infestadinhos naquela arca.
Lombrigas, solitárias, HIV, peste negra, carrapatos, etc.... de tudo um pouco...


Eu já pus as alegações criacionistas em outros tópicos.Resumindo:

-Os estudos mostram que quando dadas as condições adequadas , as especiações podem ser rápidas, algo como 100 anos ou menos.Logo, a biodiversidade não é problema para o Criacionismo, porque as especiações rápidas a ajudaram, e algumas espécies e até alguns gêneros poderiam ter surgido após o dilúvio.A Evolução é que tem mais problemas porque a formação de taxas mais elevadas(gêneros ,famílias, etc.) nunca foram observadas.Apenas de especiações.Mutações induzidas em bactérias nunca transformaram em outro tipo celular(esse argumento eu vi num livro de um ortogeneticista num livro daqui da Universidade, mas já vi criacionistas utilizarem ele...acho que é uma crítica a teoria endossimbiótica)

-Deus criou os animais com todo os genes para todas as variações.Mas eles não devem ter perdido a capacidade de variação, apenas estão especializados, ou seja, com pequeno “pool” gênico para gerar vários fenótipos.

-OBSERVAÇÃO:Editei significamente esse ,post porque eu me embananei em algumas explicações.Mas agora tá tudo OK.
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Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Cientí
« Resposta #45 Online: 31 de Julho de 2005, 18:26:56 »
Citação de: Huxley
Tanto em um como no outro modelo,  o fluxo genético tem importância na hora de “reabastecer” o pool genético das populações das espécies. A verdade é que os criacionistas criticam é o fato de só se terem observados especiações  que já são difíceis de ser observadas ,  e não formação de gêneros,  famílias, etc.

Dos que aceitam isso.

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O primeiro obstáculo para isso eu já dei,  que é o tempo. O segundo obstáculo é que para ser OBSERVÁVEL o processo de formação de novos gêneros,  famílias,  etc. requer mudança genética significativa. Não vejo como uma população ancestral ser capaz de produzir outras com signficantes diferenças nas frequências alélicas( em pouco tempo) sem  especiações. Eu e os paleontólogos ,  estamos nesse grupo. Os geneticistas estão em outro.

Eu acho os geneticistas também acham que antes de origens de taxons mais elevados tem que haver várias especiações... duvido que alguém defenda origem anagênica de um gênero ou grupo maior.


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 Vamos considerar primeiro esse caso. Depois passemos para a outra situação. Primeiro: Grandes Mudanças com especiações.

1-A redistribuição de novos alelos só será rápida se a população for pequena o suficiente,  porque a população grande tem mais resistência a mudanças.

Acho que o tamanho da população não é muito relevante dependendo da intensidade de seleção.

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E teriam que haver consecutivas especiações rápidas, porque é improbabilíssimo uma única especiação transformar uma espécie ancestral em uma de outro gênero.

Eu acho que deve ser raríssimo, praticamente impossível, mas como essas divisões são arbitrárias, sei lá, talvez até com algum tipo de seres possa ocorrer. Mas muito mais provavelmente a diferença suficiente para isso só vai se somar com mais tempo, e muito provavelmente outras especiações ocorrerão antes disso.

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Consecutivas especiações rápidas podem ser boas para o Criacionismo explicar a biodiversidade

Fariam melhor se alegassem "milagre" para isso.

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Bem, os geneticistas concordam que maiores mudanças evolutivas podem ocorrer sem especiação,  vamos considerar este caso. Grandes mudanças sem especiações. Ou melhor grandes mudanças com UMA especiação.

A despeito da parte conceitual disso, há alguns exemplos interessantes de polimorfismos sexuais dentro de apenas uma espécie: há ao menos uma espécie de peixe com três diferentes tipos de macho, com estratégias reprodutivas e morfologias um tanto distintas (um muito pequeno e furtivo, um médio que mimetiza a fêmea, e um grande e agressivo).

Ocorrem coisas similares com alguns artrópodes... com as vespas dos figos, por exemplo, há os machos "religiosa" que vivem apenas dentro dos figos e nem se parecem vespas porque sua morfologia é toda adaptata à luta com outros do seu tipo para fecundar as larvas nascituras das vespas, e uma outra forma de macho que seria reconhecível como uma vespa, similar à fêmea.

Há um caso similar com lagartos, mas as diferenças morfológicas são menores (apenas cores, acho) as principais diferenças são de comportamento/estratégia reprodutiva.

Ainda com os artrópodes, acho que as especializações de algumas formigas também devem somar mais diferenças que as encontradas entre algumas espécies.
E com alguns peixes, e acho que mais conhecidamente com cracas (Se bem que nem estou certo se é com cracas) há os machos "parasitas" ou "complementares", que são "atrofiados" ao máximo a ponto de serem funcionais apenas a ponto de serem capazes de se reproduzir. Eu não sei como é com as cracas, mas com os peixes, eles chegam a se fundir no corpo das fêmeas, sobrevivendo à custa das funções vitais delas. Mais de um em cada fêmea, em algumas espécies. Acho que li algo sobre antes de se ter conhecimento disso, demoraram para descobrir os machos e se perguntavam onde diabos eles deviam estar...

Eu não tenho certeza, mas acho que são coisas que causam ou causariam anomalias nas análises cladísticas se não forem corrigidas "manualmente" tendo conhecimento de que se tratam de uma só espécie. Uma vez eu perguntei para paleontólogos como ficaria essa questão de polimorfismos e paleoespécies, e eu não lembro bem da resposta, mas resumidamente, é complicado e podem ocorrer erros de classificação, e eu não me surpreenderia se fossem erros até o nível de gênero, eventualmente. Talvez maiores, dependendo de quão "atomizador" for o taxonomista.

