A escola é privada, contrata quem bem entende, e com toda certeza, essa professora traria dificuldades para a escola privada, representando inclusive risco de perda de alunos. Eu demitira sem pensar duas vezes, sem justa causa, evidentemente.
Não tenho absolutamente nada contra a atitude da professora. No entanto, todo mundo bem sabe que grande parte da sociedade é moralista - mesmo que hipócrita. Não adianta dizer que pouco importa a vida privada dela. Teoria é bem diferente de prática: muitos acham uma conduta como essa ofensiva e incompatível com o exercício de algumas profissões.
Como o 1985 disse, assim como a professora tem direito à vida privada, a escola tem todo o direito de montar um quadro de professores que considere adequado - claro, respeitando a lei no que concerne ao estabelecimento de critérios.
E sabe o que é mais interessante? Na Bahia é bem comum ver todo tipo de gente dançando esse tipo de coisa. Advogados, professores, psicólogos, médicos, farmacêuticos, etc. Mas daí a se admitir que o professor do seu filho ou a advogada da sua empresa faça o mesmo, são outros quinhentos. Quem faz e sabe que a divulgação dos seus atos pode contrastar com o exercício da profissão, precisa assumir o risco.
Só para exemplificar: há alguns anos uma promotora de uma cidade do interior foi filmada em uma boate da cidade. Usando um micro vestido e visivelmente embriagada, ela encenou 'pole dance' na frente de dezenas de pessoas. Nem preciso dizer que ela foi removida e ficou alguns bons meses na geladeira. E o caso foi abafado porque a dita cuja é filha de um ex-desembargador.