E especulando um pouco, acho que também seria algo bastante significativo taxonômicamente, e não muito improvável de ocorrer, a origem de espécies neotênicas de lagartas que nunca se transformam em borboletas ou mariposas (ou larvas adultas de qualquer espécie). Será que uma larva de inseto que se reproduz sem nunca desenvolver todas características adultas pelas quais os insetos são considerados insetos poderia ser considerada um inseto? E depois, a partir de mais modificações acumuladas nessas "larvas adultas", diferenciando-as um pouco até de larvas de insetos? Me parece um modo possível de surgir de forma razoavelmente rápida um grupo bastante distinto.

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Conclusão: Não há “limitação da introdução de novo material genético”. Há limitação de introdução de novo material genético em pouco tempo. Nesse livro que o Édson citou,  o “Evolução: Um Livro Texto Crítico”,  eles falam que o fato de mutações induzidas nunca transformaram bactérias em outros procariotos como arqueobactérias,  micobactérias ou mesmo bactérias de outro gênero,  isso seria uma evidência contra a a continuação da macroevolução. O que eles não sabem é que os procariotos ,  geralmente não tem íntrons para fazer com que a maioria das mutações sejam neutras,  assim como acontece nos eucariotos. E que experiências de meses não irão transformar procariotos em arquebactérias,  pelo simples fato que o processo natural demorou vários milhões de anos,  não seria razoável  conseguir no laboratório uma simulação de algo que levou milhões de anos para acontecer.

Ou seja, "refutam" apenas o espantalho evolucionista, para variar. De certa forma, atiram no próprio pé, porque eles é que precisam dessas grandes modifições ocorrendo rapidamente.


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Daniel,  eu sei que você deve entender mais de genética de populações  do que eu,  mas acredito que estes são os motivos para não vermos formação de gêneros ou formação de famílias num tempo razoalvelmente curto. Se eu cometi algum erro ,  me corrija,  por favor.

Eu nunca pensei sobre isso sobre o ponto de vista de genética de populações, até porque acho as outras classificações além de espécie um tanto irrelevantes para o entendimento do processo de evolução. São construções arbitrárias convenientes por várias razões, apenas isso.

Assim vão surgir gêneros ou grupos maiores em um tempo consideravelmente curto dependendo de duas coisas, basicamente: da probabilidade de modificações fenotípicas mais drásticas (porém ainda aptas) ocorrerem com poucas mutações em determinado grupo; e da taxonomia desse grupo considerar essas modificações em questão como suficientes para a classificação em um novo grupo.

E essas coisas vão variar de acordo com os grupos, por diversos motivos. Tanto os critérios taxonômicos são outros, quanto a probabilidade de modificações mais drásticas ocasionadas por mutações simples, e o impacto dessas modificações drásticas para a aptidão. Em artrópodes, por exemplo, me parece que deve ser muito mais provável o acréscimo de algum segmento homômero, em contraste com os vertebrados, por exemplo. Tanto por talvez ser mais provável de ocorrer geneticamente (juntamente com um resultado fenotípico viável), quanto por não fazer uma diferença tão grande para uma lagosta se ela tem um par de patas a mais ou a menos quanto faria para um rato ou um cachorro.

Li em algum lugar, que chimpanzés e humanos - que ao menos uma pessoa já propôs que se classificasse no mesmo gênero - somam mais diferenças que as que separam 3 ordens (ou subordens, não me lembro) de anuros.

Mas de qualquer forma, acho que é por aí, eu só acho que as seleções natural e sexual têm maior importância que o efeito fundador por si só, até porque ambas as seleções podem causar efeito fundador como efeito colateral. Mas mais que isso, porque as diferenças que elas causam entre populações são mais drásticas.


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Citação de: Danniel
Algum criacionista (dos criacionismos que sustentam que algo assim ocorreu) já se propôs a explicar como os seres levados na arca possuiam todos os alelos encontrados hoje e os que ainda vamos encontrar (já que os mutantes,  segundo vários deles,  são todos eliminados)? Se temos apenas dois alelos de cada gene,  na melhor das hipóteses (sendo heterozigotos de todos os genes)?

Os seres humanos levavam alguma vantagem,  já que eram em 8,  enquanto haviam só dois de cada "tipo" de outros animais,  exceto parasitas,  que talvez existissem mais,  a menos que Noé e seus ajudantes tenham cuidadosamente vasculhado a pelagem de cada animal e se certificado de que haviam apenas duas pulgas de cada espécie,  fazendo comparações cuidadosas entre as pulgas que parasitam diferentes espécies animais para verem se são as mesmas ou poderiam ir junto,  por serem espécies diferentes.  E o mesmo com cada parasita de cada espécie animal.  Lembrando que há mais parasitas do que qualquer outro tipo de ser.




E alguém,  não criacionista,  mais provavelmente,  já tentou listar todos os parasitas que teriam que esta parasitando todos os indivíduos da arca? Os diferentes vermes e bactérias de todos os tipos. . .
acho que mesmo com a super-evolução criacionista,  escolhendo apenas alguns tipos básicos de vermes como matrizes para as especiações que originaram todos os existentes hoje,  eles ainda estariam bem infestadinhos naquela arca.
Lombrigas,  solitárias,  HIV,  peste negra,  carrapatos,  etc. . . .  de tudo um pouco. . .


Eu já pus as alegações criacionistas em outros tópicos. Resumindo:

-Os estudos mostram que quando dadas as condições adequadas ,  as especiações podem ser rápidas,  algo como 100 anos ou menos. Logo,  a biodiversidade não é problema para o Criacionismo,  porque as especiações rápidas a ajudaram,  e algumas espécies e até alguns gêneros poderiam ter surgido após o dilúvio. A Evolução é que tem mais problemas porque a formação de taxas mais elevadas(gêneros , famílias,  etc. ) nunca foram observadas. Apenas de especiações. Mutações induzidas em bactérias nunca transformaram em outro tipo celular(esse argumento eu vi num livro de um ortogeneticista num livro daqui da Universidade,  mas já vi criacionistas utilizarem ele. . . acho que é uma crítica a teoria endossimbiótica)

Já estou cansado de ler isso.... não é para os que admitem as especiações a  questão, o problema da variabilidade genética é para aqueles que defendem que mutações não geram nada de bom e que de alguma forma Adão e Eva já tinham todos os alelos existentes hoje. Eles tinham que ter alguma outra estrutura genética para trazer todos esses alelos, assim como os pares de animais levados na arca. Mesmo que não digam que ocorreu especiação após o dilúvio. A variabilidade genética das populações atuais não tem como ter vindo de dois indivíduos sem acréscimos por mutações.


PS. OT.: O programa do Gugu acaba de dizer que gêmeos identicos são homozigotos e os não idênticos são heterozigotos!!!!  :x

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #46 Online: 06 de Agosto de 2005, 01:33:16 »
Citação de: Daniel
Eu acho os geneticistas também acham que antes de origens de taxons mais elevados tem que haver várias especiações... duvido que alguém defenda origem anagênica de um gênero ou grupo maior.


Na verdade, os geneticistas defendem que mudanças maiores podem ocorrer sem especiação.Mas eu acredito que na hora de explicar a biodiversidade da Terra , acho que os criacionistas realmente terão que postular várias especiações.Eu só estava aqui analisando uma possibilidade deles tentarem usar esse argumento dos geneticistas a seu favor.

Citação de: Daniel
Acho que o tamanho da população não é muito relevante dependendo da intensidade de seleção.  


Mas aí é que está.Eu estava querendo rebater a crítica criacionista muito comum que é esta “ já foram observadas especiações em menos de 100 anos , porque não vemos formação de táxons elevados em período um pouco maior?”.Acredito que a taxa de mudança adaptativa está limitada a quantidade de variação genética presente, tal como já dizia o Teorema Fundamental da Seleção Natural.Peguemos um exemplo.Uma especiação rápida transforma uma espécie A em duas(B e C).Agora , muito provavelmente para B e C produzirem uma especiação na mesma velocidade que a originaram fica um pouco mais difícil.Mas digamos que B consiga isso, sendo que um pouco mais lenta.Ela consegue dá origem as espécies D e E. Para conseguir uma especiação na mesma velocidade em que A originou B e C fica ainda mais difícil.Veja que talvez no contexto que você esteja falando isto possa está certo, mas eu estava querendo explicar porque por exemplo não vemos o fenômeno “gêneros-em-anel” ou “famílias-em-anel”.

Citação de: Daniel
Eu nunca pensei sobre isso sobre o ponto de vista de genética de populações, até porque acho as outras classificações além de espécie um tanto irrelevantes para o entendimento do processo de evolução. São construções arbitrárias convenientes por várias razões, apenas isso.

Assim vão surgir gêneros ou grupos maiores em um tempo consideravelmente curto dependendo de duas coisas, basicamente: da probabilidade de modificações fenotípicas mais drásticas (porém ainda aptas) ocorrerem com poucas mutações em determinado grupo; e da taxonomia desse grupo considerar essas modificações em questão como suficientes para a classificação em um novo grupo.
 


Ok, Daniel...tempo consideravelmente curto, né...talvez você esteja se referindo a algo como 800 anos, 2 mil anos ou 8 mil anos...mas estou falando num tempo curto o suficiente para o processo ser observado diretamente.É o já que falei, eu nunca ouvi falar do fenômeno “gêneros-em-anel” ou “famílias-em-anel”, devido, acredito eu, aos motivos que eu mencionei.

Citação de: Daniel

E essas coisas vão variar de acordo com os grupos, por diversos motivos. Tanto os critérios taxonômicos são outros, quanto a probabilidade de modificações mais drásticas ocasionadas por mutações simples, e o impacto dessas modificações drásticas para a aptidão. Em artrópodes, por exemplo, me parece que deve ser muito mais provável o acréscimo de algum segmento homômero, em contraste com os vertebrados, por exemplo. Tanto por talvez ser mais provável de ocorrer geneticamente (juntamente com um resultado fenotípico viável), quanto por não fazer uma diferença tão grande para uma lagosta se ela tem um par de patas a mais ou a menos quanto faria para um rato ou um cachorro.
 

Interessante este aspecto.Então quer dizer que o que determina uma mudança de classe taxonômica, é a forma como aquelas mudanças afetaram a aptidão.Os artrópodes tem uma capacidade de mudança em menos tempo que mamíferos.Um acréscimo de um par de patas parece ser menos difícil em uma mosca que num mamífero terrestre.Tá explicado por que o número de espécies de insetos é tão grande.

Citação de: Daniel
Mesmo que não digam que ocorreu especiação após o dilúvio. A variabilidade genética das populações atuais não tem como ter vindo de dois indivíduos sem acréscimos por mutações.
 

Talvez isso nem seja o problema para o Criacionismo.Para eles, Deus criou os primeiros animais com um mega-pool genético,incluindo aí Adão e Eva.Mas segundo os criacionistas, eles não devem ter perdido a capacidade de variação, apenas estão especializados, ou seja, com “pool” gênico menor que antes para gerar vários fenótipos.Acho que o problema maior é a discrepância entre a eventual variabilidade genética existente em Noé e os “Noés” dos animais e entre as populações atuais, que deveria ser muito  grande.Mamíferos são polimórficos em 20% de seu loci.Haja alelo para Adão e Eva, já que vemos grande nível de polimorfismo até em populações não tão grandes.Por isso é comum vermos nas teorias deles,atribuição de importância significante ao efeito fundador como elemento que “empobreceu” o mega-pool genético criado por Deus em Adão e Eva. É nisso que se fundamenta a “teoria do empobrecimento do pool genético”, que esse trecho do livro insinua.Para a Evolução não existe este problema.Para os evolucionistas, ou ocorre especiações de baixo impacto (aquelas não muito rápidas) ou ocorrem muitas especiações rápidas , porém interrompidas por longos períodos de estase, como no modelo do Equilíbrio Pontuado.É nesse gradualismo evolutivo que dá tempo para as populações serem “reabastecidas” por novos alelos trazidos por mutação, recombinação e fluxo genético.Assim, a anunciada morte genética das populações ao longo do tempo está descartada.Para o Criacionismo, eu vejo um problema: uma vez que até subpopulações apresentam fluxo genético entre si então como as populações atuais não ter um nível de polimorfismo maior que o observado? Enfim, tem que se considerar alguns fatores como muitos animais resistiram ao dilúvio, e coisa tal.Nessa inserção de um contexto criacionista(tem que se considerar alguns fatores como muitos animais resistiram ao dilúvio e coisa e tal,etc), para toda biodiversidade e o nível de polimorfismo genético serem formados em 6.000 anos , que outros problemas você enxergaria, Daniel?
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« Resposta #47 Online: 06 de Agosto de 2005, 13:14:12 »
Citação de: Huxley
Citação de: Daniel
Eu acho os geneticistas também acham que antes de origens de taxons mais elevados tem que haver várias especiações... duvido que alguém defenda origem anagênica de um gênero ou grupo maior.


Na verdade, os geneticistas defendem que mudanças maiores podem ocorrer sem especiação.Mas eu acredito que na hora de explicar a biodiversidade da Terra , acho que os criacionistas realmente terão que postular várias especiações.Eu só estava aqui analisando uma possibilidade deles tentarem usar esse argumento dos geneticistas a seu favor.

Mas que geneticistas? O que exatamente eles dizem? Eu acho que o que eles devem dizer é que é tecnicamente possível, mas muito mais provavelmente especiações ocorrerão primeiro...


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Citação de: Daniel
Acho que o tamanho da população não é muito relevante dependendo da intensidade de seleção.  


Mas aí é que está.Eu estava querendo rebater a crítica criacionista muito comum que é esta “ já foram observadas especiações em menos de 100 anos , porque não vemos formação de táxons elevados em período um pouco maior?”.Acredito que a taxa de mudança adaptativa está limitada a quantidade de variação genética presente, tal como já dizia o Teorema Fundamental da Seleção Natural.Peguemos um exemplo.Uma especiação rápida transforma uma espécie A em duas(B e C).Agora , muito provavelmente para B e C produzirem uma especiação na mesma velocidade que a originaram fica um pouco mais difícil.Mas digamos que B consiga isso, sendo que um pouco mais lenta.Ela consegue dá origem as espécies D e E. Para conseguir uma especiação na mesma velocidade em que A originou B e C fica ainda mais difícil.Veja que talvez no contexto que você esteja falando isto possa está certo, mas eu estava querendo explicar porque por exemplo não vemos o fenômeno “gêneros-em-anel” ou “famílias-em-anel”.

Ah tá, entendi.


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Citação de: Daniel
Eu nunca pensei sobre isso sobre o ponto de vista de genética de populações, até porque acho as outras classificações além de espécie um tanto irrelevantes para o entendimento do processo de evolução. São construções arbitrárias convenientes por várias razões, apenas isso.

Assim vão surgir gêneros ou grupos maiores em um tempo consideravelmente curto dependendo de duas coisas, basicamente: da probabilidade de modificações fenotípicas mais drásticas (porém ainda aptas) ocorrerem com poucas mutações em determinado grupo; e da taxonomia desse grupo considerar essas modificações em questão como suficientes para a classificação em um novo grupo.
 


Ok, Daniel...tempo consideravelmente curto, né...talvez você esteja se referindo a algo como 800 anos, 2 mil anos ou 8 mil anos...mas estou falando num tempo curto o suficiente para o processo ser observado diretamente.É o já que falei, eu nunca ouvi falar do fenômeno “gêneros-em-anel” ou “famílias-em-anel”, devido, acredito eu, aos motivos que eu mencionei.

Eu imaginava um tempo menor mesmo, algo até observável, mas acho que mais provavelmente não teria essa visibilidade tão boa da transformação gradual das espécies em anel... não seria "gêneros em anel", porque muito provavelmente não seria a origem de mais de um novo gênero; e também nÃo seria tão "gradual", porque se assim fosse todas as variações poderiam, eu acho, ser incluídas num mesmo gênero desde que se tornasse ele mais abrangente, pela curta distância morfológica entre as espécies.

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Citação de: Daniel

E essas coisas vão variar de acordo com os grupos, por diversos motivos. Tanto os critérios taxonômicos são outros, quanto a probabilidade de modificações mais drásticas ocasionadas por mutações simples, e o impacto dessas modificações drásticas para a aptidão. Em artrópodes, por exemplo, me parece que deve ser muito mais provável o acréscimo de algum segmento homômero, em contraste com os vertebrados, por exemplo. Tanto por talvez ser mais provável de ocorrer geneticamente (juntamente com um resultado fenotípico viável), quanto por não fazer uma diferença tão grande para uma lagosta se ela tem um par de patas a mais ou a menos quanto faria para um rato ou um cachorro.
 

Interessante este aspecto.Então quer dizer que o que determina uma mudança de classe taxonômica, é a forma como aquelas mudanças afetaram a aptidão.Os artrópodes tem uma capacidade de mudança em menos tempo que mamíferos.Um acréscimo de um par de patas parece ser menos difícil em uma mosca que num mamífero terrestre.Tá explicado por que o número de espécies de insetos é tão grande.

Pensando nisso, estou achando que deve haver muito mais grupos para/polifiléticos entre artrópodes (e talvez outros, similares nesse ponto) do que se imagina...

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Mesmo que não digam que ocorreu especiação após o dilúvio. A variabilidade genética das populações atuais não tem como ter vindo de dois indivíduos sem acréscimos por mutações.
 

Talvez isso nem seja o problema para o Criacionismo.Para eles, Deus criou os primeiros animais com um mega-pool genético,incluindo aí Adão e Eva.

Bem, com milagre tudo bem..... porque de que outra forma eles poderiam ter genes de todos os tipos sangüíneos? Como poderiam ter mais de dois alelos para cada gene? Esse é o meu ponto...
Mas até posso imaginar uma resposta: as espécies devem ter perdido loci extras, que tinham esses genes..... e inclusive deve ser por isso que as pessoas de antes do dilúvio tinham maior longevidade!!!

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Mas segundo os criacionistas, eles não devem ter perdido a capacidade de variação, apenas estão especializados, ou seja, com “pool” gênico menor que antes para gerar vários fenótipos.Acho que o problema maior é a discrepância entre a eventual variabilidade genética existente em Noé e os “Noés” dos animais e entre as populações atuais, que deveria ser muito  grande.Mamíferos são polimórficos em 20% de seu loci.Haja alelo para Adão e Eva, já que vemos grande nível de polimorfismo até em populações não tão grandes.Por isso é comum vermos nas teorias deles,atribuição de importância significante ao efeito fundador como elemento que “empobreceu” o mega-pool genético criado por Deus em Adão e Eva.

Mas precisariam além disso de que algumas mutações tirassem exatamente os loci "extras" dos genes para os quais temos polimorfismos em um só locus... e de alguma forma isso teria que ter ocorrido sempre transformando o locus remanescente em homólogo ao locus remanescente em outra população!!! Só isso daria essa "impressão" de que houve sempre um só locus e que a novos alelos para eles que surgiram...

A existência de apenas um loci para os quais há polimorfismos genéticos não poderia ser atribuida a um único episódio de efeito fundador, porque teria perdido toda a variedade genética dos outros loci, e aí não existiria a variabilidade genética encontrada do mesmo jeito.

E por acaso, não sobrou nenhuma população com mais de um locus para esses genes.... outra coincidência...  


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É nisso que se fundamenta a “teoria do empobrecimento do pool genético”, que esse trecho do livro insinua.Para a Evolução não existe este problema.Para os evolucionistas, ou ocorre especiações de baixo impacto (aquelas não muito rápidas) ou ocorrem muitas especiações rápidas , porém interrompidas por longos períodos de estase, como no modelo do Equilíbrio Pontuado.É nesse gradualismo evolutivo que dá tempo para as populações serem “reabastecidas” por novos alelos trazidos por mutação, recombinação e fluxo genético.Assim, a anunciada morte genética das populações ao longo do tempo está descartada.Para o Criacionismo, eu vejo um problema: uma vez que até subpopulações apresentam fluxo genético entre si então como as populações atuais não ter um nível de polimorfismo maior que o observado?

Acho que só se essas mutações que eliminaram os loci "originais" foram suficientemente recentes, depois que as populações já se estabeleceram nos seus respectivos locais....

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Enfim, tem que se considerar alguns fatores como muitos animais resistiram ao dilúvio, e coisa tal.Nessa inserção de um contexto criacionista(tem que se considerar alguns fatores como muitos animais resistiram ao dilúvio e coisa e tal,etc), para toda biodiversidade e o nível de polimorfismo genético serem formados em 6.000 anos , que outros problemas você enxergaria, Daniel?

Argh... dá um nó na cabeça só de ver o problema colocado.... se for do tipo de criacionismo que assume que é possível a mutação criar variação útil, acho que teria que ter havido aceleração das taxas de mutação... se isso for considerado impossível, tem isso de loci que são eliminados (acho que mais alguns genes repressores de genes desses loci "originais" em alguns casos.... porque é possivel que ter mais de dois alelos para alguns genes talvez fosse um tanto prejudicial, como algumas anomalias cromossômicas....) ... acho que a necessidade desses repressores talvez aumentasse a improbabilidade da coincidência que eu já mencionei, dos locus remanescentes terem que coincidentemente se tornar homólogos por mutação.....

É difícil pensar nisso, nem sei se vale a pena... tem outras coisas mais engraçadas....... por exemplo..... os nephilins eram estéreis ou tiveram filhos? Será que ainda são encontrados alelos de anjos em meio as populações humanas? Hehehe

Offline Huxley

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #48 Online: 09 de Agosto de 2005, 20:51:57 »
Citação de: Daniel

Mas que geneticistas? O que exatamente eles dizem? Eu acho que o que eles devem dizer é que é tecnicamente possível, mas muito mais provavelmente especiações ocorrerão primeiro...


Veja bem, eu disse que “PODEM ocorrer”, não falei que era regra.Eu falei isso me lembrando de uma citação de Chris Colby do Talk Origins: http://www.evoluindo.biociencia.org/bioevolutiva2.htm (ver onde está escrito abaixo do título: “Especiação-A Diversidade Biológica”)
Mas pode ser que as maiores mudanças macroevolutivas maiores dependam 99% de especiações, como você bem frisou.

Citação de: Daniel

Eu imaginava um tempo menor mesmo, algo até observável, mas acho que mais provavelmente não teria essa visibilidade tão boa da transformação gradual das espécies em anel... não seria "gêneros em anel", porque muito provavelmente não seria a origem de mais de um novo gênero; e também nÃo seria tão "gradual", porque se assim fosse todas as variações poderiam, eu acho, ser incluídas num mesmo gênero desde que se tornasse ele mais abrangente, pela curta distância morfológica entre as espécies.


Putz, realmente...Eu me esqueci, nesse fenômeno espécies-em anel há constante fluxo genético nos dois lados do anel e as transformações geralmente são graduais.Mas e então, existe algum caso de observação direta de formação de novos gêneros?Tipo, algum cientista já defendeu que especiações provocaram uma espécie tão diferente da espécie-ancestral morfologicamente que a classificação em um novo gênero se tornasse necessária?No caso das especiações, simples uma coisa que melhora a visibilidade é a produção de híbridos entre as espécies aparentadas, no caso da formação de novos gêneros acho que nem daria para especular qual era a espécie-ancestral e qual era a espécie-descendente.

Citação de: Daniel


Bem, com milagre tudo bem..... porque de que outra forma eles poderiam ter genes de todos os tipos sangüíneos? Como poderiam ter mais de dois alelos para cada gene? Esse é o meu ponto...
Mas até posso imaginar uma resposta: as espécies devem ter perdido loci extras, que tinham esses genes..... e inclusive deve ser por isso que as pessoas de antes do dilúvio tinham maior longevidade!!!


É mesmo, é impressionante como muitas etnias possuam os três alelos para o tipo sanguíneo. A única exceção a isso que eu já ouvi falar foi o fato dos índios pré-colombianos que não possuíam o tipo B. Eu também acho problemático esse caso onde existem situações na Bíblia, onde um único casal dá origem a toda uma espécie,como no caso de Adão e Eva e os animais não-limpos que saíram da Arca.

Citação de: Daniel


Mas precisariam além disso de que algumas mutações tirassem exatamente os loci "extras" dos genes para os quais temos polimorfismos em um só locus... e de alguma forma isso teria que ter ocorrido sempre transformando o locus remanescente em homólogo ao locus remanescente em outra população!!! Só isso daria essa "impressão" de que houve sempre um só locus e que a novos alelos para eles que surgiram...
A existência de apenas um loci para os quais há polimorfismos genéticos não poderia ser atribuida a um único episódio de efeito fundador, porque teria perdido toda a variedade genética dos outros loci, e aí não existiria a variabilidade genética encontrada do mesmo jeito.

E por acaso, não sobrou nenhuma população com mais de um locus para esses genes.... outra coincidência...



       No caso da cor da pele,acredito que exista possibilidade sim para o criacionismo explicar a diferenciação destas nas populações em pouco tempo.A coloração da pele humana é determinada por três pares de genes, se Adão e Eva tivessem nascidos com todo potencial genético.Considerando os genes pra coloração da pele escura e “A”, “B” e “C”, representando os genes para pele clara representada por “a”, “b” e “c” e para pele escura teríamos, Adão com “AABBCC” e Eva com “aabbcc”.Veja que para esta situação temos 64 combinações possíveis, e Adão deve ter tido muitos filhos já ele que viveu 930 anos, segundo a Bíblia (não só ele o pessoal daquela época também).Você sabe que em ambientes muito frio ou ambiente muito quentes, ter determinada coloração de pele atua como fator de pressão seletiva.Por exemplo, ao passar do tempo, com a seleção natural e a deriva atuando, tínhamos cada vez mais cruzamentos com baixo pool gênico, por exemplo: “AABbCC” x “aaBBCC”.Veja, que com o tempo com cruzamentos com pequeno pool gênico, não surgirão alelos para pele clara para aumentar o potencial genético dessa população.Assim, fica fácil perceber ter uma proporção tão grande de africanos com genótipos com especialização máxima, ou seja, com “AABBCC”.O único caso na Internet, que eu vi algum criacionista explicando detalhadamente a questão da diferenciação das etnias, foi um estudante de medicina chamado Rafael Augusto,ver link:
http://www.evo.bio.br/LAYOUT/RAFAEL5.HTML ,
(Está no tópico II, seção b)Genética de Populações).

       Outra coisa , quando eu falei em efeito fundador, na verdade estava me referindo como este mecanismo poderia ajudar na questão da especialização dos genótipos, ou ainda na variabilidade dos caracteres.Agora a questão da variabilidade genética,como você bem ressaltou, parece está relacionada a outro assunto: o polimorfismo genético.Mas a questão é que o argumento da especialização tão rápida pode ser funcionar como um tiro no próprio pé do Criacionismo.Vemos que neste caso como uma pequena população compostas por muitos heterozigotos pode, com a dispersão das populações a ambientes diferentes ambientes, gerar populações que perderam significativamente sua heterozigozidade.Exemplo, numa população do norte da Europa, a combinação mais comum seria “aabbcc” (claro que existiriam outras combinações, como aaBbcc ou Aabbcc).Incrível, saímos de uma pequena população,onde existiam pessoas com AaBbCc, AABccc, aaBBCc, etc.para populações inteiras , onde a combinação mais comum é “aabbcc”, genótipo que demonstra a “perda” da heterozigozidade de 3 genes.Mas a questão é que mesmo estes europeus possuindo “aabbcc”, verificamos um grande nível de polimorfismo em seus genomas.Tanto é que nos mamíferos, a média é de mais de um alelo por lócus em 20% dos casos.Na população de países nórdicos verificamos que existem os alelos para os três tipos sanguíneos, já que a única grande população que já se ouviu falar não possuir um dos tipos sanguíneos, foram os índios pré-colombianos.Não é só isso, existem casos, onde existem 4 alelos por gene, como o caso do gene que determina a coloração do pêlo de coelhos.Foi pensando nisso e também existem casos no criacionismo onde um único casal dá origem a toda uma espécie (Adão e Eva e os animais não-limpos),é que pensei que tornaria-se necessário postular a existência de vários alelos para cada gene no “casais fundadores”, e que ao longo do tempo sucessivos isolamentos levaram apenas 2 ou 3 genes por alelo, nos casos onde há polimorfismo genético(é mais comum não termos muitos alelos por gene nos loci polimórficos das populações).Mas esse mecanismo não daria certo. Por exemplo, mesmo que o efeito fundador tivesse um aspecto isolador nas populações e “diminuíssem” o número de alelos por loci polimórficos ao longo do tempo, teríamos alelos A e B numa população, porém teríamos outros 2 alelos no mesmo loci em outra população, mas...muito provavelmente com um par de alelos diferentes de A e B.Isso sem falar no caso em que as populações apresentam bom nível de fluxo genético entre si, seria comum vermos casos de 10 ou 12 alelos por gene em populações humanas.Uma solução para isso seria considerar que as taxas de mutações sofreram aumento.Não é o caso dos criacionistas científicos, já que eles necessitam do fator mutação tendo uma atuação menor para permitir que a especialização ao máximo dos genótipos dos brancos em poucos milhares de anos.Parece que a solução melhorzinha foi essa da presença dos loci extras para os genes.Mas só pelos problemas e as coincidências que teriam que ocorrer para que fosse viável, acredito irá existirá alguém que defenda isso sem a presença do fator milagre.O que por sua vez diminuiria a credibilidade científica do argumentador.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Re.: O Ataque de Waldemar Jazen ao artigo "Prova Ci
« Resposta #49 Online: 10 de Agosto de 2005, 19:50:32 »
Citação de: Huxley
Citação de: Daniel

Mas que geneticistas? O que exatamente eles dizem? Eu acho que o que eles devem dizer é que é tecnicamente possível, mas muito mais provavelmente especiações ocorrerão primeiro...


Veja bem, eu disse que “PODEM ocorrer”, não falei que era regra.Eu falei isso me lembrando de uma citação de Chris Colby do Talk Origins: http://www.evoluindo.biociencia.org/bioevolutiva2.htm (ver onde está escrito abaixo do título: “Especiação-A Diversidade Biológica”)
Mas pode ser que as maiores mudanças macroevolutivas maiores dependam 99% de especiações, como você bem frisou.

Ah, sim, nesse texto.
É que do jeito que você tinha dito me passou a impressão de "geneticistas fundamentalistas", que não estão nem pensando em fenótipo e ecologia, só tem em mente uma genética de populações "ideal".

Eu não acho nem que seja o caso que maiores mudanças dependam de especiação (ainda que de fato especiação vá influenciar nas mudanças, por ser um isolamento, no mínimo), acho que é mais o contrário, maiores mudanças acabam muito provavelmente levando à especiação.

Porque é muito improvável que uma população, em situações não excepcionais, junte tantas diferenças (muito maiores que as existentes no nível de espécie) e ainda consiga se manter coesa. Se essas diferenças forem adaptativas, é bem provável que haja seleção negativa contra híbridos menos aptos. Acho que isso até tornaria a própria especiação uma modificação adaptativa. A despeito disso, no mínimo enquanto houverem esses vales adaptativos quaisquer modificações no caminho de inviabilizarem os híbridos entre os picos, sem prejudicar a posição nos respectivos picos, serão neutras; seja isso um mero efeito colateral de uma modificação adaptativa à um dos picos, ou algo totalmente neutro.

O único jeito de ocorrer tanta variação e manter-se uma espécie só, acho que seriam "adaptações em anel", mas acho isso beeem dificil de ocorrer. Alternativamente, adornos sexuais em anel, se estes só forem suficientes para tanta modificação.

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Citação de: Daniel

Eu imaginava um tempo menor mesmo, algo até observável, mas acho que mais provavelmente não teria essa visibilidade tão boa da transformação gradual das espécies em anel... não seria "gêneros em anel", porque muito provavelmente não seria a origem de mais de um novo gênero; e também nÃo seria tão "gradual", porque se assim fosse todas as variações poderiam, eu acho, ser incluídas num mesmo gênero desde que se tornasse ele mais abrangente, pela curta distância morfológica entre as espécies.


Putz, realmente...Eu me esqueci, nesse fenômeno espécies-em anel há constante fluxo genético nos dois lados do anel e as transformações geralmente são graduais.Mas e então, existe algum caso de observação direta de formação de novos gêneros?Tipo, algum cientista já defendeu que especiações provocaram uma espécie tão diferente da espécie-ancestral morfologicamente que a classificação em um novo gênero se tornasse necessária?No caso das especiações, simples uma coisa que melhora a visibilidade é a produção de híbridos entre as espécies aparentadas, no caso da formação de novos gêneros acho que nem daria para especular qual era a espécie-ancestral e qual era a espécie-descendente.

Não tenho conhecimento disso ter ocorrido não.
Não entendi bem esse método de hibridação como investigação não...

MAs é um problema interessante, acho que só dá para se resolver esse tipo de questão levando em consideração mais espécies, o mais aparentadas possível das duas. A não ser no caso da minha lagarta hipotética, em que mais seguramente a lagarta neotenica seria descendente de alguma espécie de borboleta... mas ainda assim, pensando bem, poderiam ter ocorrido casos de "reversão", espécies de borboleta descendentes dessa lagarta neotênica, como de fato ocorreu no caso de grupos de salamandras em que há espécies neotênicas e "normais"... se bem que no meu caso hipotético a diferença teria que ser maior que essa, que pode ser causada por regulação de um só gene.



Citação de: Daniel
      No caso da cor da pele,acredito que exista possibilidade sim para o criacionismo explicar a diferenciação destas nas populações em pouco tempo.A coloração da pele humana é determinada por três pares de genes, se Adão e Eva tivessem nascidos com todo potencial genético.Considerando os genes pra coloração da pele escura e “A”, “B” e “C”, representando os genes para pele clara representada por “a”, “b” e “c” e para pele escura teríamos, Adão com “AABBCC” e Eva com “aabbcc”.Veja que para esta situação temos 64 combinações possíveis,

Para genes com apenas dois alelos, tudo bem, o problema seria para genes com mais polimorfismo....


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O único caso na Internet, que eu vi algum criacionista explicando detalhadamente a questão da diferenciação das etnias, foi um estudante de medicina chamado Rafael Augusto,ver link:
http://www.evo.bio.br/LAYOUT/RAFAEL5.HTML ,
(Está no tópico II, seção b)Genética de Populações).

Vou dar uma olhada.

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      Outra coisa , quando eu falei em efeito fundador, na verdade estava me referindo como este mecanismo poderia ajudar na questão da especialização dos genótipos, ou ainda na variabilidade dos caracteres.Agora a questão da variabilidade genética,como você bem ressaltou, parece está relacionada a outro assunto: o polimorfismo genético.Mas a questão é que o argumento da especialização tão rápida pode ser funcionar como um tiro no próprio pé do Criacionismo.Vemos que neste caso como uma pequena população compostas por muitos heterozigotos pode, com a dispersão das populações a ambientes diferentes ambientes, gerar populações que perderam significativamente sua heterozigozidade.Exemplo, numa população do norte da Europa, a combinação mais comum seria “aabbcc” (claro que existiriam outras combinações, como aaBbcc ou Aabbcc).Incrível, saímos de uma pequena população,onde existiam pessoas com AaBbCc, AABccc, aaBBCc, etc.para populações inteiras , onde a combinação mais comum é “aabbcc”, genótipo que demonstra a “perda” da heterozigozidade de 3 genes.Mas a questão é que mesmo estes europeus possuindo “aabbcc”, verificamos um grande nível de polimorfismo em seus genomas.

Parece que são as populações em que mais há polimorfismos.

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Parece que a solução melhorzinha foi essa da presença dos loci extras para os genes.Mas só pelos problemas e as coincidências que teriam que ocorrer para que fosse viável, acredito irá existirá alguém que defenda isso sem a presença do fator milagre.O que por sua vez diminuiria a credibilidade científica do argumentador.

Eu acho preferível eles aceitaram mutações benéficas criando genes do que loci que somem, deixando os loci "homólogos" com uma coincidência espantosa no lugar deles, para funcionar como o mesmo locus fornecendo aqueles genes "originais", em vez de surgidos por mutação....

Putz, e duvido que tenha quem tenha coragem de negar o neutralismo.... porque aí o problema que já não é pequeno com variação importante, existe também para qualquer variação, mesmo que não fizesse diferença alguma a mutação que a gerou..... é contradição demais...


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é mais comum não termos muitos alelos por gene nos loci polimórficos das populações

Você sabe de casos em que existam mais de 4? Tanto faz, em animais ou humanos, o problema da limitação de 4 alelos/gene ocorre ou na arca ou na criação de Adão e Eva (dando uma colher de chá, supondo que não fossem clones)
.... mas acho que de modo geral, deveria haver mais variação entre humanos (e não-animais) do que em outros animais não? Hehehe... nós é que tinhamos o maior potencial para especiação ao sair da arca... sendo 8.... se bem que não sei quem "conheceu" quem depois do desembarque, pode bem ter nào somado nada o fato de serem 8....

Será que há quem sustente que outras espécies de hominídeos evoluíram depois do desembarque da arca?

 

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